Spurs (3) vs Thunder (2) – Sem fantasmas

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117×89

Nem Serge Ibaka, nem fantasma de 2012. O San Antonio Spurs atropelou o Oklahoma City Thunder pelo placar de 117 a 89, na noite desta quarta-feira (29) no AT&T Center, e abriu 3 a 2 na série final da Conferência Oeste. Com algumas mudanças, a equipe voltou a repetir as atuações dos dois primeiros duelos e mostrou que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Vamos aos destaques do jogo 5:

GINOOOOOOOOOOBILI teve noite inspirada (NBAE/Getty Images)

“In Pop we trust”… Ibaka neutralizado

Após duas duras derrotas em Oklahoma City, o técnico Gregg Popovich fez mudanças siginificativas na equipe. Após ter sérios problemas para infiltrar no garrafão adversário, graças ao impacto que o retorno de Serge Ibaka proporcionou, Pop surpreendeu a todos colocando, pela primeira vez na temporada o ala-pivô Matt Bonner como titular, no lugar de Tiago Splitter. Desta forma, ele deixou a formação com quatro jogadores abertos no perímetro, a fim de atrair o congolês para fora da área pintada. Duncan

Se Bonner, com pouco ritmo de jogo, saiu zerado, o francês Boris Diaw assumiu bem o papel de ameaça da linha dos três no decorrer da partida, forçando Ibaka a abandonar sua zona de conforto no garrafão para contestar vários chutes no perímetro. Assim, o ala-pivô do Thunder esteve longe de ser decisivo, tendo a atuação mais apagada na série, fechando o jogo com apenas seis pontos, dois rebotes e dois tocos.

O ataque do time de San Antonio, por sua vez, aproveitou isso e terminou o jogo com 71% de aproveitamento nos arremessos de dentro do garrafão, maior marca da equipe nos playoffs desse ano. Já na tábua de rebotes, o time da casa também levou vantagem, apanhando 48 ressaltos, contra 35 do Thunder.

Atenção em Westbrook

Na defesa, Popovich deslocou Kawhi Leonard para a marcação de Russel Westbrook, que vinha sendo um dos principais problemas para a equipe de San Antonio na série, após ter anotado 40 pontos e dez assistências no jogo 4. O ala não chegou a anular o camisa #0, mas sua marcação limitou o mesmo a fazer praticamente metade de seus números do último jogo: 21 pontos e sete assistências. Danny Green e Manu Ginobili se revezaram na marcação do MVP Kevin Durant, que saiu de quadra com 25 pontos. Já Reggie Jackson, que tinha se encaixado bem no quinteto titular do Thunder, começou voando na partida com dez pontos, mas parou por aí, talvez sentindo os efeitos da torção que sofreu no último jogo.

Spurs foi Spurs

Apesar de um primeiro quarto um pouco afoito no ataque, que dava a impressão de que o time entraria novamente na correria do Thunder e teria problemas, o Spurs iniciou o segundo quarto jogando dentro de suas características. Fazendo seu jogo de meia quadra, com movimentação de bola, algumas boas infiltrações de Tony Parker (que voltou a ser importante) e chutes com mais liberdade, a equipe venceu a segunda parcial por 33 a 23 e foi para os vestiários com dez pontos de frente. No terceiro período, enquanto OKC amassava o aro, o alvinegro manteve a intensidade e aumentou a diferença para 19 pontos, fechando a parcial com 94 – mais do que os 93 que a equipe conseguiu no jogo quatro inteiro.

“Hoje nós estávamos afinados. É a única maneira de termos um chute (preparado). Se quisermos jogar loucamente, com chutes precipitados, eles vão nos vencer”, afirmou o ala-armador argentino Manu Ginobili, após o confronto.

Mão na forma

Um dos motivos para a larga vantagem foi a pontaria calibrada dos texanos, que terminaram o jogo com um aproveitamento de 51,3% dos arremessos de quadra, mantendo o bom retrospecto dentro do AT&T Center na série. Jogando em casa, o Spurs sempre esteve acima dos 50% de aproveitamento – já nos jogos como visitante, esteve abaixo dos 40%.

Timmy chegou ao double-double (NBAE/GettyImages)

Timmy chegou mais perto de outro recorde (NBAE/GettyImages)

Panela velha…

Após atuação apagada no jogo 4, Tim Duncan voltou a brilhar. Atuando sempre como único homem de garrafão do alvinegro, o ala-pivô de 38 anos de idade levou vantagem nas várias situações de mano a mano que teve contra os homens mais pesados do Thunder, e terminou como cestinha da equipe, anotando 22 pontos (61% de aproveitamento nos chutes) e apanhando 12 rebotes. Desta forma, Timmy chegou ao seu 154º double-double em playoffs, ficando a apenas a três de se igualar ao líder de todos os tempos nesse quesito, que é ninguém menos que o lendário armador Earving “Magic” Johnson.

“Ele (Duncan) nunca faz nada mais surpreendente do que ele já faz naturalmente. É incrível, porque muitos não conseguem fazer igual. Ele não vai saltar para fora do ginásio ou se mover rapidamente como fazia, mas ele ainda é a base para o que fazemos”, destacou Popovich, que é técnico do camisa #21 desde 1997.

Outro veterano que esteve em noite inspirada foi Manu Ginobili. Atuando por 21 minutos, o argentino registrou um excelente aproveitamento de 76,9% nos arremessos (7/9 FG e 3/4 3 PT) e fechou o jogo com 19 pontos, seis assistências e quatro rebotes, liderando o banco do time de San Antonio, que anotou 55 pontos, contra 25 de Oklahoma.

A série volta para OKC

A uma vitória das finais, o Spurs viaja novamente para Oklahoma City, onde acontece, no próximo sábado, o jogo 6 da série melhor de sete. A pergunta que nos fazemos é que tipo de duelo devemos esperar, em uma série em que só tivemos placares elásticos a favor dos mandantes. O que sabemos é que o jogo de xadrez dos treinadores irá continuar. Duncan, ao fim da partida, deu o recado à torcida.

“É a série mais louca que eu já joguei. Nós absolutamente acreditamos que podemos vencer (em Oklahoma). É um lugar difícil de se jogar e eles estarão lutando por suas vidas. Mas sentimos que, se jogarmos da maneira certa, cuidando da bola, não há nenhuma razão para não acreditar que podermos vencer”, colocou o Big Fundamental.

Destaques da partida

San Antonio Spurs

Tim Duncan – 22 pontos e 12 rebotes

Manu Ginobili – 19 pontos, 4 rebotes e 6 assistências

Kawhi Leonard – 14 pontos, 7 rebotes, 2 assistência e 2 roubos

Danny Green – 14 pontos

Tony Parker – 12 pontos, 4 rebotes e 4 assistências

Oklahoma City Thunder

Kevin Durant – 25 pontos e 5 rebotes

Russel Westbrook – 21 pontos, 4 rebotes, 7 assistências e 3 roubos

Sobre Renan Belini

Formado em jornalismo pela Universidade Santa Cecília/SP... spur apaixonado desde 2004, tendo Tim Duncan como seu grande ídolo no esporte. Também amante da bola oval (Colts) e da redonda.

Publicado em 30/05/2014, em Resumo de Jogos. Adicione o link aos favoritos. 6 Comentários.

  1. alison dezzottti

    Fiquei muito feliz com a vitória de ontem..eu estava muito apreensivo.. Forçar ibaka a sair do garrafão marcando bonner ou diaw foi a chave do jogo. POP abriu o time e matou a marcação do thunder…spurs jogou como spurs. Gostei muito do ginobili em quadra…chamou a responsa… Fico muito preocupado com o okc… Mas confio muito no time que torço..esse big 3 é o melhor da história…e eles merecem mais um título!go spurs.

  2. danilovboas

    Acho (só acho porque essa série me deu uns bons tapas na cara) que bater o Thunder com autoridade com Ibaka e tud, é o sinal que San Antonio finalmente achou o caminho pra acabar com a hegemonia deles em Oklahoma City.

    • Também acho, Danilo. Até porque o Brooks não tem muitas alternativas no banco. Estou esperançoso que tenhamos, finalmente, um jogo equilibrado nessa série (e com o Spurs vencendo fora haha).

  3. Fiquei surpreso com entrada Matt Bonner… e com a soberba do Thunder, vão com calma temos Tim Duncan, Parker e Ginobili não somos qualquer um..,

  4. Amanhã… é hora de caras como o nosso Pop, T. Duncan, Ginobili (líderes) pilharem o elenco do Spurs nos vestiários… algo do tipo: Vamos deixar pra amanhã, o que podemos fazer hoje? E acabar de uma vez com a série!!

  1. Pingback: Spurs (3) @ Thunder (2) – Finais de conferência | Spurs Brasil

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