Arquivo diário: 05/07/2008

“Go Small”

Parker, Ginobili, Finley, Bowen e Duncan. Considerando a média de minutos jogados por partida, esse foi o quinteto titular da equipe do San Antonio Spurs na última temporada. Essa formação vai contra a tradicional montagem de uma equipe de basquetebol, com um armador, dois alas e dois pivôs, e vai à favor a uma tendência do basquetebol moderno, intitulada “Go Small” por alguns especialistas.

Com a evolução física do esporte, o ala-pivô, também conhecido como posição quatro, vem se tornando cada vez mais ala e menos pivô. Com isso, os pivôs também têm que melhorar sua agilidade, para acompanharem o ritmo de seus colegas e adversários de garrafão. Por isso, jogadores como Yao Ming vão ficando cada vez mais raros, e pivôs como Dwight Howard são a tendência de um futuro próximo.

Quantas vezes, você, fã do San Antonio Spurs, não viu sua equipe jogando, essa temporada, com 4 homens de perímetro mais Tim Duncan no garrafão? Pois bem, nessa nova tendência, Duncan passa a ter características muito mais de pivô do que de ala pivô; em uma partida contra o Orlando Magic, do já citado Howard, por exemplo, teria dificuldades em marcar Hedo Turkoglu e/ou Rashard Lewis, que, em quadra, se revezam nas posições 3 e 4; o estilo de Timmy encaixa melhor com o do Superman.

Entre os jogadores brasileiros, também temos exemplos da tendência. Os jogadores Guilherme Giovannoni, que joga no Virtus la Fortalezza, da Itália, e Marcus, que atua no Club Basquet L’Hospitalet, da Espanha, podem fazer, em quadra, as posições três e quatro, mostrando que também têm a versatilidade que o basquetebol moderno exige.

Nas finais da NBA dessa temporada, tivemos um interessante duelo entre os jogadores da posição quatro; Kevin Garnett, que é mais pivô, contra Lamar Odom, que está mais para ala. Melhor para o atlela dos Celtics, eleito ainda o melhor jogador defensivo da temporada.

Se é essa tendência que vem gerando uma crise de pivôs ou se essa crise que forçou a tendência, é uma discussão difícil de concluir. Fato é que lidamos a cada dia, no mundo do basquetebol, com pivôs mais ágeis, aumentando ainda mais a dinâmica do esporte.