Carências resolvidas

Talvez seja possível dizer que o San Antonio Spurs foi a franquia mais vencedora do aquecido mercado da NBA nos últimos dias. Com a troca que trouxe Stephen Jackson e com contratações pontuais de agentes livres, como Boris Diaw e Patrick Mills, a equipe texana conseguiu resolver suas principais carências sem desmontar sua base – Richard Jefferson foi a única peça perdida no processo.

Agradecer o professor, dar prosseguimento e buscar o resultado positivo

Durante a temporada, a principal preocupação dos torcedores texanos foi a armação. Apesar da fase incrível de Tony Parker, a aposentadoria de T.J. Ford pegou todos de calças curtas e deixou o francês sem um reserva confiável no elenco – Cory Joseph ainda é muito cru para ganhar uma fatia relevante de minutos na rotação. Resultado: sem muito cacoete, Gary Neal e Danny Green tiveram de ser improvisados na função.

Porém, de repente, a posição 1 está longe de ser um problema. Mills, armador de ofício, aguarda apenas o visto de trabalho para ser confirmado como reforço do Spurs. Além disso, Manu Ginobili voltou de contusão e, com sua excelente visão de jogo, pode passar alguns minutos controlando o ataque da equipe. O mesmo pode ser dito de Jackson e Diaw, que sabem exercer a função de point-foward e organizar o jogo.

Se nada disso der certo, o Spurs ainda anunciou neste sábado uma aposta: a franquia texana deu um contrato de dez dias para Justin Dentmon. A princípio, a promoção do jogador do Austin Toros servirá apenas para ajudar enquanto Parker se recupera de contusão e enquanto Mills não consegue seu visto – além disso, Joseph, que até já fez triple-double na D-League, ganhará tempo de quadra para desenvolver seu jogo por lá.

Mas vale destacar que Dentmon era um dos melhores jogadores da liga de desenvolvimento da NBA – participou até do All-Star Game desta temporada – e nada impede que o armador seja mantido no elenco do Spurs caso consiga um bom desempenho.

Voltando a falar sobre Diaw, a chegada do francês ajuda também em outra velha carência texana: o garrafão. Antes, o técnico Gregg Popovich contava apenas com Tim Duncan, DeJuan Blair, Tiago Splitter e Matt Bonner na rotação. Agora, com um quinto jogador, Pop pode distribuir melhor os minutos e até mesmo poupar o veterano camisa 21 de mais partidas nesta reta final da temporada regular.

Diaw, que recebeu elogios de Popovich, sabe fazer um pouco de tudo – arremessa, pega seus rebotes e defende. Na estreia, contra o Dallas Mavericks, o ala-pivô exerceu boa marcação sobre Dirk Nowitzki. Experiente, o francês passa a ser uma alternativa importante também para terminar os jogos, principalmente nos playoffs, já que Splitter ainda tem pouca experiência de NBA e Blair e Bonner são muito incostantes.

Com belas contratações, o Spurs conseguiu montar um banco profundo, talvez suficiente até mesmo para incomodar o status de potência única da Conferência Oeste que cerca o Oklahoma City Thunder. Se tiver o elenco todo saudável – o que aconteceu pouco neste ano – a franquia texana tem tudo para fazer bonito na pós-temporada.

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Sobre Lucas Pastore

Um dos fundadores do Spurs Brasil. Formado em Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2010, é site manager da Fifa e podcaster do Cultura Pop. Cobriu o basquete olímpico na Olimpíada de 2016 pelo LANCE!. Trabalhou também para UOL, Basketeria e mob36.

Publicado em 24/03/2012, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.

  1. Essa ultima frase é que definira nosso destino agora
    Com todos 100% temos tudo para ser penta

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