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Salvem a NBA!

Estão destruindo a NBA. Aquele que deveria ser o responsável por zelar pela melhora e pelo crescimento da maior liga de basquete do mundo está acabando com um patrimônio que não é dele. David Stern, o comissário que manda e desmanda na associação, faz de tudo para estragar um campeonato que, ano a ano, perde em carisma e, evidentemente, em apreciação do público. Com regras estranhas e punições nonsense, o mandatário coleciona inimigos e aos poucos vai minando a imagem construída há mais de meio século.

Stern em momento no qual provavelmente pensava em algo para piorar a NBA (Divulgação)
O problema não é a punição imposta ao San Antonio Spurs por atuar com seus reservas diante do atual campeão Miami Heat, em jogo que tinha grande apelo televisivo. Esse ato é apenas a ponta de um iceberg podre que cresce ao mesmo tempo em que diminui o carisma da NBA. Chegamos ao ponto em que um técnico não tem liberdade de armar seu time da maneira que lhe convém. É o patamar no qual a liga julga quem é e quem não é bom o suficiente para estar em quadra em uma noite pela qual a televisão esperou muito.
Não quero dizer que ter James Anderson em quadra é suficiente para atrair o público. Mas não é essa a questão essencial do esporte. Como não é, na essência mais pura de todas, vencer. E muito menos vender. O basquete – e a NBA, por mais acima que esteja das outras ligas, ainda faz parte da modalidade – é mais do que tudo uma competição divertida, atlética. Se é encarada como negócio e se comporta assim, que no mínimo sejam respeitadas as premissas básicas e os jogadores básicos, aqueles que não são estrelas mas que se fazem essenciais na formação de elencos decentes.
O problema, como disse, é que a punição é apenas a ponta. O que dizer da ejeção de Rasheed Wallace, do New York Knicks, por gritar que a bola não mente ao ver o adversário errar um lance livre originário de uma falta supostamente inexistente? Sheed foi desrespeitoso? Sim. Mas para isso serve a falta técnica. Que não serviu para o caso pois teve sua existência banalizada quando passou a ser utilizada para punir jogadores que enterram e ficam pendurados no aro por mais tempo do que julgam necessários os árbitros.
Não temos mais um Michael Jordan. A liga sofre para achar uma figura que o substitua em carisma, já que dentro de quadra a produção de talentos segue em alto nível. Mas qual competição ganhará seu público se a proibição vira uma banalidade que tira completamente a falta do jogo? É uma equação impossível de dar certo. A tentativa do esporte de criar bons moços está atrapalhando o desenvolvimento de bons jogos, de duelos inesquecíveis. Qual duelo da última temporada foi histórico ao ponto de ser lembrando como é, por exemplo, a série final entre o Utah Jazz de Karl Malone e o Chicago Bulls de Jordan?
Se agradecemos por regras atuais serem novas e não terem barrado a existência de personalidades como Dennis Rodman, Karl Malone, Patrick Ewing e o próprio time do Detroit Pistons, que ganhou o apelido de Bad Boys por seu comportamento temperamental como equipe, ao mesmo tempo temos que lamentar. Para o futuro, ficará a imagem de uma NBA que tentou se transformar em formadora de bons moços e esqueceu seu passado.
É isso que queremos?
Eu não.
Spurs é multado pela NBA em 250 mil dólares

A decisão do técnico Gregg Popovich de poupar seus principais jogadores na derrota por 105 a 100 para o Miami Heat não agradou à alta cúpula da NBA. Antes mesmo do início da partida, o comissário geral David Stern havia prometido “sanções severas” à franquia pela atitude. E, nesta sexta-feira (30), um dia após a partida, cumpriu a promessa e multou o time texano em 250 mil dólares.

“Mas que p**** é essa, Stern?”
Segundo o mandatário, o Spurs violou uma das políticas da liga agindo de maneira contrária aos melhores interesses da NBA. O jogo diante dos atuais campeões era a principal atração da noite e foi transmitido ao vivo para todo o território americano pela rede de televisão TNT, uma das principais parceiras na liga norte-americana.
“O resultado aqui é ditado totalmente pelos fatos neste caso. O Spurs decidiu retirar quatro de seus melhores jogadores para uma partida de começo de temporada que era a única da temporada regular em Miami. O time também fez isso sem informar ao Heat, a imprensa, ou o escritório da liga em tempo hábil. Sob essas circunstâncias eu conclui que o Spurs prestou um desserviço à liga e aos nossos fãs”, declarou David Stern.
Entenda o caso

Enfrentado uma série de seis jogos fora de casa, sendo quatro em cinco dias, Gregg Popovich, que já não contava com Kawhi Leonard e Stephen Jackson, lesionados, decidiu poupar suas estrelas, mandando Tony Parker, Manu Ginobili, Tim Duncan e Danny Green direto para San Antonio após a vitória sobre o Orlando Magic, na quarta-feira. A justificativa do treinador foi reduzir o desgaste de seus principais jogadores, já de olho no confronto direto pelo topo do Oeste contra o Memphis Grizzlies, no sábado (1).
Vale destacar que, ao contrário do Spurs, o Miami Heat vinha de um grande período de descanso, sem jogos oficiais, e não atuava desde o sábado anterior (24).
A decisão irritou David Stern, que ao saber da notícia esbravejou: “Eu peço desculpas à todos os fãs da NBA. Esta foi uma decisão inaceitável do San Antonio Spurs”.
NBA entra oficialmente em lockout


#IhComplicou
Às 00h desta sexta-feira, dia 1º de julho, a NBA entrou oficialmente em lockout. O acordo coletivo da associação de atletas com a liga norte-americana venceu neste dia 31 de junho sem que jogadores e dirigentes chegassem a um acordo para renovação.
A paralisação é por tempo indeterminado e pode, até mesmo, ameaçar parte ou a totalidade da temporada caso jogadores e NBA não cheguem a um novo acordo que defina as regras salariais dos próximos anos. Em 99, a temporada, que costuma começar em outubro e ter 82 jogos, foi iniciada em janeiro e contou com apenas 50 partidas.
Com o impasse, atletas não recebem salários e não podem utilizar a estrutura das equipes para treinamento, e as equipes não podem negociar com jogadores nem realizar qualquer tipo de troca até que a situação seja resolvida.
O site oficial da NBA dá um panorama da crise e mostra que um acordo ainda parece distante. Não há qualquer tipo de menção ou imagens de jogadores em todo o site.
Entenda o que é o Lockout em análise detalhada do Spurs Brasil.





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