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Síndrome de nanico afeta o Spurs

"Me incluam fora dessa..."

Sabe aqueles jogos entre New Jersey Nets e Los Angeles Lakers em que o Nets abre uma puta vantagem em determinado ponto da partida e ninguém liga porque sabe que o Lakers vai virar a qualquer hora? Pois é, isso se chama time grande contra time pequeno. Essa síndrome de nanico vem pegando o San Antonio Spurs de jeito nessa temporada.

Aliás, mesmo juntando os dedos das mãos e dos pés, parece impossível contar o tanto de vezes que San Antonio tinha larga vantagem e acabou deixando tudo ir pro buraco. Vou confessar que isso está me irritando bastante, já que a previsibilidade dessas viradas está arrancando meus cabelos, que são muitos, e minhas unhas, que nem sequer existem mais.

Na derrota de ontem contra o Jazz, o time começou mal, tomou 12 a 0 logo de cara e depois alcançou uma virada espetacular. Jogo vai, jogo vem, e advinha? O Jazz retomou a liderança. Com muitos erros infantis, desperdícios de bola inimagináveis e um aproveitamento pífio da linha dos três (27,3%), o Spurs sucumbiu em casa mais uma vez. Para quem curte dados, foi a quarta derrota para o Utah na temporada. O que aparentemente parece um dado tolo significa que foi a primeira vez desde a temporada 1997-1998 que os texanos foram varridos por qualquer equipe – o que é alarmante.

Ontem, Gregg Popovich tentou de tudo; só faltou plantar bananeira e vestir uma máscara do pânico para assustar o adversário. Em determinado ponto da partida, ele arriscou com um quinteto formado por Parker, Hill, Mason, Ginobili e Duncan. Isso mesmo, caro leitor, Pop foi small até demais! Num primeiro momento, a corrida maluca surtiu efeito, com mais velocidade e penetradas mais intensas (é!). Depois de um tempo, Sloan sacou a brincadeira e forçou o jogo debaixo da cesta, minando a estratégia texana.

Com mais de metade da temporada tendo ido pro vinagre, tenho que admitir que começo a ficar extremamente preocupado com o futuro dessa equipe. Contra o Jazz, quando precisou, ninguém foi capaz de converter uma mísera bola de três, mesmo sem marcador nem nada, né, George Hill? É sacanagem culpar o Hill, claro, até porque ele vem sendo um dos únicos que se salvam.

Parker está muito mal. Tenho para mim que, se há um problema físico, este tem que ser tratado o mais rapidamente possível. O elenco é bom o suficiente para sobreviver meia temporada sem o Parker e ainda se classificar com folga para a pós-temporada. Mas Pop é teimoso, o francês quer jogar… aí já viu; vamos ficar nesse lenga-lenga para sempre, o TP vai continuar no sacrifício e nos playoffs teremos um jogador meia-bomba incapaz de correr atrás dos adversários. Ontem, quando precisou marcar o rápido Deron Williams, Parker nem viu a cor da bola.

Richard Jefferson é bom jogador, mas a cada dia constato mais um pouco a minha tese de que ele ainda está perdido no plano de jogo. É difícil para um líder de franquia se tornar, do dia para a noite, um mero coadjuvante, a terceira ou quarta alternativa no ataque. RJ é humilde o suficiente para aceitar esse papel, mas isso requer tempo para se adaptar. Se alguém quer mágica que fale com o Mister M, o mágico dos mágicos. Esse sim daria um jeito no Spurs.

Para finalizar, sei que esse time precisa de tempo… mas até quando?

Bruce Bowen alfineta Jason Terry

E ele já jogou até no melhor time do mundo...

“Vendo Jason Terry passar a rasteira em George Hill… algumas coisas nunca mudam. Pelo menos é melhor do que atingir jogadores abaixo da cintura, como em 06”.

A frase é de Bruce Bowen, ex-jogador do San Antonio Spurs, em seu twitter.

Na derrota da última sexta-feira diante do Dallas Mavericks, o armador George Hill se irritou com Jason Terry após uma jogada estranha em que ambos foram ao solo disputar a bola. Terry, que já havia tentado derrubar Hill, tentou roubar a bola intencionalmente de forma irregular. O jovem texano reclamou: “Para mim foi jogo sujo”, disse Hill. “Penso que ele tentou me derrubar de propósito”, pontuou. Na oportunidade, ambos levaram falta técnica.

Acusado de ser um jogador desleal, Bruce Bowen foi atacado por seus seguidores na rede social. Contudo, ele se defendeu: “Eu aceito o calor da partida, mas eu nunca acertei um jogador abaixo da cintura; ainda mais quando se trata de um ex-companheiro”. Bowen se referia aqui ao soco que Terry acertou em Michael Finley no esquentado playoff da temporada 2005-2006.

Abaixo, você pode ver que existem muito mais jogadores sujos pela liga.