Arquivo mensal: janeiro 2012
O incansável Tony Parker
Quando Manu Ginobili e T.J. Ford se machucaram, Tony Parker já sabia que teria trabalho redobrado. Ao lado do novato Cory Joseph, o francês é o único armador de ofício do elenco do San Antonio Spurs.
Sem grandes alternativas, o técnico Gregg Popovich tem sido obrigado a testar o fôlego do camisa 9, mas muitos se esquecem que Parker ainda é jovem se comparado aos vovôs Duncan e Ginobili. “Tenho apenas 29 anos, ainda sou novo”, brinca o irreverente armador.
Nas últimas três partidas, Tony atuou 114 minutos no total, média de 38 por noite. Na temporada, esse número é bem inferior – 31,4 minutos. “Quando Manu está fora, tenho trabalho redobrado”, afirma. “Tenho de me manter agressivo e no ataque o tempo todo”.
Esses minutos a mais têm refletido no desempenho do armador. Enquanto a média geral de Parker na temporada é de 15,9 pontos por jogo, sem Ginobili e Ford esse número sobe para 17,9. “Tony é um pontuador. Ele sempre tenta ser agressivo e será ainda mais agora que tem mais tempo em quadra”, declarou Gregg Popovich.
Logo mais, contra o Phoenix Suns, TP terá mais uma noite desgastante – ainda mais se levarmos em conta que o adversário tem como ponto forte a velocidade. “Pop me disse que jogarei muitos minutos. Tenho de estar preparado”, pontuou o camisa 9.
Spurs (8-4) vs Suns (4-7) – Temporada Regular

San Antonio Spurs vs Phoenix Suns – Temporada Regular
Data: 16/01/2011
Horário: 00:00 (Horário de Brasília)
Local: AT&T Center
Invicto em casa, o San Antonio Spurs tem uma partida relativamente fácil pela frente: o Phoenix Suns, que ocupa a 11ª colocação na Conferência Oeste e vem de três derrotas seguidas, contra Los Angeles Lakers, Cleveland Cavaliers e New Jersey Nets. O time do Arizona ainda pode jogar sem suas duas referências, Steve Nash e Grant Hill, que se lesionaram e não participaram do último jogo da equipe. Os texanos, por sua vez, seguem sem T.J. Ford e Manu Ginobili.


PG – Tony Parker
SG – Richard Jefferson
SF – Kawhi Leonard
PF – DeJuan Blair
C – Tim Duncan
Fique de Olho – Sentindo a idade, Tim Duncan – que tem média de 25,9 minutos por jogo, a mais baixa da sua carreira – tem alternado boas e más atuações. No último jogo, contra o Portland TrailBlazers, foram sete pontos e nove rebotes em 21 minutos.


PG – Steve Nash/Ronnie Price
SG – Jared Dudley
SF – Grant Hill/Shannon Brown
PF – Channing Frye
C – Marcin Gortat
Fique de Olho – Beneficiado pelos constantes pick-and-rolls do ataque do Suns, Gortat tem causado estrago nas defesas adversárias. Nesta temporada, o pivô tem médias de 13,5 pontos e 7,8 rebotes em 27,9 minutos por exibição.
Splitter ganha espaço e elogios em San Antonio
Todos nós já estamos cansados de saber que a primeira temporada de Tiago Splitter na NBA foi complicada. O brasileiro se machucou, sofreu para aprender o sistema de jogo de Gregg Popovich e mofou no banco de reservas durante a maioria dos jogos.
Em seu segundo ano na liga, o brazuca começa a colher os frutos de seu trabalho, mas revela um certo desânimo quanto ao ano passado. “Você começa a achar que esqueceu como jogar basquete”, disse ele, após o jogo de sábado (14) contra o Portland TrailBlazers.
Falando na partida, Splitter foi um dos destaques da noite. O camisa 22 marcou 14 pontos e pegou quatro rebotes em 20 minutos. Saiu ovacionado do AT&T Center. Sem Tiago, San Antonio dificilmente conquistaria o triunfo, já que o brasileiro “salvou” o time no terceiro quarto, quando ninguém acertava nada.
Splitter tem a confiança de todos – algo que é de suma importância em qualquer modalidade esportiva. “Ele tem exatamente as mesmas habilidades que já tinha na temporada passada. A diferença é que agora ele está saudável – e está jogando”, afirmou Gregg Popovich.
“Eu sabia que Tiago iria jogar muito melhor neste ano. Ele provou isso na Europa”, opina o armador Tony Parker. “Se ele foi bem na Euroliga, certamente faria o mesmo por aqui”, completou o francês.
Mais feliz, Splitter ressalta a importância deste apoio de todos. “Confiança é tudo. Se você trabalhar duro poderá colher os frutos. Esse é o sentimento que estou tendo agora. Estou jogando basquete de novo”, pontuou o catarinense.
Perder George Hill foi uma aposta válida

George Hill era um dos meus jogadores prediletos no elenco do San Antonio Spurs – além de ser o preferido de Gregg Popovich segundo o próprio treinador. Por isso, minha primeira reação ao ver que o armador havia sido enviado para o Indiana Pacers na noite do Draft de 2011 foi torcer o nariz. Agora, depois de 12 jogos na temporada 2011/2012, talvez ainda seja cedo para dizer se a troca foi boa ou não para a equipe texana. Mas, vendo o desempenho de Kawhi Leonard em quadra – e a confiança que a comissão técnica tem nele – ao menos já podemos dizer que foi uma aposta válida.

Vai que é sua, Kawhi Leonard!
Hill era a cara do futuro do Spurs. Disciplinado, bom marcador e versátil – defendia qualquer posição no perímetro -, tinha o perfil que Pop sempre busca em seus atletas. Mas Leonard também parece ser assim. E tem recebido uma moral impressionante do técnico.
Em sua primeira temporada na NBA, o ala tem média de 23,2 minutos por exibição. É o quinto que mais fica em quadra em todo elenco do Spurs. E nós sabemos o quanto isso é anormal para um calouro em San Antonio. Como base de comparação, Hill jogou 16,5 minutos por embate em seu ano de estreia. DeJuan Blair teve 18,2 e Tiago Splitter, 12,3. Prova de que Pop vê algo especial em Leonard.
A princípio, o que o Spurs fez foi trocar um bom defensor por outro de uma posição diferente. Hill era um verdadeiro carrapato, mas um marcador mais alto tem mais facilidade para contestar arremessos. O trabalho de Leonard sobre Kevin Martin no último jogo diante do Houston Rockets mostrou isso: o ala-armador rival arremessou apenas 15 bolas contra o Spurs, uma de suas marcas mais baixas na temporada.
A altura de Leonard também contribuiu com outra coisa importantíssima para o Spurs: o rebote. O novato tem média de 5,1 por jogo e, em todo o elenco, só fica atrás de Tim Duncan e DeJuan Blair no fundamento. Hill, por sua vez, coletava 2,6 por partida em sua última temporada com a franquia texana. Uma diferença considerável, levando em conta que esse é um dos principais problemas do time de San Antonio.
A tamanho de Leonard também ajuda em sua versatilidade. Assim como Hill, o ala pode defender várias posições. Porém, mais alto, pode até mesmo passar alguns minutos como um falso ala-pivô. Pop tem usado essa formação tática contra equipes que usam o small-ball: foi assim contra o Rockets e contra o Portland TrailBlazers, que utilizaram, respectivamente, Chandler Parsons e Gerald Wallace na posição quatro durante boa parte de seus confrontos contra o Spurs.
Em suma: o Spurs trocou seu principal defensor de perímetro por outro que preenche melhor as necessidades da equipe – apesar de que, obviamente, a curto prazo Leonard é menos experiente. Mas vale lembrar que também recebemos na troca os direitos de Erazem Lorbek e Davis Bertans. O ala-pivô esloveno tem médias de 10,9 pontos (42,2% FG, 32,5% 3 PT, 75% FT) e 3,9 rebotes em 25 minutos por jogo pelo Barcelona na Liga ACB – o campeonato espanhol de basquete – e é um jogador pronto para assumir seus 10, 15 minutos na rotação do time texano quando for contratado. O ala letão, de apenas 19 anos de idade, é uma aposta. Na competitiva liga adriática, tem médias de 4,2 pontos (41,3% FG, 33,3% 3 PT, 66,7% FT) e 1,5 rebotes em quase 17 minutos por jogo. Com potencial nos tiros longos, pode exercer a função que Brent Barry e Michael Finley faziam e que Gary Neal faz hoje: um arremessador que vem do banco. Se desenvolver seu corpo, pode até mesmo ser uma alternativa para o papel que Matt Bonner tem no time, um ala-pivô que joga aberto.
São motivos suficientes para dizer que a aposta da franquia texana foi válida.
Spurs (8-4) vs Blazers (7-4) – Mostrando quem é que manda

99×83
O San Antonio Spurs conquistou uma vitória importantíssima nesta sexta-feira (13) diante do Portland TrailBlazers. Com um último quarto arrasador, os texanos conquistaram o triunfo, 99 a 83, e mantiveram a invencibilidade em casa na temporada 2011/2012. Até agora, foram oito jogos e oito vitórias no AT&T Center.

Após um começo de jogo nervoso, os texanos logo tomaram conta da partida. Na defesa, os comandados do técnico Gregg Popovich saíram atrás e encontraram problemas para frear o ala-pivô LaMarcus Aldridge.
Jovem e muito técnico, Aldridge encontrou espaços para pontuar com certa regularidade. Enquanto isso, o Spurs infernizava a vida do adversário com o armador Tony Parker e o ala-pivô DeJuan Blair.
No terceiro quarto, foi a vez
do pivô brasileiro Tiago Splitter aparecer. Com confiança no ataque, ele contribuiu com nove pontos, além de conseguir um bom trabalho defensivo, com quatro rebotes e dois bloqueios.
Outro que veio do banco de reservas foi o ala Danny Green. O jogador anotou 13 pontos, pegou seis rebotes e ainda bloqueou três arremessos.
Entre os titulares, vale falar novamente de Kawhi Leonard. O novato mais uma vez foi titular da equipe e atuou por mais de 35 minutos. Leonard marcou 11 pontos (nove deles no último período) e ainda pegou cinco rebotes durante o embate.
O San Antonio Spurs volta à quadra no domingo. O adversário da vez será o Phoenix Suns, de Steve Nash. O embate acontece novamente no Texas.
Destaques da Partida
San Antonio Spurs
Tony Parker – 20 pontos e nove assistências
Tiago Splitter – 14 pontos e quatro rebotes
DeJuan Blair – 13 pontos e 11 rebotes
Portland Trailblazers
LaMarcus Aldridge – 29 pontos e sete rebotes
Raymond Felton – 13 pontos e sete assistências
Gerald Wallace – 12 pontos e 12 rebotes




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