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Spurs Brasil marca presença em coletiva de Leandrinho

O jogador do Phoenix Suns e da seleção brasileira, Leandro Barbosa, concedeu na tarde desta sexta-feira uma entrevista coletiva na Universidade Metodista, em São Bernardo do Campo (SP). O objetivo da coletiva foi divulgar o novo projeto do armador, o “Leandrinho Basketball Camp”, um acampamento de uma semana com treinamentos para jovens atletas da cidade do ABC Paulista. Leandrinho também respondeu perguntas sobre NBA e seleção brasileira.

Foto por Victor Moraes

O projeto foi elaborado com apoio da Universidade e em conjunto com Vanderlei, ex-atleta da seleção brasileira e que hoje defende a equipe Metodista/São Bernardo, e visa dar uma oportunidade para os jovens amantes do basquete. “A gente sabe que temos muitos talentos, mas nem todos têm oportunidades”, declarou Leandrinho. “Eu nunca tive essa oportunidade que os jovens hoje vão ter”, completou.

Segundo os organizadores do evento, o Camp atenderá garotos entre 10 e 16 anos e meninas de 10 a 14 anos. As datas do acampamento são  de 07 a 11 e de 11 a 15 de julho.

Foto por Victor Moraes

Ainda durante a coletiva, Leandrinho comentou sobre a NBA, disse sofrer muito com a desgastante rotina de jogos e treinos e, sobre os boatos de ser trocado para outra equipe, Leandrinho desconversou, dizendo não saber sobre esses assuntos,  que seu desejo é de apenas jogar basquete. Ele revelou ainda que deseja encerrar a carreira no Brasil. O armador ainda falou sobre a rivalidade criada com o San Antonio Spurs: “É normal, é como Corinthians e Palmeiras”, disse o jogador. “Temos uma grande rivalidade com o San Antonio Spurs e o Dallas Mavericks, mas isso é algo normal”, enfatizou.

Sobre a possibilidade de ocorrem jogos com equipes da NBA no Brasil, Leandrinho revelou que isso deve ocorrer em breve, e que David Stern, comissário que comanda a NBA, já entrou em contato com ele algumas vezes para tratar desta possibilidade.

Perguntado sobre a seleção brasileira e o projeto de reestruturação do basquete nacional, Leandrinho acredita que as coisas estão no caminho certo e disse que tem conversado muito com o técnico da seleção, Moncho Monsalve, e com toda a comissão técnica. Fechando a entrevista, Barbosa falou sobre a polêmica com jogadores da NBA no último pré-olímpico e sobre participações futuras na seleção: “Todo mundo quer vestir a camisa verde e amarela, mas as vezes acontecem alguns problemas com nossas equipes, que não deixam a gente vir. Mas vamos ver. O Nenê quebrou o braço agora, o Varejão está com problema de contrato, vamos ver, mas vontade a gente sempre tem de jogar pela seleção”.

Papo com R.C. Buford

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O General Manager do Spurs, R.C. Buford, tem sido um dos responsáveis pelo grande sucesso dos últimos anos. Com uma política conservadora e equilibrada, Buford concedeu uma pequena entrevista ao site oficial do San Antonio Spurs. Confira na íntegra aqui no Spurs Brasil.

Quão difícil é tomar decisões em relação a quem sai e quem fica no Spurs?  E como você toma esse tipo de decisão?

R.C. Buford: É muito difícil e nós fazemos isso como um grupo. Todos; eu, os técnicos, todos gastamos muito tempo para decidir quem se enquadra à  equipe. É um processo de grupo, mas é sempre muito complicado.

Você acredita que o Spurs terá um “Big Player” quando o mercado de agentes livres, com muitas estrelas procurando por um novo time (como o de 2010), se abrir?

R.C. Buford: Nós sempre procuramos tirar vantagem das oportunidades que temos e maximizar os nossos recursos, não importa se é através de agentes livres ou mesmo do draft.

Você poderia, por gentileza, nos informar sobre a atual situação de jogadores como Tiago Splitter, James Gist e Robert Javtokas?

R.C. Buford: Tiago teve um bom começo de temporada no TAU. Ele estava machucado antes, mas desde que voltou à equipe está jogando muito bem. James Gist está jogando bem em um time emergente da Itália e o Robert também está bem.

Bate-papo com Erin Buescher

A úlima temporada foi frustrante para a ala do San Antonio Silver Stars, Erin Buescher. A jogadora foi contratada junto ao Sacramento Monarchs e chegou para ser uma das líderes do time; papel esse que desempenhou com relativo sucesso antes de sofrer uma grave contusão no joelho esquerdo que a tirou do restante da temporada.

De volta em 2008, Buescher vem fazendo um bom campeonato. Entretanto, o amadurecimento de Sophia Young e a contratação da pivô Ann Wauters tiraram os holofotes de cima da jogadora; fato esse que não deve estar atrapalhando, pois mesmo com seus minutos em quadra reduzidos, Buescher vem sendo uma coadjuvante importante e consequentemente uma das principais jogadoras da equipe.

Na pequena folga antes do início dos playoffs – em que as Stars enfrentarão sua ex-equipe pelo segundo ano consecutivo – a jogadora concedeu entrevista ao site oficial da equipe; confira o curto bate-papo só aqui no Spurs Brasil.

A contusão do ano passado impediu que você participasse do duelo dos playoffs contra o Sacramento Monarchs. Esse ano você tem essa grande oportunidade; o que você pensa a respeito disso?

Erin Buescher: Estou realmente empolgada. É muito duro ter que ficar no banco assistindo suas companheiras sendo que você não pode fazer nada para ajudar. Prefiro muito mais estar lá, dando duro junto com as outras jogadoras, do que sentada no banco com roupas do dia-a-dia. Poder estar lá dentro é muito divertido.

Quão gratificante é para você poder estar nos playoffs, não necessariamente porque o jogo é contra sua ex-equipe, mas somente pelo fato de disputar uma fase como essa?

Erin Buescher: Realmente é algo muito especial. Joguei em Sacramento e lá vencemos um campeonato; existem pessoas maravilhosas lá, assim como existem também aqui em San Antonio. É um grande privilégio poder fazer parte deste time; estar apta a jogar sob o comando destes treinadores e poder ser companheira de time destas garotas é algo fora de série. Nosso treinador vem nos relembrando de tirarmos proveito de cada momento, salvar isso na memória e não deixar essa oportunidade passar batida, ‘sem ser noticiada’. Estou apenas aproveitando isso tudo e espero que possamos competir, nos divertir e dar tudo de nós dentro de quadra.

Muitas jogadoras nunca tiveram experiências em playoffs, enquanto você já conquistou um título. Que tipo de benefício você acha que isso traz para o seu jogo e o que esperar das Stars nos jogos daqui em diante?

Erin Buescher: Penso que você tem que ter o final já em mente; meio que começar do fim quando se tem experiências como eu tive. Temos que ver e pensar como é chegar no final e poder levantar o título; encaro isso como uma motivação e uma energia extra. Uma das coisas em que as veteranas deste time são realmente boas é o fato de nos focar nas coisas que precisamos fazer.

Bate-papo com George Hill

Vindo da pouco conhecida Universidade de Indiana (IUPUI), George Hill foi selecionado pelo San Antonio Spurs na 26ª posição do último draft. O armador disputou alguns jogos pelos training camps do Spurs, e, apesar de demonstrar um excelente potencial defensivo, Hill deu mostras de que ainda precisa melhorar bastante seu desempenho no ataque.

Confira abaixo a entrevista que o jogador concedeu ao site oficial da NBA.

Como mudou sua vida desde que foi draftado?

George Hill: Tenho muitos novos amigos e também amigos dos quais não tinha notícias há muito tempo. Não faço idéia de como eles conseguiram meu número, mas eles andam me ligando bastante. Há muitas coisas que eu costumava fazer que eu não posso fazer mais, você têm que levar a vida e as coisas mais a sério; talvez seja essa a grande mudança.

Qual o principal ajuste que você considera necessário nessa transição para a NBA?

George Hill: Não poderei ser egoísta, dividir, ‘desistir da bola’, tentar envolver meu time no jogo mais do que manter o foco em mim, como na universidade. Não serei mais a peça principal, então terei muitas vezes que sacrificar minha habilidade de pontuador em detrimento da equipe.

Como você está se preparando para a temporada?

George Hill: Estou trabalhando cada aspecto do meu jogo. Eu quero tentar e ser o melhor jogador que eu posso ser e trabalhar duro, muito duro.

Você já conversou com alguém de dentro do Spurs?

George Hill: Ainda não. Espero chegar lá, conhecer todos os jogadores e poder aprender com tudo o que eles já sabem.

San Antonio tem sido um dos mais fortes times ao longo das últimas temporadas. Como você se sente fazendo parte de uma equipe tão bem sucedida e com tantos veteranos talentosos?

George Hill: Jogar pelo Spurs é uma grande oportunidade. A organização é ótima; estou na melhor equipe possível. Também será importante aprender com jogadores talentosos. O Spurs têm ótimos veteranos, como Tim Duncan, Jacque Vaughn, Tony Parker, Manu Ginobili e Bruce Bowen. O banco também é ótimo; estou pronto para entrar nessa ‘guerra’ e aprender com todos os jogadores.

Há alguém específico que você deseja jogar com ou contra?

George Hill: Tony Parker, sem dúvidas. Sempre assisti ele e adoro seu estilo de jogo. Estou pronto para ajudar e deixá-lo me ensinar a fazer as coisas que nem ele faz.

Como foi a experiência da Summer League para você?

George Hill: A Summer League foi divertida. Foi ótimo estar no mesmo ‘meio ambiente’ da NBA. Como armador, tive que encontrar espaços para ser agressivo nos arremessos, e, ao mesmo tempo, em quando saber passar a bola. Acho que fiz um bom trabalho, mas sei que não arremessei tão bem quanto poderia. Entretanto, quando estivemos em Utah (Rocky Mountain Revue), encontrei melhor meu jogo e meus espaços em quadra. Isso se tornou realmente divertido.

Você mudou alguma coisa no seu regime diário se preparando para a liga?

George Hill: Mudei minha dieta. Não bebo nem como mais besteiras como frituras; talvez seja essa a coisa mais cruel. Pelo menos não me canso tão fácil quanto antes, embora quando esteja caminhando pela rua e veja restaurantes que costumava a frequentar – como o KFC – penso: “Eu quero comer frango”, mas isso provavelmente não seja o melhor para você, então eu tento me manter longe disso.

Bate-papo com Manu Ginobili

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O ala do Spurs, Manu Ginobili, irá a Los Angeles amanhã para operar o tornozelo esquerdo. Junto com especialistas, o argentino espera que a cirurgia resolva de vez o velho problema. Nesse vai-e-vem, sobrou tempo para um rápido bate-bola com o Diário Olé; confira a conversa aqui no Spurs Brasil:

Olé: Por que tomaram a decisão de fazer a cirurgia?

Ginobili: Em San Antonio, todos dizem que cirurgia é o único modo de acabar de vez com o problema. Já havia falado à imprensa, há dois meses atrás, que caso voltasse a sentir dores no tornozelo durante os jogos olímpicos, faria a artroscopia. Bem, foi o que aconteceu.

Olé: Houve algum tipo de conselho por parte de San Antonio para te operar antes dos Jogos?

Ginobili: Uhmmm, não. Eles disseram que não haveria problemas se as dores não voltassem com as injeções; contudo, caso eu sentisse novamente a lesão, eles teriam de me operar. Não me lembro de terem me dito para operar antes dos jogos.

Olé: Quanto tempo irá durar a recuperação? Como será e em que lugar irá fazê-la?

Ginobili: Não sei como se dará a recuperação nem quanto tempo ela irá durar; só sei que farei em San Antonio. A principio, me disseram que me recuperaria entre seis e oito semanas, agora parece que serão de dez a doze. Até falar com o médico que fará a cirurgia, que por sinal tem muita experiência com este tipo de caso, não faço idéia de quanto tempo demorarei para voltar. Suponho que veremos no dia-a-dia pós operatorio; calculo uns dois meses ou dois meses e meio para retornar às quadras.

Olé: Então está descartada sua presença no começo da temporada?

Ginobili: Parece que não; depois tem que ver como tudo se resolve. Só veremos se a recuperação será rápida ou não no dia-a-dia.

Olé: Você notou algum clima diferente com o treinador Popovich ou com algum dos diretores por ter voltado lesionado de Beijing?

Ginobili: De forma alguma; Pop foi até me receber no aeroporto. Quanto ao presidente, nem cheguei a falar com ele; sei que está tudo bem, que não existe nenhum tipo de rancor. É claro que eles preferiam que eu voltasse inteiro e apto para começar a temporada, mas não é assim, as lesões passam.

Olé: Ao ir para o selecionado argentino, San Antonio declarou que adiaria as conversas para renovação do seu contrato, que expira daqui duas temporadas. A situação segue igual ou já começaram a falar sobre a renovação?

Ginobili: Foi assim; as conversas foram adiadas, suponho eu. Acredito que retomaremos quando voltarmos à atividade. Contudo, a verdade é que não tenho uma última palavra por parte deles. Mas sim, as conversas acabaram a parir do momento que decidi me juntar à seleção.

Olé: Você jogou lesionado em Beijing?

Ginobili: Não! Quero esclarecer isso. Eu só me integrei ao grupo porque recebi alta médica e permissão do Spurs.

Olé: Especula-se que você não irá se aposentar da seleção sem jogar, como foi contra a Lituânia…

Ginobili: Ainda é cedo para falar sobre isso, muito cedo. Mas a decisão que irei tomar de nada tem haver com o fato de não ter participado do último jogo em Beijing. Quando for finalmente decidir, muitas coisas serão levadas em conta.

Olé: Digamos que quando tiver a decisão em mente, irá nos comunicar, como fez seu amigo Pepe Sanchez antes dos jogos de Beijing…

Ginobili: Com certeza! Como sempre digo, quando o momento chegar, verei minhas condições físicas e se tenho aquela motivação para enfrentar um campeonato tão duro quanto os jogos olímpicos. Creio que não faça sentido tomar essa decisão com dois anos de antecipação, quando nem sei o que será da minha vida.