Arquivo diário: 05/02/2010

Eu já vi isso antes?

Em 2007 foi assim... mas e em 2010?

Primeiramente gostaria de pedir desculpas ao nosso leitor pelo atraso na coluna. Sabem como é esses dias corridos que temos frequentemente.

Mas vamos ao assunto…

Meu amigo e leitor aqui do Spurs Brasil, Rafael Proença, lembrou recentemente da temporada 2006-2007.

Alguém aí lembra dessa temporada?

Pois bem… farei um breve resumo para os mais esquecidos.

Naquela temporada, San Antonio chegou cercado de desconfiança. No ano anterior, quando defendia o título, uma derrota pra lá de amarga contra o Dallas Mavericks nos playoffs nos tirou a chance de conquistar o bicampeonato consecutivo.

O ano começou devagar. Dallas Mavericks e Phoenix Suns tinham ótimos times e logo foram se distanciando nos standings.

Os texanos, por sua vez, tinham dificuldade para se acertar. Talvez fossem os reflexos da derrota em casa para o Mavs no sétimo jogo da pós-temporada anterior…

Talvez fosse falta de química no conjunto…

O fato é que ninguém sabe ao certo até hoje.

Como nessa temporada que vivemos agora, rumores de troca assolaram San Antonio por longas semanas. Um dos alvos era o veterano Brent Barry, que já nem contribuia muito para a equipe.

Popovich, no seu estilo militar, vetou qualquer tipo de mudança. Ninguém sai, ninguém chega!

Ficamos daquele jeito, pouco esperançosos e já conformados com um 2007 sem título.

Foi aí que veio a Rodeo Trip e consequentemente o Jogo das Estrelas.

O time melhorou, o elenco ganhou unidade, Ginobili, Parker e Duncan passaram jogar como nunca. Era o retorno da era de ouro?

Talvez… o torcedor ainda tinha suas dúvidas; ninguém parece acreditar que aquele time sem entrosamento poderia ter se tornado um dos melhores do Oeste.

E se tornou. Depois de se recuperar, os comandados de Gregg Popovich fizeram uma campanha brilhante, quase suficiente para ultrapassar Mavs e Suns – que continuaram à frente ao final da temporada regular.

Vieram os playoffs e o primeiro adversário era o temido Denver Nuggets. Tinha Allen Iverson em boa forma, Carmelo Anthony jogando muito…

Em San Antonio, muitos qualificaram esse duelo como injusto, tal qual era a força da Conferência Oeste naquele momento.

Uma derrota no primeiro jogo, em casa, colocou uma pulga atrás da orelha de todos os torcedores. Será que Iverson e cia bateriam S.A. logo na primeira rodada?

Ledo engano, caro leitor! O Spurs foi forte, venceu o segundo, o terceiro, o quarto e o quinto jogo, alcançando assim a próxima fase.

Na outra ponta da tabela, o favorito ao título, Dallas Mavericks, foi responsável por algo histórico… só que pelo lado negativo.

Em embate ferrenho contra o Golden State Warriors, que havia se classificado em oitavo, os californianos anularam Dirk Nowitzki…

Some a isso o brilho do armador Baron Davis, que quase fez chover contra a defesa de Dallas.

No final, 4 a 2 e Golden State pulava uma etapa…

Sem o rival texano no caminho, tudo ficou mais fácil para o Spurs.

Entretanto, ainda havia o Phoenix…

A verdade é que Amare Stoudemire e Steve Nash nunca se deram bem no Texas.

Como estamos acostumados a dizer, San Antonio ‘tinha o número’ do Suns…

Numa série polêmica, em que Stat e Diaw ficaram de fora de alguns jogos por terem invadido a quadra após o tranco de Robert Horry em Steve Nash, Tim Duncan e companhia se sagraram vencedores em seis partidas.

Sobrava na final do Oeste o Utah Jazz, da dupla Deron Williams e Carlos Boozer.

Inspirado, Deron até que tentou, mas foi incapaz de conter um San Antonio brilhante, como poucas vezes vi na minha vida.

Após sagrar-se vencedor em cinco duelos, os comandados de Gregg Popovich iam para a final contra o ‘maravilhoso LeBron James’…

Ainda inexperiente, LeBron foi incapaz de liderar seu time a uma mísera vitória.

Assim, em apenas quatro noites, San Antonio varreu o camisa 23 pra debaixo do tapete e conquistou seu quarto título na NBA.

Essa história, por mais que esteja resumida, é bem bonita. Contei ela desta maneira para mostrar que naquele ano nós também estávamos desacreditados, assim como agora. Se vamos repetir isso nessa temporada, ninguém sabe, mas eu só queria mostrar que uma equipe ‘jogada às traças’, como quase estamos atualmente, é capaz de sair do limbo e vencer um campeonato.

Spurs (28-20) @ Blazers (30-22) – Passaram a vassoura

Robson Kobayashi - Resumo de Jogo

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Tony Parker retornou ao time após a torção no tornozelo esquerdo ocorrida no jogo contra o Hawks. Ainda assim, ele vem sofrendo com o plantar fasciitis, uma dor constante na planta do pé que o atormenta desde o início da temporada. Porém, jogar ou ficar de repouso não fará diferença para a cura.

Com cinco bolas de três pontos convertidas em cinco tentadas, Martell Webster detonou o Spurs

Pop iniciou o jogo com Parker, Hill, Jefferson, Duncan e McDyess. Nosso time chegou a abrir 13-5, mas Nate McMillan, técnico do time da casa, parou o jogo e arrumou a equipe. O período terminou em 24-26 para o Portland.

Parker retornou bem, mas ainda sofre com dores no pé

O jogo continuou disputado, e conseguimos ir para o intervalo com dois pontos de vantagem.

Na volta dos vestiários, o Spurs defendeu melhor, permitindo que o adversário anotasse apenas 15 pontos, terminando o quarto em 74-66.

Com dois minutos jogados no período derradeiro, os texanos tinham uma vantagem de dez pontos, que evaporou em menos de sete minutos. Faltando 15 segundos, Manu teve a chance de empatar a partida com um arremesso de fora, mas não foi dessa vez e o Blazers levou a melhor, fazendo 3-0 na temporada. Essa é a quinta derrota consecutiva do Spurs para o time de Portland.

No sábado, os texanos visitam o primo pobre (Clippers) em Los Angeles, enquanto o Rose Garden será o palco do embate contra o primo rico (Lakers).

Veja os os melhores momentos da partida

Destaques da Partida

San Antonio Spurs

Manu Ginobili – 21 pontos e cinco assistências.

Tony Parker – 18 pontos e seis assistências.

Tim Duncan – 15 pontos e 12 rebotes.

Portland Trail Blazers

LaMarcus Aldridge – 28 pontos e 13 rebotes.

Martel Webster – 21 pontos (5-5 3pts) e cinco rebotes.

Andre Miller – 11 pontos e dez assistências.