Arquivo diário: 20/08/2008

Pequim 2008 – Semifinais do feminino começam amanhã

presilverbrunoww11

As semifinais do torneio de basquete feminino começam amanhã. A exempo do que fizemos durante a fase anterior, aí vai um pequeno prognóstico dos jogos de logo mais.

9:00 – Rússia x Estados Unidos

Rússia

As russas passaram um pequeno aperto no jogo contra a Espanha. O resultado final mostrava uma vitória tranquila, mas o selecionado russo teve dificuldades para encaixar seu jogo, principalmente na primeira metade da partida. Se a lenda que prega que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar realmente existir, vejo como poucas as chances da Rússia vencer. Entretanto, um dia inspirado como aquele de dois anos atrás, no mundial do Brasil, pode mudar a história.

Raio X da estrela

Nome: Rebekka Linn Hammon

Idade: 31 anos

Clube onde atua: San Antonio Silver Stars (WNBA)

Médias: 13.2 pontos e 2.0 rebotes por partida

O que ela pode fazer? Becky Hammon é indiscutivelmente uma das melhores armadoras do mundo. Sem gozar do prestigio da treinadora Ann Donovan no selecionado americano, Hammon resolveu se naturalizar para assim poder disputar os jogos. Um dia inspirado da baixinha pode cravar a zebra no duelo.

Estados Unidos

Os EUA chegam para essa semifinal com o status de bicho-papão do torneio. As vitórias com facilidade diante de todos os oponentes até aqui credenciam a equipe norte-americana. Todavia, um fator pode atrapalhar, ou quem sabe até mesmo ajudar; vai depender de como elas vão encarar o fantasma da eliminação no último mundial da FIBA perante essa mesma Rússia.

Raio X da estrela

Nome: Lisa Leslie

Idade: 36 anos

Clube onde atua: Los Angeles Sparks (WNBA)

Médias: 10.3 pontos e 7.6 rebotes por partida

O que ela pode fazer? Pivô e capitã da equipe, Leslie é o grande ícone dessa geração americana. Deve ser sua última participação em jogos olímpicos; A pivô de 36 anos também ajudou os EUA a conquistar o ouro em Atlanta 1996, Sydney 2000 e Atenas 2004.

11:15 – China x Austrália

China

As chinesas venceram a Bielorússia com autoridade nas quartas-de-final. Contudo, a parada agora será um pouco mais dura. O grande apoio da torcida chinesa deve empurrar as donas da casa, mas não deve ser suficiente para conter o poderoso time australiano. Outro ponto a favor da China é a baixa da ala Penny Taylor, que, vítima de uma torção no jogo contra a República Tcheca, não deve entrar em quadra.

Raio X da estrela

Nome: Lijie Miao

Idade: 27 anos

Clube onde atua: Beijing (China)

Médias: 19.5 pontos, 4.0 rebotes e 2.8 assistências por partida

O que ela pode fazer? Lijie é a grande estrela dessa equipe chinesa. Sua velocidade unida ao seu ótimo arremesso fazem dela um dos destaques individuais dessas olímpiadas. Uma boa partida de Miao pode fazer a China sonhar com uma vaguinha na final, mas mesmo assim ainda é difícil.

Austrália

Favoritíssimas para ganhar uma medalha, as australianas chegam para enfrentar a China com uma campanha irretocável até aqui. Como já foi dito, um entorce no tornozelo da ala Penny Taylor a deixará fora do jogo de hoje. Sem Penny, MVP do último mundial da FIBA, a Austrália perde um pouco do seu poder, mas mesmo assim ainda é uma equipe fortíssima e favorita.

Raio X da estrela

Nome: Lauren Jackson

Idade: 27 anos

Clube onde atua: Seattle Storm (WNBA)

O que ela pode fazer? Na minha modesta opinião, Lauren Jackson hoje é a melhor jogadora do mundo. Para os menos informados, ela joga naquele estilo do alemão Dirk Nowitzki; é uma ala-pivô que sai para jogar fora do garrafão, tem um excelente disparo da linha dos três pontos e, além disso, é ótima defensivamente e na briga pelos rebotes. Mesmo com o desfalque de Penny Taylor, Lauren provavelmente levará a Austrália à final.

Pequim 2008 – Argentina se classifica em partida emocionante

Em jogo emocionante e decidido apenas na última bola, a atual Campeã Olímpica superou os atuais Vice-Campeõs Mundiais, com grandes atuações de Manu Ginóbili e Carlos Delfino, e está classificada para a fase semi-final do torneio olímpico de 2008.

O equilíbrio esteve presente durante todos os momentos da partida; as equipes se alternavam na liderança do placar durante todo o decorrer da partida e em nenhum momento alguma conseguiu abrir vantagem sobre a outra. O argentino Andres Nocioni, lesionado, deu lugar a Carlos Delfino no segundo tempo. Delfino teve uma excelente atuação, sendo fundamental para manter o selecionado argentino na luta pelo bicampeonato.

Restando menos de 1 minuto para o final, a Argentina alcançou 5 pontos de vantagem, que foi logo reduzida para apenas 2 pontos graças a uma bola de 3 pontos de Vassilopoulos. Na sequência, a Argentina desperdiçou o ataque e deu a oportunidade para os gregos empaterem ou até virarem o jogo; porém, com poucos segundos restando, Spanoulis avançou e arremessou um pouco a frente da linha que divide a quadra e acabou errando. Com isso, o resultado final foi de 80 x 78 a favor dos “hermanos”, o que eliminou a Grécia da disputa por medalhas.

Destaques da partida

Argentina

Manu Ginobili – 24 pontos e 6-13 (46%) de aproveitamento de 3 pontos

Carlos Delfino – 23 pontos, 5 rebotes e 5-8 (62,5%) de aproveitamento de 3 pontos

Luis Scola – 11 pontos e 8 rebotes

Grécia

Antonis Fotsis – 17 pontos, 10 rebotes e 2 roubos de bola

Kostas Tsartsaris – 13 pontos, 3 rebotes e 5-5 (100%) de aproveitamento nos arremessos de quadra

Ioannis Bouroussis – 12 pontos, 3 rebotes

A crise do basquete brasileiro

Assistindo à bela vitória da Argentina contra a Grécia, fiquei imaginando como seria ter nosso basquete em um jogo como esse, com a capacidade técnica e a garra de nossos hermanos. Sim, porque o que a Argentina tem feito nos últimos tempos com o basquete é um exemplo de tudo o que o Brasil deveria fazer. De presa fácil para nossa seleção, os argentinos passaram a campeões olímpicos e uma das principais equipes do mundo em pouco tempo.

Outro bom exemplo de crescimento nos últimos tempos é o vôlei brasileiro. Ao perceber que o esporte rendia público e que havia talento, empresas passaram a apoiar e a montar parcerias com clubes e até com a seleção. O resultado é esse que estamos vendo; somos campeões olímpicos no masculino e no feminino estamos sempre chegando entre os primeiros. Talento e público o basquete já provou que tem.

Essa mudança precisa acontecer rapidamente se quisermos salvar nosso basquete. O Brasil atravessa por uma de suas piores fases no basquete em todos os tempos. O feminino, que vinha se salvando ultimamente, ficando sempre entre os primeiros do mundo, está em absoluta queda. Sem Paula e Hortência, vinha conseguindo manter uma regularidade com Janeth e companhia. Mas nessa Olimpíada decepcionou e foi eliminado na fase de grupos com campanha pífia, conseguindo apenas uma vitória.

Já o basquete masculino está em queda faz tempo. Apesar de contar com vários jogadores atuando na NBA, decepcionou os torcedores novamente ao ficar fora dos Jogos Olímpicos pela terceira vez consecutiva. Pior que isso, só a falta de vontade desses “astros” de atuarem defendendo nossas cores. Mas não para por aí. Pela primeira vez desde 2002 não contamos com jogadores brasileiros no draft.

Com toda essa crise, falta de apoio, desorganização e desonestidade dos dirigentes, é difícil acreditar que algo mudará. Será que chegamos ao fundo do poço ou vamos mais fundo ainda?

Pequim 2008 – Como esperado, EUA estão nas semifinais

Desde antes dos Jogos Olímpicos de Pequim começarem, há cerca de duas semanas atrás, os Estados Unidos eram tidos como os principais favoritos na disputa de uma modalidade em destaque: o basquete masculino. E, a cada jogo, tais previsões se confirmam cada vez mais, uma vez que o dito Team USA continua não dando chances para nenhum de seus oponentes. Contando com seus astros da NBA, os EUA parecem estar cada vez mais próximos da conquista do ouro.

A vítima da vez foi a irregular seleção australiana, que na fase de grupos surpreendeu ao deixar a forte seleção da Rússia fora da zona dos classificados. A vitória dos estadunidenses contou com dois fatores primordiais: a melhor atuação de Kobe Bryant nessa Olimpíada e a marcação muito bem feita sobre o principal astro australiano, o pivô Andrew Bogut. O sempre destacado LeBron James também colaborou bastante para a vitória de seu time, que em nenhum momento do jogo viu sua soberania ameaçada pela seleção da Oceania. Os únicos dois momentos de destaques para os australianos podem ser o final do primeiro e o início do último quarto, no qual um esboço de resistência foi feito, mas sem força para parar os norte-americanos.

Agora, a seleção dos Estados Unidos terá um desafio muito indigesto na próxima fase: disputará vaga na grande final com a Argentina, país que é o atual campeão olímpico. Resta saber como o lado psicológico dos estadunidenses estará quando esses se depararem com a chance de apagar os vexames recentes.

Destaques da partida

Estados Unidos

Kobe Bryant – 25 pontos e 5 rebotes

LeBron James – 16 pontos, 9 rebotes e 4 roubos de bola

Chris Bosh – 10 pontos e 3-4 nos arremessos de quadra

Austrália

Patrick Mills – 20 pontos

Glen Seville – 13 pontos

Pequim 2008 – Lituânia confirma favoritismo e vai às semifinais

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A China jogava em casa e, com o apoio da torcida, buscava surpeender a forte equipe da Lituânia. O bom começo de jogo dos chineses deve ter animado até o mais pessimista torcedor oriental.

Só que o desenrolar da partida mostrou realmente quem é quem. A partir do segundo período, os lituanos passaram a mandar no jogo, e administraram a vitória até o fim para vencer por 94 a 68.

É inegável que a ida às quartas-de-final já foi uma grande coisa para o basquete Chinês; isso deve ser sim comemorado. Para o selecionado europeu, a vaga nas semifinais mostra que a escola lituana continua sendo uma das melhores do mundo.

Após o jogo, a estrela da Lituânia, Sarunas Jasikevicius, falou à imprensa: “Quando estamos concentrados somos um bom time, quando não estamos, jogamos como na derrota contra a Austrália”, disse o jogador. Quando perguntado se o time está na sua melhor forma, o armador foi taxativo: “Não creio que essa seja nossa melhor forma (…) Jogamos bem em Sydney e em Atenas. Tudo vem sendo decidido nos 40 minutos, estamos com sorte. Algumas vezes, em outros esportes, quatro anos de trabalho duro são decididos em apenas dez segundos”, completou Jasikevicius.

O ténico da equipe europeia, Ramunas Batautus, falou sobre a marcação em cima do gigante chinês, Yao Ming: “Na minha opinião, a chave para a vitória foi a marcação forte (…) Nós fizemos dupla marcação nele (Yao), sempre tinha um jogador defendendo pela frente e outro pelas costas”.

Outro fator determinante para a vitória lituana foi o bom aproveitamento da linha dos três pontos; foram 13 arremessos convertidos em 31 tentados, 42% de aproveitamento. “É sempre importante quando as bolas de três pontos estão caindo”, finalizou Sarunas Jasikevicius.

Destaques da partida

Lituânia

Sarunas Jasikevicius – 23 pontos e 6 assistências

Linas Kleiza – 15 pontos e 7 rebotes

Ramunas Siskauskas – 15 pontos e 5 rebotes

China

Yao Ming – 19 pontos e 7 rebotes

Yi Jianlian – 11 pontose 9 rebotes