Arquivo mensal: dezembro 2008
Spurs (15-9) @ Magic (19-6) – Temporada regular

Pré-Jogo – San Antonio Spurs @ Orlando Magic
Local: Amway Arena
Data : 18/12/2008
Horário: 23:00 (Horário de Brasília)
SItuação do Jogo
O péssimo quarto período da última madrugada quebrou a sequência vitoriosa da equipe do San Antonio Spurs. Os Hornets, jogando em casa, contaram com uma boa atuação de Chris Paul, e os Spurs não tiveram a ajuda dos coadjuvantes ao seu grande trio formado por Parker, Ginobili e Duncan. Agora, para tentar retomar o caminho das vitórias, outra pedreira pela frente; o Orlando Magic, que tem excelente campanha na temporada, mas que, para nossa sorte, pode jogar sem seu principal jogador; Dwight Howard, o Superman, pode ficar de fora devido à lesão no joelho.
Fique de Olho


Rashard Lewis é um exemplo do conceito moderno de ala-pivô. Fonte: nba.com
Com a ausência de Dwight Howard, o ala Rashard Lewis torna-se a principal arma ofensiva da equipe do Orlando Magic. Com médias de 19,4 pontos e 6,4 rebotes por partida, o ala promete muita movimentação, principalmente quando joga na posição quatro, e deve dar trabalho para Bonner, Duncan e para os outros Big Men dos Spurs.
Há onze anos atrás…

Onde você estava há 11 anos atrás? Provavelmente, assim como eu, você não deve se lembrar. É possível que do alto dos meus nove anos na época, deveria estar jogando videogame – aqueles joguinhos legais do Mega Drive como Alex Kid e Rock’n Roll Racing – ou simplesmente na rua batendo aquela bolinha esperta com os amigos – já que na época, jogar futebol na rua era algo que quase todos faziam. Infelizmente, hoje em dia isso se tornou algo praticamente impossível.
No longínquo dia 29 de março de 1998 – data que completará 11 anos em breve – a equipe do San Antonio Spurs viajava até Indiana para enfrentar o Pacers de Reggie Miller no extinto ginásio Market Square Arena. Naquele dia, Tim Duncan, que já estava na sua segunda temporada e em vias de se tornar o principal jogador da franquia, anotou 24 pontos na vitória da equipe texana.
Para Duncan, aquela data ficou marcada como apenas mais uma partida com mais de 20 pontos em sua carreira. Para outro garoto, ganhar um autógrafo de tal estrela se tornaria algo marcante em sua vida. Falo do armador George Hill, atleta draftado pelo San Antonio Spurs no recente recrutamento da liga norte-americana de basquete.
Na época, o jovem Hill tinha 11 anos. Natural de Indiana, o futuro armador foi ao ginásio presenciar mais um jogo do time da cidade, o Pacers, e, de quebra, foi atendido com simpatia pelo astro do time adversário, que lhe concedeu um autógrafo ao final do embate. “Até hoje tenho a foto que ele autografou. Sempre digo que vou trazê-la para mostrar pra ele (Duncan)”, disse o novato.
O reencontro após 12 anos é curioso. Hoje Hill tem 22 anos e joga ao lado de um dos melhores jogadores da história da NBA. Duncan, que completará 33 anos no próximo 25 de abril, brincou e disse que se sente velho com toda essa história. Se pensarmos, ele está certo; na época ele tinha apenas 20 anos, era um garoto recém-chegado à NBA, o que Hill é exatamente hoje.
Coincidências à parte, toda essa história me fez parar e pensar em algumas coisas. Comecei a acompanhar a NBA no final da temporada 1997-1998. Vi jogadores como Tim Duncan, Kevin Garnett, Kobe Bryant, Allen Iverson, Tracy McGrady e o próprio Shaquille O’Neal crescerem e se tornarem o que são hoje em dia. Vi momentos mágicos de Reggie Miller e Michael Jordan, embora lamente não ter nascido alguns anos mais cedo para tê-los acompanhado mais de perto. Vi LeBron James surgir como o novo Jordan e acompanharei sua carreira do início ao fim, assim como acompanhei as de Duncan, Kobe, Garnett.
Os novos jogadores surgem aos poucos; só para efeito comparativo, as três primeiras escolhas do draft no ano passado foram Derick Rose, Michael Beasley e O.J Mayo. Rose é de 1988, mesmo ano que eu nasci. Mayo é um pouco mais velho (1987), e Beasley é de 1989, ou seja, é mais novo do que eu. Daqui há alguns anos, tenho certeza que verei Rick Rubio entrar e estourar na NBA (ele é de 1990), e por aí vai.
Acho isso tudo engraçado e estranho ao mesmo tempo. Outro dia, em conversa com um amigo, disse que essa é uma das maneiras de perceber o quanto você está ficando velho. Já não jogo mais Alex Kid e muito menos bola na rua; como se não bastasse, os atletas que entram na NBA são cada vez mais novos do que eu. Brincadeiras à parte, terei orgulho de contar aos meus filhos que acompanhei todos esses jogadores bem de perto e vi cada momento mágico das lendas de hoje em dia e das que se tornarão lendas daqui há alguns anos.
Spurs (15-9) @ Hornets (15-7) – Paul quebra recorde e último quarto pífio derruba Spurs

Deu tudo errado na noite de ontem para o Spurs. Primeiro, Chris Paul conseguiu o roubo de bola que desbancou Alvin Robertson e seus 106 jogos consecutivos com pelo menos um roubo de bola na NBA. Como se não bastasse um, Paul conseguiu por três vezes ‘bater a carteira dos atletas de San Antonio. Além disso, um último quarto lastimável – como há tempos não se via – liquidou a liderança do Spurs que se arrastava ao longo do duelo.

Antes do jogo, Chris Paul recebeu prêmio de jogador do mês pela Conferência Oeste. Em quadra, três roubos de bola e recorde na NBA (Photo by Larry W. Smith/NBAE via Getty Images)
O primeiro quarto foi fraquíssimo. As duas equipes até que se esforçaram, tentaram muitos arremessos, mas a bola não caía de jeito nenhum. Uma bola de três do novato George Hill perto do estouro do cronômetro colocou o Spurs à frente com o baixo placar de 15 a 14. No segundo período, houve uma melhora de ambos os lados. San Antonio conseguia abrir uma pequena vantagem, mas logo em seguida os adversários encostavam no marcador – essa foi a tônica do jogo até o período final.

George Hill teve atuação discreta, apenas dois pontos. (Photo by Larry W. Smith/NBAE via Getty Images)
Foi no terceiro quarto que San Antonio abriu sua melhor liderança dentro da partida – nove pontos. Entretanto, os adversários logo trataram de minar a vantagem do Spurs. A reação do Hornets parece que desestabilizou o time de San Antonio, que entrou completamente atônito para o quarto final. Com um período cheio de erros por parte dos visitantes, o Hornets simplesmente jogou o que já vinha jogando durante o embate para sair de casa com mais uma vitória na temporada. Jogada chave: Duas bolas de três pontos praticamente seguidas do ala-pivô David West foram fundamentais para jogar por terra os planos de vitória dos comandados de Gregg Popovich.
Destaque nas últimas partidas, o ala-pivô Matt Bonner decepcionou; ele teve desempenho fraquíssimo nos arremessos (3-15) e levou, inclusive, um toco do aro em enterrada sem ninguém o marcando. Só a título de curiosidade, o armador Chris Paul conseguiu o roubo do recorde no segundo período de jogo – o que impulsionou o Hornets naquele momento, já que eles estavam em desvantagem no placar.
O próximo jogo do Spurs já é amanhã; o adversário da vez será o Orlando Magic, na Flórida. A boa notícia é que a volta do superman, Dwight Howard – com um pequeno problema no joelho esquerdo – ainda não foi confirmada. Já o Hornets encara um bom período de descanso e volta às quadras apenas no sábado para enfrentar o Sacramento Kings, em casa.
Destaques da Partida
San Antonio Spurs
Tony Parker – 20 pontos, 5 rebotes e 4 assistências
Manu Ginobili – 17 pontos, 9 rebotes e 5 assistências
Tim Duncan – 16 pontos e 11 rebotes
New Orleans Hornets
David West – 21 pontos e 9 rebotes
Chris Paul – 19 pontos, 12 assistências e 3 roubos de bola
Rasual Butler – 13 pontos e 5 rebotes
Éramos segundo…

Na coluna de hoje darei um tempo na análise dos times de maior destaque nesse começo de temporada para comentar um fato que ocorreu comigo e me fez pensar em algumas coisas.
Nessa semana chegou até mim a informação de que um site especializado na cobertura de basquete estava à procura de estagiários. Antes de mandar meu currículo entrei no endereço para conhecer um pouco do trabalho e saber se me encaixava na função. Logo de cara percebi que pertencia a um grande portal, mas a estrutura e a qualidade se assimilavam muito à do nosso blog. Não me entenda mal leitor, não estou dizendo que nosso blog não tem qualidade. O que me assustou e me fez pensar foi saber que talvez o principal site sobre basquete de um grande portal brasileiro tenha a mesma estrutura de um blog criado por estudantes.
Isso tudo me fez pensar na cobertura dada pela imprensa oficial ao esporte que já foi o segundo na preferência dos brasileiros. Quase não se fala mais de basquete nos grandes veículos de imprensa hoje em dia. Mesmo na TV fechada, em canais como ESPN, por exemplo, o espaço está cada vez menor – basta lembrar que pouco tempo atrás não pudemos assistir às finais da NBA enquanto eram televisionadas emocionantes partidas de pôquer. E pensar que chegamos a ver canais abertos passando jogos, criando programas que falassem do assunto. Atualmente, quase toda a cobertura está nas mãos de blogs de fãs, sem o apoio dos grandes veículos.
É evidente a queda de popularidade do basquete no Brasil. Hoje, a grande maioria dos fãs de esporte elegem o vôlei como segundo em sua preferência. Mas será que a queda na popularidade aconteceu pela má cobertura ou a má cobertura aconteceu pela queda na popularidade? Quem nasceu primeiro? Parece claro que no meio disso tudo o descaso de quem cuida do esporte e a falta de apoio só prejudicam e empurram mais para baixo a notoriedade do basquete.
Creio que a paixão pelo esporte sobreviva por vontade dos fãs, que não desistem de torcer e procurar meios para acompanhar seus times. Mas não seria nada mau ver novamente ginásios lotados e a popularidade do basquete crescendo. Afinal, basquete também é uma paixão dos brasileiros.
Mutombo no Spurs?


"NOT IN MY HOUSE!"
O pivô Dikembe Mutombo afirmou recentemente que deseja se juntar a alguma equipe da NBA logo depois das festividades de natal. Ele também disse que equipes como Boston, Miami e San Antonio estariam interessadas em seus serviços.
“Vocês me verão nas próximas duas semanas”, disse o jogador. “Estarei em algum lugar. Eu quero muito voltar a jogar, apenas tenho que ter certeza que eu vou para um lugar em que eu possa ser feliz. Há por volta de quatro times que eu tenho analisado e sete que mostraram interesse em contar comigo. Cabe apenas a mim decidir”, completou o pivô congolês.
Mutombo, que já tem 42 anos, disputou as últimas quatro temporadas com o Houston Rockets; no último ano, ele teve médias de 3.0 pontos e 5.1 rebotes em quase 16 minutos em quadra por jogo. Ao meu ver, seria interessante contar com Mutombo apesar da idade avançada. Sua grande presença defensiva ainda intimida e serviria muito bem para jogar seus dez minutos por partida.



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