Arquivo diário: 17/08/2008
Queda de rendimento marca primeira derrota russa nos jogos

Em um dos jogos mais esperados da primeira fase do torneio feminino de basquete, a seleção da Rússia enfrentou a Austrália reeditando a final do último mundial. Quem esperava um jogo equilibrado até o fim, se decepcionou, pois as australianas venceram com certa facilidade; 75 a 55
.
Como previsto, o jogo começou equilibrado; as russas começaram bem e venceram o primeiro quarto por quatro pontos de vantagem. No segundo período, o time europeu continuou jogando melhor e mostrou porque é um dos favoritos para subir ao pódio. No intervalo, o marcador apontava 37 a 25 para as comandadas de Igor Grudin.
Na volta do descanso, as aussies mostraram porque devem ser respeitadas. Um segundo tempo arrasador dizimou a ampla vantagem russa, que não conseguiu reagir ao poderio ofensivo australiano. Só a título de curiosidade, a Austrália venceu os últimos dois períodos por 50 a 18.
Após o jogo, jogadoras das duas equipes concederam entrevistas; Lauren Jackson, cestinha da Austrália com 16 pontos,explicou a importancia do triunfo: “Me sinto emocionada. Nós precisavamos vencer esse jogo tão difícil (…) A vitória foi crucial pois queremos enfrentar os Estados Unidos na final”, completou LJ. Becky Hammon, que finalmente conseguiu mostrar seu melhor basquete jogando pela seleção, lamentou a derrota: “Nossa defesa entrou em colapso no segundo tempo”, afirmou Hammon; “Aprenderemos com isso. No primeiro tempo mostramos que podemos jogar contra equipes fortes. Outra coisa que precisamos aprender é que um jogo tem 40 minutos, não apenas 20. Temos que melhorar nos rebotes e ser um pouco mais disciplinadas”, finalizou a armadora.
Destaques da partida
Rússia
Becky Hammon – 20 pontos (8/11) e 3 rebotes
Svetlana Abrosimova – 16 pontos e 9 rebotes
Austrália
Lauren Jackson – 16 pontos e 14 rebotes
Belinda Snell – 16 pontos e 9 rebotes
Penny Taylor – 12 pontos, 6 rebotes e 4 roubadas de bola
Confira abaixo a tabela final da primeira fase:
Grupo A
Austrália – 5 vitórias e 0 derrotas
Rússia – 4 vitórias e 1 derrota
Bielorússia – 2 vitórias e 3 derrotas
Coréia do Sul – 2 vitórias e 3 derrotas
Letônia – 1 vitória e 4 derrotas
Brasil – 1 vitória e 4 derrotas
Grupo B
Estados Unidos – 5 vitórias e 0 derrotas
China – 4 vitórias e 1 derrota
Espanha – 3 vitórias e 2 derrotas
República Tcheca – 2 vitórias e 3 derrotas
Nova Zelândia – 1 vitória e 4 derrotas
Mali – 0 vitórias e 5 derrotas
Enfrentamentos da fase final
China X Bielorússia
Austrália X República Tcheca
Rússia X Espanha
Estados Unidos X Coréia do Sul
Restam dúvidas?

Uma expectativa muito grande foi criada sobre a seleção masculina norte-americana de basquete. Muitas dúvidas pairavam sobre o que os americanos seriam capazes de fazer, e se conseguiriam retormar a supremacia perdida nos últimos anos.
Porém, agora não restam mais dúvidas; após vitórias convincentes, os Estados Unidos mostraram que não estão em Pequim para brincadeira e que chegaram para conquistar nada menos que o ouro. O ouro é o objetivo e tudo que for diferente do título olímpico será um fracasso.
Contra Angola, o esperado, vitória sem nenhuma dificuldade. Contra os donos da casa, os chineses, um pequeno susto no primeiro período, porém não passou da empolgação inicial de jogar com a torcida a favor. Contra a Grécia, o primeiro desafio de verdade. Neste ponto que as dúvidas começariam a serem tiradas. Como se sairiam os americanos diante de uma forte defesa, muitas bolas de 3 e um eficiênte ataque comandado por Papaloukas e Spanoulis. A resposta veio com uma vitória tranquila com uma grande margem de pontos a frente, contando principalmente com uma forte defesa pressão e abusando dos contra-ataques, enterradas e jogadas de efeito, um verdadeiro espetáculo proporcionado ao público presente.
E, se mesmo após a convicente vitória diante dos gregos, ainda restava algum questionamento sobre o poder do USA Baskteball, todos eles desapareceram após o embate diante da campeã mundial Espanha. Foi um verdadeiro massacre, a diferença de quase 40 pontos apontada no placar fala por si só. Abusando de sua arma mais mortal, os contra-ataques, a Espanha foi presa fácil, e tudo foi ainda mais fácil pois as bolas de 3 caíram pela primeira vez nas olimpíadas. O Ouro parece muito próximo de retornar aos Estados Unidos.
A seleção americana foi ao jogos com o que tinha de melhor disponível, com todos os astros da NBA. A constante rotação de jogadores faz com que eles mantenham a mesma intensidade em quadra o jogo inteiro e, principalmente, sem perder a qualidade. Claro que em alguns aspectos o jogo americano ainda deixa a desejar, como por exemplo a dificuldade de sair de uma defesa zona, o ataque de meia-quadra ainda é falho e as bolas de 3 precisam de um maior percentuação de acerto; defensivamente, apesar de estar trabalhando bem, provocando o erro do adversário, o que propicia os contra-ataques, os americanos ainda permitem muitos arremessos de 3 pontos. Porém essas falhas são pequenas diante do talento dos jogadores que lá estão representando aquele que ficou conhecido como o melhor basquete do mundo. Ainda há fortes adversários a serem batidos, como os argentinos e lituanos, porém só uma tremenda zebra tira esse ouro das não de Lebron James, Kobe Bryant e Cia.

Você precisa fazer login para comentar.