Arquivo mensal: junho 2008
Draft 2008 – Análise Geral
Começa hoje a série especial que o Spurs Brasil promoverá acerca do recrutamento de calouros de 2008. Uma expectativa muito grande está sendo criada em cima das duas primeiras escolhas, pertencentes ao Chicago Bulls e ao Miami Heat, respectivamente. O San Antonio Spurs, entretanto tem apenas as 26ª, 45ª e 57ª escolhas do Draft. Confiram abaixo as análises de alguns dos colunistas do Spurs Brasil sobre as necessidades texanas para as próximas temporadas:
Leonardo Sacco
O San Antonio Spurs é uma equipe baseada no jogo de três jogadores: Tim Duncan, Manu Ginóbili e Tony Parker. Entretanto, não são raras as vezes em que os reservas têm grandes e decisivas atuações. Logo, concluo que o trabalho e a força em equipe são as grandes virtudes do time. Virtudes essas vindas de uma maior, que pertence à comissão técnica: o olhar atento em cima das necessidades do time e um grande planejamento. Ginóbili e Parker foram “achados” do Spurs em seus respectivos drafts. Ian Mahimni e Tiago Splitter são duas grandes promessas para o garrafão da equipe no processo de renovação pelo qual a equipe começa a passar. Com Ian e Tiago já selecionados, é hora de Popovich e sua comissão mirarem o perímetro da equipe, que conta com apenas um jogador abaixo dos 30 anos: o armador francês Tony Parker. Alas, alas-armadores ou armadores devem ser as prioridades de Pop e cia. para o recrutamento que ocorrerá em algumas semanas.
Lucas Pastore
Não é segredo para ninguém que a equipe do San Antonio Spurs precisa renovar-se. Do atual elenco, apenas Parker, Mahinmi, Johnson e Bonner têm menos de 30 anos de idade, sendo que os dois últimos não fazem parte da rotação ativa da equipe e o pivô francês ainda tem a evoluir antes de poder jogar regularmente. Com isso, apenas o armador Tony Parker tem bastante temporadas garantidas no time do Texas. Para sua reserva, joga na equipe da Liga de Desenvolvimento filiada ao San Antonio Spurs, o Austin Toros, um jovem e promissor armador chamado Darius Washington, que chegou até mesmo a jogar algumas partidas pela NBA nessa temporada. Não é uma posição que preocupa. Para o garrafão, Horry deve se aposentar e não atuar na próxima época. Duncan, Oberto e Thomas, apesar da idade avançada, ainda têm alguns anos como profissionais ativos. E Bonner, como já dito, não parece gozar da confiança dp técnico Pop. De qualquer jeito, ainda temos Mahinmi, e, quem sabe, teremos Splitter para serem trabalhados. A curto prazo, pelo menos, também não devemos nos preocupar em encontrar outros “Big men”. Nosso grande problema está nas alas. Na posição 3, Bowen e Udoka são bastante experientes, mas ainda podem segurar uma ou duas temporadas jogando em alto nível. Na posição 2, Barry e Finley já apresentam queda de produção e devem se aposentar em breve, o que deixaria os Spurs com apenas Manu para a posição. Johnson não convenceu quando jogou. Assim, teríamos, daqui há poucas temporadas, 3 jogadores para, no mínimo, 4 vagas. Por isso, se eu fosse da comissão técnica texana, me preocuparia em recrutar um ala-armador ou ala com talento a ser desenvolvido na equipe.
Fabrício Fiestras
Os Spurs têm uma equipe experiente, mas que aos poucos está ficando envelhecida. Brent Barry, Michael Finley e Damon Stoudamire não são mais sombras dos jogadores que já foram um dia. Jackie Vaughn é fraco. Portando, o ponto fraco da equipe está na falta de uma boa reposição para os armadores Tony Parker e Manu Ginobili. Acho importantíssimo que a equipe do Texas corra atrás de um armador reserva para Parker, ou talvez algum jogador que possa fazer bem as funções de 1 e 2, pois com o passar dos anos será cada vez mais complicado para Parker e Manu. No garrafão, se Splitter realmente vier e Mahimni vingar na NBA, acho que ainda dá pra segurar por uns anos com o que temos atualmente. Duncan ainda joga mais alguns anos em ótimo nível com certeza. Se tivesse que definir uma prioridade, seria na armação dos Spurs, posição 1 ou 2.
Victor Moraes
O San Antonio passa agora por um período delicado, em que precisa iniciar uma renovação, que se não for bem feita pode fazer com que o rendimento da equipe despenque. Parte dessa renovação já foi iniciada a algum tempo, com as seleções do francês Ian Mahinmi e do brasileiro Tiago Splitter para o garrafão, dois jovens com muito potencial a ser desenvolvido. Agora, as atenções se voltam aos jogadores de perímetro. A idade está pesando para Finley e Barry, e o próprio Manu Ginobili já não é mais nenhum garotinho. Bowen também está com idade avançada, embora este não esteja em uma decadência tão grande, e seu substituto hoje seria Ime Udoka, que tem características bem parecidas embora ainda não tenha atuações tão consistentes. Então, as atenções devem estar focadas nas posições 2 e 3 do time, as mais “envelhecidas” da equipe. Na posição 1 não vejo grandes problemas; Parker ainda é jovem e. embora Vaughn e Stoudamire (que por sinal deve deixar a equipe) não sejam reservas a altura, vejo potencial no jovem Darius Washington para suprir essa carência. Lembrando também que a equipe detêm os direitos sobre o ala Marcus Willians, draftado no ano passado; quem sabe ele não possa ser o futuro substituto da posição 3 da equipe.
Glauber da Rocha
O San Antonio Spurs começa nessa off-season a “operação renovação”, já que tem o elenco com a maior média de idade da NBA, e Horry, Barry e Finley devem se aposentar no máximo na próxima temporada. Essa operação começa com a inclusão no time do francês Ian Mahinmi e, se não renovar com sua atual equipe, do brasileiro Tiago Splitter. Nas posições 4 e 5, o Spurs já tem tudo encaminhado; o problema está fora do garrafão. Na 3, tem dois bons jogadores, Bowen e Udoka, mas os dois com mais de 30 anos. Na 2 os, reservas de Manu devem se aposentar, e o argentino já tem uma certa idade. Na 1, tem Vaughn e Stoudamire, que provavelmente não permanecerá no time na próxima temporada, não acrescentam nada ao time, e tem ainda o jovem Darius Washington, que foi dispensado, porém tem seus direitos pertencentes ao Spurs. Então, nesse Draft, a franquia deve ter como prioridades buscar um bom jogador para ser reserva de Manu, um bom ala, de preferência um scorer, e um armador com características diferentes das de Parker.
Bruno Pongas
É importante frisar que a temporada 2008/2009 será a da renovação. Em entrevista publicada no diário Olé, o argentino Manu Ginobili afirmou que o time não precisa de grandes mudanças para a próxima temporada, que a experiência ainda faz a diferença e que a equipe não deve ser chamada de velha. De fato, Manu tem razão em algumas de suas afirmações. Experiência faz sim a diferença, e isso ficou comprovado na temporada 2006-2007, quando fomos campeões. Só que é necessário uma reformulação; nada de debandada ou caça as bruxas, o time ainda é bom, senão não tinha chegado às finais de conferência novamente nesse ano. Mas algumas alterações têm de ser feitas para manter-se no topo. Na minha opinião, a tal reformulação já começou, com as escolhas dos promissores Tiago Splitter e Ian Mahinmi. O francês (Mahinmi) finalmente foi integrado à equipe nessa temporada, e logo foi enviado para o Austin Toros, equipe texana da liga de desenvolvimento da NBA (NBDL). Lá, ele vem mostrando serviço, com médias de 17.1 pontos e 8.2 rebotes por partida. Nos playoffs suas médias subiram, tanto em pontos quanto em rebotes, pulando para 18.3 pontos e 10.8 rebotes. São médias interessantes, mas vale lembrar que é a NBDL, uma liga muito fraca onde qualquer jogador medíocre da NBA faria 30 pontos por jogo. Mahinmi é um ala de força robusto, mede 2,06m, inegavelmente pouco para a posição que atua, mas o déficit na estatura pode ser compensado em força e raça, como fazia o querido Malik Rose. Ainda falando do francês, ele é um bom defensor e ótimo reboteiro, entretanto, no ataque é um jogador cru, tem muito o que melhorar, creio que o aprendizado com Tim Duncan poderá ajudar. Splitter já é um jogador mais rodado, maduro e experiente. Após a saída de Luis Scola do Tau Cerâmica, se tornou o principal jogador de lá. Infelizmente, as notícias dão conta de que ele ainda não virá esse ano, mas é um jogador de ótimo futuro que temos nas mãos para as temporadas seguintes.
Agora, relacionado ao draft desse ano, eu não estou muito esperançoso quanto a grandes jogadores ou novas promessas. Temos a vigésima sexta escolha, que de fato é uma escolha ao menos decente. Se dermos sorte, pegaremos um jogador de bastante futuro, como foi com o Splitter o ano passado, com um pouco menos de sorte talvez um Jordan Farmar da vida virá. Não é ruim, mas também não é bom. A parte boa é que, com a série de aposentadorias e saídas que deverão ocorrer (Horry, Barry e talvez Thomas e Finley), haverá espaço para trazer um jogador de peso para se juntar ao nosso trio. A pergunta é: O que precisamos? Com urgência, precisamos de um armador reserva; Jacque Vaughn é esforçadissimo, se existisse um MVP do jogador que mais se doa em quadra, ele iria para o Vaughn. Só que temos que ser realistas, ele é muito limitado tecnicamente e o time cai bastante de rendimento quando ele está em quadra. A vinda de Damon Stoudemire foi um grande erro. Damon foi um bom jogador no passado, hoje, já veterano e vindo de uma série de contusões, não rende nem metade do que rendia nos bons tempos. Outra posição que precisa urgentemente de um jogador é a ala. Bruce Bowen ainda dá conta do recado na marcação, mas já não é o Bruce Bowen de dois anos atrás. O jogo contra o New Orleand Hornets mostrou bem isso; nosso veterano não conseguiu dar conta de Chris Paul em nenhum momento. No ataque todos sabemos que ele também é limitado, salvo os seus bons tiros de três pontos. Também precisamos de um pivô, e é nessa posição que eu acredito que devemos centrar os nossos esforços. Thomas, Oberto e todos os outros são bons jogadores (Sim, eu acho o Oberto um bom jogador, reparem no posicionamento dele em quadra), mas não para serem titulares de uma equipe como o Spurs. Como Splitter não deve vir para o ano que vem, e Mahinmi ainda tem que ser melhor trabalhado, um pivô de qualidade (O que é difícil hoje em dia) tem que ser encontrado e trazido.
Spurs 48@46 Celtics – Jogo virtual 1
48×46
Jogo virtual no Playstation2

O Spurs começa mal, e logo o Boston abre 2-8, com duas cestas de 3pts de P.Pierce, mas o time reage e empata o jogo em 8-8. O Boston continua jogando bem, e, para desespero do nosso time, Parker se contunde. Barry assume a armação do time e comanda a reação; a equipe vai para o intervalo com 27-22. A contusão de Parker não parece ser séria. O Boston volta bem, retomando a ponta com 31-34. O Spurs termina o 3ºquarto com 40-36. O Celtics volta com tudo e vira o jogo, abrindo 42-44. Manu arremessa de fora, mas pisa na linha, apenas empatando o jogo. A 1min do final e com o Boston perdendo por 2 pontos, Doc Rivers pede tempo para armar a jogada. Eles desperdiçam, e mesmo após Duncan pegar um rebote ofensivo, o Boston tem o poder de decisão nas mãos, mas desperdiçam novamente.
DESTAQUES DA PARTIDA
San Antonio Spurs
Duncan – 12 pontos, 14 rebotes, 6 assistências
Ginobili – 22 pontos
Boston Celtics
Garnett – 8 pontos, 10 rebotes, 2 assistências, 2 roubadas de bola
É isso aí pessoal, os jogos serão postados conforme as datas reais dos playoffs.
O Spurs Brasil está de mudança…
Perto de completar seus primeiros quatro meses de existência, o Spurs Brasil passará por uma grande reformulação, uma grande mudança. Após esses quase 120 dias de trabalho, divulgação de notícias, resumos de jogos e idéias, resolvemos mudar. Mudar para tentar atingir cada vez mais a satisfação de nossos leitores. Novas sessões, novos autores e um novo dinamismo farão parte deste “novo velho” Spurs Brasil. Nesses quatro meses de existência, nosso blog recebeu quase 25 mil visitantes, o que faz com que nossa equipe cresça e se motive cada vez mais. Confiram abaixo as principais novidades do site e muito obrigado por todo esse tempo de cooperação!
Colunas fixas
O Spurs Brasil contará a partir da próxima semana com colunas fixas, ou seja, com textos direcionados e com datas e autores fixos. É uma novidade que busca satisfazer a diversidade de público notada ao longo da existência do blog. Serão textos que tratarão, acima de tudo do San Antonio Spurs, mas que não deixarão de lado a WNBA, as competições internacionais e brasileiras e também os outros times da própria NBA. Confira a seguir o perfil de cada uma dessas colunas:
Na Linha dos 3
Aparecerá no blog todas as terças, quintas e sábados. De autoria de Leonardo Sacco, Lucas Pastore e do novo integrante da Equipe, Bruno Pongas, a “Na Linha” abordará o basquete em geral, com textos opinativos que colocarão em pauta os temas mais recentes do basquete mundial e, é claro, do San Antonio Spurs.
Passando a Limpo
Você é do tipo de leitor que adora saber mais sobre estatísticas, histórico de confrontos e biografias de jogadores? Pois a coluna “Passando a Limpo”, que será publicada todo o domingo, será perfeita para você! Victor Moraes, Glauber da Rocha e Robson “Koba” proporcionarão aos leitores histórias de jogos épicos, perfis de grandes jogadores e muitas estatísticas em textos que também contarão com muita interatividade para o nosso leitor.
Um outro olhar
Com Fabrício Fiestras e o novato da equipe, Gabriel Melloni, a coluna “Um outro olhar” será o espaço reservado para os torcedores dos outros times da NBA no Spurs Brasil. Publicada todas as quartas-feiras, a coluna será escrita por um torcedor do Portland TrailBlazers e outro do Dallas Mavericks, o que trará ao leitor uma bela pitada de imparcialidade nas análises acerca do San Antonio Spurs. Isso sem citar que se você não é um torcedor da equipe texana, contará com as principais notícias da semana em toda a NBA, sempre com muita interatividade e opinião.
Reformulação
Para adquirir mais dinamismo com os leitores, o Spurs Brasil também está passando por mudanças visuais. Ao longo do tempo, todas elas serão expostas e devidamente percebidas. Isso sem contar na reformulação que está em andamento das áreas dedicadas às informações do San Antonio Spurs e também na área dedicada às meninas de San Antonio, as Silver Stars.
E vem muito mais por aí, é só aguardar…
Ginobili se culpa pela derrota

Após a decepcionante queda para o Los Angeles Lakers, o ala Manu Ginobili se diz culpado pelo fracasso da equipe. Segundo ele, o cansaço foi o ponto principal que afetou a equipe.
“Eu senti menos confiança nos dois primeiros jogos da série do que no último”, disse Manu em entrevista ao diário argentino Olé. “Eu não estava pronto para as duas primeiras partidas contra o Lakers depois do duro jogo cinco contra os Hornets”, completou o ala.
Além do cansaço e de sua contusão no tornozelo, outro motivo citado por Manu foi a forte marcação da equipe de Los Angeles, que em nenhum momento deu espaços para ele desenvolver seu jogo. “Eu sinto que sou o responsável pela eliminação porque não estava em condições de dar o meu melhor”, afirmou o ala de 30 anos, que não acredita que o time precise de grandes mudanças para a próxima temporada.
“Eu não acho que nós precisamos mudar completamente o elenco, ano passado vencemos o título graças à nossa experiência. Não devemos nos achar velhos”, finalizou Manu.
Notícias – Splitter é campeão da ACB pelo TAU Cerámica
O TAU Cerámica venceu nesta terça-feira o AXA FC Barcelona, jogando em casa, por 76 a 61, depois de duas vitórias nos domínios do Barcelona, sacramentando a vitória por 3 a 0 na série melhor de 5 da final da Liga ACB, a liga espanhola de basquete, conquistando assim o segundo título da história do time; o primeiro foi em 2002. O pivô brasileiro Tiago Splitter foi uma peça fundamental na conquista da equipe, e mostrou merecer a proposta de contrato que o time espanhol lhe fez. Ele conseguiu nesta partida 11 pontos, quatro rebotes e três assistências.
Splitter teve médias nos playoffs de 29 minutos com 15 pontos, 5,5 rebotes, 2,5 assistências, 1,4 bloqueios, 69% nos lances livres e 61% nos arremessos de quadra. Na série final, o brasileiro teve em média 29 minutos com 14,6 pontos, 5 rebotes, 3 assistências, 1,6 bloqueios, 61,5% nos lances livres e 58,1% nos arremessos em quadra.
Nesta quarta-feira, a equipe do TAU Cerámica receberá em uma cerimônia os “Relógios dos Campeões”, da marca RACER, que são entregues desde 2001 pela Associação de Clubes. Os relógios correspondem aos anéis de campeões da NBA.
Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.
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