Arquivo diário: 14/08/2008

Pequim 2008 – Terceira rodada do torneio de basquete

Espanha 72 x 59 Alemanha – Campeões Mundiais continuam invictos

Na primeira partida da rodada, os atuais campeões mundiais derrotaram sem maiores problemas os alemães e seguem invictos no torneio olimpico. Após um começo de jogo equilibrado, os alemães chegararam a terminar na frente ao final do primeiro período, vencendo parcialmente por 15-12. Mas os espanhóis conseguiram se recuperar no jogo, já que precisavam de uma vitória convincente após o quase vexame na rodada anterior, quando por pouco não foram derrotados pelos chineses. Entre o final do segundo quarto e os minutos finais do terceiro período, os espanhóis anotaram 17 pontos sem resposta adversária, e a partir daí a seleção espanhola administrou o resultado e até ampliou a vantagem.

Destaques da partida

José Calderón – 15 pontos e 3 rebotes

Pau Gasol – 13 pontos, 5 rebotes e 3 assistências

S. Hamann – 15 pontos e 3 assistências

Austrália 106 x 68 Irã – Vitória esperada

Os australianos, após duas derrotas seguidas na competição, finalemente conquistaram sua primeira vitória diante do adversário mais fraco do grupo, o Irã. Depois de decepcionar nas partidas anteriores, o selecionado australiano conseguiu a vitória contra os iranianos sem maiores dificuldades e com controle absoluto da partida. No final do primeiro tempo, a seleção da terra dos cangurus já vencia por 53 a 29, e na segunda metade da partida a diferença só aumentou, sem que a Austrália tivesse a vitória ameaçada em nenhum momento.

Destaques da partida

Brad Newley – 24 pontos e 3 rebotes

Andrew Bogut – 10 pontos e 7 rebotes

Mohammadsamad Nikkhah – 23 pontos, 3 rebotes e 3 assistências

China 85 x 68 Angola – Primeira vitória dos anfitriões

Os anfitriões finalmente puderam fazer a festa da torcida local após conseguirem sua primeira vitória no torneio diante dos africanos de Angola. Os angolanos, que já haviam vencido os chineses em um torneio preparatório, esperavam surpreender novamente, e até chegaram a complicar para os donos da casa quando termiram o primeiro tempo perdendo por apenas 2 pontos de diferença (44-42), mesmo após terem perdido o primeiro quarto por 28-15. Mas na segunda metade do jogo, contando com a excelente atuação do gigante Yao Ming, os chineses abriram boa vantagem e não foram mais alcançados.

Destaques da partida

Yao Ming – 30 pontos, 7 rebotes, 3 assistências e 4 bloqueios

Yi Jianlian – 10 pontos e 11 rebotes

Joaquim Gomes – 17 pontos, 2 rebotes e 3 assistências

Eduardo Mingas – 11 pontos e 5 rebotes

Lituânia 86 x 79 Rússia – Liderança e invencibilidade

Os lituanos seguem surpreendendo na Olimpíada. Após derrotarem a Argentina, atual campeã olímpica, agora foi a vez de derrotar a Rússia, atual campeã européia, e a Lituânia lidera o grupo A da competição, com 3 vitórias e nenhuma derrota. No jogo mais disputado da noite, os russos tentaram mas não conseguiram repetir a vitória do campeonato europeu, quando na ocasião derrotaram os lituanos na semi-final. Comandando o placar praticamente o jogo todo, a Lituânia alternava bons e maus momentos, abriam vantagem de cerca de 10 pontos que rapidamente era reduzida pelos russos. Com um ótimo jogo coletivo de ambas as equipes e muitos arremessos de 3 pontos, o jogo foi equilibrado, e apesar dos esforços russos, a Lituânia acabou saindo vencedora do embate, comandada pelo armador Sarunas Jasikevicius.

Destaques da partida

Rimantas Kaukenas – 20 pontos, 4 rebotes e 3 assistências

Ramunas Siskauskas – 16 pontos e 7 rebotes

Sarunas Jasikevicius – 12 pontos, 5 rebotes e 5 assistências

JR Holden – 25 pontos, 3 rebotes e 5 assistências

Andrei Kirilenko – 17 pontos, 6 rebotes, 6 assistências, 6 roubos de bola e 3 bloqueios

Estados Unidos 92 x 69 Grécia – Para não restar dúvidas

No jogo mais aguardao da rodada, os americanos enfrentaram a seleção da Grécia, o primeiro forte adversário na competição. Após vitórias fáceis diante de Angola e China, muitos ainda duvidavam da seleção dos Estados Unidos e aguardavam ansiosamente pela partida contra os gregos para a confirmação do favoritismo. E os astros da NBA não decepcionaram; mesmo diante da forte defesa grega, os americanos dominaram o placar. Marcando forte e abusando dos contra-ataques e enterradas, o “Dream Team” não deu chances ao adversário. Liderados pelas boas atuações de Dwyane Wade e Chris Bosh, os Estados Unidos venceram todos os quartos da partida, com destaque para o segundo período, vencido por 31-16.

Destaques da partida

Dwyane Wade – 17 pontos, 5 assistências e 6 roubos de bola

Chris Bosh – 18 pontos, 5 rebotes e 2 bloqueios

Kobe Bryant – 18 pontos, 4 rebotes e 2 assistências

Theo Papaloukas – 15 pontos, 8 rebotes e 2 assistências

Argentina 77 x 53 Croácia – Vencendo e convencendo

Após as dúvidas criadas sobre os argentinos após a derrota para a Lituânia na primeira rodada, os atuais campeões olímpicos parecem estar recuperados após duas vitórias consecutivas diante de Austrália e agora Croácia. Sem maiores dificuldades, os argentinos venceram os croatas por um placar elástico, construído praticamente já no primeiro tempo, que terminou com o placar de 40-22 para nossos “hermanos”. Nos períodos seguintes era só administrar o placar, e os argentinos fizeram isso muito bem e até ampliaram ainda mais a vantagem. A Croácia, apesar da derrota segue bem na competição após ter vencido os rivais Rússia e Austrália e segue firme na luta pela classificação para a próxima fase.

Destaques da partida

Andres Nocioni – 18 pontos, 8 rebotes e 2 roubos de bola

Carlos Delfino – 15 pontos, 6 rebotes e 2 assistências

Manu Ginobili – 14 pontos, 8 assistências e 2 roubos de bola

Europa bota suas mangas de fora

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Jogar na NBA sempre foi o sonho de nove em cada dez jogadores de basquete. A liga americana sempre gozou de muito prestígio, craques, estrelas milionárias e os melhores europeus. Esse foi o panorama da liga durante muitos anos. Contudo, ultimamente as coisas vêm mudando e surpreendendo a muitos.

Pretendo seguir uma ordem cronológica a partir de um passado não muito distante. Voltando um pouquinho no tempo, tivemos dois dos melhores jogadores do basquete lituano atuando na terra do Tio Sam. Falo de Sarunas Jasikevicius e Arvydas Macijauskas; dois ídolos em seu país, mas que na NBA não conseguiram o mesmo sucesso de quando atuaram na Europa. Sem tanto prestígio e com menos dinheiro no bolso, a decisão de voltar ao basquete Europeu era inevitável. Hoje, ambos jogam nas duas melhores equipes da Grécia; Jasikevicius firmou um contrato abastado com o Panathinaikos, ao passo que Macijauskas conseguiu um bom acordo com o rival Olympiacos.

Atravessando a linha do tempo, no ano passado, o grego Vassilis Spanoulis foi selecionado para jogar na NBA. O jogador atuou pelo Houston Rockets; seu estilo de jogo cairia perfeitamente no esquema da equipe texana, todavia, Spanoulis não conseguiu se adaptar ao modo de jogar da liga. Frustrado com seu desempenho, o atleta decidiu retornar à Europa, pois tinha uma rica proposta para jogar no Panathinaikos, seu ex-clube. Em meio a tudo isso, Spanoulis chegou a ser trocado para o San Antonio Spurs, mas mesmo assim preferiu retornar ao seu país.

Casos como os já citados acima sempre aconteceram na NBA. Jogadores que são estrelas nos seus times da Europa chegam na liga americana mas não conseguem repetir o desempenho que tinham no velho continente; obviamente eles voltam, pois lá, além de ganhar melhor, eles são ídolos.

O que vem acontecendo de diferente é que, agora, muitos jogadores vem preferindo jogar na Europa do que na NBA. E o porque disso? É simples: Vou usar um exemplo básico, o do armador grego Theodorus Papaloukas. Super Theo, como é conhecido, é notavelmente um dos melhores jogadores do mundo na sua posição. O bom jogo do grego já seduziu equipes como o Cleveland Cavaliers, que chegou a sondar uma possível vinda do armador, mas não obteve sucesso. Papaloukas foi ídolo por onde passou; quando jogava na Grécia, mais especificamente no Olympiacos, ele virou estrela do time rapidamente; tal status chamou a atenção dos russos do CSKA Moscow, que não tiveram dúvidas ao propô-lo um excelente contrato. Theo jogou durante muitos anos no basquete russo, virou ídolo no CSKA e a cada ano arrecadava mais e mais dinheiro. No último ano, uma proposta milionária do Olympiacos para trazê-lo de volta foi aceita pelo jogador.

Agora faço uma pergunta a você, caro leitor: Você trocaria um país onde você é ídolo, joga numa liga disputadíssima e ganha uma fortuna, por outro com um salário menor e com a dúvida sobre sua adaptação ao estilo de jogo da liga? Há quem diga que pensar desta maneira é pensar pequeno; particularmente eu discordo, mas não pretendo entrar nesse mérito.

Com o boom do basquete europeu, alguns jogadores importantes em suas equipes da NBA decidiram migrar para novos rumos. São os casos dos eslovenos Bostjan Nachbar e Primor Brezec, dos espahóis Juan Carlos Navarro e Jorge Garbajosa, do inglês Pops Mensah-Bonsu e mais recentemente do argentino Carlos Delfino. As mudanças que mais chamaram a atenção foram a do bom armador Earl Boykins, que trocou o Charlotte Bobcats para ganhar o maior salário do basquete italiano no Virtus Bologna, e do também armador Josh Childress, que trocou o Atlanta Hawks para ganhar a bagatela de 27 milhões de dólares em três anos no Olympiacos da Grécia.

Há quem diga que os europeus pretendem levar Kobe Bryant e Lebron James por salários jamais imaginados na história do basquete; No momento é impossível fazer qualquer tipo de afirmação ou previsão a respeito, mas é bom não duvidar do poder financeiro do basquete europeu.

Americanas massacram mais uma vez

A equipe feminina de basquete dos Estados Unidos fez hoje sua terceira exibição. Contra a frágil seleção de Mali, nova vitória arrasadora, 97 a 41.

A exemplo do time masculino, as americanas buscam recuperar o prestígio abalado após a derrota para a Rússia nas semifinais do último mundial da FIBA.

O próximo jogo do “Dream Team” feminino será na sexta-feira, contra a irregular Espanha. Mali, que está praticamente elimiado da competição, pega a China no mesmo dia.

Destaques da partida

Estados Unidos

Lisa Leslie – 16 pontos e 4 rebotes

Seimone Augustus – 13 pontos e 3 assistências

Cappie Pondexter – 10 pontos e 3 assistências

Candace Parker – 10 pontos e 2 rebotes

Tina Thompson – 10 pontos e 2 rebotes

Mali

Aminata Sininta – 13 pontos

Meiya Tireira – 7 pontos e 6 rebotes

Outros resultados da rodada

Espanha 74 – 55 República Tcheca

Nova Zelândia 63 – 80 China

Austrália 90 – 62 Coréia do Sul