Arquivo mensal: julho 2011
Venham para o Brasil!

O loucate da NBA é pra lá de triste. Tudo bem, eu sei que estaríamos sem jogos da liga americana nesta época de qualquer maneira. Mas a incerteza em relação à próxima temporada incomoda bastante. Incerteza essa que levou alguns jogadores a assinarem com times europeus: o principal deles foi Deron Williams, contratado pelo Besiktas, da Turquia. Isso me leva a sonhar: será possível vermos jogadores atuando por equipes brasileiras enquanto a temporada 2011/2012 não começa?

Granger preocupado com a marcação de Marcelinho Machado
O ala Josh Childress pode ser nosso aliado nessa causa. O jogador, que passou pelo Olympiacos entre sua saída do Atlanta Hawks e sua chegada ao Phoenix Suns, disse que não é uma boa ideia ir para a Europa. Segundo o atleta, lá os técnicos são exigentes demais, e não gostam de lidar com estrelas. Além disso, disse que os esquemas táticos são muito lentos e rigorosos, impedindo o uso de individualidades.
Se jogadores dispostos a ganhar dinheiro durante o locaute aceitarem esses argumentos, porque não vir jogar no Brasil? Claro que é impossível imaginarmos Kobe Bryant, LeBron James ou Tim Duncan atuando em nosso país (pelo menos em jogos oficiais). Mas, se nosso campeonato ainda está engatinhando na parte técnica, nosso mercado é, talvez, o mais atrativo da América Latina – desde que o NBB começou, as equipes brasileiras conseguiram contratar jogadores de destaque que atuavam em países vizinhos.
Os próprios jogadores brasileiros que atuam na NBA poderiam ajudar com a causa. Anderson Varejão já conseguiu trazer Danny Granger para o país. Claro, foi para um jogo festivo, mas será que o ala não gostou da recepção que encontrou? Granger parece um sonho distante, mas será que Drew Gooden, que também participou daquela partida, é um alvo impossível? Para nós, torcedores do San Antonio Spurs, seria bacana até mesmo a presença de Keith Bogans, ala-armador que já atuou pela equipe texana.
A presença de um ou dois jogadores da NBA poderia ser o combustível que o NBB precisa para, enfim, atrair torcida para os ginásios. Eu mesmo, apaixonado por basquete, tenho pouca motivação para assistir a jogos do Paulistano e do Pinheiros aqui na cidade de São Paulo. São clubes de pouco apelo popular, e ainda existe a dificuldade de acesso (não tenho carro, acho que preciso de um aumento aqui no Spurs Brasil). Mas imagine quantos fãs como eu existem por aí, precisando apenas de um pequeno empurrão para que passem a frequentar as quadras da nossa liga nacional. A partir daí, pegar simpatia por uma equipe e virar presença certa nas partidas torna-se viável.
Sonhando alto, a presença de um Danny Granger da vida podia até mesmo fazer com que alguns jogos do NBB fossem transmitidos em rede nacional – quem sabe na Globo, aos domingos de manhã, durante o Esporte Espetacular? Sem dúvidas, seria um incentivo incrível para que o basquete crescesse ainda mais no Brasil.
Spurs Brasil apresenta novidades
Amigos leitores, o blog preferido de vocês (por favor, não me desmintam na caixa de comentários) tem uma novidade na barra lateral direita. Lá no final, estamos atualizando nossos links, com as melhores páginas sobre outras franquias da NBA, os melhores blogs de basquete do Brasil e os melhores sites americanos sobre o Spurs.
Além disso, nessa semana vamos estrear uma parceria com o Pounding the Rock, site situado nos Estados Unidos e especializado no San Antonio Spurs. Durante a offseason, o Spurs Brasil será o fornecedor oficial de notícias sobre o Tiago Splitter. Tudo graças ao sucesso da entrevista que nosso blogueiro Victor Moraes fez com o pivô. Obrigado a nossos leitores por nos ajudarem a conquistar esse espaço!
Richards joga bem, mas britânicos perdem


Richards não conseguiu evitar a derrota
A trajetória da Grã-Bretanha na Divisão B do Europeu Sub-20 não vem sendo como o esperado. Os britâncios enfrentaram a Finlândia, nesta sexta-feira (15), e conheceram a segunda derrota seguida na competição, dessa vez por 72 a 68. Nem mesmo o bom desempenho de Ryan Richards foi suficiente para evitar o mau resultado.
Depois de uma atuação apagada na estreia contra Portugal, Richards “despertou” e anotou 28 pontos, pegou nove rebotes e distribuiu seis assistências, além de bloquear quatro arremessos, sendo o principal destaque da Grã-Bretanha na partida. O cestinha do jogo, no entanto, foi o armador finlandês Antto Nikkarinen, com 31 pontos.
Os britânicos voltam a entrar em quadra neste sábado, às 13h30 (horário de Brasília) contra Luxemburgo, precisando da vitória para continuar sonhando com a classificação. A Grã-Bretanha está no Gruipo C da competição, com Portugual, Finlândia, Luxemburgo, Noruega e República Tcheca. Os dois primeiros do grupo avançam para a próxima fase. A Divisão B do Europeu Sub-20 é realizada na cidade de Sarajevo, na Bósnia.
Manu cogita se aposentar ao fim do seu contrato

Em entrevista ao site da emissora argentina TN, o argentino Manu Ginobili disse que pretende cumprir seus dois anos de contrato restantes com o San Antonio Spurs antes de pensar em aposentadoria.
Quando seu vínculo com a franquia texana se encerrar, Manu terá 36 anos, idade que ele considera adequada para pendurar os tênis. “Eu nem sequer defini a data da minha aposentadoria por enquanto, mas tenho mais dois anos de contrato. Quando esse contrato terminar, terei 36 anos; me parece uma boa idade para parar de jogar, mas ainda tenho dúvidas”, afirmou.
Na entrevista, Ginobili também disse que voltar ao basquete argentino antes de abandonar as quadras está fora dos planos. “Nunca tive desejo de jogar novamente na Argentina e me aposentar em casa. Quero me retirar jogando em alto nível”, completou, dando a entender que encerrará a carreira na NBA.
Análise dos novos jogadores
Andei meio ausente do blog nos últimos meses por motivos particulares, mas pretendo voltar aos poucos com notícias, colunas e tudo mais (estava no ritmo do locaute, na verdade). Vou aproveitar essa oportunidade para comentar um pouco sobre os novos jogadores do Spurs – os que chegam já na próxima temporada e os que devem vir ao longo dos próximos anos.
Kawhi Leonard
Todos sabiam que o San Antonio Spurs estava disposto a quase tudo para reformular parte de seu elenco. O que quase ninguém esperava, no entanto, era envolver o queridinho George Hill na brincadeira. Queridinho porque Gregg Popovich já falou por mais de uma vez que Hill era seu atleta preferido. Mas caramba, se o cara faz tanta diferença assim, trocá-lo é um bom negócio?
A resposta é sim! Por mais que o Hill seja um cara bacana, dedicado e ótimo defensor, às vezes é preciso fazer pequenos sacrifícios em nome de algo maior. Ninguém gostaria de negociá-lo, essa é a verdade, mas foi um movimento necessário, um legítimo sacrifício.
Vocês devem estar pensando: bom, para se livrar de um baita cara como o Hill, os dirigentes do Spurs devem ter trazido alguém pra lá de promissor. É verdade. Por mais que eu tenha visto o Kawhi Leonard apenas em vídeos, o que mais me impressionou foi o montante de críticas positivas que ele recebeu da mídia especializada norte-americana. Lembro-me de uma matéria (acho que da ESPN) em que nove dos dez comentaristas questionados sobre a troca afirmavam que R.C. Buford e companhia fizeram um bom negócio. Se os caras que realmente acompanham o dia-a-dia do basquete americano aprovaram em massa a transação, quem sou eu para falar o contrário.
Leonard chega ao Spurs para preencher um espaço vazio desde a saída de Bruce Bowen. Coincidentemente, desde que Bowen foi embora, Gregg Popovich nunca mais acertou o time. Falta aquele marcador insano que, além de grudar no melhor jogador adversário, ainda mata duas ou três bolinhas de três no ataque. Pensávamos que esse cara poderia ser o Richard Jefferson, mas em pouquíssimo tempo ele virou um estorvo sem fim, tanto que todos em San Antonio querem sua cabeça.
Na próxima temporada, Jefferson deverá ter minutos limitados. Apesar do altíssimo salário, o ala deverá jogar seus 15 minutos por noite – e olhe lá. Provavelmente ele ficará mofando no banco até o fim de seu contrato. Para piorar, nenhuma equipe que se preze aceitará negociar com o Spurs se continuarem insistindo em empurrá-lo goela abaixo. Ninguém é bobo e os engravatados texanos deveriam saber disso antes de pagarem uma bolada por um atleta que pouco mostrou em seu primeiro ano em San Antonio.
Corey Joseph
A vinda de Corey Joseph mostra que o Spurs já havia planejado a troca de George Hill antes mesmo da noite do Draft. Joseph, segundo os especialistas norte-americanos, tem basicamente as mesmas características do seu antecessor – boa defesa e um bom chute de longa distância, além de um senso de liderança diferenciado.
É bom saber que houve um planejamento e que nada foi feito de forma precipitada. Caso contrário, poderíamos ter Tony Parker como titular e um Jacque Vaughn da vida como suplente imediato. Nós já passamos por isso recentemente, e quem acompanha o time há algum tempo sabe como é desgastante ter um armador limitado como primeiro reserva.
O que nós esperamos do Corey Joseph é que ele consiga desenvolver seu basquete da mesma maneira que o George Hill. É bom ressaltar que, quando desembarcou em San Antonio, o ex-número três era um total desconhecido vindo de uma universidade menos conhecida ainda. Joseph, por outro lado, vem de uma escola mais tradicional e conseguiu um bom trabalho por lá (isso é animador).
Davis Bertans
No meu ponto de vista, a grande cartada da patota de R.C Buford foi adquirir esse Davis Bertans na noite do Draft. Antes do recrutamento, muitos diziam que a equipe havia prometido selecioná-lo com a escolha de primeira rodada.
O Draft foi passando, passando, passando, e quando chegou a vez do Spurs o escolhido foi Corey Joseph. Mais algumas escolhas passaram e nada de Bertans ser selecionado. A angústia do jovem só terminou quando a vez dos texanos chegou novamente.
Vindo do pouco representativo basquete da Letônia, Bertans é uma das grandes promessas do basquete europeu. Alguns o comparam com Dirk Nowitzki, embora eu ache que isso seja um pouco exagerado. Assisti alguns vídeos dele e também uns poucos jogos do recente Mundial Sub-19. Davis é claramente talentoso e tem um ótimo arremesso de longa distância. Podemos dizer que ele até tem um estilo semelhante ao Dirk Nowitzki, mas ainda é MUITO cedo para comparar.
Como todo jovem, Bertans ainda é cru – tenta arremessos precipitados e é bem inconstante, algo que tempo e experiência felizmente podem corrigir. A tendência é que ele fique na Europa por mais uns três ou quatro anos antes de fazer o esperado salto para a NBA. Em San Antonio, esperam que ele consiga desenvolver seu basquete no Velho Continente a ponto de se tornar uma estrela por lá. Particularmente, acho que há grandes chances disso acontecer. Como vocês podem perceber, estou bastante esperançoso com esse cara.
Erazem Lorbek
O esloveno Erazem Lorbek vem daquele mesmo pacote que trouxe Kawhi Leonard para o Texas. Trata-se de um jogador rodado, mas a dúvida que fica é: quando ele virá para a NBA? Bem, a verdade é que Lorbek talvez nunca pise no AT&T Center. Isso porque ele é querido na Espanha, mais especificamente no milionário Barcelona, e tem proposta para ficar por lá até 2013. Eu até gostaria que ele viesse já na próxima temporada, mas temos que ser realistas: acho o negócio bem complicado e, se fosse apostar, diria que ele ficará na Europa.
Adam Hanga
R.C Buford chutou o balde ao recrutar o armador Adam Hanga. O atleta vem de uma escola ainda menos tradicional que Davis Bertans – a Hungria. Assim como Lorbek, o armador talvez nunca pise em solo americano para jogar basquete – seguirá o caminho de outros tantos que foram draftados e permaneceram na Europa por longos anos, como é o caso de Robert Javtokas e Viktor Sanikidze.
Por outro lado, Hanga parece determinado. Recentemente, ele esteve em San Antonio e parece ter agradado a todos por lá. Por vídeos, trata-se de um atleta interessante, mas ainda bem cru. Caso consiga uma boa equipe nos próximos anos e desenvolva seu jogo, tem chances de se juntar ao elenco texano em cerca de quatro ou cinco anos. Mas nutrir esperanças nesta aposta é loucura. Como disse, é só uma aposta.
Para concluir
Como vocês podem perceber, fiquei satisfeito com os movimentos recentes do San Antonio Spurs no draft. Fico triste pela saída do George Hill, que era um grande cara, mas penso que grandes equipes tem que pensar à frente. A aposta em jovens jogadores pode dar errado? Claro! Mas pelo menos tentaram alguma coisa. Com a mesma equipe que tínhamos na última temporada, as chances de título eram muito pequenas. Faríamos uma boa campanha na fase regular, mas na hora do “vamo ver” seríamos eliminados novamente.
Richards estreia mal na Bósnia
Nesta quinta-feira (14), Ryan Richards estreou defendendo as cores da Grã-Bretanha na Divisão B do Europeu Sub-20 de basquete. E, assim como aconteceu com Davis Bertans no Mundial Sub-19, o Spurs Brasil vai acompanhar todas as partidas do prospecto da equipe texana.
Richards foi selecionado pelo Spurs na 49ª do Draft de 2010. Porém, o ala-pivô teve sua promissora trajetória interrompida por uma contusão no ombro. Por isso, o jogador ficou sem atuar deste o recrutamento – em seu período de recuperação, ele chegou a treinar com a equipe de San Antonio. Agora, na Divisão B do Europeu Sub-20 – disputada na Bósnia – o big man tenta recuperar seu ritmo de jogo, já que ele pode se tornar o primeiro reforço do time texano para a próxima temporada.
Em seu primeiro jogo oficial, no entanto, Richards não foi bem. A Grã-Bretanha perdeu para Portugal por 60 a 57, e o ala-pivô deixou a quadra com 12 pontos (4-11 FG, 0-4 3 PT, 4-8 FT), oito rebotes, um toco, quatro turnovers e uma falta em 33 minutos de partida.
Richards tenta a recuperação já nesta sexta-feira, às 15h (de Brasília), contra a Finlândia.







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