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Ginobili voltou a fazer cestas, mas quem se importa?
Manu Ginobili foi o cestinha do San Antonio Spurs no Jogo 4 contra o Utah Jazz. Com 17 pontos em quase 27 minutos, o argentino foi um dos principais responsáveis por despachar o time de Salt Lake City.
O camisa 20 também enfim conseguiu converter uma bola de três pontos (foram três durante a partida) e se livrou da incômoda sequência de oito tentativas e nenhum acerto que estava em vigência desde o início da pós-temporada.
Apesar de ter mandado a “zica” para longe, os números parecem ser irrelevantes para o argentino, que falou sobre o assunto após o duelo. “É claro que todo mundo gosta de marcar pontos. Errei algumas bolas, é verdade, mas foram poucas tentativas. Sinceramente, nem estava preocupado com isso”, explicou.
A verdade é que Manu é muito mais importante para o San Antonio Spurs do que simples 17 pontos – e seus colegas de trabalho sabem muito bem disso. “Seria loucura julgá-lo com base em seu aproveitamento nas bolas de três”, defendeu o técnico Gregg Popovich. “No Jogo 2, por exemplo, Ginobili deu dez assistências. Ele está sempre fazendo alguma coisa em quadra para conquistar a vitória”, completou.
Quem também saiu em defesa do argentino foi o veterano Stephen Jackson, um dos novos líderes da equipe. “Todos têm seus dias ruins, mas os dias ruins do Manu parecem imperceptíveis”, analisou. “Mesmo que esteja mal nos arremessos, ele é capaz de fazer várias coisas úteis. Confiamos nesse cara todas as noites”, finalizou.
“Nunca vi nada desse tipo”, diz Jefferson sobre fase do Spurs
O San Antonio Spurs voltou a vencer o Utah Jazz na noite de segunda-feira (8) e se classificou com sobras para as semifinais da Conferência Oeste. Enquanto os texanos comemoraram o triunfo, os jogadores do Utah Jazz tentaram explicar a “varrida” por quatro jogos a zero. Quem se dispôs a encarar os microfones foi o pivô Al Jefferson, que disse estar impressionado com o basquete dos comandados de Gregg Popovich.
“Nesse momento, eles vêm jogando muito bem. Eu nunca vi nada assim antes”, disse o Big Al. “Estou feliz por estar nos playoffs, mas enfrentamos um time que está no seu auge e, sinceramente, acho difícil que alguém consiga batê-los. É uma grande equipe e eu tiro meu chapéu para eles”, pontuou o jogador.
O próximo oponente do San Antonio Spurs nos playoffs sairá do confronto entre Los Angeles Clippers e Memphis Grizzlies. O time da Califórnia, que é liderado por Chris Paul e Blake Griffin, abriu 3 a 1 na série e tem tudo para avançar às semifinais.
Depois da varrida…
Nada como uma volta para casa tranquila após a varrida. Foto do argentino Manu Ginobili e do brasileiro Tiago Splitter no voo de volta para San Antonio. Obrigado ao leitor Edson Chiarotti Filho, que publicou a foto na nossa página no Facebook.
Recuperado, Splitter vive sua melhor fase em San Antonio
Quando Tiago Splitter caiu de mau jeito no Jogo 1 entre San Antonio Spurs e Utah Jazz, o brasileiro achou que aquela era sua última partida nos playoffs. Tiago ainda tentou permanecer em quadra, mas a entorse no punho esquerdo em decorrência da queda falou mais alto e ele teve de ser encaminhado aos vestiários.
“Achei que aquele seria o final da temporada para mim”, disse o brazuca, em entrevista à mídia texana.
No dia seguinte, o pivô passou por uma ressonância magnética, que felizmente detectou um machucado simples no pulso. Mesmo assim, Splitter ficou de fora do Jogo 2. Na oportunidade, o técnico Gregg Popovich disse que era melhor descansar alguns dias a mais do que sofrer uma nova pancada e voltar à estaca zero.
O Coach Pop estava certo, já que o brasileiro voltou muito bem – e sem dores – para o Jogo 3, anotando dez pontos e oito rebotes em pouco mais de 18 minutos. A importância do camisa 22 foi tanta que ele ficou em quadra durante grande parte do último período.
“Ele foi ótimo”, disse Tim Duncan após o duelo. “Tiago trabalhou duro e finalizou algumas jogadas embaixo da cesta. Ele é um carregador de piano e sempre encontra um jeito de marcar seus pontos”, completou o líder da equipe.
Splitter também foi elogiado pelo inimigo. Tyrone Corbin, técnico do Utah Jazz, teceu seus comentários sobre o brazuca. “Splitter é inteligente”, analisou. “Ele é grande e sabe se valer de seu tamanho. É mais um gigante no time deles”, completou.
Nesta segunda-feira (7), Spurs e Jazz voltam a medir forças. Ficamos na torcida para que o nosso camisa 22 seja aprovado mais uma vez na escolinha do professor Popovich. Na terceira partida da série, o Coach Pop foi taxativo quando perguntado sobre o ótimo desempenho de Tiago Splitter:
“Grandioso”, definiu o treinador na oportunidade.
Para Shaquille O’Neal, Spurs fará a final da NBA
Shaquille O’Neal abandonou as quadras e virou comentarista de TV nos Estados Unidos. Sempre cheio de brincadeiras, é difícil levar a sério o que ele fala, mas convenhamos que o cara entende de basquete.
Quando perguntado recentemente sobre os prováveis finalistas da NBA, Shaq foi curto e grosso. “Como muitas pessoas, acredito no Miami Heat e no San Antonio Spurs”, disse o gigante.
“No Oeste, acho que o título fica entre Spurs e Lakers. Los Angeles é o único time que pode desbancar os texanos”, completou o ex-pivô.
O’Neal, que no meio da temporada regular “previu” que o Spurs ganharia seu quinto título, descartou o badalado Oklahoma City Thunder por dois motivos.
“OKC tem grandes jogadores, mas San Antonio conhece o caminho das pedras. Eles têm o maior líder do mundo (Gregg Popovich) e Tim Duncan, que, do jeito que está jogando agora, ainda tem mais dois anos em alto nível”, analisou.
Experiência: fator chave para o Spurs contra o Utah Jazz
Além de ter um elenco mais talentoso, o San Antonio Spurs tem um trunfo e tanto nesta série de primeira rodada contra o Utah Jazz: a experiência.
Tim Duncan, por exemplo, já disputou 179 jogos de playoff em sua carreira – uma partida a menos do que os três jogadores mais experientes do Jazz somados.
Tony Parker, por sua vez, já esteve em 141 jogos decisivos, enquanto o argentino Manu Ginobili participou de 124 embates em playoffs. Isso torna o trio Parker, Duncan e Ginobili, de longe, o mais “vivido” em toda a NBA.
Essa experiência já começa no banco de reservas. Com 111 triunfos em pós-temporadas na carreira, Gregg Popovich é o terceiro treinador da história com mais êxito neste quesito, atrás apenas de Pat Riley e Phil Jackson.
“Já estivemos em muitos duelos assim. Esse pessoal tem estado junto por um bom tempo”, disse o Coach Pop ao site Spurs Nation após a terceira partida da série. “Eles sabem como agir fora de casa e têm ciência de como é lidar com a torcida adversária”, completou.
Para Tyrone Corbin, técnico do Utah Jazz, a falta de vivência de sua equipe é evidente. O próprio Corbin é “virgem” em termos de pós-temporada – é a primeira vez que ele disputa os playoffs como comandante oficial do time de Salt Lake City.
“Você pode falar sobre isso e contar histórias para eles, mas nunca será a mesma coisa. Até que você encare os playoffs vai ser difícil entender”, explicou o treinador.












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