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As duas finais

O ápice da NBA está chegando. Depois de muitas partidas, muitas noites gastas em jogos e muitas decepções e alegrias assimiladas. Com as finais de conferência aí, peço licença para colocar abaixo minhas análises sobre os duelos entre Los Angeles Lakers e Denver Nuggets no Oeste e Cleveland Cavaliers e Orlando Magic no Leste.

Time-a-time

Los Angeles Lakers

Talvez a equipe mais badalada no ínicio da temporada, o Lakers sofreu com a ausência do pivô Andrew Bynum, que mais uma vez ficou um belo tempo afastado nas quadras com lesão no joelho. O ala-armador Kobe Bryant, como de praxe, brilhou e abrilhantou a NBA. O ala-pivô Pau Gasol foi outra peça importantíssima, principalmente na ausência de Bynum. Os angelinos foram, durante toda a temporada, favoritíssimos no Oeste. Porém, algumas atuaões contestáveis na pós-temporada diminuiram a pompa e acenderam a luz amarela. Em 2009, o Lakers e Phil Jackson terão seu grande teste de fogo. Poderá Kobe vencer sem Shaquille O’Neal? Phil Jackson ainda pode render? A chegada de Pau Gasol será convertida em títulos? São essas perguntas que devem ser respondidas nas próximas semanas.

O nome: Kobe Bryant, sem dúvidas. Desde a saída de O’Neal, é o craque solitário do time. Ganhou a companhia de Gasol e Bynum, mas nenhum dos dois consegue alcançar a magnitude do ala-armador.

Termômetro: Quente. É favorito no Oeste e tem boas chances de faturar o título da NBA.

Denver Nuggets

Não restam dúvidas de que o Nuggets é a grande surpresa de 2008/2009. Mal cotado no ínicio da temporada, o time do Colorado conseguiu, em uma troca, mudar seu destino. Se desfez de um Allen Iverson em franca decadência e juntou ao seu plantel um dos melhores armadores da liga, Chauncey Billups. Deixou times como San Antonio Spurs, Houston Rockets e New Orleans Hornets – sempre tachados de favoritos – comendo poeira, e chegou sem qualquer contestação às finais de sua conferência. Com o astro Carmelo Anthony jogando em um nível altíssimo e as gratas aparições do brasileiro Nenê no garrafão, a franquia almeja ir ainda mais longe.

O nome: Chauncey Billups. Carmelo Anthony pode ser o grande astro dos Nuggets, mas sem Billups nada seria possível. O armador faz o time funcionar como não se via desde muito tempo atrás. É o nome do Denver nessa temporada.

Termômetro: Morno. Não tem a tradição e nem a força do Lakers, mas caso passe pelos angelinos no Oeste chegará embalado demais e sedento pelo título.

Cleveland Cavaliers

Para muitos, até 2003 o Cavaliers não era nada. Depois da citada data, virou apenas o “time do LeBron”. Hoje, sem dúvidas, é a franquia que vem apresentando o melhor basquete na temporada. LeBron James surpreende a cada jogo, mostrando nível melhor em cada partida que disputa. O armador Mo Williams chegou para ser o escudeiro do astro e tem sido muito mais: melhorou o arremesso de perímetro do time e deu mais organização tanto no ataque quanto na defesa. O sistema defensivo da equipe, por sinal, tem enchido os olhos daqueles que, como eu, gostam da parte tática do basquete. Entrará, sem dúvidas, para a História. A moral, por sua vez, é das mais altas possíveis: oito jogos na pós-temporada e oito vitórias, além da melhor campanha da liga na regular.

O nome: LeBron James e não são necessárias explicações.

Termômetro: Muito quente. Com seu estilo de jogo encaixado e a melhor campanha da temporada regular na sua bagagem, o Cavaliers é, apesar do desgosto de muitos, o grande favorito ao título.

Orlando Magic

O Magic provou nessa temporada que com organização se vai longe. A diretoria da franquia acertou em apostar no pivô Dwight Howard e soube planejar o futuro do time em torno do jogador: deu certo. Hedo Turkoglu e Rashard Lewis se mostraram ótimos apoiadores do astro. Jameer Nelson, que perderá as finais lesionado, é ausência certa e será sentida: o jogador vinha sendo um dos melhores armadores da NBA. A bela vitória sobre o Boston Celtics nas semifinais do Leste será um dos fatores que deverão mover esse time.

O nome: Dwight Howard é o nome do time. Com atuações monstruosas, é a grande arma ofensiva do time e tem sido excepcional na defesa.

Termômetro: Frio. Não acredito que o Magic possa ser campeão. Passar pelo Cavaliers já é matéria quase impossível. Mas chegar até esse ponto foi importantíssmo para uma equipe que parece ter muito futuro.