Arquivo da categoria: Passando a limpo
A trajetória de Drew Gooden – Parte 1


Gooden nos tempos em que jogava pela Universidade do Kansas (Foto por Stephen Dunn/Getty Images)
Andrew Melvin Gooden, conhecido como Drew Gooden, jogou na Liga universitária, a NCAA, pelo Kansas Jayhawks, da Universidade do Kansas. Gooden, junto com Nick Collison e Kirk Hinrich, formavam um grande trio de novatos na temporada 1999/2000. Em seu primeiro ano, Kansas venceu 24 de 34 partidas e caiu frente ao Duke Blue Devils na segunda rodada do NCAA Basketball Tournament de 2000. Na temporada seguinte, o Jayhawks conquistou 26 vitórias em 33 partidas, caindo apenas diante do Illinois Fighting Illini no NCAA Tournament Sweet Sixteen de 2001.
Sua melhor temporada na universidade foi em 2002, quando ele foi o líder nacional em rebotes e foi escolhido pela associação dos técnicos do basquete universitário o melhor jogador do ano. O Jayhawks conseguiu 33 vitórias em 37 partidas. Eles avançaram para seu primeiro Final Four desde 1993. Porém, eles acabaram perdendo para o futuro campeão daquela temporada, o Maryland Terrapins, na semifinal.

Gooden cumprimenta David Stern após ser selecionado na 4ª posição do Draft de 2002 pelo Memphis Grizzlies
Depois do grande ano, Gooden foi selecionado na quarta escolha do Draft de 2002 pelo Memphis Grizzlies, ficando atrás apenas do pivô Yao Ming e do ala-armador Mike Dunleavy.
Na temporada 2002/03, ele era peça fundamental no Grizzlies ao lado do espanhol Pau Gasol. Em 51 partidas, 29 delas como titular, ele teve médias de 12.1 pontos e 5.8 rebotes em 26.1 minutos. Porém, em 20 de fevereiro de 2003, o Memphis enviou Drew juntamente com Gordan Giricek ao Orlando Magic, e o Grizzlies recebeu Mike Miller, Ryan Humphrey e uma escolha futura de primeira rodada. Ao lado de pivôs experientes como Shawn Kemp e Andrew DeClercq, o ala-pivô fez um bom restante de temporada regular, com 19 jogos; destes, 18 como titular, anotando médias de 13.6 pontos e 8.4 rebotes em 28.6 minutos por jogo. Escolhido para o primeiro time dos novatos, o ala-pivô teve sua primeira participação em playoffs. Em sete partidas, todas como titular, ele teve médias de 14 pontos e 12.7 rebotes em 33.1 minutos em quadra.

Drew em sua passagem pelo Orlando Magic (Foto por Lisa Blumenfeld/Getty Images)
Na primeira temporada completa em um time, Gooden se tornou o sexto homem da equipe, saindo do banco na maioria das partidas. O Magic fez a pior campanha em 2003/04, perdendo 61 das 82 partidas da temporada. Ele manteve suas médias, com 11.6 pontos e 6.5 rebotes em 27 minutos por partida.
Mas, durante a off season, em 23 de julho de 2004, o Orlando trocou Drew juntamente Steven Hunter e os direitos de Anderson Varejão com o Cleveland Cavaliers, recebendo Tony Battie e duas escolhas futuras de segunda rodada no draft.
Na próxima semana, continuaremos contando os caminhos de Drew Gooden em sua carreira.
A briga no Oeste

A temporada já passou de sua metade, as festividades do All-star Weekend ficaram para trás e a briga no Oeste fica cada vez mais acirrada; são nove equipes que permanecem na disputa por apenas oito vagas. Destas nove equipes, apenas Los Angeles Lakers e San Antonio Spurs parecem garantidos na pós-temporada.
Denver Nuggets, Houston Rockets, Portland Trailblazers, New Orleans Hornets, Utah Jazz, Dallas Mavericks e Phoenix Suns brigam vitória a vitória por posições na conferência. Uma derrota ou um triunfo pode derrubar ou alavancar o time na tabela.
Em meio a tamanha disputa, fica impossível prever quem será o primeiro adversário nos playoffs. Então, vamos analisar os mais prováveis:
Utah Jazz – Se a temporada terminasse hoje, este seria o nosso adversário da primeira rodada. O Jazz é uma equipe forte, mas que sofreu constantemente com lesões durante a temporada, o que acabou derrubando a campanha da equipe, que poderia ser bem melhor. Completos, é uma equipe dificil de bater. Com Deron Williams e Carlos Boozer como principais jogadores e um elenco de apoio contando com nomes como Mehmet Okur, Andrei Kirilenko e Paul Millsap, o Jazz pode surpreender mesmo sem o mando de quadra.
Dallas Mavericks – Atual oitavo colocado no Oeste, a equipe não parece mais ter a mesma força de anos anteriores. Porém, a rivalidade pode dar um ânimo extra aos jogadores do Mavs, mas saírem vitoriosos em uma série de sete jogos parece improvável.
Phoenix Suns – Atualmente na nona colocação e fora da zona de classificação para os playoffs, porém seguem na disputa para ir à pós-temporada. Sem poder contar com Amaré Stoudemire pelo restante da temporada, as esperanças se depositam em Steve Nash, Shaquille O’Neal e na volta do run and gun, esquema tático que fez sucesso por anos no Arizona. Vencer a equipe de San Antonio e passar ao segundo round dos playoffs soa como missão impossível.
New Orleans Hornets – Ocupando a sexta colocação, as abelhinhas despencaram na tabela. Chegaram a ser quarto colocados há pouco tempo atrás, mas uma série de partidas ruins e derrotas fizeram a equipe descer na classificação. Na última temporada, o Hornets enfrentou os texanos de San Antonio nas semi-finais de conferência, deram trabalho mas acabaram saindo derrotados por 4 a 3. Nesta temporada, Chris Paul e companhia não parecem capazes de repetir o feito, e em caso de confronto contra o Spurs dificilmente sairão classificados.
Existe também a possibilidade, porém menor, de Blazers ou Rockets serem os adversários. A equipe de Portland ainda é inexperiente e, diante de uma equipe acostumada aos playoffs como o Spurs, é algo que deve pesar. Já a equipe da terra da Nasa não conta mais con T-Mac pelo restante da temporada, então a responsabilidade de guiar a equipe fica nas mãos do gigante Yao Ming e de Ron Artest. Este é um adversário que pode complicar, mas sem a vantagem do mando de quadra as chances de vitória para o Rockets diminuem muito.
Entenda a “Rodeo Trip”
Já há alguns anos, sempre no início do mês de fevereiro, o San Antonio Spurs realiza uma série de jogos fora de casa em sequência. Esta série ficou conhecida como “Rodeo Trip”. Traduzindo o termo, nada mais é do que “Viagem de Rodeio”, e entendam o por quê deste nome e por que a equipe precisa realizar tantos jogos longe de San Antonio.
O Texas é um estado conhecido por suas fazendas e criações de animais, e San Antonio é uma cidade relativamente pequena do estado que é conhecida pelo clima de “interior”. E é lá que acontece um dos mais importantes eventos de criadores de gado e um dos mais importantes rodeios dos Estados Unidos, o “San Antonio Stock Show & Rodeo”.
O evento começou nos anos 50, e dura cerca de duas semanas, sempre em fevereiro. O rodeio acontece simultaneamente às mostras de animais, e até o ano de 2003 foram realizados na arena Joe & Harry Freeman Coliseum, quando então passou a ser realizado no AT&T Center, atual casa do Spurs.

A quadra de basquete é substituida por uma arena de rodeio.
Devido a este evento e suas festividades, o Spurs é obrigado a viajar e realizar partidas fora de casa, em uma sequência de aproximadamente 8 jogos, até que a cidade volte à sua rotina normal e o ginásio seja desocupado. Este período de viagens costuma ser marcante para a equipe, que sempre consegue bons resultados mesmo fora de casa e engrena uma boa campanha rumo aos playoffs.
Nesta temporada, a Rodeo Trip começou no dia 02 de fevereiro e terminará dia 21; neste período, já aconteceram sete jogos, que foram respectivamente Warriors, Nuggets, Celtics, Nets, Raptors, Knicks e Pistons. Foram obtidas quatro vitórias e três derrotas, e ainda acontecerá mais uma partida amanhã contra o Wizards; só então o Spurs retornará ao Texas, para enfrentar dia 24 o rival Dallas Mavericks, jogando no AT&T Center.
A história do Spurs no All-Star Game da NBA – Parte 2
No “Passando a Limpo” dessa semana, já no clima do All-Star Weekend, continuaremos a falar sobre a participação dos jogadores do San Antonio Spurs no All-Star Game. Na Parte 1, citamos sobre as participações de 1977 a 89. Hoje, mostraremos os jogadores que estiveram presente dos anos 90 até a última edição, em 2008.

Sean Elliott comemora após converter arremesso decisivo
Em seu primeiro ano, o pivô David Robinson participou do All-Star Game de 1990. Esteve em quadra por 25 minutos, anotando um duplo-duplo com 15 pontos e 10 rebotes. Escolhido o Novato do Ano na temporada de 89/90, Jogador Defensivo do Ano em 91/92 e MVP da temporada de 94/95, Robinson, entre 1990 e 2001, só não esteve presente no Jogo das Estrelas por uma lesão que o tirou de toda temporada. Teve sua melhor participação em 93, quando marcou 21 pontos e pegou 10 rebotes em 26 minutos de quadra.
Até 1997, apenas o ala Sean Elliott foi convocado para jogar o All-Star Game, em 93 e 96. Elliott foi melhor na sua última participação, quando jogou por 22 minutos, adicionando 13 pontos e cinco rebotes.

- As “Torres Gêmeas”, Tim Duncan e David Robinson (Fonte: nba.com)
O ala-pivô Tim Duncan teve sua primeira participação no Jogo das Estrelas em 98, na mesma temporada em que foi escolhido o Novato do Ano, jogando 14 minutos e anotando dois pontos e 11 rebotes. De 98 a 2001, Robinson e Duncan, as “Torres Gêmes” como eram conhecidos, estiveram presentes juntos no All-Star Game.

Duncan e O'Neal recebendo o prêmio de MVP do All-Star Game de 2000 (Fonte: France Press)
Em 2000, Duncan teve sua melhor participação até o momento. Ele jogou por 33 minutos e fez 24 pontos, pegou 14 rebotes, sendo sete ofensivos, distribuiu 4 assistências e teve aproveitamento de 85,7% (12-14) dos arremessos de quadra, sendo escolhido, juntamente com o pivô, na época, do Los Angeles Lakers Shaquille O’Neal, o MVP da partida. Tim jogou todos os All-Star Game, até agora, desde que entrou NBA na temporada 1997/98.
O ala-armador argentino Manu Ginobili participou apenas uma vez do Jogo das Estrelas em 2005. O argentino este por 22 minutos em quadra, mas teve uma participação apagada, com apenas oito pontos e três rebotes.
Em 2006 e 2007, o armador francês Tony Parker foi convocado para a reserva do All-Star Game. MVP das Finais de 2006/07, Parker teve sua melhor apresentação na última oportunidade, em que esteve por 24 minutos em quadra e anotou oito pontos e 10 assistências.
A história do Spurs no All-Star Game da NBA – Parte 1
O “Passando a Limpo” faz sua estréia em novo dia da semana. Agora nossa coluna semanal será na sexta, e o post “De Olho Neles”, do time de Tiago Splitter, o TAU Cerámica, será aos domingos.
Na coluna de hoje, aproveitaremos a proximidade do All-Star Game para contarmos um pouco da história dos jogadores do Spurs no Jogo das Estrelas da NBA. Nesta primeira parte, escreveremos sobre os anos 70 e 80.
O primeiro All-Star Game da NBA aconteceu em 02 de março de 1951 no Boston Garden, onde o selecionado da Conferência Oeste enfrentou a seleção da Conferência Leste. Desde então, os melhores jogadores de cada divisão se enfrentam em uma partida anual. A única oportunidade em que o Jogo das Estrelas não aconteceu foi durante o lockout da temporada de 1998/99.

George Gervin em ação pelo Spurs (Fonte:geocities.com)
O San Antonio Spurs se juntou à NBA na temporada de 1976/77, e teve o ala George Gervin, The Iceman, como o primeiro participante do time em um All-Star Game, em 1977, jogando pela conferência Leste. Sua estréia não foi das melhores; ele jogou apenas 12 minutos, errou as seis tentativas de arremesso, pegou um rebote e deu um bloqueio. Gervin participou do jogo festivo de 1977 a 85, sendo escolhido em 1980 o MVP do All-Star Game, o primeiro atleta do Spurs a receber essa honraria. George teve uma atuação de gala, atuando por 40 minutos e anotando 34 pontos e 10 rebotes e distribuindo três assistências.
Nesse período em que Gervin participou dos Jogos das Estrelas, apenas outros dois jogadores do Spurs participaram da partida. O ala-pivô Larry Kenon participou em 78 e 79, com grande atuação na primeira oportunidade, com 20 minutos em quadra, marcando 16 pontos e pegando quatro rebotes. O pivô Artis Gilmore esteve presente pelo San Antonio em 83 e 86 pela conferência Oeste, tendo sua melhor performance na última oportunidade, estando em quadra por 13 minutos, anotando 10 pontos, dois roubos de bola e quatro faltas.

Altis Gilmore (e) e Larry Kenon (d) (Fonte: sportsecyclopedia.com)

O grande defensor Alvin Robertson esteve em três All-Star Game (Fonte: sportsecyclopedia.com)
De 86 a 88, o ala-armador Alvin Robertson foi escolhido para o All-Star Game pelo Spurs. Ganhador do MIP e Jogador Defensivo do Ano na temporada de 1985-86, Robertson teve participações discretas e teve na sua primeira participação seu melhor momento, com 20 minutos em quadra, marcando quatro pontos e pegando nove rebotes.
Na edição de 1989, nenhum jogador do San Antonio foi convocado para o Jogo das Estrelas.
Na próxima semana, continuaremos contando como foi a participação dos jogadores do Spurs no All-Star Game dos anos 90 e na atual década até 2008.

Você precisa fazer login para comentar.