Arquivo mensal: maio 2010
Que venha o Asefa Estudiantes

O Caja Laboral – equipe espanhola em que joga o pivô brasileiro Tiago Splitter, cujos direitos, na NBA, pertencem ao San Antonio Spurs – agora começa a preparação para os playoffs. O time chegou ao fim a temporada regular da Liga ACB, o campeonato espanhol de basquete, vencendo seu último jogo dentro de casa e sendo derrotado na rodada final fora de seus domínios. Confira, a seguir, um pequeno resumo das partidas:
Os Jogos
09/05/2010 – Caja Laboral 96 x 61 Lagun Aro GBC

Foto em baskonia.com
Jogando em sua arena, o Caja Laboral conseguiu uma tranquila vitória sobre Lagun Aro GBC e assegurou matematicamente a segunda colocação da ACB. O Saski Baskonia começou muito bem a partida com seus titulares em quadra, mas no segundo quarto caiu um pouco de produção com os reservas e com a estreia do recém-contratado o americano Milt Palacio, mas o time fechou à frente o primeiro tempo em 35 a 26 . Na segunda metade do jogo, os dois times disputaram forte o terceiro período, mas no último o Lagun Aro GBC não conseguiu segurar o forte ataque do Caja Laboral e, com uma parcial de 35 a 12, acabou derrotado por 96 a 61. Pela equipe basca, os destaques foram Pau Ribas, com 20 pontos, sendo seis em oito tentativas de três pontos, e o brasileiro Marcelo Huertas e o herzegovino Mirza Teletovic, com 17 pontos cada um. Huertas ainda adicionou oito assistências. Tiago Splitter fez 13 pontos, sete rebotes, quatro assistências e quatro roubos de bola. Pelo Lagun, o principal destaque foi o americano Andy Panko, com 16 pontos e dez rebotes.
16/05/2010 – Unicaja 70 x 62 Caja Laboral

Foto por EFE
Com a segunda colocação garantida, contra o Unicaja, o Caja Laboral tinha chance de escolher seu adversário nas oitavas de final dos playoffs jogando fora de casa. O técnico Dusko Ivanovic decidiu poupar alguns jogadores do time basco, mas ainda assim começou bem o jogo, deixando o Unicaja encostar no placar ao final do primeiro tempo, que terminou em 27 a 26. No terceiro quarto, o Saski Baskonia conseguiu novamente uma boa vantagem, mas permitiu a vitória da equipe da casa no final por 62 a 70. Pelo Caja, o destaque foi Teletovic, com 11 pontos. Splitter, que jogou pouco tempo nesta partida, anotou seis pontos, sete rebotes e três bloqueios. Pelo Unicaja, os destaques foram os ingleses Robert Archibald e Joel Freeland, com 12 pontos cada, e Archibald com oito rebotes. A rodada foi marcada pela greve dos árbitros e a vinda de estrangeiros para apitar os jogos.
Situação da Equipe
Na Liga ACB, o Caja Laboral (27-7) fechou na segunda colocação, empatado com o Real Madrid (27-7) mas vencendo no confronto direto, e ficou atrás apenas do Regal FC Barcelona (31-3). Assim, o Saski Baskonia enfrentará pelas oitavas de final nos playoffs o Asefa Estudiantes (19-15), que ficou na sétima colocação, empatado com o Unicaja (19-15) e Cajasol (19-15), que ficaram com a 5ª e 6ª posição, respectivamente, nos quesitos de desempate.
Não perca, na semana que vem, o resumo de mais uma semana de Splitter e companhia aqui, no Spurs Brasil!
E mais…
O pivô brasileiro foi escolhido pela primeira vez para o time ideal da liga ACB, acompanhando Ricky Rubio, Juan Carlos Navarro e o esloveno Erazem Lorbek, do Regal FC Barcelona, e Carlos Suárez, do Asefa Estudiantes. Ele também terminou com a maior valoração nas estatísticas da ACB, com 21,2 de média, com quase quatro pontos à frente do terceiro colocado, o americano Gerald Fitch, do Ayuda en Acción Fuenlabrada, com 17,9. Veja o vídeo da indicação do brasileiro para o quinteto ideal da ACB.
Mason passará por cirurgia na mão


Foto por David Liam Kyle/NBAE via Getty Images
O ala-armador do San Antonio Spurs Roger Mason Jr., que se tornará agente livre em 1º de julho, passará por um procedimento cirúrgico para reparar um ligamento rompido em sua mão direita.
Mason, 29 anos, sofreu com a lesão pela primeira vez em 21 de fevereiro, na derrota para o Detroit Pistons, e jogou a maioria da segunda metade da temporada com uma proteção em sua mão de arremesso para ajudar a estabilizar o polegar.
Por esse problema de lesão e pela redução de seu tempo de quadra, os números de Mason caíram nesta temporada – seu melhor resultado na carreira foi em 2008/09. Na época recém terminada, ele teve médias de 6.3 pontos e apenas 38,9% nos arremessos de quadra.
A hora da decisão!

O momento que todos os fãs de NBA aguardam está cada vez mais próximo. Começa, neste domingo, a primeira das Finais de Conferência da liga, que vão decidir os dois candidatos ao título do mais importante campeonato de times do basquete mundial. Às 16h30 (de Brasília) deste domingo, Orlando Magic e Boston Celtics começam a decidir o título da Conferência Leste. Na segunda, às 22h, Los Angeles Lakers e Phoenix Suns jogam a primeira partida da final da Conferência Oeste.

Ei pessoal, acordem! Os playoffs voltaram!
No Leste, nenhuma surpresa. Claro; todos apostavam no Cleveland Cavaliers – que montou um belo elenco na offseason, voou na temporada regular, e ainda trouxe um reforço de peso ao longo do ano (o ala-pivô Antawn Jamison). Porém, era impossível tirar da lista de favoritos os dois últimos campeões da conferência. O Magic desde cedo justificou este favoritismo e garantiu a segunda colocação na temporada regular sem maiores dificuldades. Já o Celtics, aos trancos e barrancos, acabou na quarta posição – mas, nos playoffs, mostrou a que veio, eliminando LeBron James e companhia.
A série promete, ao meu ver, por serem duas equipes que se destacam pelo jogo coletivo. Têm grandes jogadores, obviamente – porém, não adianta investir na marcação individual a um adversário para frear o ímpeto do time. Nem mesmo um Dwight Howard bem marcado complica a vida do Magic – conforme já disse neste mesmo espaço, não acho que o pivô seja a principal arma ofensiva da equipe. Os dois times terão de se estudar, entender a característica adversária e construir uma defesa ideal para tentar pará-la.
O Magic não joga desde o dia 10/05, quando venceu a quarta partida diante do Atlanta Hawks para varrer o adversário. A folga pode ter dois lados – a equipe entrará em quadra bem mais descansada do que o adversário, mas terá um rival muito mais embalado pelo ritmo dos playoffs, já que a série Celtics x Cavs acabou de terminar. Mesmo assim, aposto na equipe da Flórida, que vem jogando um basquete muito sólido ao longo de toda a temporada.
Se no Leste não vemos surpresas na final de conferência, no Oeste temos uma zebraça daquelas! O Los Angeles Lakers, que caminha para a construção de uma dinastia, já que foi campeão da conferência nas últimas duas temporadas, encara o Phoenix Suns, que não chegava a uma final do Oeste desde 2006 – quando eliminou o time de Los Angeles na primeira rodada dos playoffs – e que não decide a NBA desde 1993.
Após se desfazer de Shaquille O’Neal na offesason, o elenco do Suns pareceu enfraquecido. Pois a equipe começou a temporada com tudo, chegando a liderar o Oeste. Todos afirmaram que o time – como sempre, comandado por Steve Nash e Amare Stoudamire – era fogo de palha. Pois terminou com a terceira colocação da disputada conferência. Então, o consenso era que a equipe não iria longe nos playoffs. Então, lá foi o Suns vencer o Portland TrailBlazers por 4 a 2 e varrer (…) o San Antonio Spurs nas semifinais. Pode isso, Arnaldo?
A princípio, não vejo como o Lakers perder essa final. A equipe tem um bom time, jogadores acostumados aos playoffs e um dos jogadores mais decisivos que já vi no esporte mundial, Kobe Bryant. Acho que o time de Los Angeles tem tudo para garantir facilmente a vaga na decisão – mas como fazer uma aposta seca com um Suns que vem surpreendendo mais e mais a cada fase? Eu prefiro é esperar pra ver…
O líder e suas diversas facetas
Líder? Semideus? Deus? Mero mortal ou pipoqueiro?
Este é LeBron James, em várias de suas facetas. Elas foram vividas em toda a temporada da NBA.
De início, o personagem semideus, recém-chegado de uma temporada brilhante, coroada com o título de melhor jogador.
O título, contudo, ficou para a próxima. Sem antídoto para Dwight Howard, LeBron e sua trupe pararam no Orlando Magic, que foi à final e fez bons jogos contra o Los Angeles Lakers.
O astro foi perdoado. A culpa, em sua grande parte, foi carregada por outras costas, embora alguns já o olhassem com um ar de desconfiança.
Deus; esse foi LeBron James ao término desta temporada.
Ele jogou muito, muito mesmo. Fez de tudo, eu diria; um verdadeiro craque. Ao término da época, mais uma vez, veio o troféu de MVP – um marco na carreira de qualquer jogador.
Nos playoffs, o camisa #23 mostrou sua faceta de líder. Passou pelo Chicago Bulls sem deixar rastros, jogando o mesmo basquete que o credenciara ao prêmio de melhor atleta da temporada.
Na fase seguinte estava lá o experiente Boston Celtics. Será que o trio de velhinhos seria páreo para King James, como o mesmo gosta de se intitular?
A resposta veio em quadra. Quem apareceu para o jogo? Ray Allen e Rajon Rondo.
E LeBron James? Foi anulado, se escondeu…
A responsabilidade pesou. Na hora “H”, muitos passes, pouca iniciativa. É bem verdade que Ray Allen o marcou como poucos. Aliás, o Boston Celtics soube como parar o badalado Cavs.
Rajon Rondo fez chover. Fez triple-double, passou muito, infiltrou muito. Deixou o técnico Mike Brown de “cabelos em pé”; entre aspas, porque Brown sequer possui um fio de cabelo.
Acanhado, LeBron James passou vergonha em casa, foi vaiado. Teve seu pior desempenho da carreira em playoffs sob os olhares atentos de seus entusiastas.
No jogo seguinte, o último da série, muitos abraços, um triplo-duplo, um adeus melancólico.
A passagem de LeBron James pelo Cleveland Cavaliers (se ele realmente trocar de equipe) será sempre lembrada com um asterisco.
“O novo Jordan que nunca venceu”, talvez fosse um título adequado.
James me decepcionou, decepcionou aos torcedores de Cleveland, a imprensa. O mundo esperava mais dele, que sucumbiu diante de um time que soube o que fazer em quadra.
Mas depois de tudo isso, vale crucificar o craque?
Ao meu ver será inútil. Há jogadores com mais culpa. Quando LeBron se omitiu, alguém precisava chamar a responsabilidade; ter, no linguajar popular, saco roxo…
O elenco do Cleveland Cavaliers é milionário. Será que alguém, além do camisa #23, estava impossibilitado de pontuar?
A culpa é de todos, claro, mas o asterisco do ano vai para LeBron James, um dos maiores jogadores que vi, um dos que mais me decepcionou.
Torço para ele vencer um dia. Espero vir aqui e escrever um belo texto criticando a mim mesmo, dizendo que eu estava errado.
Esse dia vai chegar? Quem sabe… só o tempo dirá.
Parker não jogará Mundial pela França


Essa camisa Parker não vestirá nesta offseason (Foto em tp9.net)
O armador Tony Parker declarou nesta quinta, em uma entrevista ao seu site oficial, que não jogará o Campeonato Mundial pela seleção da França e passará a offseason nos EUA objetivando a preparação para a próxima temporada com o San Antonio Spurs.
“Eu não desejo jogar pela seleção neste ano, pois joguei nos últimos cinco verões,” disse Parker. “Esse ano eu senti muito isso. Eu estava cansado o tempo todo.”
Parker tomou a decisão após reunião com a comissão técnica da equipe texana.
“Eu conversei com Pop (técnico Gregg Popovich) e ele disse que a decisão era minha, mas preferiam que eu não jogasse, e eu concordei totalmente.”
O armador francês citou a necessidade de descansar e reabilitar-se das lesões sofridas durante o ano pelo Spurs. Ele perdeu 26 partidas durante a temporada regular com uma variedade de contusões, incluindo um tornozelo torcido, uma fasceíte plantar e uma mão direita quebrada.
Sobre os rumores de seu envolvimento em alguma troca, Parker foi enfático em sua vontade de permanecer no Spurs. Com mais um ano de contrato no valor de 13,5 milhões de dólares, Parker espera começar a negociação de uma extensão de contrato já em outubro.
“Meu desejo é conseguir uma grande temporada com o San Antonio”, ele disse. “Estou feliz em San Antonio. Minha esposa e eu estamos bem felizes. Eu construí minha casa aqui. Eu não tenho vontade de sair daqui. Meu coração está aqui.”
O Campeonato Mundial da Turquia começa no dia 28 de agosto e vai até 12 de setembro. A seleção francesa está no grupo D, ao lado de Espanha, Lituânia, Nova Zelândia, Canadá e Líbano.



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