Arquivo diário: 26/08/2008

Momento “Mãe Dinah”

Amigo leitor do Spurs Brasil,

Deixo de lado a badalação olímpica em cima do time da rendenção que os Estados Unidos usou para retomar o posto de campeão olímpico. Afinal, era unanimidade que os estadunidenses eram favoritos, e, apesar de Nelson Rodrigues falar que toda unanimidade é burra, as vezes ela acerta. E que Rodrigues esteja bem onde, estiver!

Voltando meu foco para onde quero, deixo a China, mas mantenho-me focado nos Estados Unidos, mais especificamente no Texas. Hoje voltarei a falar sobre o San Antonio Spurs. Mais especificamente, analiserei o que acho que irá acontecer a partir de agora com a equipe. Não amigo leitor, você não está vendo uma edição do “Passando a Limpo” em plena terça-feira. Os números não são tão meus amigos e, por isso, farei uma análise, digamos, mais passional.

Deixemos de ladainha e comecemos logo o que interessa, pela parte que ao time mais interessa: o grande trio texano. Todos nós sabemos que a mídia atual adora nomear times, grupos, jogadores e até as munhequeiras que estes vestem. Mas é impossível afirmarmos que os três principais jogadores do Spurs não são um grande trio. Duncan desde sempre e para sempre estará na memória dos torcedores texanos e dos amantes do basquete. É um mito no time, é um mito na Liga. E mitos, até seus últimos respiros, são respeitados e temidos. Por mais algum tempo, o “grande fundamental” será fundamental, e muito, para o andamento da franquia de San Antonio. Seguindo a ordem de idade, foco o argentino do trio, Manu Ginobili. O argentino é a figura perfeita do que o torcedor gosta: raça, amor e paixão (não flamenguistas, não foi uma homenagem) no mais alto estágio. Ginobili é o tipo de jogador que nos passa a impressão de que nunca vai abandonar o time, seja onde ele estiver (chega de trocadilhos com as maiores torcidas do Brasil). Por fim, Parker. O mais jovem dos três, oriundo da Bélgica e naturalizado francês, já foi melhor jogador das Finais e, cada vez mais, torna-se peça indispensável para o futuro. Um pouco mais de tempo e Parker estará entre os melhores.

Fora os três principais jogadores, vejo ainda alguns nomes que são importantes para o Spurs: Michael Finley, Robert Horry e Bruce Bowen. Explico: Finley, de contrato renovado, é o real sexto homem do time. Mesmo sendo o titular, todos sabemos que o real dono da posição dois é Ginobili. Mas o veterano não deixa de fazer seus pontos e colocar bolas longas e importantes. Horry, não à toa, é conhecido como Big Shot Bob, e com sete anéis de campeão intimida qualquer adversário. Reparem que sempre que ele entra, principalmente na pós-temporada, a marcação de perímetro do outro time se modifica. Horry mantém o estilo “panela velha é que faz comida boa”, eternizado por Sérgio Reis. Já Bowen, com sua raça às vezes até exagerada, comanda o sistema defensivo ao lado de Duncan. E comandar um dos melhores sistemas defensivos da NBA não é tarefa fácil, diga-se de passagem.

Por fim, aquele que nunca entra em quadra, mas tem papel fundamental: Gregg Popovich. Arquiteto desse time, Pop sabe como ninguém utilizar as peças que possue. Até quando surpreende e coloca um jogador inesperado em quadra (Bonner?) a modificação pode dar certo. É o coração do time, sem ele o Spurs não seria nada.

Ou seja, amigo leitor, o San Antonio Spurs tem sim chances de obter mais um anel. Não há formula mágica para se obter tal feito, mas o rodízio de jogadores deverá ser marca registrada na temporada regular, uma vez que temos o elenco mais velho da NBA. Noves fora, o Spurs está sempre entre os favoritos. Some isso ao fato de ano que vem ser ano ímpar e… quem sabe o penta não é nosso?

Hammon indecisa sobre seu futuro na Rússia

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Após a derrota na semifinal dos Jogos Olímpicos, a armadora do San Antonio Silver Stars, Becky Hammon, ainda não sabe se continuará junto com o selecionado russo para os próximos torneios. Ela afirmou após a vitória contra a China, em jogo que valeu a medalha de bronze, que seu futuro na equipe é incerto.

“Ainda não sei; não pensei muito sobre isso para falar a verdade. Mas minha permanência ainda está em aberto”, disse a armadora, que obteve médias de 13 pontos e quase dois rebotes por partida nos jogos.

Hammon conseguiu se naturalizar para disputar as Olimpíadas graças ao seu passaporte russo, já que ela também joga pelo CSKA Moscow. A decisão de disputar um campeonato por outro país gerou muita polêmica e rendeu muitas críticas à armadora; críticas inclusive de Anne Donovan, atual treinadora do time americano, que chegou a dizer: “Se você nasceu, cresceu, mora e joga nos Estados Unidos, mas veste um uniforme russo, na minha opinião, você não é patriota”.

Estima-se que o salário de Hammon na WNBA seja de 95 mil dólares por ano; na europa, a jogadora chega a ganhar seis ou sete vezes mais. Para disputar as olimpíadas pela Rússia, ela recebeu um convite tentador, que foi aceito de última hora, após ela saber que não seria convocada para o USA Team. Relacionado a isso, a atleta rebateu às críticas e disparou uma frase surpreendente: “Não há nada mais americano do que tirar proveito de uma oportunidade”.

Ainda falando sobre seu futuro atuando pelo país, a jogadora disse que valeu a pena disputar os jogos pelo esforço da equipe, e que ela adorou a oportunidade. O técnico russo, Igor Grudin, afirmou que gostaria de continuar contando com os serviços da armadora.