Arquivo mensal: junho 2008
Especialistas e suas previsões das escolhas do Spurs

Com a grande maioria do time acima dos 30 anos, o Spurs precisa, neste momento, renovar seu plantel – mesmo que a maioria fique em desenvolvimento no Austin Toros, da NBDL. Existe consenso sobre quem irão draftar? Nenhum, até agora. Nem mesmo o Spurs sabe quem escolherá agora; eles sabem do que precisam, porém os jogadores que querem podem ou não estar disponíveis quando chegar o momento da escolha.
Este é um Draft com bons jogadores, que mesmo com uma escolha alta, o Spurs pode fazer boas escolhas. Se tentarem conseguir uma posição melhor, como dizem alguns rumores, será um importante e excitante Draft para a franquia.
Aqui estão alguns sites com seus mock draft, prevendo quais escolhas fará o time texano.
Indica atualização das escolhas
Aqui alguns vídeos dessas possíveis escolhas do Spurs.
Mario Chalmers
Ryan Anderson
Donte Green
Serge Ibaka
Alexis Ajinca
Brandon Rush
Omer Asik
Kyle Weaver
Malik Hairston
Sasha Kaun
EUA convoca time que disputará as Olimpíadas
O diretor geral da seleção americana de basquete, Jerry Colangelo, anunciou hoje, em Chicago, os jogadores que farão parte do elenco norte-americano para a disputa das Olimpíadas de Beijing. A lista não teve surpresas, confira os nomes:
Pivô
Dwight Howard (Orlando Magic)
Ala-pivôs
Carlos Boozer (Utah Jazz)
Chris Bosh (Toronto Raptors)
Alas
Carmelo Anthony (Denver Nuggets)
LeBron James (Cleveland Cavaliers)
Tayshaun Prince (Detroit Pistons)
Ala-armadores
Kobe Bryant (Los Angeles Lakers)
Dwyane Wade (Miami Heat)
Michael Redd (Milwaukee Bucks)
Armadores
Jason Kidd (Dallas Mavericks)
Chris Paul (New Orleans Hornets)
Deron Williams (Utah Jazz)
Os Estados Unidos buscam sua décima terceira medalha de ouro em Olimpíadas, e, na tentativa de apagar o vexame dos últimos jogos, quando foram derrotados pelos argentinos nas semifinais, a seleção base deverá ser a mesma que disputou e venceu o pré-olímpico das Américas, disputado em Las Vegas. Naquele campeonato os titulares foram Dwight Howard, Carmelo Anthony, LeBron James, Kobe Bryant e Jason Kidd.
A minha opinião: Acho que o time dos EUA vem forte e mordido para Beijing. O fracasso em Atenas ainda deve estar entalado na garganta dos americanos, especialmente dos jogadores da atual seleção que estiveram na Grécia em 2004. Por isso, creio que esse ano a medalha de ouro não escapa. Os principais adversários devem ser os mesmos de sempre. A Argentina é sempre uma equipe perigosa; se Ginobili estiver apto á atuar, é forte candidata ao título. Rússia e Espanha, finalistas do último europeu de seleções, têm times fortes e entrosados, sem dúvidas também darão muito trabalho. Outra equipe que eu julgo bastante forte é a Grécia, que deve se classificar com facilidade no pré-olímpico mundial.
Se fosse o técnico americano, meu time ideal seria: Dwight Howard (Pivô), Carlos Boozer (Ala-pivô), LeBron James (Ala), Kobe Bryant (Ala-armador) e Chris Paul (Armador).
J.R. Smith no Spurs?
Após rumores que davam conta de um possível interesse do Spurs pelo pivô do Denver Nuggets, Marcus Camby, a bola da vez agora é o ala-armador problemático J.R. Smith. O ala quase veio para San Antonio em 2006, quando ainda era jogador do New Orleans Hornets. Na época, Smith viria em troca de Brent Barry, mas o negócio acabou não dando certo na última hora.
Smith, apesar de viver muitos problemas fora de quadra, dentro das quatro linhas é muito bom jogador. Resta saber se Popovich iria saber discipliná-lo como faz com o resto da equipe. O que dificulta a vinda dele é o fato do Spurs não possuir grandes moedas de troca, mas, como o Nuggets também já não está muito satisfeito com o desempenho do jogador, talvez ele venha em uma troca à lá Gasol.
Entrevista – Valdir Barbanti – Parte II
Excepcionalmente hoje, o Passando a Limpo será um pouco diferente. Eu sei que eu havia prometido a última parte da entrevista para segunda-feira, mas uma pequena mudança fez com que ela precisasse ser postada hoje. Então, o Passando a Limpo deste domingo será a segunda parte desta interessante entrevista com Valdir Barbanti, ex-preparador físico da seleção masculina de basquete.
Se você perdeu a primeira parte desta entrevista, clique aqui e confira!
Spurs Brasil – Em 92, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, vocês enfrentaram talvez aquela que foi a melhor seleção de todos os tempos nos esportes coletivos. Como foi essa experiência de ter enfrentado Michael Jordan, Larry Bird, Magic Johnson?
Valdir Barbanti – Esse pessoal todo que jogou nos Estados Unidos, era o pessoal que a gente admirava, eram os ídolos dos nossos jogadores. Uma vez o Oscar falou assim: “Quase que eu entrei na quadra com um caderninho e um lápis na mão pra pedir autógrafo”. Quer dizer, o respeito era muito grande, porque era as vedetes do esporte mundial, eram os grandes nomes, e o nosso pessoal tinha esses jogadores como grandes ídolos. Então, foi uma coisa interessante, foi legal jogar contra esses caras. Claro que eles eram extremamente superiores a nós, mas, de qualquer forma, a honra de jogar com os caras que a gente admira, que a gente tem como ídolo é uma coisa fabulosa. Então, claro, ninguém entrou achando que ia derrotar aquele time, porque ele era imbatível, mas por outro lado, entrou pra fazer o melhor e oferecer a maior resistência possível. Mas eram 12 jogadores que eram os melhores do mundo, e não tinha jeito de ganhar deles, e ninguém iria ganhar daquele time, nem a seleção do resto do mundo acho que ganharia daquele time. Foi pra nós uma honra, foi uma coisa como eu falei, uma coisa de entusiasmar e, de uma certa forma, honrados de poder jogar contra aqueles que a gente achava que era os melhores do mundo e que a gente tinha admiração. Quer dizer, a vontade era essa mesmo, eu queria a camisa deles pra guardar de recordação, queria um autógrafo, porque caramba, são os melhores do mundo, que bacana a gente jogar contra eles Agora, eu acho que aquele time era imbatível, porque eram 12 jogadores de altíssimo nível, e a gente ficava maravilhado com o que eles faziam na quadra. E contra nós não foi diferente, eles deram um show, como deram um show contra todo mundo.
SB – Você teve oportunidade de ver como era o relacionamento das grandes estrelas americanas?
VB – Não. Eles ficavam em hotéis separados, eles não ficavam nem na Vila Olímpica, então a gente nunca teve contato, porque eles ficavam em lugar separado. Então, nunca tive chance de saber como eles se relacionavam, como eles eram.
SB – A preparação física do basquete brasileiro evoluiu muito desde a época que você fazia parte da equipe e em que aspectos ela ainda deixa a desejar?
VB – Eu acho que ela evoluiu bastante, mas não evoluiu tanto do ponto de vista técnico, mas evoluiu no sentido de aceitação da preparação física. Desde 87, quando nós ganhamos o Pan-americano, ficou evidente que um time bem preparado ele enfrenta qualquer um do mundo, e nosso time mostrou isso porque tava muito bem preparado fisicamente. A partir de então, quase todo clube, mesmo as categorias de base, juvenil, infanto, infantil começaram a valorizar a preparação física, de saber que isso é uma parte importante do processo do basquetebol. Eu dei muitas clínicas logo depois do Pan-americano tentando colocar o valor da preparação física, o quanto isso ajuda no jogo. Então, acho que mudou muito e mudou pra melhor. Agora, eu acho que não evoluiu tanto, hoje a questão é mais técnica, é preciso mudar alguns paradigmas que eu vejo que está um pouquinho exagerado, por exemplo, na década de 90, com o advento da musculação, com a popularidade da musculação, essa cultura foi levada também para o esporte. Eu acho que isso é foi coisa muito ruim porque, não que a musculação não seja boa, mas muitos esportes ainda acham que toda preparação só deve ser feita em função da musculação, o que tá errado. Então, hoje eu acho que é um paradigma que eu acho que precisa ser discutido, porque preparação física não é só fazer musculação, não é só trabalhar força, precisa de outros componentes também. Então, acredito que hoje está meio estagnado, está faltando melhorar e discutir o paradigma. Mas evoluiu bastante perto do que era naquela época e perto do que é hoje. Hoje tem preparação física, é parte importante, é aceitável e todo mundo sabe que precisa dela, mas agora tá precisando um pouquinho a mais de um processo pra torná-la um pouco mais eficiente.
SB – Você acredita que nossa seleção atual não chega em quadra ao potencial que ela tem no papel? Porque?
VB – Acho que falta preparação, falta treinamento, falta reunir o grupo e se preparar, porque qualidade os jogadores têm. São alguns jogando na NBA, vários jogando na Europa, não é possível que um time desse não tenha qualidade para ser um dos melhores do mundo. Agora, lamentavelmente, eu acho que não tem sido dado a atenção para uma preparação apropriada, não pode reunir os jogadores 15 dias antes de um campeonato mundial, antes de um pré-olímpico pra treinar, por que 15 dias, um mês que seja, é muito pouco, então acredito que o que falta hoje é essa capacidade de reunir o grupo. Talvez seja até impossibilidade, porque cada um joga em um lugar e são profissionais, mas se reunir esse grupo e treinar de maneira desejada não vejo como este grupo não possa estar entre os melhores do mundo. Falta é planejamento, treinamento e reunir o grupo pra treinar.
SB – Você é a favor da escolha de um técnico estrangeiro na seleção masculina?
VB – Olha… Eu não, eu sou muito nacionalista, eu acho que o Brasil tem técnicos capacitados, competentes, que podem dar conta do recado. Quando acontecem muitas desavenças, muitos desacordos, a presença de um estrangeiro eu vejo como útil, porque não está havendo um impedimento nacional para que possa ser gente daqui. Mas o Brasil até hoje teve sempre bons treinadores, de forma que acredito que ainda existam bons treinadores. Agora, às vezes é importante uma renovação, ou vindo gente de fora pra mudar um pouco essa característica, mas eu ainda acredito que o Brasil tem treinadores muito competentes pra poder fazer o mesmo trabalho. E, além do mais, conhecer os jogadores brasileiros como os treinadores brasileiros acho que ninguém conhece, mesmo os que jogam lá fora, os treinadores brasileiros conhecem muito bem esses jogadores, o que facilitaria bem o processo. E trabalhar também com brasileiro depende de cultura, a nossa cultura é diferente. Então, acho que isso favorece pra seleção que tenha um treinador nacional e não vindo do estrangeiro. Treinar uma equipe também envolve um aspecto cultural, e nem sempre um estrangeiro conhece bem a cultura nossa pra se dar bem. Tem muitos treinadores que não se dão bem aqui, depende muito da cultura nossa, que tem que ser bem conhecida. Mas eu sou favorável a usar um treinador nacional, porque eu acredito que aqui tem gente competente pra ser treinador da seleção.
SB – Você acredita na classificação da seleção masculina para as olimpíadas de Pequim?
VB – Não. Eu acredito no potencial, acho que essa seleção tem potencial pra ir para os Jogos Olímpicos, mas, de qualquer forma, se esse grupo não for preparado, se esse grupo não treinar com tempo suficiente, eu não acredito. Agora, é um grupo de potencial bom. Se fizer isso, eu acredito que pode se classificar.
SB – Nas últimas partidas da seleção, com os problemas de Nenê e Anderson Varejão, Tiago Splitter foi o titular do garrafão. Você conhece o jogo dele? Você acredita que ele pode dar certo na NBA?
VB – Ah, eu conheço, ele já tem experiência, jogou na Europa, eu acho que é um excelente jogador. O problema é que a seleção não teve oportunidade, talvez, de ter o tempo necessário pra treinar essas grandes estrelas, porque é preciso ter maior entrosamento entre eles, e isso é tempo de treino e tempo de treino junto, porque cada um joga em um clube, então eles não têm entrosamento. O Nenê joga no Denver, o Leandrinho joga no Phoenix, um outro joga em outro estado, outro joga na Europa, é diferente. Pra entrosar esse pessoal, tem que reuni-lo e treinar junto, fazer as jogadas junto e como eles não tiveram oportunidade de fazer isso. É a grande dificuldade que a seleção tem. Reúne-se com muito pouco tempo para esse entrosamento ficar bom. Mas, de todos esses aí, mesmo os que não são da NBA, eu acho que são excelentes jogadores. O Guilherme não está na NBA, ele joga na Europa, mas é um excelente jogador. Eu acho que daria muito certo pra qualquer um deles estar na NBA, como está dando certo para o Leandrinho, que é um craque, para o Nenê, que é um cara considerado pra caramba, o próprio Tiago, acho que ele vai se dar bem, acho que ele tem tudo para se dar bem, dependendo das chances que ele tiver de jogar na NBA e dependendo da equipe que ele for, mas eu acho que o próprio Alex, que está jogando na Europa, o Alex disputou aí agora a final do campeonato europeu, você imagina a experiência que esses caras têm. Agora, eles são jogadores jogando em um time que jogam de outra maneira, quando eles vêm pra seleção, eles tem que treinar da maneira que o treinador quer, e entrosar com esses caras que estão cada um em um lugar, alguns até se conhecem, mas não têm jogado mais juntos. Eu acho que o Brasil tem 12 jogadores que qualquer um poderia ir para a NBA e se dar bem, o problema é que eles não tão dando certo na seleção por falta de tempo de entrosamento, de treinamento, eu acho que é muito pouco tempo. Esse grupo tem se reunido com muito pouco tempo para treinar, e eu acho que seleção nenhuma, salvo raras exceções como os caras craques da NBA, que podem se reunir com duas semanas e são tão superiores aos demais que acaba com duas semanas ou três de treinamento dão certo, mas não é o caso nosso. Nós precisaríamos de mais tempo pra entrosar os jogadores, mas não duvido que os 12 jogadores da seleção teriam lugar pra jogar na NBA, nos vários clubes da NBA.
SB – Você acompanha a NBA atualmente? Qual a sua equipe preferida e o jogador?
VB 0 Olha, eu acompanho de uma maneira de acompanhar todos os jogos e ficar seguindo, mas os playoffs eu gosto de acompanhar, porque nos playoffs você tem chance de ver as equipes que são melhores classificadas, então aí tem jogo de alto nível. Eu to acompanhando os playoffs ai e vejo alguns jogos. Eu gosto de várias equipes, eu gosto muito das equipes tradicionais dos Estados Unidos, que já tem certa tradição no basquetebol. Eu gosto muito do Boston Celtics, porque tem tradição, embora tenha passado por um mal momento recentemente. Eu sempre gostei do Chicago Bulls, embora no momento também não tem a equipe que teve nos anos 90. Enfim, não tem uma equipe predileta, eu gosto de ver o bom jogo, eu gosto de ver aquele jogo de show, aquele jogo que é decidido no finzinho, que é bem disputado. Eu gosto de ver os grandes lances e os grandes jogadores. Eu gosto de ver o Lakers jogar, o Lakers sempre teve uma tradição de bom basquetebol, desde de épocas anteriores. No Lakers, antigamente, jogava um cara chamado Kareem Abdul-Jabbar, que foi um excelente jogador, um craque, depois Magic Jonhson, hoje tem um cara que eu adoro ver, o Kobe Bryant. Então, eu não tenho um time predileto, eu tenho jogadores que eu gosto de ver, os jogadores fantásticos, e eu gosto de assistir bons jogos, não importa muito quem ganha ou quem perde, eu não tenho um time que eu sou apaixonado, eu gosto de assistir o basquete de alto nível, com equipes que sejam bastante equilibradas, de ver bons jogadores.
Essa foi nossa primeira entrevista aqui no Spurs Brasil. Queria agradecer o Valdir Barbanti, que nos atendeu com muito carinho, contando um pouco de sua experiência como membro da comissão técnica da seleção, e gostaria de saber de vocês leitores o que acharam. Deixem suas dicas, sugestões ou críticas nos comentários. Sua participação é importante para sempre buscarmos o melhor.
Obrigado.
The Harlem Globetrotters

Na última terça-feira, tive a oportunidade de, juntamente com meu irmão e um amigo, ver algo que, há poucas semanas atrás, eu sequer pensava que um dia teria a chance de ver. Fui ao Ginásio do Ibirapuera, na zona sul da cidade de São Paulo, para assistir à primeira exibição dos Harlem Globetrotters por aqui na turnê da equipe de 2008 pelo Brasil.
O evento começou 8:30. Na abertura, meninos da CUFA jogaram uma partida 4×4 um pouco tediosa, mas, de qualquer maneira, vale a pena dar essa oportunidade para eles mostrarem seu trabalho. Fim da preliminar, e o divertido mascote dos Trotters entrar em quadra para animar o público paulistano presente. Começa o espetáculo.
A entrada do lendário time é triunfante. Fumaça saindo dos vestiários e jogadores correndo pela quadra, saudados com todo o entusiasmo que merecem. Fiquei emocionado nesse momento. A partir daí, foi só aplaudir as sempre geniais jogadas e o incomparável humor dos Globetrotters; sem ver o tempo passar, deixei o ginásio só à meia-noite, perdendo inclusive o primeiro tempo do último jogo da final da NBA. Sem dúvidas, um dia para ficar guardado na minha memória.
Pontes aéreas e lances de rara habilidade se misturam a jogadas inusitadas e engraçadas. Um dos membros do time, Special K, jogou com um microfone, e suas palavras, em um português devidamente ensaiado, podiam ser ouvidas pelos presentes no Ibirapuera.
Lamento apenas a má divulgação do evento, que deixou vazio o ginásio e não tratou o evento com a magnitude que lhe cabia. Além de pequeno, o público presente me parecia ser leigo; no intervalo, dezenas de pessoas começaram a sair do ginásio, e o locutor teve de anunciar que era apenas uma pausa na partida.
De qualquer modo, como fã de basquete, já tive portunidade de ver a And1 e os Harlem Globetrotters no meu país. Sonho apenas agora em ver uma partida de NBA ao vivo. Quem sabe um dia.


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