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Feliz, pero no mucho

Principalmente após o All-Star Game, o torcedor do San Antonio Spurs tem comemorado a volta à boa forma do argentino Manu Ginobili. Com a lesão do armador Tony Parker e com as dificuldades – principalmente, a física – que Tim Duncan vem enfrentando, o ala-armador se tornou, com sobras, o atleta mais importante da equipe texana nas últimas partidas. Porém, essa empolgação que nós, fãs brasileiros do Spurs, estamos sentindo pode mudar de forma entre agosto e setembro deste ano, quando será disputado o Mundial de basquete masculino na Turquia.
Assim como vem fazendo com o Spurs, Manu, se estiver disposto a atuar pelo seu país, vai comandar uma seleção cheia de possibilidades. A começar pelo ala Carlos Delfino. Tão surpreendente quanto a campanha do seu Milwaukee Bucks é o desempenho do atleta, que sustenta médias de 10,8 pontos, 5,3 rebotes, 2,7 assistências e uma roubada por partida – em todos os fundamentos, os melhores números desde que o atleta começou a jogar na NBA.
Outro jogador que, sem dúvidas, vai ser importante para os hermanos será o ala-pivô Luis Scola – que já deixou de ser surpresa faz tempo. O atleta vem atuando por quase 32 minutos por noite com a camisa do Houston Rockets – esta é a temporada em que o argentino mais ficou em quadra na liga. Scola – que divide seus minutos entre as posições quatro e cinco – dá trabalho para os grandalhões na NBA e costuma crescer de produção quando joga pela Argentina. Ele deve ser a segunda figura mais importante no time.
Além do trio, temos ainda outros jogadores, como Andres Nocioni e Fabrício Oberto, que vêm ganhando lá seus minutos no Sacramento Kings e no Washington Wizards, respectivamente. Pablo Prigioni comandou, nesta semana, uma surpreendente vitória fora de casa do Real Madrid sobre o Barcelona, distribuindo assistências e roubadas de bola. Walter Herrmann, depois de enfrentar lesões, voltou a jogar pelo Caja Laboral – equipe dos brasileiros Marcelinho Huertas e Tiago Splitter. Além disso, membros do selecionado que, mesmo desfalcado, levou a Argentina ao bronze na última Copa América devem ser lembrados.
Até que fase os hermanos podem chegar depende de algumas variáveis. Ginobili, que andou sofrendo com lesões, e Scola e Delfilo, que têm seus contratos se encerrando no meio do ano, podem ser desfalques. Porém, completa, a Argentina pode sonhar com uma final – ainda mais caso o Dream Team não vá completo e se Pau Gasol resolver não jogar na Turquia. Vale lembrar que é o único título que Manu Ginobili ainda não tem…
