Arquivo mensal: agosto 2012

Brown e Wilkerson entram na mira do Spurs

Wilkerson em ação pelo Spurs na Summer League de Las Vegas

De acordo com reportagem do site americano Project Spurs, o San Antonio Spurs está de olho em Derrick Brown e em Tyler Wilkerson. Os dois jogadores podem acabar convidados para a pré-temporada da equipe – a lista de relacionados deve sair nos próximos dias.

Brown chegou à NBA para a temporada 2009/2010 no Charlotte Bobcats, equipe em que foi companheiro de Stephen Jackson e Boris Diaw, e teve também uma pequena passagem pelo New York Knicks. Na última temporada, de volta à Carolina do Norte, o ala apresentou médias de 8,1 pontos e 3,6 rebotes por exibição.

De acordo com reportagem do site csnnw.com, Brown deve ser testado pela comissão técnica do Spurs nos próximos dias. O ala ainda teria trabalhos agendados com outras franquias: o Atlanta Hawks e o Brooklyn Nets.

Wilkerson, por sua vez, acaba de disputar a Summer League com a camisa do San Antonio Spurs. Na competição, o ala-pivô apresentou médias de 9,3 pontos e cinco rebotes por jogo (leia mais sobre o jogador no blog Destino Riverwalk).

De acordo com o empresário Seth A. Cohen, Wilkerson recusou propostas da Liga ACB, o Campeonato Espanhol de basquete, após ser convidado pelo Spurs para participar da pré-temporada com a equipe texana.

Vale lembrar que o Spurs tem 12 jogadores garantidos no próximo campeonato – Tony Parker, Patrick Mills, Cory Joseph, Nando De Colo, Manu Ginobili, Danny Green, Stephen Jackson, Kawhi Leonard, Boris Diaw, Matt Bonner, Tim Duncan e Tiago Splitter. Gary Neal e DeJuan Blair ainda têm situação indefinida no elenco e James Anderson, como foi antecipado por Danny Green, recebeu convite para a pré-temporada do Atlanta Hawks.

Leia mais: veja quem pode chegar e quem pode deixar o San Antonio Spurs

O legado de Popovich

Já se vão 16 temporadas desde que Gregg Popovich assumiu o comando do San Antonio Spurs. Período suficiente para fazer dele o técnico que há mais tempo defende a mesma equipe entre todas as 122 franquias das ligas profissionais americanas (NBA, NFL, MLB e NHL). Em uma discussão sobre os maiores técnicos da história do basquete, impossível ao menos não citar o nome de Pop nas dicussões…

Maroto como sempre, Popovich figura entre os maiores da história da NBA

São quatro títulos da NBA, dois troféus de técnico do ano, mais de uma dezena de aparições nos playoffs e um recorde de 67,5% de aproveitamento na carreira em seus mais de mil jogos como treinador no melhor basquete do mundo.

Mas tudo isso são apenas números. E mais do que um punhado de estatísticas e recordes, Popovich, independente do tempo que ainda permanecerá à frente do Spurs, já deixou o seu legado. Prova disso é o número de técnicos de outras franquias que, de certa forma, tiveram como “mestre” o emburrado, mas às vezes até sarcástico, treinador.

Acredite, é ele mesmo…

Dos outros 29 comandantes da NBA, três deles trabalharam diretamente com Popovich como auxiliares em sua equipe técnica. O caso mais recente de assistente a assumir o posto de treinador é Jacque Vaughn.  Sim, ele mesmo. O controverso e quase sempre odiado ex-armador se aposentou em 2007 jogando pelo San Antonio Spurs e voltou atuando como assistente nas últimas duas temporadas. Chegou até mesmo a comandar o time na última Summer League.

Vaughn chamou a atenção do Orlando Magic, que contratou o ex-armador para o cargo de treinador principal da equipe em julho deste ano, substituindo Stan Van Gundy.

Os outros treinadores que já passaram pela equipe de Popovich são Monty Williams, que comanda o New Orleans Hornets, e Mike Brown, técnico do badalado Los Angeles Lakers.

Williams, ainda como jogador, chegou a ser comandado por Popovich quando atuou em San Antonio, de 1996 a 1998. Aposentado em 2003, fez parte da equipe técnica texana na vitoriosa temporada 2004/2005 e comandou a equipe na Summer League de 2005. Migrou para o Portland Trailblazers, onde passou cinco anos como assistente antes de assumir o Hornets, em 2010.

“Senta ali e aprenda como se faz”

Já Brown foi assistente de Popovich por três temporadas. Chegou ao time em 2000 e parmaneceu até 2003, ano do bicampeonato da franquia. Em seguida, foi para o Indiana Pacers, onde ficou mais duas temporadas como assistente antes de assumir como técnico principal do Cleveland Cavaliers, em 2005.

Além de seus “pupilos” espalhados pela NBA, o ranzinza treinador também deixou sua contribuição na formação de outros dois técnicos da liga.

Avery Johnson, hoje treinador do Brooklyn Nets, viveu os melhores momentos de sua carreira como jogador em San Antonio, onde foi o armador da equipe que conquistou o primeiro título da franquia em 1999, sob o comando de Pop.

Vinny Del Negro, que hoje dirige o Los Angeles Clippers, também já foi um dos comandados de Popovich dentro das quadras. O ex-armador jogou em San Antonio de 1992 a 1998, tendo Pop como treinador em suas duas últimas temporadas no Texas.

É por essas e outras que Popovich é uma lenda não só por suas conquistas e troféus. Quando o veterano resolver se retirar das quatro linhas, o fará com a certeza de que seu legado será levado adiante por seus pupilos, que outrora o tiveram como mestre.

Dirigentes da NBA excluem Spurs da lista de favoritos

Gregg Popovich e Tony Parker provarão que os dirigentes estão errados? (NBAE/Getty Images)

De acordo com reportagem do site americano Air Alamo, o San Antonio Spurs não parece estar em alta com os dirigentes de franquias da NBA. Em eleição que ouviu executivos da liga, a equipe texana não foi citada como favorita para vencer o próximo campeonato.

A votação foi promovida pelo jornalista Sam Amico e o resultado, que manteve o nome dos dirigentes que se manifestaram no anonimato, foi publicado no site da revista americana Sports Illustrated. Só três equipes foram apontadas como favoritas entre os 20 nomes ouvidos.

O Miami Heat apareceu na primeira colocação, com 16 votos. Na sequência, ficaram empatados Los Angeles Lakers e Oklahoma City Thunder, que receberam dois votos cada. Como desempate, a franquia angelina recebeu dez votos para o vice-campeonato, contra apenas seis da equipe de Kevin Durant.

Ime Udoka está de volta ao Spurs

Ime Udoka está de volta ao San Antonio Spurs. Mas desta vez não será para atuar como o ala que defende e tenta colocar suas bolinhas de três pontos, quase uma tentativa de ser o novo Bruce Bowen. Agora ex-jogador, ele é o “reforço” que a franquia trouxe para ajudar Gregg Popovich como assistente técnico na próxima temporada. Foi o próprio treinador quem anunciou a contratação em entrevista coletiva.

“Ime Udoka possui uma capacidade rara de passar aos jogadores mais novos sua capacidade de trabalho, é alguém predestinado a ensinar”, ponderou Popovich. “Estamos realmente muito esperançosos de adicionar alguém com tamanho potencial a nossa comissão técnica”, completou o técnico.

Ele voltou! (Reprodução/Wikipedia)

Recentemente, o Spurs perdeu dois de seus assistentes para outras franquias, o que motivou a chegada de Ime Udoka. Jacque Vaughn foi para o Orlando Magic, time no qual será treinador principal; já Don Newman deixou San Antonio e foi para o Washington Wizards, onde será o principal assistente técnico.

Como jogador, Udoka fez duas temporadas completas pelo Spurs, entre 2007 e 2009. Depois, voltou ao time em 2010, para finalmente sair em 2011. Foram 160 jogos com a camisa prateada, sendo 21 deles em playoffs. Experiência que será adicionada ao comando técnico da equipe.

Efeito placebo

O bom filho à casa torna. Depois de um longo e tenebroso inverno, volto a preencher linhas aqui no Spurs Brasil, blog do qual sou idealizador e, confesso, tenho como maior orgulho de minha carreira jornalística até o momento. Sai desempregado e em formação; volto como integrante da redação do Yahoo! Esportes e quase formado. Mas como o assunto aqui é basquete, vamos direto ao ponto.

Decisivos. Mas até quando? (NBAE/Getty Images)

Volto ao blog com a sensação de que muita coisa mudou na NBA, mas poucas mudaram efetivamente em San Antonio. Nos últimos anos, o Spurs teve boas – para não dizer ótimas – campanhas na temporada regular, mas pecou na hora de disputar os playoffs. Primeiro a eliminação para o Memphis Grizzlies; depois, na temporada que acabou, queda diante do Oklahoma City Thunder.

Não foram poucos os torcedores que se acostumaram a ver no Spurs um time de chegada, desses que cresce na hora do vamos ver. A situação, hoje, inverteu. E nem falo por questões de falta de jogadores para decidir. Apenas aceito que o tempo passa para todos, e tem passado cada vez mais para os ainda ótimos Tim Duncan e Manu Ginobili. A lenha dos dois continua queimando, mas a dependência do time em ambos para vencer tem atrasado – e muito – qualquer projeto de renovação.

Afinal, nos últimos dois anos, muito se falou que a presença de alguns jogadores mais jovens já dava indícios de que Gregg Popovich executava um projeto de renovação ao mesmo tempo em que mantinha Manu, Duncan e Tony Parker na condução da equipe. Enquanto o terceiro chega perto de seu ápice técnico e é cada vez mais protagonista, os dois outros jogadores já não são os mesmos de outrora. Não que estajam mal. Mas não estão mais em nível de competição com os astros que surgiram nesse meio tempo. A juventude do time do Thunder, por exemplo, torna quase impossível uma vitória texana em outra eventual série.

Deixando de lado o Big Three, questiono mais do que a presença dos três – que é indiscutível –, a falta de jovens que possam realmente fazer a diferença no futuro. Com quantos jogadores o Spurs conta hoje para se manter entre os maiores daqui cinco anos? Vejo Parker e o ótimo segundoanista Kawhi Leonardo como únicas opções confiáveis para o futuro. É pouco para daqui alguns anos e muito pouco para hoje. Duncan e Manu precisam de reservas que possam, se não manter o nível, disputar com outros times em pé de igualdade. Falta isso ao Spurs hoje.

Para o presente, confio em playoffs. Título? Acho improvável – para não dizer impossível – com dois times muito melhores no próprio Oeste e o atual campeão vindo do Leste. Se o planejamento do Spurs não envolve trocas miraculosas como a que levou Dwight Howard ao Los Angeles Lakers, continuemos nos armando aos poucos. Mas sem achar que boas temporadas regulares servem para algo além de funcionar como placebo. O Spurs precisa de mais. Tony Parker, cada vez mais sozinho, não fará tantos verões como se imagina.

3 pontos

– Parece que só sei cornetar o time. Não é. As campanhas recentes me surpreenderam positivamente, apenas acho que não podemos considerá-las parte do processo de renovação do elenco.

– Espero ver Patrick Mills mais ativo nessa temporada que começará. Pouco usado nos playoffs, ele chegou à NBA como promessa que não vingou. Na última temporada regular, quando teve chances, foi bem.

– Steve Nash, Kobe Bryant, Metta World Peace, Pau Gasol e Dwight Howard. O Oeste, ao que parece, terá novo dono nessa temporada.