Arquivo mensal: maio 2011
Para Popovich, falta maturidade a DeJuan Blair
Nós aqui do Spurs Brasil sempre criticamos o pivô DeJuan Blair por vários motivos. Ele caiu muito desde sua temporada de novato, e sua defesa continua péssima. Para o técnico Gregg Popovich, no entanto, os problemas do jogador ultrapassam os limites da quadra.
Para o treinador, o futuro do pivô na equipe depende de “disciplina, responsabilidade e maturidade”. Segundo Popovich, isso o levará a um “nível superior”.
A maior crítica do comandante está relacionada aos hábitos alimentares de DeJuan Blair. De acordo com a imprensa texana, Blair começou a temporada muito acima do peso e levou uma bronca de Popovich por conta disso. Após a “chamada”, o atleta conseguiu perder alguns quilos cortando tranqueiras como fast food de sua dieta, mas ainda assim sofreu com o excesso de peso durante todo o ano.
Particularmente penso que Popovich está certo. Um atleta profissional tem que ter disciplina e cuidar do corpo, afinal ele é seu instrumento de trabalho. Vamos ver se o pivô aceita o recado e volta voando para a próxima temporada.
Playoffs de verdade
Sou um aficionado relativamente novo de basquete. Meu interesse cresceu após a Olimpíada de Atenas-2004, quando a campanha de Manu Ginobili, comandando a Argentina, me encantou. Passei a acompanhar a NBA em seguida, na época em que ela era dominada pelo San Antonio Spurs de Tim Duncan e pelo Detroit Pistons de Rasheed Wallace e Ben Wallace. Aos poucos, o comando da liga foi passando para o Los Angeles Lakers de Pau Gasol e Andrew Bynum, que ganhou a companhia do Boston Celtics de Kevin Garnett e Kendrick Perkins. Você pode ter estranhado a ausência de alguns jogadores nesta lista. Mas o que estou tentando mostrar é que, para triunfar neste campeonato, é preciso ter homens fortes. Para aqueles que partilham deste ponto de vista, é impossível não estar completamente apaixonado pela série Oklahoma City Thunder x Memphis Grizzlies, que terá seu sétimo jogo disputado neste domingo, às 16h30.

Duelo incrível!
O Thunder tem, talvez, a melhor dupla defensiva de toda a NBA. Kendrick Perkins – adquirido durante a temporada e, para mim, a peça que faltava para a equipe brigar pelo título – é uma verdadeira parede, capaz de incomodar qualquer pivô adversário na individualmente e de inibir as investidas vindas do perímetro. Seu companheiro, Serge Ibaka, é incrivelmente versátil na defesa, já que é eficiente tanto no homem-a-homem quanto na cobertura, fundamento que lhe rendeu apelidos como “The Shot Blocker” e “Ibloka”. E, mais até do que seu companheiro, é uma presença relativamente confiável no ataque, principalmente com pontes aéreas e arremesso de média distância.
Pensei que a dupla fosse perfeita para deter Zach Randolph e Marc Gasol. Acreditava que o Thunder era o pior match up possível para o Grizzlies entre todos os times que haviam se classificado para os playoffs. Aparentemente estou um pouco enganado: os gigantes da equipe de Memphis apresentam, somados, médias de 40,2 pontos e 23,5 rebotes por partida na série. Para se ter uma ideia, contra o San Antonio Spurs estes números foram de 35,7 pontos e 21,5 rebotes por jogo. Ou seja: talvez a força no frontcourt seja menos uma deficiência texana e mais uma qualidade do Grizzlies do que pensávamos logo depois que o time de Memphis fechou a série em 4 a 2.
Além disso, Z-Bo e companhia conseguiram levar a série para o sétimo jogo porque fazem uma defesa impecável no perímetro – ponto forte do Thunder no ataque. Assim como fizeram contra o Spurs, marcam as linhas de passe e dificultam demais os arremessos de três pontos. Além disso, Mike Conley, Tony Allen e Shane Battier vêm se mostrando bons antídotos para o poder ofensivo de Russel Westbrook e Kevin Durant.
Ainda considero a equipe de Oklahoma City favorita. Neste domingo, no sétimo jogo, o mando de quadra deve pesar. Além disso, há o fator físico também: no jogo cinco, Randolph, Gasol e o Grizzlies estavam completamente desgastados após a partida anterior, que teve três tempos-extras. Mesmo assim, qualquer que seja o resultado, a série foi muito mais equilibrada do que eu acreditava.
Confesso estar ansioso para ver que resistência qualquer uma dessas equipes pode oferecer ao Dallas Mavericks. Admito que, justamente por conta da força debaixo da cesta, jamais acreditava que os texanos pudessem passar pelo Los Angeles Lakers. Eu claramente estava errado, mas a má fase de Pau Gasol com certeza pesou na maiúscula queda. Será que um frontcourt mais forte pode ser suficiente para que Thunder ou Grizzlies vençam um Mavs, que ainda contará com o mando de quadra? Veremos…
Ettore Messina no Spurs?

De acordo com a imprensa italiana, Ettore Messina poderá ser o novo assistente técnico do San Antonio Spurs. Messina, que tem carreira consagrada no basquete europeu, se desligou recentemente do Real Madrid. Vale lembrar que o treinador passou oito dias em San Antonio durante o mês de março para observar o trabalho da equipe técnica.
Ainda segundo a imprensa de lá, Messina e os dirigentes do Spurs se encontraram durante o Final Four da Euroliga, e um acordo entre ambos pode surgir em breve. Vale ressaltar novamente que Gregg Popovich pretende se aposentar junto com Tim Duncan, ou seja, ao final da próxima época. Sendo assim, estaria Ettore Messina de olho na vaga de treinador principal da equipe texana?
No meu ponto de vista, o negócio é pra lá de interessante, mas aí encaramos outro problema. Trata-se de Mike Budenholzer, atual assistente técnico da franquia texana. Muito se fala em San Antonio que Budenholzer será o próximo head coach do Spurs. Ele, inclusive, vem recebendo propostas de outras equipes há mais de um ano (a última do Golden State Warriors) e recusou todas. Gosto muito do Budenholzer e acho que perdê-lo seria muito ruim. Ao mesmo tempo, seria tentador ter um cara com o Messina em nosso banco.
O que você acha, caro leitor?
Nando de Colo entre os melhores da liga espanhola
O armador francês Nando de Colo, draftado em 2009 pelo San Antonio Spurs e jogador do Valência, foi eleito o terceiro melhor armador da Liga ACB (campeonato espanhol de basquete). Com médias de 10.9 pontos e 2.2 assistências por jogo, Nando ficou atrás do brasileiro Marcelinho Huertas e do norte-americano Omar Cook
Manu entre os melhores da NBA

Manu Ginobili foi escolhido para o time dos melhores da temporada 2010/2011 da NBA. Esta é a segunda vez que o argentino é escolhido para compor o terceiro time da liga – a primeira foi na campanha de 2007/2008. A história da equipe texana conta com 35 “prêmios” (18 para o primeiro, oito para o segundo e nove para o terceiro time da NBA).

Valeu o esforço (Bill Baptist/NBAE via Getty Images)
Ginobili esteve em quadra por 80 jogos, com média de 17,4 pontos, 4,9 assistências, 3,7 rebotes e 1,54 roubos (11º colocado na NBA) em 30,3 minutos por partida, com aproveitamento de 43,3% (441-1018) nos arremessos de quadra, 34,9% (154-441) da linha dos três pontos e 87,1% (357-410, 12º lugar na liga) nos lances livres.
Confira abaixo a lista dos melhores da temporada:
Primeiro time: LeBron James (Miami Heat), Kevin Durant (Oklahoma City Thunder), Dwight Howard (Orlando Magic), Kobe Bryant (L.A. Lakers) e Derrick Rose (Chicago Bulls);
Segundo time: Pau Gasol (L.A. Lakers), Dirk Nowitzki (Dallas Mavericks), Amar’e Stoudemire (New York Knicks), Dwyane Wade (Miami Heat) e Russell Westbrook (Oklahoma City Thunder);
Terceiro time: LaMarcus Aldridge (Portland TrailBlazers), Zach Randolph (Memphis Grizzlies), Al Horford (Atlanta Hawks), Manu Ginobili (San Antonio Spurs) e Chris Paul (New Orleans Hornets).
E mais…

Gostaram? (AP Photo/Eric Gay)
R.C. Buford ficou com o quarto lugar entre os melhores executivos da NBA (NBA’s Executive of the Year), atrás de Gar Foreman (Chicago Bulls), Pat Riley (Miami Heat) e John Paxson (Chicago Bulls).
Dois dirigentes do Spurs já foram escolhidos para o prêmio em temporadas passadas: Angelo Drossos (1978) e Bob Bass (1990).
Neal é escolhido para o primeiro time dos novatos


Foto por Jerry Lara/Express News
A NBA anunciou nesta tarde que o ala-armador Gary Neal foi escolhido pelos técnicos da liga para o primeiro time de novatos da temporada 201o/11.
É um belo desfecho para uma grande temporada inicial de Neal, que passou três anos jogando na Europa. Ele se tornou apenas o segundo undrafted a alcançar tal feito, depois de Jorge Garbojosa (em 2007, pelo Toronto Raptors), mas é o primeiro americano a conseguir a honraria. Também é o quinto Spur – o primeiro após Tony Parker, em 2001/02 -, a ser escolhido para a primeira classe dos novatos.
Neal jogou 80 partidas na temporada, com médias de 9.8 pontos, 2.5 rebotes e 1.2 assistências em 21,1 minutos por jogo. Ele arremessou 45,1% (285-632) da quadra, 41,9% (129-308) da linha dos três e 80,8% (84-104) dos lances-livres.
Durante os playoffs, ele participou dos seis jogos, com médias de 7.7 pontos e três rebotes em 18,5 minutos por partida. Seu grande momento na temporada foi no Jogo 5 contra o Memphis Grizzlies, quando Neal acertou um arremesso de três no estouro do cronômetro levando o jogo ao tempo-extra, e o Spurs acabou vencendo a partida por 110 a 103.
Além de Neal, foram escolhidos para o primeiro time de novatos da NBA a unanimidade no prêmio de Novato do Ano, Blake Griffin; John Wall, do Washington Wizards; Landry Fields, do New York Knicks; e DeMarcus Cousins, do Sacramento Kings.




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