Arquivo do autor:Bruno Pongas
A nova potência da Conferência Oeste
O New Orleans Hornets é o time do futuro na NBA. É também o time do momento, o time da moda, ou como vocês quiserem chamar.
Digo isso por vários motivos. O primeiro deles é até meio óbvio e tem nome e sobrenome: Anthony Davis. O ala-pivô, que ajudou a Kentucky University a conquistar o título da NCAA, foi a primeira escolha do último Draft e caiu de bandeja em New Orleans.
Davis é tido por muitos como um defensor de elite, muito atlético e capaz de marcar pontos embaixo da cesta. Trata-se de um talento daqueles que aparecem uma vez a cada cinco anos (ou mais) no Draft. Ele será o pilar principal desse novo Hornets e tem tudo para ser o grande líder da equipe nos próximos anos – algo que vem sendo muito sentido depois da saída de Chris Paul.
Através do recrutamento, a franquia também pôde sanar uma de suas principais carências: a falta de um armador principal. Quando Chris Paul saiu, uma grande lacuna foi aberta. O comando do time acabou ficando com Jarrett Jack, que até é bom jogador, mas está uns dois ou três níveis abaixo de atletas como Deron Williams, Tony Parker, Derrick Rose e do próprio Paul.
Com a décima escolha, o General Manager Dell Demps selecionou o badalado Austin Rivers, que, como vocês já devem saber, é filho de Doc Rivers, técnico do Boston Celtics.
Austin ainda é uma joia a ser lapidada. Apesar de pontuar com facilidade e possuir ótima velocidade, o garoto ainda precisa melhorar em alguns aspectos, principalmente no passe e na defesa. Mesmo assim, Demps acertou em cheio. Rivers é o tradicional combo guard, que pode servir tanto de armador, quanto de ala-armador.
Além dessas promessas, o Hornets ainda tem espaço salarial para fazer estrago nesta offseason. Dê uma olhada nos contratos vigentes:
- Jarrett Jack – US$ 5,5 mi (contrato se encerra em 2013)
- Al-Farouq Aminu – US$ 2,9 mi (team option em 2013)
- Jason Smith – US$ 2,5 mi (contrato se encerra em 2014)
- Xavier Henry – US$ 2,3 mi (team option em 2013)
- Gustavo Ayon – US$ 1,5 mi (team option em 2013)
- Greivis Vasquez – US$ 1,1 mi (team option em 2013)
Como é possível perceber, apenas seis atletas têm vínculo com o New Orleans Hornets. Nesse bolo ainda está Eric Gordon, que pode estar se despachando para o Phoenix Suns. Gordon tem uma qualifying offer e teria recebido uma proposta total de US$ 58 mi em quatro temporadas para atuar no Arizona. A franquia da Louisiana ainda pode fazer uma contra-proposta pelo jogador, mas, ao que tudo indica, ele deseja mudar de ares – o que é uma pena, porque o ala-armador cairia como uma luva nessa jovem equipe.
Se Eric Gordon realmente partir, Dell Demps, que é cria do San Antonio Spurs, terá muito dinheiro disponível para trabalhar. Para isso, será preciso analisar as necessidades do elenco, que, para mim, seriam um pivô, um ala-pivô, um ala e um armador (ou ala-armador, dependendo de como Austin Rivers irá se adaptar à NBA). Mas o que o mercado de free agents pode oferecer ao New Orleans Hornets? Há alternativas para todos os gostos – reproduzo algumas abaixo (me avisem se algum dos nomes citados já tiver um novo contrato):
- Armadores – Kirk Hinrich, Andre Miller, Goran Dragic, Chauncey Billups, Ramon Sessions, Jeremy Lin, Jameer Nelson, Aaron Brooks, Raymond Felton.
- Alas-armadores – Ray Allen, Jason Terry, Randy Foye, Nick Young, O.J. Mayo, Louis Williams, Jamal Crawford, Danny Green, Sonny Weems, Shannon Brown, Mickael Pietrus.
- Alas – Jeff Green, Landry Fields, Nicolas Batum.
- Pivôs e alas-pivôs – Brandon Bass, Kris Humphries, Brook Lopez, Ian Mahinmi, JaVale McGee, Ben Wallace, Marcus Camby, Roy Hibbert, Kenyon Martin, Ersan Ilyasova, J.J. Hickson, Boris Diaw.
Além dos atletas citados, o Hornets também tem seus agentes livres. Entre eles, seria importantíssimo renovar com Chris Kaman e Carl Landry. Apesar de ser um dos melhores amigos do departamento médico, Kaman é um pivô muito habilidoso, que pode trazer qualidade de passe e arremessos de longa distância para quadra. Landry, por sua vez, é um ala-pivô baixo, mas razoavelmente bom nos rebotes e eficiente embaixo da cesta.
Anthony Davis trará uma presença defensiva melhor para essa linha de frente, mas seria interessante se Dell Demps conseguisse um jogador com o estilo de Marcus Camby: bom na retaguarda e também nos ressaltos. Disponíveis no mercado, vejo com essas mesmas características o veteraníssimo Ben Wallace e o versátil Ersan Ilyasova.
Resumo: o New Orleans Hornets tem tudo para ser uma das forças da Conferência Oeste nos próximos anos. Será preciso, no entanto, municiar os jovens recém-recrutados com atletas competentes e com relativa experiência. Acredito no bom trabalho do General Manager Dell Demps e também no técnico Monty Williams, que é um dos melhores treinadores dessa nova safra.
Pesa contra a franquia, contudo, o fato dela estar posicionada num dos chamados small markets, ou mercados pequenos se traduzirmos ao pé da letra. Mas por que? Simplesmente porque boa parte dos jogadores prefere deixar as cidades menores rumo a grandes centros, como Los Angeles e Nova York, por exemplo. Foi o que aconteceu com Chris Paul, que cansou de perder, arrumou as malas e foi para a Califórnia.
Os torcedores do Hornets têm de torcer para que essas jovens promessas tenham paciência, pois será normal ver o time perdendo nas primeiras temporadas até finalmente se acertar. Lembram do antigo Seattle SuperSonics, que depois virou Oklahoma City Thunder? Pois é, lá também foi assim. Eles começaram draftando Kevin Durant e, aos poucos, construíram uma máquina de vitórias.
O New Orleans Hornets pode ser o novo Oklahoma City Thunder, mas, volto a dizer, tem de ter muita calma e fazer o trabalho bem feito.
Spurs teria interesse em Rashard Lewis, diz jornalista
O ala-pivô Rashard Lewis vem decaindo desde que perdeu a final da NBA para o Los Angeles Lakers, em 2009. De lá para cá, o jogador, de 32 anos, viu sua média despencar de 17,7 pontos por jogo na temporada 2008/2009 para apenas 7,8 pontos em 2011/2012.
Apesar da decadência evidente, Lewis, que recentemente foi trocado do Washington Wizards para o New Orleans Hornets e depois dispensado de seu contrato, ainda pode ser útil dentro de um contexto – principalmente com sua pontaria calibrada nos arremessos de longa distância.
De acordo com o jornalista Marc Berman, do New York Post, o atleta tem uma pequena lista de equipes prioritárias. Uma delas, segundo ele, é o San Antonio Spurs. Além dos texanos, New York Knicks, Miami Heat, Los Angeles Lakers e Atlanta Hawks também poderiam ser o próximo destino de Rashard Lewis.
A pergunta que fica, no entanto, é quanto ele aceitaria ganhar para jogar em San Antonio? Que Lewis tem talento todos nós estamos cansados de saber, mas será que ele quer encerrar a carreira ganhando o mínimo para veteranos? Será que ele vai se contentar com 0 papel de reserva? Nessa altura, até acredito que sim, mas prefiro esperar as cenas dos próximos capítulos.
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De Colo está em San Antonio para fazer testes físicos
Uma boa notícia para os torcedores do Spurs: Nando De Colo está em San Antonio para realizar testes físicos. O jogador, que estava na França se preparando para as Olimpíadas de Londres, ficará na cidade texana até o próximo dia 6 de julho. A notícia é do próprio staff do selecionado francês.
E o que isso quer dizer? Antes de assinar um contrato, qualquer esportista é submetido a uma bateria de exames físicos que tem como objetivo assegurar que ele está apto para a prática da modalidade.
Neste caso, se De Colo está fazendo testes, logo deverá assinar em breve com o Spurs. Faz sentido a minha lógica? Há algumas semanas, o armador, em entrevista ao jornal L’Equipe, disse que a diretoria texana separou uma vaga para ele para a próxima temporada.
Ao que tudo indica, o francês deverá ser o primeiro grande reforço de San Antonio. Que seja bem-vindo!
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Hanga seguirá cronograma de treinamentos na Europa
O ala-armador Adam Hanga, recrutado pelo San Antonio Spurs na segunda rodada do Draft de 2011, passou por um período de treinos na cidade texana ao longo da última semana.
De volta à sua terra natal, a Hungria, para a disputa do torneio classificatório para o Campeonato Europeu de 2013, Hanga levou na bagagem um dos técnicos que o acompanhou durante os testes em San Antonio. A notícia é do site Telesport.hu.
O jogador, que atualmente veste a camisa do Assignia Manresa, da Espanha, será acompanhado de perto por Alex Lloyd, ex-estagiário do Spurs e atual assistente técnico do Austin Toros, da D-League. O treinador seguirá um cronograma que foi passado ao atleta após a passagem pelo Texas.
O Project Spurs encontrou um vídeo bem legal (assista abaixo) que mescla imagens da visita de Hanga a San Antonio com alguns lances impressionantes do húngaro durante a última temporada da Liga Endesa – o Campeonato Espanhol de basquete.
Nota do blogueiro: Adam Hanga tem um atleticismo impressionante e a diretoria texana parece apostar bastante em seu potencial. O jogador, no entanto, só deverá se juntar ao elenco de Gregg Popovich em 2013 ou 2014. Caso ele dê certo na NBA, com certeza será mais um achado do San Antonio Spurs no Draft – assim como foi Manu Ginobili e Tony Parker.
Chance de título pesa a favor do Spurs no caso Green
Danny Green é agente livre e pode assinar com qualquer franquia da NBA a partir do dia 11. O ala-armador, que vem de uma boa temporada em San Antonio, tem sido sondado pelo Utah Jazz e pelo Boston Celtics e deve receber outras propostas ao longo da semana.
Em entrevista recente ao site Spurs Nation, no entanto, Green explicou que procura um balanço entre dinheiro e sucesso – algo que deve pesar a favor de sua permanência na cidade texana.
“Muitos jovens atletas só pensam em dinheiro”, criticou. “Para mim, há um meio termo entre dinheiro, o time e o encaixe. Estive numa equipe vencedora durante toda a carreira. Quero continuar assim”, completou, fazendo referência ao título universitário conquistado em 2009 pela tradicional North Carolina University – a mesma de Michael Jordan.
“Eu realmente gosto de San Antonio. Espero que eles tenham fé em mim e façam o que precisam fazer para me trazer de volta”, finalizou o camisa 4, que na última temporada teve médias de 9,1 pontos e 3,5 rebotes por partida.
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