Arquivo diário: 18/08/2008

Pequim 2008 – As quartas do feminino começam hoje

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Olá, caro leitor!

Para você que está sem sono ou simplesmente quer passar a madrugada assistindo as Olimpíadas, recomendo as quartas-de-final do torneio feminino de basquete, que começam daqui a pouquinho. Confira a programação:

3:30 – China x Bielorússia

China

As donas da casa cairam num grupo fácil na primeira fase; seu único grande adversário foi a seleção norte-americana, sendo assim, as chinesas conseguiram se classificar em segundo lugar do grupo com a campanha de quatro vitórias e uma derrota.

Fique de olho: A armadora Lijie Miao foi a cestinha da equipe com média de 17.8 pontos por jogo; outro destaque é a pivô Nan Chen, que obteve médias de 16.2 pontos e 9.4 rebotes.

Bielorússia

As bielorussas fizeram o esperado dentro do forte Grupo A; não conseguiram bater as fortes Rússia e Austrália, mas concluiram o dever de casa ao bater o restante das equipes. A equipe chega para as quartas após perder seu último jogo para o Brasil, entretanto, isso não deve abalar as comandadas de Anatoly Buyalsky.

Fique de olho: A ala-pivô Yelena Leuchanka vem sendo um dos principais destaques do torneio até aqui; dona de médias de 14 pontos e 9.4 rebotes por jogo, Leuchanka é a principal peça ofensiva da equipe europeia.

5:45 – Austrália x República Tcheca

Austrália

As australianas, atuais campeãs mundiais, chegam para a fase final da competição como favoritíssimas à medalha de ouro. Elas provaram seu poder na etapa inicial do torneio ao bater com autoridade todas as equipes, inclusive as Russas, também cotadas para subir ao pódio.

Fique de olho: Lauren Jackson dispensa apresentações; a ala-pivô é uma das melhores jogadoras do mundo e até aqui vem sendo o principal destaque da Austrália no campeonato. Outro destaque das aussies é a ala Penny Taylor; a jogadora, que foi eleita MVP do último mundial da FIBA, forma junto com Jackson uma ótima dupla.

República Tcheca

Apesar do time fazer o arroz com feijão bem feito, as tchecas tem pouquíssimas chances de derrotar a Austrália no jogo de logo mais. A equipe se classificou em último no Grupo B, com duas vitórias e três derrotas.

Fique de olho: O trio Eva Viteckova, Hana Machova e Jana Vesela conseguiu boas atuações nos jogos da primeira fase. Foram médias de 12.6 pontos, 11.8 pontos e 2.2 roubadas de bola e 10 pontos e 7.6 rebotes, respectivamente.

9:00 – Estados Unidos x Coréia do Sul

Estados Unidos

Vencer todos os jogos da fase de grupos credenciou as americanas a enfrentar a irregular aquipe da Coréia do Sul. A exemplo da equipe masculina, as jogadoras do USA Team vem atuando com seriedade e dificilmente ficarão fora da final olímpica.

Fique de olho: É impossível escolher apenas uma jogadora nesse time recheado de estrelas. Contudo, como tem que escolher alguém, meu voto vai para a vovó Tina Thompson, que no auge dos seus 33 anos vem com médias de 15.2 pontos e quase quatro rebotes por partida.

Coréia do Sul

As coreanas cairam de pára-quedas nas quartas-de-final; o time chega como zebra após quebrar o favoritismo de Brasil e Letônia no Grupo A. Uma vitória contra as americanas é praticamente impossível, mas é bom não subestimar as asiáticas.

Fique de olho: A armadora Yeonha Beon vem comandando a equipe com 14.4 pontos por partida e 43% de aproveitamento da linha dos três pontos.

11:15 – Rússia x Espanha

Rússia

Como era de se esperar, a Rússia se classificou entre os dois primeiros no Grupo A. Até ai tudo bem; o que poucos esperavam era o fraco desempenho e o basquete burocrático que a equipe vem apresentando. Os russos esperam uma melhora já nas quartas, pois o time continua sendo um dos favoritos à conquista de medalha.

Fique de olho: Becky Hammon ainda não se adaptou completamente ao estilo de jogo da seleção russa. A armadora norte-americana, que se naturalizou para atuar nos jogos, vem sendo um dos destaques com médias de 12.4 pontos. Outros destaques são a ala Ilona Korstin (10.2 pontos e 7.0 rebotes), a ala-pivô Tatiana Shchegoleva (10.4 pontos e 6.2 rebotes) e a grandalhona Maria Stepanova (6.8 pontos e 5.6 rebotes).

Espanha

A irregularidade é uma das marcas do elenco espanhol. O time se classificou em terceiro no frágil Grupo B com três vitórias e duas derrotas, justamente para as duas melhores equipes do grupo. As chances de bater a Rússia são pequenas, mas nada é impossível quando se tem Amaya Valdemoro em quadra.

Fique de olho: A ala Amaya Valdemoro é a grande estrela do basquete espanhol. Todavia, a jogadora ainda não mostrou seu melhor basquete até aqui; sua última chance pode ser no jogo de hoje contra a Rússia, já que uma derrota manda as espanholas de volta para casa. A pivô Anna Montanana é outro destaque do elenco, com médias de 14.8 pontos e 6.4 rebotes.

Pequim 2008 – Quinta rodada do torneio de basquete

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Croácia 91 x 57 Irã – Croatas voltam a vencer e garantem classificação

Após perder para a Lituânia, a Croácia entrou em quadra disposta a vencer para garantir o terceiro lugar no Grupo A. Jogando contra a fraca equipe do Irã, os croatas passearam em quadra e conseguiram o terceiro triunfo em cinco jogos na competição. Na próxima fase, os europeus enfrentam o forte time da Espanha, um dos principais favoritos à conquista de medalha.

Destaques da partida

Mohammadsamad Nikkhah (Irã) – 25 pontos e 5 rebotes

Hamed Ehadadi (Irã) – 17 pontos e 15 rebotes

Marin Rozic (Croácia) – 16 pontos e 6 rebotes

Marko Tomas – 16 pontos e 5 rebotes

Austrália 106 x 75 Lituânia – Ótima vitória garante australianos na próxima fase

Os australianos entraram em quadra para enfrentar a forte equipe da Lituânia, que já estava classificada para a fase final. Tudo levava a crer que o embate seria equilibrado, já que a equipe da Oceania precisava vencer para se garantir no mata-mata. O que poucos esperavam era a facilidade com que a Austrália conseguiu seu triunfo, dominando a partida do início ao fim e vencendo com autoridade os líderes do grupo. O jogo ainda foi marcado por mais uma bela atuação do pivô Andrew Bogut, que anotou 23 pontos.

Destaques da partida

Andrew Bogut (Austrália) – 23 pontos

Brad Newley (Austrália) – 16 pontos e 3 assistências

Ksistof Lavrinovic (Lituânia) – 14 pontos, 8 rebotes e 3 assistências

Linas Kleiza (Lituânia) – 12 pontos e 5 rebotes

Grécia 91 x 77 China – Nova vitória grega e pedreira na próxima fase

Os gregos entraram em quadra buscando sua terceira vitória nos jogos; o adversário da vez era a equipe chinesa, que mais uma vez jogou bem e dificultou o trabalho para os helênicos. No forte Grupo B, a equipe europeia conseguiu apenas o terceiro lugar; com o resultado, o adversário da próxima fase será a Argentina, atual campeã olímpica, em jogo que será o mais esperado da próxima fase. A China não deixou por menos, com o quarto lugar no mesmo Grupo B, seu adversário será a competente Lituânia, que, apesar da derrota para a Austrália, ainda ficou com o primeiro lugar na chave A.

Destaques da partida

Ioannis Bourousis (Grécia) – 19 pontos e 9 rebotes

Vassilis Spanoulis (Grécia) – 19 pontos e 5 assistências

Yao Ming (China) – 16 pontos e 5 rebotes

Zhizhi Wang – 14 pontos e 8 rebotes

Espanha 98 x 50 Angola – Passeio espanhol

Após a derrota para os americanos, a equipe da Espanha entrou em quadra para massacrar os angolanos. Foi o que aconteceu; apesar do começo desfavorável, os atuais campeões mundiais não tomaram conhecimento dos africanos e venceram a partida por 48 pontos de vantagem. Os espanhóis, que perderam apenas um jogo no campeonato, enfrentam a Croácia nas quartas-de-final. Já os angolanos se despedem de Beijing com cinco derrotas e nenhuma vitória na bagagem.

Estados Unidos 106 x 57 Alemanha – Sem chances para Nowitzki

No maior passeio da rodada, os americanos não tomaram conhecimento de Dirk Nowitzki e cia. Com um desempenho avassalador desde o início do duelo, os EUA, comandados mais uma vez pelo ala LeBron James, conquistaram sua quinta vitória nas Olimpíadas. Os comandados de Mike Krzyzewski fecham sua participação na primeira fase com uma campanha impecável, cinco vitórias e nenhuma derrota; na próxima fase eles enfrentam a equipe da Austrália.

Destaques da partida

Dwight Howard (Estados Unidos) – 22 pontos e 10 rebotes

LeBron James (Estados Unidos)- 18 pontos e 3 rebotes

Dirk Nowitzki (Alemanha) – 14 pontos e 8 rebotes

Jan-Hendrik Jagla (Alemanha) – 10 pontos e 6 rebotes

Argentina 91 x 79 Rússia – Rússia decepciona e volta para casa

A Rússia deu adeus aos jogos olímpicos após ser derrotada pela Argentina. Os russos, atuais campeões europeus, não conseguiram apresentar um bom basquete durante o torneio; com uma campanha de uma vitória e quatro derrotas, eles se despedem como a decepção das Olimpíadas. Já a Argentina se recuperou brilhanemente após perder seu primeiro jogo para a Lituânia. Com o resultado, os argentinos conquistaram o segundo lugar no Grupo A e têm pedreira pela frente, a Grécia. Vale lembrar que todos os jogos das quartas-de-final acontecem na quarta-feira.

Destaques da partida

Luis Scola (Argentina) – 37 pontos e 8 rebotes

Andres Nocioni – 19 pontos e 9 rebotes

Manu Ginobili (Argentina) – 12 pontos e 4 assistências

Andrei Kirilenko (Rússia) – 23 pontos e 9 rebotes

John-Robert Holden (Rússia) – 19 pontos e 5 assistências

A história do San Antonio Spurs – A era David Robinson

Por Renan Ronchi

Na parte 1, você viu os primeiros anos do Spurs, desde sua época de Dallas Charrapals, ainda na ABA. Na parte 2, você viu os primeiros anos do Spurs na NBA ao comando de George Gervin, quatro vezes cestinha da liga. Agora, Gervin, em fim de carreira, havia sido trocado para o Chicago Bulls, e o time teria que se virar sem ele. Será que o Spurs conseguiria alguma coisa sem ele? Time para isso ele tinha. Pelo menos no começo.

Na temporada de 1985/1986, o time começou muito bem nos dois primeiros meses, com uma campanha de 19-13. Porém, em dezembro, Johnny Moore sofreu uma contusão que o tiraria da temporada e, consequentemente, da carreira. Embora as médias de 13 pontos fossem baixas, era um jogador extremamente fundamental ao time. Tanto que o Spurs acabou perdendo 10 dos 16 jogos em janeiro e 13 de 15 em março para fechar com um 35-47. Nos playoffs, o time acabou sendo batido sem dificuldade alguma pelo Los Angeles Lakers, em pleno auge na época.

Em 1986/1987, a coisa foi pior ainda. O time fez a segunda pior campanha do oeste, com um 28-54, mas surgiu uma coisa boa nisso tudo. O San Antonio Spurs acabou ganhando a primeira escolha do draft de 1987, que surgiria num dos maiores nomes que a franquia conheceu. O time draftou na primeira escolha o jovem pivô David Robinson, mas ele teria que terminar seu curso na marinha e, portanto, só viria para o time em 1989. No ano de 1988, o time continuava com campanhas pífias à espera de David Robinson. Sobre o comando de Alvin Robertson, o time fez um 31-51 na temporada regular e novamente seria eliminado nos playoffs pelo Lakers, em tranquilos 3 a 0. Em 89, Larry Brown assumiria o comando técnico do time, mas o mesmo faria uma campanha de 21-61 e por pouco não ganhou uma nova primeira escolha de draft.

No final da década de 80, que definitivamente não foi a década do Spurs, o time viria rejuvenecido. Com David Robinson no cargo de pivô, o time adicionou Terry Cummings e em 1989 draftou o ala Sean Elliot para a equipe. Era esperado uma campanha de 50% ou menos de aproveitamento, mas o Almirante, como foi assim chamado pelos seus anos na marinha, mostrou serviço logo no começo. No seu primeiro jogo oficial na NBA, marcou 23 pontos e pegou 12 rebotes. A campanha do time foi um 56-26 que surpreendeu até o fã mais otimista do time. Robinson foi coroado como o rookie do ano e, nos playoffs, deram uma varrida no Denver Nuggets na primeira rodada, mas acabaram perdendo na segunda fase para o Portland Trail Blazers em emocionantes 7 jogos. Era a primeira temporada de sucesso da dinastia que o time iria manter.

Na temporada seguinte, o time acabou perdendo Rod Strickland e Terry Cummings por muito tempo devido à contusões, mas acabou conseguindo um sólido 54-28. Nos playoffs, foi batido pelo Golden State Warriors em 4 jogos. Em 92, Larry Brown acabou saindo e Bob Bass colocou o time em segundo lugar no pacífico, com 47 vitórias, mas o time acabou perdendo de novo no primeiro round, dessa vez para o Phoenix Suns. O ano seguinte seria o último ano da casa do Spurs, a HemisFair Arena, e John Lucas, lenda do New York Knicks, passou a ser o técnico interino. Estava claro a ausência de um bom companheiro de garrafão para o almirante, mas Lucas trabalhou com o mesmo e eles acabaram com um 49-33 na temporada regular. Nos playoffs, finalmente passaram da segunda fase, frente ao Portland Trail Blazers, em 4 jogos. No segundo round, enfrentariam novamente o Phoenix Suns. O time perdeu as duas primeiras partidas, mas na HemisFair Arena o time empatou a série. O jogo 6 permaneceu disputado após o Suns vencer o jogo 5, mas o time acabou sucumbindo com David Robinson errando o arremesso no último segundo, a primeira decepção desse porte em sua carreira.

Em 1994, a coisa finalmente parecia que ia mudar. Diretamente do Detroit Pistons, chegava para ser companheiro do almirante um dos maiores reboteiros que a liga já conheceu, Dennis Rodman. Garrafão renomado, e com casa nova, o Alamodome estava pronto para ver o Spurs ganhar jogos, e assim o fizeram. Com Robinson sendo o cestinha da liga e Rodman o reboteiro, o time fez um sólido 55-27 na temporada regular. Porém, nos playoffs, Dennis Rodman e John Lucas acabaram tendo uma discussão que levaria o Spurs a uma decepcionante derrota nos playoffs para o Utah Jazz em 4 jogos. Tudo parecia levar a uma crise com a suspensão de Dennis Rodman no início da temporada seguinte e com o Spurs começando a temporada com 7-9. Mas a coisa mudou. David Robinson liderou o time a 15 vitórias consecutivas, e acabou ganhando o seu primeiro troféu de MVP. Superaram a crise com pleno sucesso.

Nos playoffs, o Spurs varreu o Nuggets com sucesso. No segundo round, Rodman voltou a ter discussões com o técnico da equipe, mas isso não impediu a equipe de bater o Lakers em 4 jogos a 2. Nas finais de conferência, as discussões internas se agravaram e o time acabou perdendo para o Houston Rockets, também em 6 jogos. Após isso, devido a tantas controvérsias, Rodman acabou sendo trocado para o Chicago Bulls. No próximo post, a era Tim Duncan e a continuação da análise!

Vitória no adeus

Na despedida do Brasil dos jogos olímpicos, a equipe conseguiu sua primeira e única vitória na competição, 68 a 53.

Era esperado um jogo mais difícil, já que a Bielorússia vem sendo um dos melhores times até aqui. Todavia, o Brasil errou menos, corrigiu alguns erros, e jogando sem compromisso, conseguiu a fácil vitória.

As comandadas de Paulo Bassul voltam para casa com a sensação de que poderiam ter ido mais além; as derrotas para Coréia do Sul, na estréia, e para a Letônia foram determinantes para a eliminação, tendo em vista que o Brasil era favorito contra ambas as equipes.

Enquanto o Brasil vai embora com gostinho amargo na boca, as Bielorussas conquistaram o terceiro lugar no Grupo A e agora enfrentam as chinesas nas quartas-de-final. Todos os jogos das quartas acontecem na terça-feira.

Destaques da partida

Brasil

Kelly – 14 pontos e 5 rebotes

Claudinha – 11 pontos e 4 rebotes

Francielle – 10 pontos e 10 rebotes

Bielorússia

Yelena Leuchanka – 10 pontos e 7 rebotes

Natallia Anufryienka – 10 pontos e 5 rebotes

Outros resultados da rodada

Espanha 79 – 47 Mali

Letônia 68 – 72 Coréia do Sul

República Tcheca 63 – 79 China

Nova Zelândia 60 – 96 Estados Unidos