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Eddy Curry vestirá a camisa do Spurs na pré-temporada

O San Antonio Spurs surpreendeu no anúncio da lista de jogadores que participarão dos jogos da pré-temporada do time. A franquia divulgou que contará com o pivô Eddy Curry em seu elenco. Conhecido pelos problemas de peso, o atleta vai para a sua décima temporada na NBA.

A fatídica lista. Curry vai ser o número 52. Homenagem ao número provável que ele veste?
Selecionado pelo Chicago Bulls como quarta escolha Do draft para a temporada de 2001/2002, Curry entrou na NBA envolto por muita expectativa. Pontuador, o atleta nunca se acertou na defesa e definhou nos últimas anos. Na últimas três temporadas – nas quais defendeu o New York Knicks e o Miami Heat – o pivô atuou em apenas 24 partidas. Em toda sua carreira Curry, tem médias 13 pontos e 5.2 rebotes por partida disputada.
Na teoria, a chegada de Curry é uma aposta do Spurs para uma posição carente do elenco. Mas as pouquíssimas partidas disputadas pelo pivô nos últimos três anos não são fruto de pouca coisa. Além do problema com peso, o jogador é tido como preguiçoso pelos treinadores dos times pelos quais passou.
Na última temporada, Curry fez parte do elenco do Miami Heat, que levantou a taça no fim da temporada. Mas esse não é exatamente o que os torcedores queriam dizer quando clamaram por um pivô campeão para que o Spurs figurasse entre os favoritos ao título.
Leia mais: veja quem pode chegar e quem pode deixar o San Antonio Spurs
E mais…
Sherron Collins também é integrado ao elenco de pré-temporada
Além de Eddy Curry, foi anunciada outra novidade em relação ao elenco de 18 jogadores inicialmente divulgado pelo San Antonio Spurs: Sherron Collins. O armador teve uma pequena experiência na NBA: disputou 20 partidas pelo Charlotte Bobcats na temporada 2010/2011, apresentando médias de 0,8 pontos e 0,4 assistências em 3,3 minutos por jogo. Na equipe, foi companheiro de Stephen Jackson, Derrick Brown e Boris Diaw. O atleta disputou o último campeonato turco pelo Hacettepe Üniversitesi, obtendo, em média, 10,6 pontos e 2,8 assistências em 28,9 minutos por exibição.
Vale o quanto pesa?

Não, não vale. Hoje, a relação é inversamente proporcional, aliás. Falo de DeJuan Blair, o garoto-problema do San Antonio Spurs. Não porque ele seja adepto de baladas ou porque foi pego com drogas. Mas porque o pivô parece jogar pela janela uma chance que poderia agarrar com mais facilidade do que qualquer rebote. O time texano precisa de um jogador da posição, mas ele faz questão de não querer ser notado para isso.

Não, Blair, nada de deitar e descansar no meio do jogo. Vai suar!
Blair chegou à NBA baleado. Seus joelhos, sabia-se desde os tempos de universidade, não eram bons o suficiente para aguentar o ritmo da liga. Mas nem com isso ele teve de se preocupar, já que não se lesionou com muita gravidade em nenhuma de suas três temporadas. Mas criou outro problema físico: peso. Tal qual um garoto que não tem controle sobre seus atos, engordou muito com o passar dos jogos, fato absurdo se levado em conta que Blair é um atleta profissional.
Mas mesmo com todos esses problemas, ele não deixou de ser uma esperança. E a próxima temporada poderá confirmar isso. Descontente com os comentários maldosos que torcedores e jornalistas fizeram sobre seu peso, Blair resolveu agir da maneira mais simples de todas: foi para a academia. Sua pré-temporada começou muito antes da dos colegas, com exercícios em casa e participação nos treinos da seleção norte-americana antes das Olimpíadas de Londres-2012. Para quem quer (precisa) emagrecer, ótimo começo.
E mais do que o começo, Blair se mostra motivado para continuar. Posta fotos diárias em suas redes sociais com sua malhação. O pivô já aparenta estar mais magro, mais em forma. Sua técnica, é claro, só tem a ganhar com isso. O Spurs também. Caso realmente se mantenha magro e mostre o foco necessário, e que até agora vem sendo seu forte nessa pré-temporada, Blair pode ser o maior reforço do time – que pouco contratou e não achou nenhum pivô de ofício no mercado.
Se seus problemas nos playoffs – queda de rendimento, resumindo – persistirão, não podemos saber. Mas poderemos nos dar por satisfeitos se Blair aparecer mais magro e, principalmente, mais motivado. Ele deu o primeiro passo. Se Popovich acreditar nele, o restante da caminhada parece óbvio. E aí ele vai continuar sem valer o quanto pesa – mas com uma inversão significativa: peso menor, valor maior.
Quase tudo pronto…

A temporada 2012/2013 se aproxima e, enquanto algumas equipes ganham a mídia formando elencos badalados, o San Antonio Spurs segue sua rotina discreta e deve iniciar a pré-temporada sem grandes novidades. Mas, enquanto as atenções se voltam para o esquadrão formado pelo Los Angeles Lakers, no Oeste, e a constelação do Miami Heat, no Leste, pouca gente notou que os texanos foram irrepreensíveis durante esta offseason.
O elenco que chegou à final do Oeste no último campeonato foi inteiramente mantido. Tidos como prioridades, Boris Diaw e Danny Green acertaram rapidamente novos contratos com o Spurs. Depois foi a vez de Patrick Mills, Gary Neal e DeJuan Blair também firmarem novos acordos e se garantirem, pelo menos por mais uma temporada, no Texas.

Com Green e Diaw, elenco do Spurs ganha em opções e em versatilidade
A única baixa foi a saída de James Anderson, que não correspondeu às expectativas e acabou sendo liberado após duas temporadas pouco produtivas sob o comando de Gregg Popovich. Para compensar, a diretoria buscou o francês Nando De Colo, que estava atuando pelo Valência, na Liga Espanhola, e será a única cara nova no elenco.
Com isso, o San Antonio Spurs conta com 14 jogadores sob contrato, um a menos do que o limite permitido pela NBA. No quadro abaixo, um rascunho de como deve funcionar a rotação de Popovich durante a temporada.
| PG |
Tony Parker |
Patrick Mills |
Cory Joseph |
| SG |
Danny Green |
Manu Ginobili |
Nando De Colo |
| SF |
Kawhi Leonard |
Stephen Jackson |
Gary Neal |
| PF |
Boris Diaw |
Matt Bonner |
DeJuan Blair |
| C |
Tim Duncan |
Tiago Splitter |
– |
No quinteto titular, nada deve mudar em relação à temporada passada. A estratégia de voltar a usar Manu Ginobili vindo do banco de reservas funcionou e deixou o Spurs com uma interessante formação inicial defensiva, além de fortalecer a chamada “segunda unidade” com a presença do argentino.

Mills tem a missão de dar descanso a Parker
Entre os reservas, além de Ginobili – que, muitas vezes, deve ter mais minutos em quadra que o titular Danny Green -, devemos observar o crescimento de duas peças em especial.
Primeiro Patrick Mills, reserva imediato de Tony Parker, mas que, por ter chegado com a última temporada em andamento e ter tido pouco tempo de adaptação, acabou sendo pouco utilizado nos jogos mais importantes. No entanto, quando requisitado, mostrou capacidade.
Agora, com um período maior de treinamento com os companheiros, o australiano terá mais tempo para aprender o rígido sistema tático e deve ser acionado mais vezes por Gregg Popovich para dar descanso a Parker.
Outro que deve ver seus minutos crescerem é Tiago Splitter. O brasileiro vai para sua terceira temporada na NBA e, no ano passado, mostrou amadurecimento. Com a idade cada vez mais avançada, Tim Duncan, aos poucos, vai ficando menos tempo em quadra e ter um substituto confiável é fundamental.
Quem começa a temporada tendo de correr atrás do prejuízo é DeJuan Blair. De titular no início da temporada, o ala-pivô afundou no banco de reservas durante os playoffs. Pouco aplicado na defesa e acima do peso, perdeu a confiança do treinador e agora precisa recuperar seu espaço na rotação.
Em circunstâncias diferentes, mas também tendo de conquistar a confiança de Popovich, Cory Joseph também precisa mostrar serviço. Escolhido no Draft de 2011, ainda era considerado muito “cru” para atuar na NBA. Por isso, passou quase toda a última temporada na D-League. Com a possível evolução de Mills e ainda com Gary Neal podendo ser improvisado na armação, não me espantaria se o jovem fosse enviado novamente para a Liga de Desenvolvimento.

Eis aqui a única cara nova…
Para o novato Nando De Colo, as chances devem surgir aos poucos e tudo dependerá de sua adaptação. Versátil, pode ganhar minutos até mesmo na armação, se Mills não cair nas graças de Popovich. Mas também deve ganhar oportunidades principalmente nas partidas em que Manu Ginobili for poupado, ou algum jogador de perímetro estiver afastado por contusão.
Resta ainda uma vaga no elenco texano e rumores mais recentes dão conta que a diretoria está de olho no ala Josh Howard. Mas com um elenco bem equilibrado, os cartolas não precisam ter pressa. Uma presença física e defensiva no garrafão ainda me parece a maior carência do plantel, bem servido no perímetro.
Entre os cotados, Kyrylo Fesenko, analisado na coluna de Lucas Pastore, é uma boa opção. Até o nome de Greg Oden já rondou o Texas, mas não me parece o tipo de aposta que o Spurs faria.
Se não acertar com nenhum nome mais conhecido, a escolha deve ser um nome mais modesto vindo da D-League ou algum jogador que tenha se destacado na Liga de Verão.
Independente de quem preencha a última vaga, a força do elenco seguirá como a principal arma do Spurs para a próxima temporada. Se com as chegadas de Steve Nash e Dwight Howard o Lakers esboçm o melhor quinteto inicial da NBA, os texanos têm um dos melhores e mais equilibrados plantéis de toda a liga. Por isso não há o que temer. Já está quase tudo pronto e quem venha a temporada 2012/2013.
O legado de Popovich

Já se vão 16 temporadas desde que Gregg Popovich assumiu o comando do San Antonio Spurs. Período suficiente para fazer dele o técnico que há mais tempo defende a mesma equipe entre todas as 122 franquias das ligas profissionais americanas (NBA, NFL, MLB e NHL). Em uma discussão sobre os maiores técnicos da história do basquete, impossível ao menos não citar o nome de Pop nas dicussões…

Maroto como sempre, Popovich figura entre os maiores da história da NBA
São quatro títulos da NBA, dois troféus de técnico do ano, mais de uma dezena de aparições nos playoffs e um recorde de 67,5% de aproveitamento na carreira em seus mais de mil jogos como treinador no melhor basquete do mundo.
Mas tudo isso são apenas números. E mais do que um punhado de estatísticas e recordes, Popovich, independente do tempo que ainda permanecerá à frente do Spurs, já deixou o seu legado. Prova disso é o número de técnicos de outras franquias que, de certa forma, tiveram como “mestre” o emburrado, mas às vezes até sarcástico, treinador.

Acredite, é ele mesmo…
Dos outros 29 comandantes da NBA, três deles trabalharam diretamente com Popovich como auxiliares em sua equipe técnica. O caso mais recente de assistente a assumir o posto de treinador é Jacque Vaughn. Sim, ele mesmo. O controverso e quase sempre odiado ex-armador se aposentou em 2007 jogando pelo San Antonio Spurs e voltou atuando como assistente nas últimas duas temporadas. Chegou até mesmo a comandar o time na última Summer League.
Vaughn chamou a atenção do Orlando Magic, que contratou o ex-armador para o cargo de treinador principal da equipe em julho deste ano, substituindo Stan Van Gundy.
Os outros treinadores que já passaram pela equipe de Popovich são Monty Williams, que comanda o New Orleans Hornets, e Mike Brown, técnico do badalado Los Angeles Lakers.
Williams, ainda como jogador, chegou a ser comandado por Popovich quando atuou em San Antonio, de 1996 a 1998. Aposentado em 2003, fez parte da equipe técnica texana na vitoriosa temporada 2004/2005 e comandou a equipe na Summer League de 2005. Migrou para o Portland Trailblazers, onde passou cinco anos como assistente antes de assumir o Hornets, em 2010.

“Senta ali e aprenda como se faz”
Já Brown foi assistente de Popovich por três temporadas. Chegou ao time em 2000 e parmaneceu até 2003, ano do bicampeonato da franquia. Em seguida, foi para o Indiana Pacers, onde ficou mais duas temporadas como assistente antes de assumir como técnico principal do Cleveland Cavaliers, em 2005.
Além de seus “pupilos” espalhados pela NBA, o ranzinza treinador também deixou sua contribuição na formação de outros dois técnicos da liga.
Avery Johnson, hoje treinador do Brooklyn Nets, viveu os melhores momentos de sua carreira como jogador em San Antonio, onde foi o armador da equipe que conquistou o primeiro título da franquia em 1999, sob o comando de Pop.
Vinny Del Negro, que hoje dirige o Los Angeles Clippers, também já foi um dos comandados de Popovich dentro das quadras. O ex-armador jogou em San Antonio de 1992 a 1998, tendo Pop como treinador em suas duas últimas temporadas no Texas.
É por essas e outras que Popovich é uma lenda não só por suas conquistas e troféus. Quando o veterano resolver se retirar das quatro linhas, o fará com a certeza de que seu legado será levado adiante por seus pupilos, que outrora o tiveram como mestre.
Splitter minimiza bronca de Popovich na final do Oeste
Em entrevista recente ao site da ESPN Brasil, o pivô Tiago Splitter falou sobre a bronca que levou de Gregg Popovich no Jogo 6 da final da Conferência Oeste, contra o Oklahoma City Thunder. O acontecimento foi muito comentado pela imprensa, sobretudo aqui no Brasil. Alguns criticaram a postura do treinador, enquanto outros entenderam que o esporro ocorreu no calor da partida.
“Já está tudo certo, o Popovich é assim mesmo”, disse o brasileiro. “Eu conversei com ele depois do jogo e está tudo tranquilo, foi só um momento em que a partida estava quente. Cometi um erro e ele me deu um esporro. É normal, ele faz isso com todos os jogadores. Já fez com o Parker, com o Ginobili – fora o que acontece dentro do vestiário”, completou.
No dia seguinte ao revés, o técnico reuniu todos os jogadores para fazer um balanço da temporada e falou diretamente com o brazuca.
“Ele disse que continua me amando (risos), que foi uma coisa normal de jogo”, afirmou. “Para mim, tomei o esporro e foi uma coisa normal. Era uma final de conferência e todo mundo viu; a bola de neve cresceu muito mais”, pontuou.
Por fim, Splitter comparou o estilo de Gregg Popovich ao do argentino Rubén Magnano, que o dirigirá nos Jogos Olímpicos de Londres. Para o brasileiro, o comandante texano, apesar de ser bastante enérgico dentro de quadra, gosta de conversar com os jogadores fora das quatro linhas. Magnano, por sua vez, é um pouco mais reservado, embora também seja “falador” durante os jogos.



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