Arquivo mensal: agosto 2008

“Ah, eu já sabia!”

Estamos agora em uma época do ano em que poucas coisas acontecem no mundo da NBA; não há jogos de torneios preparatórios para os calouros, ainda é cedo para as partidas de pré-temporada e poucas movimentações nos bastidores ocorrem, ou, em palavras mais claras, poucas trocas acontecem. Então ainda vou aproveitar o clima do final da Olimpíada e fazer uma pequena síntese com um pouco de bom humor sobre como foi o torneio de basquete olímpico.

Resumindo em poucas palavras tudo que aconteceu no torneio, podemos apenas dizer a famosa frase “Ah, eu já sabia!”, muito utilizada principalmente nos estádios de futebol brasileiros para comemorar as conquistas e também tirar um sarro do adversário.

A expressão “Ah, eu já sabia” indica que aconteceu tudo aquilo que era o óbvio, ou seja, tudo aquilo que foi previsto realmente aconteceu. Então se você fez alguma aposta com um amigo e venceu, ria na cara dele e diga com vontade “Ah, eu já sabia!”.

Este mero blogeiro aqui pode encher a boca e gritar aos 4 ventos que eu também já sabia, pois tudo que eu imaginava aconteceu (pena que eu não apostei com ninguém, se não eu faturava uma graninha extra). Mas também, acertar o que iria acontecer na Olimpíada não é lá grande mértito pra ninguém. Simplesmente aconteceu o que tinha que acontecer. As duas seleções mais fortes chegaram na final para decidir quem ficaria com o ouro, e claro que os EUA venceram, em um jogo que todo mundo ficou maravilhado pelo equilíbrio que os espanhóis conseguiram manter diante das estrelas americanas. Mas, na verdade, tudo não passou de um falso equilíbrio, porque os americanos controlavam o jogo como queriam e mantiam quase todo o tempo uma vantagem de cerca de 10 pontos, que as vezes era reduzida para cerca de 5 mas era rapidamente aumentada de novo, como se os americanos pensassem: “Vocês não são nada, posso ganhar isso aqui a hora que eu quiser”, como se estivessem brincando com o adversário só para dar mais emoção. Quando a vantagem era reduzida, lá aparecia Kobe para acertar uma bola espírita na cesta, lá aparecia Wade com seus arremessos e infiltrações que lhe renderam 250 milhões de lances livres para serem cobrados. Quando menos você esperava, lá estava Wade na linha de lance livre, ao mudar de canal e ir para a Globo ouvir o Galvão Bueno dizendo um pouco de bobagem (pra variar) e ao voltar para o jogo dos americanos, lá estava Wade de novo para os lances livres e sequer era replay, até porque não tem sentido mostrar replay de lances livres.

Mas enfim, além dos americanos em primeiro e espanhóis em segundo, outro resultado que até a Mãe Dinah previou foi a Argentina em terceiro lugar, mesmo com o susto de perder o principal jogador do time, Manu Ginobili, com uma lesão no tornozelo. Apesar de serem os atuais campeões olímpicos e estarem praticamente com a mesma equipe de 4 anos atrás, todos sabíamos que os “hermanos” estavam um degrau abaixo de Estados Unidos e Espanha e dificilmente bateriam um dos favoritos. Então, a medalha de bronze era o esperado, o que por um lado é até bom pois assim a Argentina ficou com 2 ouros no quadro de medalhas e nós brasileiros ficamos com 3, e embora nosso desempenho em Pequim não tenha sido o esperado, podemos dizer pelo menos que ficamos na frente da Argentina.

De surpresa mesmo talvez só a eliminação dos russos, campeões europeus, ainda na primeira fase; porém eliminção merecida, pois a Rússia apresentou um basquetebol de qualidade duvidosa e acabou ficando para trás de rivais menos cotados como Austrália e Croácia. Talvez possamos citar como uma surpresa o bom desempenho da dona da casa, a China. Mas acho que é uma surpresa mais por desinformação do público ocidental do que pela capacidade dos jogadores. Aqui pouco se conhece do jogadores chineses e todos imaginavam que o time seria Yao Ming e mais 4 perebas só pra completar. E na verdade eram mesmo, porém os perebas não eram tão perebas assim, principalmente o armador da equipe, cujo o nome eu não me lembro (mas nome de chinês é tudo igual mesmo, tanto faz), que mais parecia uma criança em meio aos gigantes, mas que até de costas arremessava de 3 e acertava. E, diga-se de passagem, no jogo mais emocionante da Olimpiada, os chineses, embalados por sua escandalosa torcida (chineses gritando fazem muito barulho mesmo!) quase, eu disse, quase, venceram a poderosa Espanha, e só não venceram por culpa do Yao Ming, é isso mesmo, por culpa do grande astro da equipe. Yao devia ter comido um sanduíche antes de entrar em quadra e suas mãos deviam estar lambuzadas de maionese, pois o gogante chinês não conseguia segurar um passe e dominar a bola.

Mas essas “pequenas” surpresas não interferiram em nada no resultado final do torneio e em quem ganharia as medalhas. Por isso, se alguém perguntar a você o que achou do basquete nos jogos olimpicos, apenas diga: “Ah, eu já sabia!”.

Silver Stars @ Sparks – WNBA – Em duelo de favoritos, vitória para Los Angeles

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Os favoritíssimos ao título, San Antonio Silver Stars e Los Angeles Sparks, mediram forças na noite de hoje no Staples Center, casa das Sparks. Como já era esperado, o duelo foi bastante parelho e foi decidido apenas no período final.

No começo, o time texano esteve melhor, mas no decorrer do primeiro tempo de partida, as Sparks se recuperaram e conseguiram ir para o intervalo vencendo por dois pontos de vantagem. Ao voltar do descanso, uma nova investida de San Antonio colocou a equipe com uma bela dianteira de oito pontos para o último quarto. Contudo, a vantagem foi dizimada após uma chuva de erros, que, por fim, decretaram a virada para a equipe da casa.

A nota negativa fica por conta do baixo placar; ambas as equipes obtiveram um péssimo aproveitamento nos arremessos de quadra, abaixo dos 35%.

Destaques da partida

San Antonio Silver Stars

Becky Hammon – 17 pontos, 4 rebotes e 7 assistências

Ann Wauters – 13 pontos e 3 rebotes

Sophia Young – 8 pontos e 7 rebotes

Los Angeles Sparks

Lisa Leslie – 18 pontos e 12 rebotes

Candace Parker – 17 pontos e 15 rebotes

Shannon Bobbitt – 10 pontos

Outros resultados da rodada

Atlanta Dream 72×87 Indiana Fever

Washington Mystics 78×92 Minnesota Lynx

Houston Comets 65×80 Sacramento Monarchs

Ginobii fará cirurgia na próxima semana

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O ala-armador argentino do San Antonio Spurs, Manu Ginobili, confirmou que passará por cirurgia na próxima semana para corrigir uma lesão no tornozelo esquerdo. Manu, que ganhou a medalha de bronze pelo seu país nas Olimpíadas em Beijing, agravou a lesão que tinha sofrido nos playoffs da última temporada no jogo da semifinal em que a Argentina perdeu para os EUA.

Argentina vs. USA

Ainda não se sabe quanto tempo durará a recuperação da cirurgia, mas estima-se que dure entre seis a oito semanas. O Spurs abrirá a temporada contra o Phoenix Suns em 29 de outubro. Logo após a cirurgia, o time texano anunciará o tempo de recuperação.

Ginobili divide opiniões em San Antonio

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Sempre desconfiei do sensacionalismo exacerbado do periódico argentino Olé. Pois bem, estava outro dia por aqui, navegando em busca de informações que pudessem ser úteis ao leitor, quando me deparei com a seguinte manchete na versão online do tablóide ‘hermano’: “No más aplausos?”. Como bom aspirante a jornalista, abri a notícia para ver do que se tratava. Corri os olhos diante das linhas, li algumas coisas que achei absurdas e confesso que fiquei deveras chateado com a postura de alguns torcedores do Spurs.

A notícia tratava de um fórum americano sobre a equipe de San Antonio, que, em um de seus tópicos, Manu Ginobili era alvo de alguns torcedores. Como disse acima, fico com um pé atrás quando se trata deste tipo de jornal, e minha crítica aí não é apenas sobre as costas do Olé; assim como lá tem sensacionalismo e apelo para vender jornal, aqui também há; basta dar uma pequena lida no Lance! para ver. Mas, como aqui não é uma disputa para ver quem é mais isso ou aquilo, voltemos ao assunto principal.

Após ler a nota, fui buscar o fórum para checar do que realmente se tratava. Consegui o endereço do site e conseqüentemente o acesso ao tópico referente ao astro do Spurs. Quando abri para dar uma olhada no conteúdo, percebi que os tão criticados jornalistas argentinos desta vez estavam certos. Uma chuva de críticas, a esmagadora maioria delas sem absoluto fundamento, referente a ida de Ginobili aos Jogos Olímpicos. Teve um torcedor que insanamente pedia a saída do jogador devido à falta de comprometimento com a equipe, afinal, é San Antonio quem paga seu generoso salário.

Tudo bem, Popovich insistiu para o atleta não disputar o torneio, já que era temido o agravante da contusão no tornozelo. De fato, aconteceu tudo aquilo que não era pra acontecer; Ginobili voltou a sentir a lesão e ficou de fora dos dois mais importantes jogos da equipe. Agora, culpar o jogador porque ele quer defender a pátria? E mais, crucificar um atleta que sempre fez de tudo pela equipe e que é sem dúvidas um dos principais jogadores da história de San Antonio?

Me desculpem os que partilham da mesma opinião de certos malucos por aí. Eu particularmente aplaudo de pé a atitude que ele teve; de passar por cima do pedido do treinador pelo simples fato de defender seu país. Atitude essa que todos os jogadores deveriam tomar, inclusive as dondocas da seleção brasileira, que por causa de uma dorzinha qualquer já arranjam desculpas para se livrar do compromisso com a pátria.

Graças ao bom Deus ainda existem torcedores conscientes, que defenderam com unhas e dentes a atitude do argentino no fórum. A parte boa é que ainda não fomos vencidos por essa unanimidade que fala, age e pensa sem o mínimo de noção.

Silver Stars @ Mercury – WNBA – Stars aniquilam atuais campeãs

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Na última temporada, Silver Stars e Phoenix Mercury se enfrentaram nas semifinais da Conferência Oeste. A equipe do Arizona, que futuramente se sagraria campeã do torneio, derrotou as Silver Stars em dois jogos que geraram muita polêmica envolvendo uma arbitragem duvidosa.

Na noite de ontem, as duas equipes voltaram a se enfrentrar. Dessa vez, vivendo situações opostas; O time do Texas lidera a liga no geral, enquanto o Mercury dificilmente conseguirá uma vaga na pós-temporada. O resultado do embate é reflexo do momento dos times; as Stars dominaram o jogo desde o começo; a longa pausa para a disputa dos jogos olímpicos parece não ter afetado o desempenho da equipe, que jogou como nunca. Para se ter uma ideia, no intervalo, as texanas venciam por 45 a 21.

O resultado confirma a boa fase da equipe, que almeja seu primeiro título da liga. Outra parte boa é que o trio de ferro das Stars fez mais uma vez uma grande partida. Sophia Young, Ann Wauters e Becky Hammon a cada dia que passa mostram porque o time tem de ser temido pelos adversários. juntas, o trio anotou 46 pontos dos 77 feitos durante o jogo.

As comandadas de Dan Hughues, que alcançaram a 19ª vitória na liga, viajam até Los Angeles no Sábado para encarar o Sparks. Já o Mercury, que amarga a última colocação no lado oeste, tenta se recuperar na quarta-feira ao receber o Minnesota Lynx.

Destaques da partida

San Antonio Silver Stars

Sophia Young – 18 pontos, 4 rebotes e 3 assistências

Ann Wauters – 15 pontos e 9 rebotes

Becky Hammon – 13 pontos e 5 assistências

Phoenix Mercury

Diana Taurasi – 13 pontos e 10 rebotes

LaToya Pringle – 12 pontos e 6 rebotes

Curtinha

– O Connecticut Sun reforçou o já forte elenco. A bola da vez é a ala russa Svetlana Abrosimova; a jogadora esteve junto com o elenco russo que conquistou a medalha de bronze nas olimpíadas de Beijing. Abrosimova disputou sete temporadas da WNBA no Minnesota Lynx; durante esse período, a ala obteve médias de dez pontos e 4.4 rebotes por partida.