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Para o próximo ano…

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… o retorno de Becky Hammon e Sophia Young deve trazer de volta a realidade de um San Antonio Silver Stars homogêneo, cujos talentos evoluem em ritmo acelerado;

Por um retorno em paz! (Reprodução/wnba.com/silverstars)

… Sophia Young deve continuar na equipe. Provavelmente, SE o Silver Stars se pronunciar (em relação às suas afirmações anti-homossexualismo), será algo em torno do que já foi dito: a franquia respeita a opinião da jogadora, mas não compartilha dela, e preza pela igualdade;

… a base da equipe deve se manter a mesma, até porque não há motivo para mudanças drásticas. No Draft, uma pivô provavelmente será escolhida para preencher essa carência;

… Jayne Appel deve evoluir ainda mais. Confesso que a loira tem me impressionado bastante com as suas atuações. Seus rebotes melhoraram, mas as finalizações ainda são precárias;

… Dan Hughes continua em sua posição como técnico e gerente geral da franquia.

Com o fim da temporada, o Silver Stars entra de férias sonhando com a recuperação em 2014 e uma amnésia para apagar esse ano da memória. No entanto, mesmo com a campanha abaixo da crítica, não há motivos para considerar que se trata de uma equipe ruim. No entanto, certamente não está entre as mais fortes, principalmente com nomes como Lauren Jackson e Sue Bird, que voltam para um Seattle Storm igualmente desfalcado, uma vez que Tina Thompson se aposentou – sua última partida foi neste domingo (22), quando o time da cidade chuvosa foi eliminado dos playoffs pelo Minnesota Lynx.

Confesso que essa sensação de “fim de campeonato antecipado” é estranha. O time de San Antonio tem presença marcada na segunda fase da competição há um longo tempo, e não vê-lo participando da hora do “vamo vê” é meio desanimador. Mas minhas expectativas para com as novidades e a renovação de ânimo para o próximo ano estão altas.

E é nesse clima que me despeço de vocês!

Enquanto isso, podemos nos falar pelo Twitter, para comentar sobre a WNBA, basquete feminino, outros esportes e muitas outras coisas.

Agradeço especialmente à equipe do Spurs Brasil, que pelo terceiro ano seguido cedeu esse espaço tão importante para a propagação do basquete feminino por meio do Silver Stars. É uma honra participar dessa equipe!

Fim de temporada

A temporada de 2013 da WNBA enfim acabou para o San Antonio Silver Stars. Depois de meses de luta e um dos maiores desafios da franquia, o ano se encerrou com o time na quinta posição na Conferência Oeste, com campanha de 12 vitórias e 22 derrotas.

Apesar das lesões contínuas, Becky Hammon permaneceu no banco de reservas, junto com com o time, durante as partidas (D. Clarke Evans/NBAE/Getty Images)

Aqueles que acompanharam a coluna Vestiário Feminino no decorrer dos jogos sabem das dificuldades enfrentadas pela equipe. Primeiro, Sophia Young sofreu uma lesão grave enquanto jogava um campeonato pela sua equipe chinesa. Depois, Becky Hammon machucou o dedo do meio durante o training camp. Assim que se recuperou e voltou às quadras, logo em seu primeiro jogo, a estrela fraturou o joelho. As duas, os pilares do time, ficaram no banco a temporada inteira. Sem dúvidas, foram grandes desfalques.

À medida que o tempo passava, a situação piorava. Das poucas jogadoras disponíveis para ação, muitas delas também se machucaram, como Danielle Robinson. Essa era um dos pilares do elenco deste ano. Apesar de ser jovem e sem muita experiência, a americana conseguiu segurar as pontas do modo que pôde. Foi uma das que mais apresentou evolução e merece continuar recebendo a confiança do técnico Dan Hughes.

No último jogo da temporada, o Silver Stars venceu o Atlanta Dream, de Érika, por de 97 a 68. Na foto, um duelo entre a brasileira e Appel. (D. Clarke Evans/NBAE/Getty Images)

Danielle Adams também se mostrou muito consistente. A ala foi uma das maiores pontuadoras, mesmo sendo uma das mais novas, ao lado de Robinson – as duas chegaram à liga profissional no mesmo ano.

A surpresa dessa campanha, no entanto, foi Jayne Appel. Perto do fim da temporada regular, a pivô começou a dar sinais de melhora, anotando bons números em rebotes e se aperfeiçoando nas finalizações. Porém, não me entendam mal. A loira ainda tem muito a aprender.

O que deu errado em 2013? Basicamente, tudo. O fator principal, no entanto, foi a falta de planejamento. O Silver Stars tinha como base Becky Hammon e Sophia Young e não se preparou para o pior – que acabou acontecendo.

Apesar de o time de San Antonio estar fora da WNBA, na semana que vem o Vestiário Feminino ainda trará análises e notícias para os leitores do Spurs Brasil. Enquanto isso, fica a torcida pela recuperação das estrelas da equipe e pelo amadurecimento do banco de reservas do time.

UM OLHAR MAIS PROFUNDO

As séries dos playoffs da WNBA foram definidos. Esses serão os confrontos da primeira fase da pós-temporada:

Minnesota Lynx x Seattle Storm
Los Angeles Sparks x Phoenix Mercury
Chicago Sky x Indiana Fever
Atlanta Dream x Washington Mystics

Semana polêmica… e as chances finais

Essa semana poderia ter sido marcada como a que o San Antonio Silver Stars deu adeus à temporada de 2013 da WNBA. Porém, isso ainda não aconteceu. O Seattle Storm conquistou sua vaga na pós-temporada, sim, mas o Phoenix Mercury é quem dita as regras agora.

Young (ao centro) causou polêmica (Jonathan Moore/Getty Images)

Com uma campanha de 15 vitórias e 13 derrotas, a equipe de Diana Taurasi tem mais seis jogos até o final da temporada regular. O Silver Stars possui ainda quatro compromissos em sua agenda, sendo dois deles contra Britney Griner e suas companheiras. Caso todos terminem em vitória, o rendimento final das texanas será de 19-19, e o das garotas do Arizona, provavelmente, 19-15. Como o fator determinante para o posicionamento na conferência são as derrotas, não daria para Dan Hughes e suas garotas.

Na semana que está por começar, o Silver Stars tem duelos nos quais as chances de vitórias são grandes. Contra o Mercury, na sexta-feira (6), seu aproveitamento neste ano é de dois êxitos e um revés, e o mesmo se repete em relação ao Tulsa Shock, no domingo. Ou seja: pela lógica, é possível acreditar em três jogos com resultados positivos, uma vez que já, na outra sexta-feira (13) o time do Arizona receberá novamente a equipe texana.

Em resumo, a situação de ambas as equipes – Mercury e Silver Stars – está feia, com um pouco mais de conforto para as adversárias da franquia texana. Não dá para esquecer, também, do Shock, que está logo abaixo, mas bem perto, com nove vitórias e 20 derrotas. No entanto, é praticamente impossível acreditar que o time, que ocupa a lanterna da Conferência Oeste, consiga uma arrancada em seus últimos cinco jogos.

Bom, tendo já discorrido sobre as chances finais de o Silver Stars prosseguir na WNBA em 2013, indo contra a ordem do título, falarei sobre uma polêmica.

No dia 28 de agosto, Sophia Young publicou a seguinte frase em sua conta do Twitter:

Tradução: San Antonio deve ser uma cidade que permite casamentos entre pessoas do mesmo sexo? O meu voto é NÃO.

Levando em consideração a liga na qual a ala atua e suas base de fãs, seu comentário foi, no mínimo, polêmico. A princípio, algumas pessoas acreditavam que o seu perfil no microblog havia sido invadido após a postagem. Igualmente, em seu Instagram, uma foto do salão do Conselho Municipal de San Antonio havia sido publicada com os dizeres de que a jogadora estava em uma sessão em apoio ao voto contra o casamento gay. Para manter o otimismo, os seguidores da All-Star mantiveram o mesmo pensamento de que algum engano havia acontecido. Até Young publicar o seguinte, por meio de seu Twitter pessoal:

Tradução: Meu voto ainda é “não”… San Antonio não deve aceitar casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

A casa caiu. 90% dos internautas condenaram sua atitude, mas não somente eles. Lauren Jackson respondeu diretamente sua postagem, e Tully Bevilaqua publicou o seguinte:

Tradução: Acabei de perder todo respeito por uma antiga companheira de equipe – Bevilaqua jogou ao lado de Young no Silver Stars em seus dois últimos anos de carreira. A australiana tem uma esposa, dois filhos e é ativista declarada dos direitos homossexuais.

A situação obrigou até mesmo Laurel Richie, presidente da WNBA, emitir um comunicado referente ao assunto. Bem curto, dizia o seguinte:

“Sophia [Young] tem o direito de expressar seu ponto de vista. Porém, eu não compartilho de sua opinião. A WNBA é a favor da diversidade, e temos um compromisso com o tratamento justo e igual a todas as pessoas”

Mas, a propósito, do que se tratava a sessão no Conselho em que Young estava presente? Ao contrário do que a jogadora se mostrou contra, a pauta naquele dia não era a legalização do casamento gay na cidade, e sim uma lei de proteção a indivíduos em relação a sua sexualidade e gênero. O famoso portal de notícias Huffington Post, que se dedicou a fazer a cobertura desse assunto, escreveu que a ala estava confusa em relação a essa questão.

Diante de tanta movimentação pelos direitos a homossexuais, o discurso entoado por Young, baseado em princípios bíblicos, causa discordância e confusão nos leitores de tais publicações. Normalmente eu evito falar sobre polêmicas, procurando abranger exclusivamente aquilo que acontece nas quadras, mas alguns fatores me obrigaram a postar uma opinião nesta segunda-feira. Primeiro, porque a pivô da discussão é a segunda principal jogadora do time tratado na coluna Vestiário Feminino. Segundo, porque eu acredito que faltam canais de esclarecimento sobre essa situação no Brasil. Sendo assim, vamos lá.

1) Sophia Young é cristã e assume sua fé publicamente;

2) A jogadora faz parte de uma igreja grande no Texas. Esse estado é conhecido por seu tradicionalismo e radicalismo no tratamento a princípios bíblicos;

3) Nenhum desses motivos justifica a atitude da ala – essa que vos escreve é cristã, vem de uma igreja tradicional, e aprendeu que o amor era a base dos ensinamentos de Jesus Cristo;

4) A lei anti-discriminação NÃO diz respeito ao casamento gay;

5) O objetivo da lei é permitir que os homossexuais da cidade de San Antonio tenham direito a benefícios que os demais cidadãos de lá possuem (o que acarretaria, consequentemente, no futuro, na aprovação disso);

6) A WNBA é formada por diversas jogadoras lésbicas assumidas, como Tully Bevilaqua (aposentada), Seimone Augustus (Minnesota Lynx), Britney Griner (Phoenix Mercury) e outras que não declararam oficialmente sua orientação sexual, porém são ávidas defensoras das causas gays, como Lauren Jackson (Seattle Storm);

7) A base de fãs da liga também é composta por inúmeros homossexuais.

Portanto, sua ação foi considerada uma afronta às suas colegas de profissão da liga profissional americana de basquete, e também a seus admiradores.

Ao elencar esses pontos, meu objetivo não é trazer uma defesa da causa gay, mas um esclarecimento em relação ao motivo por tanto barulho. Como Richie disse, todos têm o direito à livre expressão. O ser humano, no entanto, precisa saber respeitar alguns limites, e Young foi, até de certo modo, ingênua, crendo que falar contra o casamento gay afirmaria sua fé. Faltou, nesse caso, bom senso. Por essa causa, algumas pessoas se mostraram a favor da demissão da ala do Silver Stars e, durante o jogo da sexta-feira, alguns cartazes apareceram no AT&T Center em forma de protesto. De acordo com a responsável pelo site oficial de Becky Hammon, a equipe da arena recolheu placas que se expressavam contra a atitude da atleta.

Linda Estepe, mantenedora do site oficial da Becky Hammon (beckyhammon25.com) e uma das principais fontes de informação da jogadora, publicou o seguinte em seu Twitter (tradução): Cartazes como esses foram confiscados durante o jogo do San Antonio Silver Stars na noite passada

Até agora o Silver Stars não se manifestou oficialmente em relação a esse assunto, e os assessores de Young disseram que não haveria um pronunciamento da jogadora. Espero que tudo fique mais calmo até a próxima semana e que o time de San Antonio consiga uma bela largada de vitórias para conquistar sua vaga nos playoffs.

Até a próxima!

O que os números dizem sobre playoffs para o Silver Stars

Quais as chances do San Antonio Silver Stars jogar os playoffs? São poucas (mais para frente, você vai ver que apenas uma), sim, uma vez que o time ocupa a quinta colocação na Conferência Oeste, com dez vitórias e 17 derrotas. Acima, estão o Phoenix Mercury, terceiro, com 14 vitórias e 13 derrotas, e o Seattle Storm, quarto na tabela, que apresenta 13 vitórias e 14 derrotas. Abaixo, se encontra o Tulsa Shock, com nove vitórias e 19 derrotas.

Silver Stars, de Jia Perkins, tentam dar o último gás (D. Clarke Evans/NBAE/Getty Images)

A equipe texana tem em sua agenda mais sete partidas até o dia 15 de setembro, quando os últimos confrontos da temporada regular de 2013 acontecem. Os adversários são Seattle Storm, Tulsa Shock, Los Angeles Sparks, Phoenix Mercury e Atlanta Dream. Caso o improvável aconteça e todos esses jogos terminem em vitória para o Silver Stars, a campanha do time será 17-17, ou 50% de aproveitamento. Vale ressaltar que isso já aconteceu por muito menos.

Para o que está por vir minhas apostas são, por ordem de partida:

27 de agosto – vitória contra o Seattle Storm*
30 de agosto – vitória contra o Tulsa Shock
31 de agosto – derrota contra o Los Angeles Sparks
06 de setembro – derrota contra o Phoenix Mercury**
08 de setembro – vitória contra o Tulsa Shock
13 de setembro – vitória contra o Phoenix Mercury**
15 de setembro – derrota contra o Atlanta Dream

* Silver Stars e Storm já se enfrentaram quatro vezes nessa temporada, com duas vitórias para cada. No domingo (25), quem se deu melhor foram as garotas de Dan Hughes.

** Em relação ao Mercury, acredito que ao menos uma vitória pode surgir, já que o time anda bem instável. O perigo está em seu poder de decisão, principalmente com Diana Taurasi.

Sendo assim, o time de San Antonio terminaria a temporada com 14 vitórias e 20 derrotas. Ainda seria muito pouco, porque o Seattle Storm também tem sete compromissos antes do final da temporada, e mesmo que perdesse cinco destes (já que três são contra o Minnesota Lynx e dois contra o Tulsa Shock – para o qual perdeu todos os seus jogos em 2013) sua campanha seria 15-19, garantindo-lhe a quarta colocação e a vaga final nos playoffs.

O Phoenix Mercury já está praticamente garantido na segunda fase, e o Tulsa Shock está em um buraco mais fundo do que o do Silver Stars, o que evita uma situação pior. No entanto, esse tipo de coisa acontece com praticamente todo time. No ano passado, a vítima foi o Phoenix Mercury, que hoje deu a volta por cima – mesmo que não tão bem – e tem algumas das jogadoras mais cobiçadas no basquete feminino.

Por isso, meus amigos, não quero desanimar ou acabar com as esperanças, mas vamos acompanhar o Silver Stars para torcer por um 2014 com um retorno triunfal de Becky Hammon e Sophia Young, porque em 2013 as chances dependem de sete derrotas seguidas do Seattle Storm (o que não aconteceu até agora na temporada) ou sete vitórias seguidas de Danielle Robinson e suas companheiras (o que também não aconteceu até o momento).

E se você está com complexo de Caetano Veloso chorando aos cantos “e agora, o que faço dessa vida sem você?” – tipo eu – continue assistindo aos demais jogos do Silver Stars e escolha uma outra equipe para acompanhar. Minhas dicas: Chicago Sky – que alcançou sua primeira vaga nos playoffs na história -, Phoenix Mercury – pela conjunto que vale a pena assistir -, Minnesota Lynx – proporciona momentos agradáveis com basquete de qualidade – e Atlanta Dream – será que será capaz de chegar a uma final mais uma vez e vencer?

Diante das adversidades, como manter torcedores?

O San Antonio Silver Stars passa por uma fase muito ruim, e isso não é mistério para ninguém. No entanto, existe uma cultura muito forte dentro das ligas norte-americanas de transformar uma franquia em um grande negócio. Normalmente, os times não são apenas uma forma de diversão para a sociedade, pois por trás de todo o entretenimento oferecido existe uma empresa com o objetivo de produzir, como toda sociedade capitalista, lucro. Quando isso não acontece, ou existe uma mudança de localidade – tal qual o Seattle SuperSonics hoje é o Oklahoma City Thunder na NBA e o Detroit Shock se tornou o Tulsa Shock na WNBA – ou as portas são fechadas definitivamente – caso do Sacramento Monarchs na liga feminina.

No caso do San Antonio Silver Stars, a empresa que controla as ações da equipe é a Spurs Sports & Entertainment Executives. Ou seja, os mesmos donos do San Antonio Spurs. Apesar de Gregg Popovich e Dan Hughes serem os comandantes dos times, o “cara da grana” é Peter Holt. Esse é o motivo para tanto o esquadrão feminino quanto o masculino dividirem o mesmo estádio como “casa”, o AT&T Center, terem as mesmas cores e seus jogadores apoiarem os títulos um do outro – por exemplo, quando Becky Hammon tirou uma foto com troféus da NBA em homenagem ao Spurs na última final da NBA.

A situação dos “irmãos”, porém, é diferente da das garotas. O Spurs não precisa de muito esforço para atrair torcedores, que são, consequentemente, consumidores, tanto por meio da aquisição de ingressos como de camisas e outras coisinhas que todo fã gosta de ter – chaveiros, adesivos, bobbleheads de jogadores e estandartes, entre outros. Raramente uma franquia da NBA corre o risco de se extinguir, principalmente as mais tradicionais e vencedoras, como o Spurs. Já na WNBA, a cada ano existe um temor por parte dos admiradores de que seu time chegue ao fim. Já aconteceu com equipes importantes, como o Sacramento Monarchs e o Detroit Shock, mencionados acima.

O Seattle Storm quase teve de se desligar do campeonato recentemente, até que um grupo de torcedoras – isso mesmo, apenas mulheres – assumiu as despesas do time, que hoje é um dos que tem o maior sucesso e investimento na liga. No caso do Silver Stars, existe uma grande sorte pelo fato de o grupo responsável por suas ações ter bastante dinheiro e os torcedores fieis do Spurs apoiarem as garotas. Em menor escala, é claro, mas há fãs incontestáveis.

Para que essa base de apoiadores se mantenha, principalmente os conhecidos Season Ticket Holders – os que compram ingressos com lugar cativo para a temporada inteira –, o time investe em jogadoras e em atividades que envolvam aqueles que estão nas arquibancadas. O Silver Stars tem atletas queridas e que levam resultado: Becky Hammon, Sophia Young, Danielle Robinson, DeLisha Milton-Jones, Jia Perkins e Danielle Adamas, por exemplo. No geral, essas são muito apreciadas pelos torcedores das estrelas prateadas.

O motivo principal para que as pessoas sintam afeição pelas jogadoras é o resultado que essas trazem em quadra, o que não tem acontecido em 2013 com a equipe texana. Na WNBA existe, ainda, o fator “beleza”. Muitos homens acompanham alguns times devido à aparência das atletas. Neste ano, os rapazes foram presenteados com Elena Delle Donne e Skylar Diggins, que além de serem monstros com a bola são lindas – sim, recalque da colunista aqui. Não duvido nada que o Chicago Sky e o Tulsa Shock tenham uma nova safra muito forte de torcedores para os próximos anos.

Um tipo de ação que acontece com frequência na WNBA para que a comunidade se aproxime do time de sua cidade, e mais consumidores sejam atraídos, são encontros periódicos, do tipo “Meet&Greet“, nos quais as jogadoras se colocam à disposição para tirar fotos, dar autógrafos e trocar uma ideia com os mortais que as acompanham. O Silver Stars manda muito bem nisso, e já promoveu compromissos informais com torcedores em um boliche, casas de fast food, festas para os Season Ticket Holders, um campo de golf e leilões beneficentes, por exemplo. Sem contar as aparições na imprensa, como participação em publicações fora do segmento esportivo (Jayne Appel e Davellyn foram capa da revista Texas Dogs And Cats Magazine deste mês) e rádios regionais (Becky Hammon é a que mais participa deste tipo de entrevista). Outro exemplo: no começo da temporada, Sophia Young foi escolhida para comentar um dos jogos da final do Spurs no Twitter do Silver Stars.

Jayne Appel e Davellyn Whyte no ensaio fotográfica para a capa da revista Texas Dogs And Cats Magazine (Divulgação)

Jayne Appel e Davellyn Whyte no ensaio fotográfica para a capa da revista Texas Dogs And Cats Magazine (Divulgação)

Afora essas atividades escolhidas individualmente pelas franquias, existe o WNBA Cares, no qual todos os times da liga devem estar envolvidos obrigatoriamente a fim de promover ações beneficentes em sua comunidade.

Danielle Adams e Davellyn White em uma ação da WNBA Cares (Divulgação)

Assim é que o Silver Stars tem sobrevivido em 2013, com a aproximação de seus torcedores, mostrando que eles podem, de alguma maneira, participar da vida da franquia.

Dan Hughes em um evento particular para os Season Tickets Holders do San Antonio Silver Stars, no Zoológico de San Antonio (Katie Funk/sasilverstars.com)

Uma ação que envolve treinos em cidades diferentes deu uma oportunidade de aproximação de novos torcedores (Annie Werner – sasilverstars.com)

Na semana que se passou, as estrelas prateadas perderam dois jogos e ganharam um. Agora, têm um período de descanso, no qual enfrentarão apenas o New York Liberty, na quinta-feira.

Um olhar mais profundo

Elena Delle Donne não cansa de se destacar em sua primeira temporada como profissional. Ao final da votação pelas titulares das conferências Leste e Oeste do All-Star Game de 2013 da WNBA, a novata ficou em primeiro lugar e passou a ser a única primeiranista a ficar no topo da enquete pública na história da liga.

Os times foram definidos desta maneira:

Leste – Cappie Pondexter (New York Liberty), Epiphanny Prince (Chicago Sky), Elena Delle Donne (Chicago Sky), Tamika Catchings (Indiana Fever) e Angel McCoughty (Atlanta Dream)

Oeste – Diana Taurasi (Phoenix Mercury), Seimone Augustus (Minnesota Lynx), Candace Parker (Los Angeles Sparks), Maya Moore (Minnesota Lynx) e Brittney Griner (Phoenix Mercury)