Arquivos do Blog

Spurs pode ir atrás de ala nigeriano

A complicação para contratar um ala pontuador pode fazer o San Antonio Spurs aprontar. Com a possibilidade da chegada de Tracy McGrady não passar de um rumor e o negócio com Josh Howard evoluir aos poucos, a franquia poderá testar o nigeriano Chamberlain Oguchi, que disputou a última edição dos Jogos Olímpicos pela seleção de seu país.

Parker, na Olimpíada, com Oguchi ao fundo. Juntos em breve? (Getty Images)

Parker, em Londres, com Oguchi ao fundo. Juntos em breve? (Getty Images)

Com 26 anos, ele tentou ser draftado em 2009, mas não foi escolhido por nenhuma equipe. Desde então, passou nada menos do que sete (!) times em três anos. Nascido em Houston, nos Estados Unidos, ele foi o nome de maior destaque da seleção nigeriana nas Olimpíadas após anotar 35 pontos na derrota diante da França. A atuação fez com que algumas franquias da NBA que mandaram seus olheiros para Londres convidassem o atleta para testes, segundo reportagem do Yahoo! Sports – entre elas, o Spurs.

Com características pontuadoras, Oguchi seria um jogador para compor elenco e entrar no jogo quando bolas de três pontos forem necessárias. Desconhecido, seria opção mais barata – e também mais arriscada – caso McGrady e Howard não acertem. Sua carreira de “cigano” do basquete inclui passagens por times do Iraque, da Venezuela e do Líbano. Sua última equipe foi o Meralco Bolts, das Filipinas.

Leia mais: veja quem pode chegar e quem pode deixar o San Antonio Spurs

T-Mac? Não, obrigado

No último sábado (15), nosso blogueiro Lucas Pastore fez ótima análise sobre a possível vinda do pivô Kyrylo Fesenko ao San Antonio Spurs. Concordo com ele. Eficiente e de uma posição na qual o time é carente, o ucraniano faria a cotação da equipe subir entre aquelas que disputarão os playoffs da temporada. E junto dele poderia vir o veterano ala Tracy McGrady. Mas aí as coisas não funcionam da mesma forma. Se Fesenko seria totalmente útil para o elenco, T-Mac soaria mais como uma adição nada inteligente.

Lá vai T-Mac correndo e... machucou?

Lá vai T-Mac correndo e… machucou?

Dentro de sua safra de jogadores, McGrady sempre foi bem visto e, por muito tempo, segurou nas costas o Orlando Magic e o Houston Rockets. Não pelo peso que colocavam em seus ombros, mas o ala se machucou e nunca mais foi o mesmo. Algo comum e que tem como um dos exemplos o tenista brasileiro Gustavo Kuerten. Guga jogava em alto nível, se lesionou e arrastou sua carreira até o final. Parecido com o que T-Mac faz. O que um jogador desse adicionaria ao elenco do Spurs?

Dentro de quadra, saudável, ele é ótimo. Pontuador, viria do banco e faria uma dupla e tanto com Manu Ginobili. Mas o Spurs já tem problemas médicos suficientes para trazer ao elenco mais um caso. O próprio argentino sempre requer atenção especial da comissão técnica, assim como Tim Duncan, sempre por conta da idade. McGrady não seria um substituto confiável. Há cinco anos não sabemos mais se ele entrará em quadra e fará 20 pontos ou se passará desapercebido. T-Mac perdeu a hora de parar.

Claro que a grana faz a diferença e o salário mínimo para veteranos torna a aposta em McGrady mais atraente para uma diretoria que não tem mundos e fundos para gastar. Mas o quanto o barato pode sair caro quando falamos de um jogador com certa idade, que vive convivendo com lesões e que na última temporada teve média de nem seis pontos por jogo? E no Atlanta Hawks, seu útimo time, tinha como função exatamente descansar os all-stars da equipe sem perder o nível.

Prefiro que o Spurs aposte em seus jovens. Para o perímetro nós estamos bem servidos, talvez seja o setor com a renovação mais bem feita. Tony Parker é cada vez mais o franchise player, Patrick Mills deverá ganhar cada vez mais tempo e Manu parece mais saudável, impressão que tive nos Jogos Olímpicos. McGrady não viria para somar. Sua chegada seria mais motivo de preocupação do que de alívio.

O Spurs precisa investir em jogadores novos e, preferencialmente, de garrafão. Foi isso que faltou na decisiva série contra o Oklahoma City Thunder, nas finais da Conferência Oeste da última temporada.

3 pontos

– Sim, o departamento médico do Spurs é um dos melhores da liga. Mas o quanto vale dar mais trabalho para ele a troco de nada?

– T-Mac foi um dos jogadores mais impressionantes que vi jogar, assim como Guga foi e é meu tenista favorito – não o melhor que vi. Mas lesões crônicas não são fáceis de resolver.

– Se abaixasse o salário, Leandrinho seria boa pedida caso o Gregg Popovich queira um jogador apenas para sair do banco e pontuar, sem se importar muito com a defesa. Duvido.

Spurs (52-12) vs Pistons (23-42) – Sem maiores problemas

https://i0.wp.com/i689.photobucket.com/albums/vv251/peskinha/leo-resumo.jpg

111X104

Na tentativa de se recuperar da amarga derrota para o Los Angeles Lakers, o San Antonio Spurs recebeu na noite da quarta-feira o Detroit Pistons no AT&T Center. Como esperado antes de a bola subir, os texanos tiveram tranquilidade para despachar um time que há tempos vem sendo inofensivo. Em noite de Tony Parker, o Spurs venceu por 111 a 104 e manteve certa folga na ponta do Oeste – contando ainda com a derrota do Dallas Mavericks, segundo colocado da conferência, para o New Orleans Hornets.

Pois é, T-Mac, nao deu de novo pra você em San Antonio (AP Photo)

A partida começou com o Spurs muito melhor postado em quadra, aproveitando as brechas defensivas do adversário para tentar definir o duelo logo em seu início. E foi isso que os comandados de Gregg Popovich fizeram. Muito bem no aproveitamento dos tiros de quadra, os texanos fizeram 40 pontos apenas no primeiro período, tomando conta do jogo.

Parker, mais uma vez, foi o nome do Spurs na partida (AP Photo)

A vantagem de 14 pontos aberta apenas nos 12 primeiros minutos foi crucial para a vitória do Spurs. Com a bela dianteira obtida, o time passou a cadenciar a partida e baixou bastante o ritmo no segundo quarto. Ao lado de Parker, o argentino Manu Ginobili também se destacava como principal ponto de investida dos texanos ofensivamente. Com o belo aproveitamento da dupla, a franquia do Texas foi para o intervalo com 15 pontos de vantagem, 67 a 52.

O panorama na volta do intervalo se manteve exatamente o mesmo. Por mais esforços que o Pistons fizesse para tentar a virada, a disparidade entre as equipes fazia com que a diferença no placar fosse pouco alterada. Já em ritmo mais lento e com o reserva Gary Neal entrando novamente bem no decorrer da partida, o Spurs teve facilidade para chegar ao último período com 13 pontos de vantagem.

Assistindo a um bom desempenho do ala Tracy McGrady, que ficou muito próximo de um triple-double, o Pistons teve nos últimos minutos de jogo seu melhor momento. Muito disso devido ao fato de o Spurs ter relaxado completamente com a vantagem mais do que segura que fora obtida ao longo da partida. Dianteira essa que foi suficiente para garantir a vitória tranquila, mais uma do Spurs jogando em casa – a 30ª em 33 jogos.

Bonner, sempre bem nas fotos (AP Photo)

Os torcedores do Spurs, como já dito, ainda puderam comemorar a vitória do Hornets sobre o Mavericks, principal ameaça à liderança no Oeste. Nesta quinta-feira, os aficionados pela equipe texana ainda podem torcer para que o Miami Heat bata, em casa, o Los Angeles Lakers, fazendo com que a folga na ponta da conferência fique ainda maior. Já os comandados de Gregg Popovich se preparam para encarar, na próxima sexta-feira, em casa, o Sacramento Kings.

Destaques da partida

San Antonio Spurs

Tony Parker – 23 pontos, sete assistências e quatro roubos de bola

Manu Ginobili – 17 pontos e cinco assistências

Tim Duncan – 15 pontos e 12 rebotes

Gary Neal – 15 pontos e 4-5 nos arremessos de quadra

Detroit Pistons

Rip Hamilton – 20 pontos e três assistências

Tracy McGrady – 15 pontos, nove assistências e sete rebotes

Spurs (42-8) @ Pistons (19-32) – Temporada Regular

San Antonio Spurs @ Detroit Pistons – Temporada Regular

Data: 08/02/2011

Horário: 22:30 (Horário de Brasília)

Local: The Palace of Auburn Hills

Depois da folga de quatro dias, o San Antonio Spurs continua a Rodeo Trip, começando uma sequência de quatro jogos em cinco dias e de seis partidas na costa Leste, contra o Detroit Pistons. O Spurs vem embalado pelas vitorias sobre Los Angeles Lakers e Sacramento Kings, respectivamente. O ala-pivô Matt Bonner é dúvida, e podemos ter a chegada de outro ala-pivô: Steve Novak, contratado para o lugar de Larry Owens. O Pistons também venceu os dois últimos jogos, mas deve ter vários desfalques; entre os principais, Rodney Stuckey e Richard Hamilton.

Foto em nba.com

San Antonio Spurs

PG – Tony Parker

SG – Manu Ginobili

SF – Richard Jefferson

PF Tim Duncan

C – DeJuan Blair/Tiago Splitter

Fique de Olho Após uma grande partida contra o Sacramento Kings, Splitter pode ganhar mais uma oportunidade no confronto de hoje caso o técnico Gregg Popovich queira poupar Duncan para os momentos mais difíceis. Contra o Kings, o pivô brasileiro anotou 16 pontos, nove rebotes e acertou sete de oito arremessos em quase 28 minutos em quadra, sua maior tempo de quadra da temporada.

Foto em nba.com

PG – Tracy McGrady

SG – Ben Gordon

SF – Tayshaun Prince

PF – Ben Wallace

C – Greg Monroe

Fique de OlhoT-Mac chegou ao Pistons para mostrar que ainda pode ajudar o time. Nessa temporada ele mudou seu estilio de jogo; de cestinha da NBA nas temporadas 2002/03 e 03/04 a armador reserva no lugar de Rodney Stuckey. No jogo anterior, contra o Milwaukee Bucks, McGrady anotou 20 pontos.

Os desgastantes 82 jogos

Greg Oden fora da temporada. Cena comum...

Caros leitores, antes de mais nada, eu gostaria de pedir desculpas a vocês pela minha ausência nesta coluna na semana passada. Como todos sabem, temos uma vida fora do blog e, infelizmente, não podemos nos dedicar exclusivamente a este espaço. Devido a alguns imprevistos, não tive o tempo necessário para elaborar meu texto, então peço desculpas a todos.

Mas, de volta ao universo da NBA, já há algum tempo estive refletindo sobre a extenuante rotina de jogos da NBA. São 82 jogos em um período que vai de novembro até, mais ou menos, o meio de abril. Isso só na temporada regular, fora os jogos dos playoffs, que podem somar outros 28, caso a equipe chegue à final disputando sete jogos em todas as séries.

Por mais que os jogadores sejam preparados para suportar esta maratona de jogos, chega até a ser desumano tamanho número de jogos e tamanha exigência das partidas. Se em nosso querido futebol os jogadores reclamam de entrar em campo duas vezes por semana, o que dizer da NBA, onde os atletas jogam até quatro vezes neste período? E o pior; muitas vezes atuam em dias seguidos.

Juntando isso ao grande número de viagens, já que os Estados Unidos possuem vasto território e com equipes espalhadas em diversas áreas, o resultado são as inúmeras lesões que os jogadores sofrem e a queda de rendimento das equipes, devido ao desgaste físico.

No caso do Spurs, temos vários exemplos. Tony Parker está fora até os playoffs devido devido a uma fratura na mão, mas chegou a perder alguns jogos da temporada com dores no pé e problemas no tornozelo. Manu Ginobili também; durante quase duas temporadas, sofreu com probelams nos tornozelos. Tim Duncan tem as dores no joelho que insistem em pertubá-lo. Isso sem falar de outros casos de jogadores que ficaram fora de algumas partidas desta temporada, como Roger Mason e Matt Bonner.

Pela NBA, temos outros exemplos. Talvez o mais claro seja o Portland TrailBlazers. Sem Greg Oden e Joel Przybilla, fora já há alguns meses, Travis Outlaw (que já foi trocado), Rudy Fernandez, Nicolas Batum e Brandon Roy já tiveram problemas físicos que os afastaram da equipe. Isso sem falar de outros casos históricos de jogadores que tiveram suas carreiras atrapalhadas pelas lesões, como Tracy McGrady e Grant Hill.

Perto dos 162 (!!!) jogos da MLB, liga de beisebol norte-americana, os 82 jogos da NBA parecem pouco, mas reparem que a NFL, liga de futebol americano, tem apenas 16 em sua temporada regular. Será que reduzir o número de jogos para 60, por exemplo, mudaria os classificados? Na minha opinião, não.

Basta olhar a tabela hoje e ver que os oito classificados já estão praticamente definidos, exceto a última vaga do Leste, e dificilmente grandes mudanças vão acontecer na tabela. Quem hoje está lá em cima, continuará lá em cima nos próximos jogos e também já estava lá em cima há dez jogos. Quem estava em baixo, a mesma coisa.

Sei que os interesses comerciais da liga são grandes, claro. Mais jogos geram mais pessoas nos ginásios, mais transmissões de TV, mais dinheiro… Mas nem sempre os interesses financeiros podem se sobressair sobre o espetáculo. Queremos ver nossos ídolos inteiros em quadra, e não nos departamentos médicos ou entrando em quadra em frangalhos.