Arquivo diário: 12/08/2008

Pequim 2008 – Terceira vitória sem convencer

A Rússia entrou em quadra para enfrentar um dos seus melhores adversários da primeira fase, a Bielorússia. Quem esperava a primeira grande atuação do selecionado russo terá de esperar até o próximo jogo, pois a equipe ficou novamente devendo um bom basquete; vitória apertada por 71 a 65.

O jogo começou equilibradíssimo; no fim do primeiro quarto, o marcador apresentava 20 a 19 para as russas. O segundo período foi marcado pela boa defesa e pelo excesso de erros por parte das equipes; ao final do primeiro tempo, vitória da Rússia por oito pontos. Na volta do descanso, a equipe do técnico Igor Grudin continuou impondo o seu ritmo, e o time foi para o quarto final com uma ampla vantagem de 12 pontos. Entretanto, a Bielorússia acordou no último período e dificultou um jogo que já parecia ganho. Foi a vez da experiência de Becky Hammon entrar em ação; a jogadora conseguiu dois arremessos de quadra quando as adversárias ameaçavam encostar no marcador e sacramentou assim a vitória da Rússia.

O próximo jogo das comandadas de Grudin será na sexta-feira, contra o Brasil. A Bielorússia, que agora conta com uma vitória e duas derrotas, enfrenta a Coréia do Sul.

Destaques da partida

Rússia

Maria Stepanova – 13 pontos e 8 rebotes

Ilona Korstin – 11 pontos e 9 rebotes

Becky Hammon – 10 pontos e 2 rebotes

Irina Osipova – 8 pontos e 9 rebotes

Tatiana Shchegoleva – 8 pontos e 8 rebotes

Bielorússia

Natallia Marchanka – 16 pontos

Yelena Leuchanka – 15 pontos, 12 rebotes e 4 assistências

Katsiaryna Snytsina – 15 pontos

Stars assinam com pivô

Aproveitando a pausa dos jogos olímpicos, o San Antonio Stars está mexendo seus pauzinhos para refoar o já forte elenco.

A equipe fechou um contrato de sete dias com a pivô Valeriya Berezhynska. A jogadora, que nasceu em Miami, tem descendência ucraniana.

Berezhynska foi selecionada pelo Detroit Shock na 42ª posição do último draft, entratanto, foi dispensada logo a seguir. Quando jogou pela universidade de Rice, ela obteve médias de 17 pontos e 9.9 rebotes na sua temporada final.

A pivô de 22 anos e 1.86m chega para reforçar o elenco; contudo, não deve conseguir muitos minutos em quadra, já que a equipe está bem servida na posição; conta com Ann Wauters e Sophia Young de titulares e com a regular reserva Ruth Riley.

Pequim 2008 – Segunda rodada do torneio de basquete

Lituânia 99 x 67 Irã – Ascensão lituana continua

Após serem a surpresa da primeira rodada do torneio masculino de basquete ao derrotarem os atuais campeões olímpicos da Argentina, o selecionado da Lituânia bancou seu favoritismo e, com sobras, venceu o Irã, país que até agora vem apresentando o pior basquete dos Jogos. Usando e abusando de seu jogo de garrafão, a Lituânia anotou 54 de seus 99 pontos na área pintada. Já pelo lado dos iranianos, um bom primeiro quarto e alguma resistência ao forte jogo lituano foram os únicos bons destaques. Individualmente, o ala Linas Kleiza, do time europeu, foi novamente o destaque. Se não salvou sua equipe da derrota como contra os argentinos, Kleiza foi o maior pontuador em quadra.

Destaques da partida

Linas Kleiza (Lituânia) – 22 pontos e 8 rebotes

Sarunas Jasikevicius – 20 pontos e 8-9 nos arremessos de quadra

Hamed Ehadadi – 21 pontos e 4 bloqueios

Croácia 85 x 78 Rússia – Croácia segue invicta com grande vitória sobre campeões europeus

Ao se classificar para a Olimpíada por via do torneio pré-olímpico mundial, a Croácia era um dos times que menos aspirava confiança nos fãs europeus. Pois duas rodadas após o início da competição, os croatas se encontram em um seleto grupo de times invictos – apenas Espanha, EUA e Lituânia também continuam sem perder. Já pelo lado russo, a decepção após a derrota era evidente, afinal esperava-se melhor resultado do time que entrou nesses Jogos como detentor do titulo europeu de basquete. No entanto, o que se viu em Pequim foi um dos melhores duelos da rodada, equilibrado e com duas grandes defesas. E os croatas seguem sua busca por surpreender ainda mais o mundo.

Destaques da partida

Marko Popovic (Croácia) – 22 pontos e 5-9 nos arremessos de quadra

Zoran Planinic (Croácia) – 20 pontos

Andrei Kirilenko (Rússia) – 18 pontos, 6 rebotes e 3 bloqueios

Grécia 87 x 64 Alemanha – Onde está a força alemã?

A derrota para a Espanha na primeira rodada do torneio olímpico pareceu acender o sinal de alerta nos jogadores gregos, atuais vice-campeões mundiais. Tanto que a seleção alemã, lembrada pelos brasileiros por acabar com nossas chances de ir aos Jogos, foi simplesmente massacrada pelos helênicos. Com um jogo de perímetro envolvente e uma defesa sólida, a Grécia não deu chances para a dupla de astros de garrafão alemã brilhar. A baixa pontuação de Dirk Nowitzki é sinal da evidente marcação grega. Somando isso ao ótimo desempenho do armador Theodoros Papaloukas, a vitória foi apenas questão de tempo. A partida também evidenciou diversas fragilidades alemãs, que parece cada vez mais mostrar que está longe da briga entre os melhores.

Destaques da partida

Theo Papaloukas (Grécia) – 15 pontos e 5 rebotes

Vasileios Spanoulis (Grécia) – 23 pontos e 5 assistências

Dirk Nowitzki (Alemanha) – 13 pontos e 6 rebotes

Espanha 85 x 75 China – Fator casa? Nada adianta

Com uma atuação de gala do ala-pivô Pau Gasol, a Espanha despachou os anfitrões olímpicos da China e segue como uma das principais favoritas à conquista da medalha de ouro. Entretanto, para quem esperava um jogo fácil para os atuais campeões do mundo, nada feito. Os chineses endureceram e, em alguns momentos, fizeram a fé de sua apaixonada torcida aumentar. Mas nada que Gasol e cia. não pudessem conter. Novamente utilizando muito os arremessos de três pontos, a China viu 30 de seus 75 pontos acontecerem dessa forma. Já os espanhóis viram 54 de seus 85 tentos anotados dentro do garrafão adversário. No fim das contas, a China inicia a partir da próxima rodada sua real caminhada rumo a classificação, uma vez que os dois adversários enfrentados foram simplesmente os dois favoritos ao ouro. Destaque para Cristiano Maranhão, brasileiro que foi árbitro auxiliar na partida.

Destaques da partida

Pau Gasol (Espanha) – 29 pontos e 8 rebotes

Rudy Fernandez (Espanha) – 21 pontos e 8 rebotes

Wei Liu (China) – 19 pontos e 57% de aproveitamentos nos chutes de três pontos

Estados Unidos 97 x 76 Angola – Mais uma vitória antecipada

Depois de massacrar a China na primeira rodada, os estadunidenses não esperavam nada menos do que a vitória de seu selecionado na partida contra a brava Angola. Entretanto, os EUA não venceram com margem de ponto maior do que a obtida contra os chineses; pelo contrário, uma vez que os angolanos esboçaram algum jogo duro ante a sempre favorita seleção da América. O dupla composta por Dwyane Wade e LeBron James mais um vez brilhou e vai se firmando como principal arma do Team USA para a briga pelo ouro. Destaque pelo lado angolano para o ala Carlos Morais, cestinha da partida. Fica para os angolanos a esperança de sucesso em embates diretos contra China e Alemanha, uma vez que o basquete apresentado pela seleção africana vem sendo melhor do que o esperado.

Destaques da partida

Dwyane Wade (EUA) -19 pontos e 5 rebotes

LeBron James (EUA) -12 pontos e 5 assistências

Carlos Morais (Angola) – 24 pontos e 10 erros de ataque

Argentina 85 x 68 Austrália – Manu comanda grande vitória argentina

Mais uma vez, o ala-armador do San Antonio Spurs, Manu Ginobili, foi o grande destaque da seleção argentina, sendo que desta vez o jogador conseguiu fazer com que sua equipe saísse vencedora em um embate com uma abatida e apática Austrália. Novamente contando com uma atuação ruim do pivô Andrew Bogut, principal jogador australiano, o time da Oceania não fez frente aos atuais campeões olímpicos em nenhum momento do jogo. Luis Scola, Carlos Delfino e Fabricio Oberto ainda fizeram muito bem seus papéis de coadjuvantes, levando sua pátria à uma fácil vitória. A derrota na primeira rodada parece ter sido bem digerida pelos latinos, que durante toda a partida mostraram uma enorme gana pela vitória.

Destaques da partida

Manu Ginobili (Argentina) -21 pontos e 7 assistências

Fabricio Oberto (Argentina) -12 pontos e 4 rebotes

Carlos Delfino (Argentina) -14 pontos

Patrick Mills (Austrália) – 22 pontos

Eles estão de volta

Em meados de 2004, antes que os Jogos Olímpicos começassem na Grécia, poucas pessoas imaginavam que o onipotente time dos Estados Unidos pudesse obter algo menor do que a medalha de ouro, tão comumente encontrada nos peitos dos estadunidenses. Pois bem, passados os Jogos, a decepção era evidente na cara de qualquer jogador que servira os Estados Unidos. Jogadores como LeBron James, Dwyane Wade e Carmelo Anthony sentiram, no início de suas carreiras, todo o peso de decepcionar toda uma nação. O “vexame” do bronze foi piorado com a péssima campanha no Mundial de 2006 e trouxe frutos que começaram a ser colhidos no último domingo.

Pulemos do passado tão próximo para o presente. Nos foquemos nos Jogos Olímpicos de Pequim, na China. Anunciada por muitos como a maior Olimpíada de todos os tempos. Exorbitantes montantes de dinheiro foram despejados em estádios, instalações e transportes. Mas nem um dos bilhões de dólares gastos parece ter poder de comprar o sentimento que entrou em quadra com a seleção estadunidense na partida mais esperada da rodada inaugural do Torneio Olímpico de Basquete Masculino. Amantes e não-amantes do esporte da bola laranja sabiam da magnitude do evento. Os olhos do mundo estavam lá, focados naqueles 12 jogadores que juntos carregam mais do que um uniforme: carregam a maior tradição do basquete mundial. Mais do que isso, carregam o peso de terem, por uma vez, falhado. James, Wade e Anthony cresceram e hoje são mais do que estrelas na NBA. São os símbolos da ressurreição do basquete dos Estados Unidos, sempre temido e badalado.

E a partida contra a China marcou a volta dos EUA ao cenário mundial. Os tirou da incubadora que fizeram em torno de si mesmos após passarem a vergonha (para eles, claro) de não terem sido campeões. Passaram eles quatro anos com um cobiçado bronze entalado em seus peitos. Alguns como Wade, inclusive, perderam a honraria conquistada em solo grego. Mas eles voltaram.

Não discordo de quem chamar de heresia o fato de esse time ser considerado um Dream Team. É claro que aquele time montado em 1992 não será igualado (em termos de jogo, carisma e apelo) pelo esquadrão montado para os Jogos de 2008. Mas os Estados Unidos juntaram todas as suas forças e montaram um time para vencer. Kobe Bryant, sempre criticado por ser individualista, desta vez integrará sua seleção. Seleção essa que parece lidar com uma palavra-chave: o coletivo. A briga de egos foi, se não extinta, acalmada. Os egos existem – e como existem – em um time que conta simplesmente com 12 estrelas da maior liga de basquete do mundo. Mas a regra parece ser todos por um, 12 mosqueteiros lutando pela pátria, 12 homens resgatando uma honra arranhada. E mais uma vez retomo o embate contra os anfitriões da Olimpíada, os chineses: a união na troca de passes, a cada cesta convertida, a cada enterrada cravada.

Destaques sempre haverão, mas hoje os estadunidenses jogam em pró de um só objetivo, e isso já está bastante claro para todos. Em todos os aspectos eles parecem ser imbatíveis. Seleções como Espanha e Argentina parecem caminhar com a faca na mão, a espera de dar o bote nos Estados Unidos. Mas esse hora parece estar longe de chegar e, se o espírito for mantido, o ouro e a glória voltarão a pairar sobre as cabeças dos estadunidenses.

Se o espírito for mantido, a recuperação da glória estará, a cada passe certo, mais perto de ser conquistada. E se o sonho não estará no apelido do time, a realidade promete ser melhor que a sonhada por qualquer cidadão dos Estados Unidos.

James Gist assina com time italiano

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https://i0.wp.com/cache.daylife.com/imageserve/0fFK5rK9zX8jM/340x.jpgDesde a última semana, rumores falavam sobre a ida do ala-pivô James Gist para a Itália; porém, o San Antonio Spurs e fontes próximas ao jogador desmentiam as informações. Mas, nesta segunda, em nota no site oficial, o Pallacanestro Biella anunciou a contratação de Gist.

“Estamos felizes por James Gist se juntar ao nosso time,” disse o técnico Luca Bechi. “Ele vem de uma universidade prestigiosa (Maryland) e é um atleta versátil.”

Gist jogou sete partidas pelo Spurs nas ligas de verão com 9,6 pontos e 7,6 rebotes por jogo.