Arquivo diário: 05/06/2010

Reconstrução do Spurs – O perímetro

Continuo hoje a série especial de postagens batizada de “Reconstrução do Spurs”, que fala sobre possíveis movimentações da equipe texana nesta offseason. Na semana passada, comecei a análise com a situação dos principais jogadores da franquia. Hoje, falarei mais detalhadamente sobre as posições 1 e 2 do plantel.

Apenas lembrando que, na última postagem, falei também sobre a situação dos cinco atletas do Spurs que atuaram nestas posições na última temporada. Dois me parecem garantidos para a próxima temporada: George Hill e Manu Ginobili. Tony Parker ainda tem um ano de contrato, mas está cercado de rumores e pode ser envolvido em alguma troca. Por fim, Roger Mason, com salário de US$ 3,8 milhões anuais, e Keith Bogans, que recebeu US$ 1 milhão na última temporada, serão agentes livres.

O Spurs até podia correr atrás de Wade... mas já temos um bom camisa 3

Nas próximas linhas, vamos fazer então uma análise dos possíveis alvos do Spurs no mercado nesta offseason para reforçar as posições 1 e 2.

1) Reforços “Caseiros”

Reforçar o perímetro da equipe pode ser tarefa mais fácil do que o imaginado. A seguir, listo alguns jogadores que de alguma maneira já estão vinculados ao San Antonio Spurs:

Alonzo Gee – O ala-armador, eleito o novato do ano da última temporada da D-League, estava no elenco do Spurs na última partida diante do Phoenix Suns. Jamais entrou em quadra pela franquia texana, mas, na NBA, disputou 11 jogos pelo Washington Wizards – dois como titular – na última temporada, obtendo médias de 7,4 pontos e três rebotes por exibição. O Spurs tem a opção de mantê-lo no elenco para a próxima época por pouco mais de US$ 700 mil anuais. Pode jogar também na posição três.

Curtis Jerrells – O armador foi outro que terminou a temporada com a equipe, mas corre por fora na disputa por uma vaga no elenco. Flutuou entre o Austin Toros e o San Antonio Spurs na última época. Na NBA, atuou em apenas cinco partidas, tendo, em média, 3,6 pontos e 1,8 assistências em 14,8 minutos por jogo. Será agente livre nesta offseason.

Garrett Temple – Depois de passar pelo Houston Rockets, pelo Sacramento Kings e pela D-League, o armador chegou ao Spurs no final da temporada regular. Atuou em 13 jogos – quatro como titular, na época em que Tony Parker e George Hill se lesionaram – e teve médias de 6,2 pontos e 1,1 rebotes em 14,8 minutos por partida. Nos playoffs, chegou a entrar em quadra em seis oportunidades, anotando 0,7 pontos, 0,3 assistências e 0,3 rebotes de média em 2,5 minutos por jogo. Também terminou a temporada com a equipe, mas é agente livre nesta offseason.

Malik Hairston – O ala-armador participou de 47 jogos do Spurs na última temporada, obtendo médias de 2,1 pontos e um rebote em 6,7 minutos por partida. Em alguns momentos, porém, foi enviado para a D-League – pelo Austin Toros, em 15 exibições, anotou 29,1 pontos, 4,7 rebotes e três assistências de média em 40,8 minutos por jogo. Apesar da altura (1,98m), é atlético e pode quebrar um galho na ala. Terminou a temporada com o Spurs, e a equipe tem a opção de mantê-lo na próxima temporada por pouco mais de US$ 800 mil anuais.

Nando de Colo – Aos 23 anos, o francês, que pode atuar nas posições 1 e 2, foi peça importante para o Valência conquistar a Eurocup (espécie de segunda divisão da Euroliga) na última temporada. Teve médias de 13,6 pontos, quatro rebotes e 41,3% de aproveitamento nos arremessos de três pontos em pouco mais de 28 minutos por jogo na competição. No ano passado, foi draftado pelo Spurs na 53ª escolha, e a equipe ainda detém seus direitos. Deve jogar o Mundial da Turquia.

2) O Draft

O Spurs pode usar o recrutamento de calouros para reforçar seu perímetro. Confira a seguir quem pode pintar na equipe na próxima temporada:

Dominique Jones – Em seu terceiro ano com a Universidade de South Florida, Jones teve médias de 21,4 pontos, 6,1 rebotes e 3,6 assistências em 37,1 minutos por jogo. O ala-armador, que já teve contato com o Spurs nesta offseason, tem como pontos fortes seu arsenal ofensivo e sua liderança. Seu ponto fraco é a altura (1,93m).

Elliot Williams – Outro ala-armador que já trabalhou com o Spurs depois da eliminação ante o Suns. Em seu segundo ano universitário, trocou Duke por Memphis, e obteve médias de 17,9 pontos, quatro rebotes e 3,8 assistências em 33,3 minutos por partida. Tem como pontos fortes o atleticismo e a velocidade, mas precisa melhorar seu arremesso e sua capacidade de movimentar a bola.

Xavier Henry – Mais um ala-armador convidado pelo Spurs para uma bateria de treinos nesta offseason. Em seu primeiro ano na Universidade de Kansas, anotou 13,4 pontos e 4,4 rebotes em 27,5 minutos por partida. É alto e também pode jogar como ala. Tem a força física como ponto forte do seu jogo, e precisa desenvolver sua velocidade de condução dos contra ataques e seu passe.

3) Free Agents

Como dito na semana passada, o Spurs pode economizar cerca de US$ 13 milhões para a próxima temporada se dispensar seus quatro agentes livres (Roger Mason, Keith Bogans, Matt Bonner e Ian Mahinmi). Confira a seguir quem pode ser trazido com essa verba:

Brandon Roy – Acreditem ou não, mas o salário do excelente ala-armador era de “apenas” US$ 3,9 milhões na última temporada. Se aceitar um aumento apenas ligeiro neste ordenado, pode ajudar – e muito – a equipe teaxana no próximo campeonato.

Nate Robinson – Gosto dele mais pelo seu carisma do que pelo seu jogo, é bem verdade. Mas pode ser uma opção para a reserva de George Hill caso o Spurs se livre de Parker. É irregular, mas tem potencial. Na última temporada, ganhou US$ 5 milhões.

Raymond Felton – O armador fez uma temporada consistente jogando pelo Charlotte Bobcats, e poderia ser uma alternativa interessante para vir do banco e mudar um pouco a característica do time. Seu salário na equipe de Michael Jordan era de US$ 5,5 milhões.

Shannon Brown – Ok; o ala-armador do Lakers pode não ser brilhante, pode ser irregular, mas seria uma interessante alternativa para dar alguns minutos de descanso para Manu Ginobili – principalmente durante a temporada regular. O atleta tem a opção de permanecer na Califórnia por US$ 2,2 milhões, ou pode testar o mercado.

Tony Allen – Bom defensor, Allen foi uma importante peça para o Boston Celtics nestes playoffs – especialmente na série diante do Cleveland Cavaliers. Seria uma alternativa para a função que Keith Bogans faz hoje no elenco texano. Recebeu US$ 2,5 milhões na última temporada.

Wesley Matthews – Ninguém esperava o desempenho tão bom de Matthews em sua primeira temporada na NBA – nem mesmo o Utah Jazz, que assinou com o ala-armador por apenas uma temporada e US$ 450 mil. O camisa 23 seria uma ótima opção para a reserva de Manu Ginobili.