Arquivo mensal: agosto 2008

Queda de rendimento marca primeira derrota russa nos jogos

Em um dos jogos mais esperados da primeira fase do torneio feminino de basquete, a seleção da Rússia enfrentou a Austrália reeditando a final do último mundial. Quem esperava um jogo equilibrado até o fim, se decepcionou, pois as australianas venceram com certa facilidade; 75 a 55.

Como previsto, o jogo começou equilibrado; as russas começaram bem e venceram o primeiro quarto por quatro pontos de vantagem. No segundo período, o time europeu continuou jogando melhor e mostrou porque é um dos favoritos para subir ao pódio. No intervalo, o marcador apontava 37 a 25 para as comandadas de Igor Grudin.

Na volta do descanso, as aussies mostraram porque devem ser respeitadas. Um segundo tempo arrasador dizimou a ampla vantagem russa, que não conseguiu reagir ao poderio ofensivo australiano. Só a título de curiosidade, a Austrália venceu os últimos dois períodos por 50 a 18.

Após o jogo, jogadoras das duas equipes concederam entrevistas; Lauren Jackson, cestinha da Austrália com 16 pontos,explicou a importancia do triunfo: “Me sinto emocionada. Nós precisavamos vencer esse jogo tão difícil (…) A vitória foi crucial pois queremos enfrentar os Estados Unidos na final”, completou LJ. Becky Hammon, que finalmente conseguiu mostrar seu melhor basquete jogando pela seleção, lamentou a derrota: “Nossa defesa entrou em colapso no segundo tempo”, afirmou Hammon; “Aprenderemos com isso. No primeiro tempo mostramos que podemos jogar contra equipes fortes. Outra coisa que precisamos aprender é que um jogo tem 40 minutos, não apenas 20. Temos que melhorar nos rebotes e ser um pouco mais disciplinadas”, finalizou a armadora.

Destaques da partida

Rússia

Becky Hammon – 20 pontos (8/11) e 3 rebotes

Svetlana Abrosimova – 16 pontos e 9 rebotes

Austrália

Lauren Jackson – 16 pontos e 14 rebotes

Belinda Snell – 16 pontos e 9 rebotes

Penny Taylor – 12 pontos, 6 rebotes e 4 roubadas de bola

Confira abaixo a tabela final da primeira fase:

Grupo A

Austrália – 5 vitórias e 0 derrotas

Rússia – 4 vitórias e 1 derrota

Bielorússia – 2 vitórias e 3 derrotas

Coréia do Sul – 2 vitórias e 3 derrotas

Letônia – 1 vitória e 4 derrotas

Brasil – 1 vitória e 4 derrotas

Grupo B

Estados Unidos – 5 vitórias e 0 derrotas

China – 4 vitórias e 1 derrota

Espanha – 3 vitórias e 2 derrotas

República Tcheca – 2 vitórias e 3 derrotas

Nova Zelândia – 1 vitória e 4 derrotas

Mali – 0 vitórias e 5 derrotas

Enfrentamentos da fase final

China X Bielorússia

Austrália X República Tcheca

Rússia X Espanha

Estados Unidos X Coréia do Sul

Restam dúvidas?

Uma expectativa muito grande foi criada sobre a seleção masculina norte-americana de basquete. Muitas dúvidas pairavam sobre o que os americanos seriam capazes de fazer, e se conseguiriam retormar a supremacia perdida nos últimos anos.

Porém, agora não restam mais dúvidas; após vitórias convincentes, os Estados Unidos mostraram que não estão em Pequim para brincadeira e que chegaram para conquistar nada menos que o ouro. O ouro é o objetivo e tudo que for diferente do título olímpico será um fracasso.

Contra Angola, o esperado, vitória sem nenhuma dificuldade. Contra os donos da casa, os chineses, um pequeno susto no primeiro período, porém não passou da empolgação inicial de jogar com a torcida a favor. Contra a Grécia, o primeiro desafio de verdade. Neste ponto que as dúvidas começariam a serem tiradas. Como se sairiam os americanos diante de uma forte defesa, muitas bolas de 3 e um eficiênte ataque comandado por Papaloukas e Spanoulis. A resposta veio com uma vitória tranquila com uma grande margem de pontos a frente, contando principalmente com uma forte defesa pressão e abusando dos contra-ataques, enterradas e jogadas de efeito, um verdadeiro espetáculo proporcionado ao público presente.

E, se mesmo após a convicente vitória diante dos gregos, ainda restava algum questionamento sobre o poder do USA Baskteball, todos eles desapareceram após o embate diante da campeã mundial Espanha. Foi um verdadeiro massacre, a diferença de quase 40 pontos apontada no placar fala por si só. Abusando de sua arma mais mortal, os contra-ataques, a Espanha foi presa fácil, e tudo foi ainda mais fácil pois as bolas de 3 caíram pela primeira vez nas olimpíadas. O Ouro parece muito próximo de retornar aos Estados Unidos.

A seleção americana foi ao jogos com o que tinha de melhor disponível, com todos os astros da NBA. A constante rotação de jogadores faz com que eles mantenham a mesma intensidade em quadra o jogo inteiro e, principalmente, sem perder a qualidade. Claro que em alguns aspectos o jogo americano ainda deixa a desejar, como por exemplo a dificuldade de sair de uma defesa zona, o ataque de meia-quadra ainda é falho e as bolas de 3 precisam de um maior percentuação de acerto; defensivamente, apesar de estar trabalhando bem, provocando o erro do adversário, o que propicia os contra-ataques, os americanos ainda permitem muitos arremessos de 3 pontos. Porém essas falhas são pequenas diante do talento dos jogadores que lá estão representando aquele que ficou conhecido como o melhor basquete do mundo. Ainda há fortes adversários a serem batidos, como os argentinos e lituanos, porém só uma tremenda zebra tira esse ouro das não de Lebron James, Kobe Bryant e Cia.

São duas competições

Poucos fãs do basquetebol mundial apostariam que a Rússia estaria em situação tão complicada quanto está nesses momento nos Jogos Olímpicos de Pequim. Após a surpreendente derrota de hoje frente à Austrália, Kirilenko e cia chegam à última rodada dependendo de um milagre para se classificarem para as quartas-de-final da competição.

Esse milagre consiste em, além de torcer por uma improvável vitória de Irã frente a Bogut e companhia, vencer a ascendente seleção da Argentina, que vem de três vitórias seguidas, sendo uma delas frente a respeitável Croácia. Ginobili e cia só não conseguiram vencer a surpreendente seleção da Lituânia, a sensação dessa competição, líder de seu grupo e que hoje também bateu os croatas.

No outro grupo, em um confronto direto pela quarta vaga, a China bateu hoje os alemães e praticamente carimbou seu passaporte para, nas quartas, enfrentar justamente a Lituânia, num duelo que promete ser interessante; a seleção-sensação da competição contra os anfitriões.

Tudos esses resultados se devem a um basquete que é quase nivelado. O torneio masculino quase vem mostrando um equilíbrio interessantíssimo, que coloca várias seleções na disputa por medalhas e torna o já dinâmico basquetebol uma das atrações mais interessantes dessa edição dos Jogos.

E quando eu me refiro ao quase nivelamento do esporte, ao seu quase equilíbrio e digo que muitas seleções estão na disputa por medalhas e não pelo ouro, me refiro praticamente a um outro planeta do basquetebol chamado Estados Unidos. Posso queimar minha língua, mas acho que esse ano não tem para Argentina, Espanha, Rússia, e, muito menos, para a pobre Alemanha na última rodada da fase de classificação.

Pequim 2008 – Quarta rodada do torneio de basquete

Grécia 102 x 61 Angola – Gregos se recuperam com propriedade

A Grécia não se deixou abalar pela derrota frente aos Estados Unidos na última rodada e não deu chances para a seleção angolana. O jogo começou equilibrado, e a Grécia terminou o primeiro quarto com apenas 1 ponto de vantagem. Porém, no segundo (31 x 17) e no terceiro (38 x 14) períodos, os helênicos construíram sua vantagem e a administraram no quarto derradeiro.

Destaques da partida

Ioannis Bourousis – 22 pontos, 10-10 nos arremessos de quadra

Eduardo Mingas – 23 pontos, 3 rebotes

Luis Costa – 16 pontos

Austrália 95 x 80 Rússia – Campeões europeus ameaçados

Já no primeiro período, quando a Austrália abriu 11 pontos de vantagem, os Russos viram que sua situação na partida não seria das melhores. No intervalo, a coisa era pior ainda; 16 pontos de vantagem para Bogut e cia. A seleção da Oceania soube administrar o placar na segunda metade do jogo para sair de quadra com a vitória. Agora, para se classificarem, Kirilenko e cia tem de ganhar da Argentina na última rodada e torcer para Irã complicar seus algozes de hoje.

Destaques da partida

Andrew Bogut – 22 pontos

CJ Bruton – 22 pontos

Viktor Khryapa – 21 pontos, 9 rebotes

John-Robert Holden – 20 pontos

Lituânia 86 x 73 Croácia – Lituanos continuam sua bela campanha

Frente aos seus companheiros de leste europeu, a seleção da Lituânia conseguiu sua quarta vitória seguida, sendo definitivamente a grata surpresa da competição. O jogo começou equilibrado, e os croatas terminaram em vantagem nos três primeiros quartos. Porém, no último período, o lituano Kleiza, com uma chuva de bola de 3 pontos, ajudou sua seleção a conquistar a vitória e manter a invencibilidade na competição.

Destaques da partida

Mindauskas Lukauskis – 20 pontos, 1 assistência

Kleiza – 18 pontos, 4 rebotes

Roko-Leni Ukic – 13 pontos, 4 rebotes

Argentina 97 x 82 Iran – Mais difícil do que o esperado

O Iran fez uma bela partida, principalmente na defesa, e, apesar da corrida que Irã de 9×0 nos dois minutos finais da partida como último esforço, a Argentina tinha toda a experiência e o talento de Manu Ginobili e Luis Scola, que garantiram a vitória para nossos hermanos, que se recuperam bem na competição após a derrota para a Lituânia na primeira rodada.

Destaques da partida

Manu Ginobili – 32 pontos

Luis Scola – 20 pontos, 7 rebotes

Hamed Ehadadi – 21 pontos, 16 rebotes

China 59 x 55 Alemanha – Donos da casa com esperanças

Em um jogo em que as defesas se sobressaíram sobre os ataques, com constantes alternâncias no controle da partida, os chineses levaram a melhor sobre os alemães e agora têm sérias esperanças de se classificarem para a próxima fase da competição, enquanto que Nowitzki e cia ficaram em seituação complicadíssima em Pequim; têm que ganhar dos EUA na última rodada e ainda torcer por uma combinação de resultados.

Destaques da partida

Yao Ming – 25 pontos, 11 rebotes

Yi Jianlian – 9 pontos, 11 rebotes

Dirk Nowitzki – 24 pontos, 17 rebotes

Chris Kaman – 10 pontos, 12 rebotes

EUA 119 x 82 Espanha – Show Time

Para quem achava que a Espanha poderia fazer frente aos Estados Unidos hoje, 37 pontos de diferença são uma respista mais do que contundente. Uma partida dessas garante mais ainda a seleção estadunidense como principal favorita à medalha de ouro. Para o fã de basquetebol, perder um quarto sequer dessa seleção significa deixar de ver lances que podem demorar mais quatro anos para se repetirem. Só perdem o título por um desastre

Destaques da partida

LeBron James – 18 pontos, 8 assistências, 5 rebotes

Dwayne Wade – 16 pontos

Carmelo Anthony – 16 pontos

Felipe Reyes – 19 pontos, 8 rebotes

Pau Gasol – 13 pontos, 6 rebotes

Spurs chega a acordo com Michael Finley

O experiente ala Michael Finley anunciou hoje, segundo a rede televisiva ESPN, que atingiu um acordo verbal com o San Antonio Spurs. Para aceitar a oferta, que não teve valores nem durabilidade revelados, o jogador rejeitou, entre outras, propostas de Dallas Mavericks e Boston Celtics, sendo que ambas tinham termos talvez mais valiosos para Finley.

Especula-se que a duração do novo termo será de um ou dois anos, com valor pouco superior ao minímo possivel de ser oferecido para veteranos. Finley afirmou que seus laços com a torcida e a cidade de San Antonio pesaram muito em sua decisão.