Arquivo da categoria: Passando a limpo

Coadjuvantes 2008/2009

Muito se fala sobre o famoso “big three” do Spurs, formado por Tim Duncan, Tony Parker e Manu Ginobili, que, sem dúvida, são grandes jogadores e já deixaram seus nomes na história da NBA. Mas muitas vezes acabamos esquecendo dos coadjuvantes da equipe, aqueles que formam a base para que o trio possa jogar, ou, eventualmente, podem até decidir algumas partidas.

Logo no início da temporada, os coadjuvantes foram colocados a prova em San Antonio. Sem poder contar com Manu Ginobili e Tony Parker, Roger Mason Jr e George Hill, recém-chegados à equipe, assumiram a titularidade e corresponderam bem à responsabilidade, e mostraram capacidade para decidir algumas partidas. Passado o período crítico, Mason ostenta médias de 12,8 pontos, 3,6 rebotes e 2,2 assitências, tendo como melhor marca os 29 pontos na vitória contra o Utah Jazz dia 21 de novembro. Hill possui médias de 9,4 pontos, 3 rebotes e 2,9 assistências em 21 minutos, e tem como melhor marca os 23 pontos também alcançados na vitória sobre o Utah Jazz. Vale também citar que nas partidas dos dias 19 e 24 de novembro, derrota contra o Denver Nuggets e vitória contra o Memphis Grizzlies respectivamente, Hill anotou 20 pontos em ambos os jogos.

Um jogador que ganhou importância nessa temporada foi o ala-pivô Matt Bonner. O contestado jogador iniciou a temporada sob desconfiança da torcida, mas aos poucos vem mostrando seu valor e se tornou uma espécie de “mascote” dos torcedores. Após um começo com muitas mudanças, Bonner parece ter conquistado de vez a posição de titular no garrafão texano ao lado de Tim Duncan, deixando o argentino Oberto e o experiente Kurt Thomas no banco de reservas. Suas médias até aqui são de 8,1 pontos, 4,7 rebotes e 1 assistência por partida em 20,5 minutos, mas, se considerarmos apenas suas últimas 10 partidas, as médias sobem para 11,6 pontos, 6,6 rebotes e 1,4 assitência em 27,1 minutos em quadra por jogo.

O veterano Michael Finley, com a queda de produtividade de Bruce Bowen, assumiu a titularidade na posição 3, e, apesar da idade avançada, vem jogando uma boa média de minutos, 27,9 por partida. Neste período, ele vem alcançando médias de 9,8 pontos, 3,3 rebotes e 1,7 assistência por noite.

O rodado pivô Kurt Thomas chegou ao Spurs na última temporada para ser o parceiro titular de Duncan no garrafão, porém não correspondeu, e, nesta temporada, acabou parando no banco de reservas. Agora, apesar dos minutos limitados, Thomas parece ter se adequado bem à função de vir do banco, e vem conseguindo um bom desempenho defensivo em quadra. Nas suas últimas 10 partidas, Thomas conseguiu médias de 4,3 pontos, 4,1 rebotes e 0,9 bloqueio em 13,9 minutos por jogo, números superiores à sua média geral na temporada, que é de 3,2 pontos, 3,7 rebotes e 0,7 tocos em 14 minutos por jogo.

Depois de todos estes dados e números, podemos chegar à conclusão que os coadjuvantes são importantíssimos em uma equipe que almeja ser campeã, e o San Antonio Spurs parece ter encontrado o ponto ideal de seus coadjuvantes. Mason e Hill mostraram-se capazes de serem potentes armas vindas do banco de reserva, podendo até mesmo mudar o rumo das partidas. Bonner respondeu bem à efetivação como titular, com a experiência e segurança defensiva de Kurt Thomas vindo do banco, além do velho conhecido Michael Finley, que, mesmo com 35 anos, continua titular na equipe, com o papel de importante arremessador.

E o Nenê, NBA?

passando

Você, leitor, que deve estar acostumado a ler as colunas de Victor Moraes e Glauber da Rocha neste espaço, contará, excepcionalmente hoje, com a minha participação para passar a limpo um fato que me chamou a atenção nessas últimas semanas.

A direção da NBA é incopetente? Isso é bastante relativo. Eles acertam em muitas oportunidades; contudo, é bem verdade que erram mais do que acertam. O erro mais recente se refere ao All-Star Game 2009, que será disputado na cidade de Phoenix. E por quê?

Poderia passar em branco por muita gente, mas isso foi notícia inclusive na mídia norte-americana: Por que o brasileiro Nenê Hilário não está incluído na cédula de votação para o jogo das estrelas? Nenê faz, de longe, sua melhor temporada na carreira. Além das excelentes médias de 14.4 pontos e 7.1 rebotes, ele vem sendo um dos principais jogadores dessa boa campanha da equipe do Colorado.

Até aí tudo bem, tendo em vista que há pivôs melhores que ele no Oeste – e eles, obviamente, podem ser votados pelo público. Mas o que me deixa com a pulga atrás da orelha é o fato de jogadores do mesmo nível ou até menos capacitados que o Nenê  estarem disponíveis na cédula de votação. Vamos aos casos:

Andris Biedrins

Andris Biedrins - Golden State Warriors

Biedrins é um bom jogador e está evoluindo bastante nessa temporada. Suas médias de 15.1 pontos e 12.2 rebotes apontam uma melhora de quase cinco pontos e dois rebotes por jogo. Gosto do Biedrins e acho que ele e Nenê estão praticamente no mesmo nível, a única diferença é que o letão joga praticamente sozinho no garrafão do Warriors enquanto o brasileiro tem alguma ajuda em Denver.

Marcus Camby

Marcus Camby - Los Angeles Clippers

Apesar da idade já avançada, Camby se mostra ainda efetivo na defesa. As médias são parecidas com as do ano passado: ligeira melhora nos pontos e piora quase que nula em rebotes e tocos. Entretanto, nunca fui muito apreciador do jogo de Camby; acho ele por muitas vezes superestimado, um bom jogador de defesa e olhe lá. Nenê também é um bom defensor e ataca com mais vigor que o jogador do Clippers. Ou seja, cadê ele na lista?

Tyson Chandler

Tyson Chandler - New Orleans Hornets

Chandler é bom jogador e foi importante para a boa campanha do New Orleans Hornets na temporada passada. Entretanto, acho que o brasileiro não perde em nada para o pivô do Hornets, inclusive, acho Nenê mais explosivo e mais técnico que Chandler. O X da questão no caso de Chandler é: ele vem com alguns problemas de lesão e já perdeu alguns jogos nessa temporada. Ao contrário dele, Nenê está em plena forma. Isso já seria um ótimo motivo para incluir o brasileiro nessa lista.

Nick Collison

Nick Collison - Oklahoma City Thunder

Essa foi a que eu menos entendi. Nick Collison? Além de jogar no Oklahoma City Thunder, pior time da NBA atualmente, Collison, ao meu ver, é o nome mais fraco de toda essa lista. Seu jogo fala por si só, é apenas mediano e passa anos luz longe de ser do nível de um All-Star. Essa realmente nem eu nem ninguém conseguiu entender.

Chris Kaman

Chris Kaman - Los Angeles Clippers

O caso de Chris Kamam é bastante parecido com o de Tyson Chandler. Ambos são bons jogadores; o Kaman, inclusive, tem médias bastante parecidas com a do brasileiro Nenê: 13.9 pontos e 9.4 rebotes por partida. O problema é que o atleta do Clippers também vem com problemas de contusão e já perdeu muitos jogos nessa temporada. Diferentemente dele, Nenê está em plena forma.

Brad Miller

Brad Miller - Sacramento Kings

Sempre simpatizei com o jogo do Brad Miller. Apesar de ele não ser nada disso (ele realmente não é), trata-se de um jogador competente, que sabe fazer sua função sem muitas dificuldades. Diferentemente da maioria dos pivôs por aí, Brad tem um diferencial que hoje em dia é muito importante: o chute de média distância. Além disso, ele também se arrisca da linha dos três pontos de vez em quando; nessa temporada, até aqui, foram 29 tentativas e dez acertos – média interessante de 34.5%. Mas vejo que Nenê ainda é mais jogador e atravessa uma melhor fase, além de ser dotado de um físico bem mais privilegiado.

Greg Oden

Greg Oden - Portland Trail Blazers

Oden é bom jogador e ainda dará muito trabalho nessa liga. É notável que os problemas físicos parecem ser o seu maior adversário, mas, pelo pouco que eu vi dele até aqui, é um atleta de muito potencial. O problema de ele figurar na lista de selecionáveis para o jogo das estrelas é que seu jogo ainda é muito cru – falta aquele quê a mais que talvez só chegue com dois ou três anos de liga. Além disso, Nenê atravessa melhor momento e hoje é mais jogador que Oden, por isso mereceria figurar na lista.

As vezes fico perplexo com a incopetência e falta de bom senso dos dirigentes da NBA. É inadmissível um jogador que vem fazendo uma temporada que nem a do brasileiro Nenê ficar de fora de uma ‘lista’ como essa. Isso porque nem sou apreciador do seu jogo, mas acho uma grande falta de respeito deixá-lo de fora como fizeram os manda-chuvas da liga.

Médias e estatísticas

Antes de começar,  gostaria de esclarecer que este artigo foi escrito por mim antes do jogo contra o Warriors no sábado a noite, então os números aqui postados não levam em consideração esta partida, somente as anteriores.

Passado quase um quarto da temporada regular, e com o recorde da equipe em 10 vitórias e 8 derrotas, vamos aos números alcançados pelo Spurs até agora:

Média de pontos feitos por partida: 93,50 (27º na NBA)

Média de pontos sofridos por partida: 92,66 (4º na NBA)

Aproveitamento nos arremessos de quadra: 45,9% (9º na NBA)

Aproveitamento nos arremessos de 3 pontos: 38,5% (6º na NBA)

Estes números em si demonstram que o jogo do Spurs continua focado basicamente na força defensiva e na eficiência ofensiva. A equipe sofre mais pontos apenas que Boston Celtics, Cleveland Cavaliers e Houston Rockets, enquanto o ataque fica à frente apenas de Los Angeles Clippers, Oklahoma City Thunder e Charlotte Bobcats.

Entre os jogadores com os melhores aproveitamentos nos arremessos estão: Fabricio Oberto (54,8%), Manu Ginobili (54%), Tony parker (52,9%) e Tim Duncan (51,9%). Entre os chutadores de perímetro, os jogadores com maior nível de acertos são Matt Bonner, com 50% (20-40), Roger Mason, com 47,9% (46-96) e Michael Finley, com 34,4% (22-64).

Líderes da equipe:

Pontos por jogo:

1º – Tony Parker – 23

2º – Tim Duncan – 20,9

3º – Manu Ginobili – 14,3

Rebotes por jogo:

1º – Tim Duncan – 10,3

2º – Matt Bonner – 4,1

3º – Roger Mason – 3,8

Assistências por jogo:

1º – Tony Parker – 6,2

2º – Tim Duncan – 3,3

3º – George Hill – 3

Tim Duncan figura entre os principais jogadores nos três fundamentos, além de ser o líder da equipe em bloqueios, com média de 1,83 por partida. Isso mostra a dependência da equipe sobre ele, que se tornou ainda maior durante o período das ausências de Manu e Parker.

Outro dado interessante é a média de minutos por jogo. Os que mais jogaram nesta temporada são estes:

1º – Tim Duncan – 35,3

2º – Roger Mason – 33,3

3º – Tony Parker – 31,1

4º – Michael Finely – 28,2

Mais uma vez, podemos perceber a dependência da equipe por Tim Duncan, situação que foi agravada com as lesões de Manu e Parker, forçando o ala-pivô a permanecer em quadra por mais tempo. Porém, esse excessivo número de minutos jogados por partida pode vir a ser prejudicial quando chegarem os playoffs, e o cansaço pode atrapalhar o grande astro da equipe. Outro aspecto interessante é o tempo de quadra de Roger Mason, que, recém chegado à equipe, assumiu a posição de titular durante a ausência do argentino Ginobili, e também herdou alguns minutos de Bruce Bowen, que, pelo desgaste da idade, vem permanecendo menos tempo em quadra. Outro que herdou parte desses minutos, inclusive assumindo o posto de tiular na posição 3, foi Michael Finley.

Ainda há muitos jogos pela frente, e alguns destes números devem sofrer alterações, como por exemplo o ataque, que deve obter melhores números com os retornos de Parker e Manu, e, caso nenhuma lesão venha a atrapalhar aa equipe, Duncan deve ter seus minutos reduzidos para ser poupado para os playoffs, assim como Mason, que deve permanecer menos tempo em quadra com a recuperação total de Ginobili.

Após a tempestade…

Finalmente as coisas parecem ter voltado ao seu normal em San Antonio. Com os retornos antecipados de Manu e Parker, a equipe agora está completa. Após um começo conturbado, com derrotas e lesões dos principais jogadores da equipe,  os coadjuvantes assumiram o comando da equipe e conseguiram recuperar o time na tabela, se mantendo na briga pelos playoffs.

Hoje o Spurs ocupa a oitava posição no oeste, com uma campanha de 9 vitórias e 7 derrotas, e, com a boa recuperação de Manu Ginobili e Tony Parker, que voltaram bem antes das previsões iniciais, renasceram as esperanças de um Spurs novamente forte e brigando pelo título.

Com tudo em seus parâmetros “normais”, após este período de dificuldades, o Spurs parece ter descoberto dois grandes jogadores: George Hill e Roger Mason Jr. Sem Parker, o novato Hill assumiu a titularidade na armação da equipe e se saiu muito bem, com grandes atuações, surpreendeu a todos e agora deve assumir a reserva imediata do armador francês. Já Roger Mason teve em suas mãos a responsabilidade de substituir o argentino Ginobili, e ele correspondeu; assumiu o papel de pontuador no perímetro e também atuou como armador principal em alguns momentos. Com os dois, o antes aparentemente frágil banco de reservas de San Antonio ganhou força e a capacidade de mudar o rumo das partidas.

Diz o ditado que após a tempestade vem a calmaria, e ao que parece é isso que acontecerá em San Antonio. Após um temporal de problemas, quando até sobre primeira escolha no draft chegou-se a falar, agora a franquia sai fortalecida com o retorno de suas estrelas e com novas armas para o banco de reservas.

Convivendo com os desfalques

Já se passaram 12 partidas desde que a temporada regular começou para o Spurs, e, por enquanto, os três principais jogadores da equipe não estiveram simultaneamente em quadra sequer por um minuto. Isso ocorreu devidos às lesões que afetaram a equipe durante esse período. Manu Ginóbili se lesinou durante os Jogos Olímpicos de Pequim, teve que operar o tornozelo e desde então vem gradativamente se recuperando. Tony Parker torceu o tornezelo na partida diante do Miami Heat, a quinta da equipe, e desde então também desfalca a equipe. Apenas Duncan esteve presente em todas as partidas da temporada.

Após um começo conturbado e com muitos problemas, a situação parecia que iria piorar ainda mais com a ausência de Parker. A campanha era de 1 vitória e 4 derrotas, e, além de Manu Ginobili, a equipe agora não teria Tony Parker, o que causou pânico nos torcedores, que até sobre uma possível first pick já especulavam. Porém, com algumas alterações realizadas na equipe por Gregg Popovich, a mudança na postura do time dentro de quadra e principalmente a força coletiva do elenco colocaram a equipe de volta na briga pelos playoffs. Vamos a uma recaptulação do que aconteceu até agora:

Partida 1 (0-1) – Suns 103 @ 98 Spurs

Estréia na temporada, muita expectativa foi criada em cima desse jogo, principalmente pela polêmica envolvendo o Hack-a-Shaq. Sem Manu, não se sabia como reagiria o San Antonio Spurs, e os texanos concentraram o jogo basicamente em Parker e Duncan (32 pontos cada), e, mesmo jogando em casa, a derrota foi inevitável.

Partida 2 (0-2) – Spurs 99 @ 100 Blazers

Jogando fora de casa contra a promissora equipe do Portland Trailblazers, o Spurs novamente saiu derrotado. Finley teve em suas mãos a última bola que poderia dar a vitória a equipe do Texas, porém falhou em seu arremesso de 3 pontos. Mason com 14 pontos, e convertendo 6 de seus 7 arremessos tentados, começava a demonstrar sua importância para a equipe.

Partida 3 (0-3) – Mavs 98 @ 81 Spurs

Surrados em casa, e os sinais de uma crise apareciam em San Antonio. A equipe parecia não se encontrar em quadra, e em momento algum se mostrou superior ao rival Mavs, que contou com grande atuação de Nowitzki e Jason Terry. De positivo, apenas a estréia do novato George Hill, que anotou 11 pontos.

Partida 4 (1-3) – Spurs 129 @ 125 Wolves

Em partida emocionante com duas prorrogações, o San Antonio Spurs finalmente alcançou sua primeira vitóia, contando com grande atuação de Tony Parker, que neste jogo anotou seu recorde de pontos em uma partida na NBA, 55. Tim Duncan com 30 pontos e 16 rebotes e Roger Mason com 26 pontos também foram destaques.

Partida 5 (1-4) – Heat 99 @ 83 Spurs

Outra derrota humilhante em casa, e dessa vez com o agravante da lesão de Parker logo no início do jogo. O desespero começava a tomar conta dos torcedores. A equipe novamente não se encontrava em quadra, e, mal na defesa, foi alvo fácil para Wade.

Partida 6 (2-4) – Knicks 80 @ 92 Spurs

Na primeira partida sem Parker, o Spurs conseguiu a vitória diante do Knicks, do velho conhecido D’Antoni. Apesar de ir para o intervalo perdendo por 3 pontos, os texanos alcaçaram a vitória com uma virada no segundo tempo. Aqui, algumas mudanças foram feitas pr Popovich: Bowen deu lugar a Udoka no quinteto titular e Thomas teve seus minutos em quadra reduzidos e deu lugar a Oberto como titular.

Partida 7 (2-5) – Spurs 78 @ 82 Bucks

Em partida repleta de erros, o San Antonio Spurs esteve em noite apagada, e nem os 19 pontos de Finley foram o suficiente para ajudar Duncan (24 pontos) a levar a equipe a vitória. Udoka e Oberto seguiram como titulares.

Partida 8 (3-5) – Rockets 75 @ Spurs 77

A vitória para o Houston Rockets já era dada como certa para muitos, porém de maneira surpreendente o San Antonio Spurs derrotou os rivais do Texas, com uma incrível virada no último quarto, quando chegou a estar perdendo por margem superior a 10 pontos. George Hill foi o destaque, anotando 17 pontos, 6 rebotes e 5 assistências.

Partida 9 (4-5) – Spurs 90 @ 88 Kings

Vitória importante fora de casa, decidida na última bola, onde o coletivo foi fundamental. Finley com 21 pontos, Duncan com 20 e Mason com 18 pontos foram os destaques. Aqui, mais uma vez o técnico Gregg Popovich promoveu mudanças: Udoka deu lugar a Finley entre os titulares e Bonner teve seus minutos de quadra ampliados.

Partida 10 (5-5) –  Spurs 86 @ 83 Clippers

A terceira vitória seguida, e mais uma vez decidida apenas na última posse de bola. Mais uma vez o trio formado por Finley, Duncan e Mason foi fundamental para o triunfo fora de casa, anotando juntos 60 pontos. Aqui, o pesadelo da ausência de Parker e Manu já parece ter passado, a equipe mostra-se mais sólida na defesa e os coadjuvantes assumem espaço deixado pelos desfalques.

Partida 11 (5-6) – Nuggets 91 @ 81 Spurs

Derrota em casa, porém pode ser considerada normal dentro das circunstâncias. Com a chegada de Billups, a equipe do Colorado melhorou e uma vitória sobre eles seria surpreendente. Destaque positivo para os 20 pontos de George Hill, mais uma vez demosntrando potencial para se tornar um excelente jogador, e destaque negativo para Duncan, que fez sua pior partida na temporada com somente 12 pontos, convertendo apenas 4 de seus 13 arremessos tentados.

Partida 12 (6-6) – Jazz 94 @ 119 Spurs

A primeira vitória relativamente fácil na temporada. Sem maiores sufocos, o San Antonio Spurs superou a equipe de Utah que estava desfalcada de Deron Williams e Carlos Boozer. A novidade desta partida ficou por conta da volta de Bowen entre os titulares no lugar de George Hill, deslocando Mason para a armação. Mason inclusive foi o destaque da partida com 29 pontos, acertando 7 de 10 arremessos de 3 pontos, e George Hill anotou 23 pontos no jogo, sua maior pontuação na curta carreira como profissional.

Após todas essas partidas, creio que o Spurs sairá fortalecido desse período convivendo com os desfalques. Mason e Hill mostraram que podem ser reservas eficazes, inclusive com capacidade para anotar mais de 20 pontos e decidir uma partida. Finley parece ter voltado à boa forma e vem tendo atuações mais consistentes, será muito importante durante a temporada. Até mesmo o criticado Matt Bonner parece ter encontrado seu jogo, e, vindo do banco, vem conseguindo seguidamente realizar boas partidas participando da rotação de garrafão. Com tudo isso, o Spurs mostra que pode brigar pelo título com o retorno de Parker e Manu, e que todo o elenco será importante nesta jornada.

“Team is everything”