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Young ou Maggette para a reserva de Leonard?
A princípio, dois jogadores devem brigar pela 15ª e última vaga no elenco do San Antonio Spurs para a temporada 2013/2014 da NBA. Os alas Sam Young, ex-Indiana Pacers, e Corey Maggette, ex-Detroit Pistons, estão entre as novidades do acampamento de preparação da equipe texana, que vai começar nos próximos dias. Trazendo os dois jogadores, a franquia mostra que está disposta a preencher a vaga de reserva de Kawhi Leonard, lacuna no plantel desde a saída de Stephen Jackson que foi preenchida de maneira provisória por Tracy McGrady nos playoffs. Entre os dois, quem seria melhor para a função?

Young fez boa defesa em Anthony (Brent Smith/Reuters)
Desde a final da NBA, que teve o Miami Heat com o título e o Spurs com o vice, venho batendo na tecla de que ainda há uma pequena carência no elenco da franquia texana. Falta um jogador que, além de ocupar os minutos da ala quando Leonard for descansar, possa jogar ao lado dele em formações mais baixas sem fazer com que o time perca força na coleta de ressaltos. Diante dos atuais campeões, quando teve de desistir de usar Tim Duncan e Tiago Splitter juntos para igualar o small-ball da equipe da Flórida, Gregg Popovich viu seus comandados cederem importantes rebotes ofensivos, inclusive nas indigeríveis cestas de três pontos de LeBron James e Ray Allen. Falei sobre isso quando sugeri a contratação de Viktor Sanikidze, prospecto georgiano ligado a San Antonio, e quando analisei o suposto interesse nos agentes livres James Johnson e Josh Childress.
Por isso, em um primeiro momento, o ex-jogador do Pacers parece ter o perfil mais adequado para fechar o elenco do Spurs. Primeiramente, porque o ala tem mentalidade defensiva, característica exigida por Pop na posição desde a era Bruce Bowen. E se dá bem especialmente ao combater adversários mais pesados. Nos playoffs da última temporada, Carmelo Anthony anotou, em média, 34,3 pontos a cada 100 posses de bola pelo New York Knicks enquanto Young estava em quadra, contra 39,8 com ele fora. Tentou 58,3 arremessos do garrafão a cada 100 posses com ele em quadra, contra 66,6 com ele fora.
Em formações mais baixas, Young não está muito acostumado a jogar como um falso ala-pivô. Entre os 20 quintetos que o Pacers mais usou com o ala na última temporada, em nenhum ele estava escalado na posição 4. Mesmo assim, ele pode ser considerado um reboteiro acima da média para sua posição. Na fase de classificação, pela franquia de Indianápolis, ele coletou 9,2 rebotes a cada 100 posses, o que correspondeu a 9,8% dos ressaltos do time enquanto estava em quadra. Como base de comparação, o melhor jogador de perímetro do Spurs nas estatísticas foi justamente Leonard, com 9,6 rebotes a cada 100 posses, ou 11,3% dos ressaltos do time. Algo que me leva a acreditar que um time com Young na posição 3 e Leonard na 4 funcionaria bem e limitaria o trabalho dos adversários na tábua ofensiva.
O que preocupa em relação a Young é seu tiro de três pontos, outra característica valorizada por Pop para os atletas que atuam na posição. Na última temporada, o ala converteu apenas 30,8% de suas tentativas de longa distância. Entre os jogadores de perímetro que entraram em quadra pelo Spurs, somente Cory Joseph (28,6%) e Stephen Jackson (27,1%) tiveram desempenho inferior. Seria um motivo a mais de preocupação para Chip Engelland, especialista em arremessos que faz parte da comissão técnica da franquia texana.
Maggette, por outro lado, é um jogador de características completamente diferentes. O ala, nos últimos anos, vem sendo usado como um pontuador que vem do banco de reservas pelas equipes em que atua. Na última temporada, ficou um pouco encostado no Pistons, disputando apenas 18 jogos e apresentando médias de 5,3 pontos e 1,4 rebotes em 14,3 minutos por exibição. Mas essa amostra, ainda que pequena, revela que o atleta está longe de ser o que Pop precisa utilizar na posição. Ele coletou apenas 5,4% dos ressaltos de sua equipe enquanto estava em quadra. No time texano, seria melhor apenas do que os armadores Tony Parker (5,3%) e Patrick Mills (4,4%), mesmo tendo os mesmos 1,98m de altura, de Young.
Relatos de jornalistas americanos dizem, no entanto, que Maggette é um jogador de grupo, que faz bem ao ambiente e que é um líder no vestiário. E, sem dúvidas, é um veterano que sabe fazer cestas, o que poderia ajudar a desafogar o ataque da equipe de San Antonio nas noites de folga de Tony Parker, Manu Ginobili e Tim Duncan. Mesmo assim, Young parece ser uma contratação mais lógica para o Spurs. Será ele o 15º jogador da franquia?
Moral para o líder
Cada jogo que Tony Parker termina sem lesões no Eurobasket é um alívio para os torcedores do San Antonio Spurs. O armador, que está com a seleção da França na competição continental, terminou a última temporada da NBA sofrendo com problemas físicos e, talvez, o futuro da equipe texana na final contra o Miami Heat poderia ser diferente se o camisa #9 estivesse 100%. Por isso, grande parte da torcida ficou preocupada quando o jogador decidiu abrir mão de parte de suas férias para defender a equipe nacional. Mas, no fim das contas, a experiência no Velho Continente pode ser proveitosa para o astro, e, consequentemente, para seu time na próxima campanha.
As preocupações em turno da saúde de Parker aumentaram durante o período preparatório para o Eurobasket, quando o armador voltou a sentir dores nas duas pernas. Isso porque, limitado fisicamente, o astro do Spurs foi vítima de uma eficiente defesa do Heat na final da NBA. Mas o sinal da alerta foi ficando em segundo plano com as boas atuações do camisa #9 no torneio continental, disputado na Eslovênia. Na sexta-feira (20), o jogador anotou 32 pontos, seis rebotes, duas roubadas de bola e uma assistência, além de cinco desperdícios de posse e uma falta, em 37 minutos, e ajudou sua seleção a enfim bater a Espanha por 75 a 72, após prorrogação, em jogo válido pela semifinal do campeonato. Um verdadeiro show!
Na competição, Parker tem médias de 19,7 pontos e 3,3 assistências em 29,5 minutos por exibição pela França. Lidera a sua seleção nas três estatísticas, empatado com Boris Diaw, seu colega de Spurs, nos passes decisivos. Além disso, dos 133 arremessos de quadra que tentou no torneio continental, acertou assustadores 52,6%. Entre Les Bleus, somente dois jogadores têm aproveitamento melhor: Alexis Ajinca, que converteu 54,8% de seus 73 tiros, e Antoine Diot, que guardou 53,6% de 28 tentativas.
Os números de Parker também se destacam quando comparados aos de outros jogadores. Entre os sete cestinhas do torneio, só o francês se classificou para a segunda fase. Aparece na terceira colocação, atrás do sueco Jeffery Taylor, com 21,2 pontos por jogo, e do bósnio Mirza Teletovic, com 21. E, entre os jogadores que disputaram pelo menos metade dos jogos do seu time e tentaram ao menos oito arremessos por partida, ele é o segundo com melhor aproveitamento nos tiros de quadra, perdendo só para o tcheco Jan Vasely, com 58,7%.
Não é segredo para ninguém que Parker foi o principal jogador do Spurs na última temporada. Com um sistema ofensivo desenhado para ele, o armador apresentou médias de 20,3 pontos, 7,6 assistências e três rebotes em 32,9 minutos por jogo na fase de classificação e 20,6 pontos, sete assistências e 3,2 rebotes em 36,4 minutos por partida nos playoffs. No entanto, o francês poderia ser vítima da traumática derrota para o Heat na final, assim como qualquer outro jogador do time, e voltar desmotivado para outra maçante campanha de 82 jogos.
Mas a motivação pode vir justamente da Europa. Neste domingo, às 16h (de Brasília), Parker encara a Lituânia na grande decisão do Eurobasket para tentar dar o título inédito à França, que tem como maiores conquistas em sua história as medalhas de prata olímpicas em 1948 e 2000 e o vice-campeonato europeu em 1949 e 2011. Algo que está longe de ser impossível depois da histórica vitória da seleção sobre a Espanha.
Assim, a preocupação sobre a saúde de Parker deve ficar para trás no domingo. O torcedor do Spurs deve torcer para o armador ser campeão da competição europeia e voltar cheio de moral para comandar o time texano em mais uma campanha rumo aos playoffs. Afinal, como mostrado na última temporada, a equipe depende do sucesso dele.
Spurs, Hawks e a tecnologia no basquete
A temporada 2013/2014 da NBA terá, entre outras novidades, a implantação das câmeras do SportVU em todas as arenas da liga. A tecnologia, de propriedade da empresa STATS, grava os dados da movimentação dos jogadores durante as partidas, registrando 25 frames por segundo, e transforma o material obtido em algoritmos, que podem ser traduzidos pelas franquias para que informações sobre o desempenho dos atletas fiquem mais claros. Mas o aparato não será novidade para todo mundo. Entre as equipes que já contavam com o trunfo e que, talvez, o aplicassem na prática nos últimos anos está o San Antonio Spurs.

Budenholzer e Pop: legado para o Hawks (Reprodução/basketusa.com)
De acordo com artigo do site americano Pounding The Rock, que explica o funcionamento das câmeras, o uso dos dados e como o Spurs e os fãs podem se beneficiar disso, o aparato foi utilizado pela primeira vez nas finais de 2009 da NBA, que colocaram frente a frente o Los Angeles Lakers, que acabou levando o título, e o Orlando Magic. Logo no ano seguinte, o alvinegro texano foi um dos cinco times que decidiram comprar a tecnologia, ao lado de Dallas Mavericks, Golden State Warriors, Houston Rockets e Oklahoma City Thunder. Na última temporada, 15 franquias pagaram US$ 100 mil para usar o da SportVU.
Entre os dados oferecidos pelas câmeras, desconfio que um deles tenha sido utilizado pelo Spurs na final da NBA deste ano. Quando seu time está defendendo, o SportVU mostra o posicionamento de seus jogadores e, também, qual seria o posicionamento ideal deles para combater os adversários enquanto o lance se desenrola. Por isso, acredito que o técnico Gregg Popovich e sua equipe tenham colhido parte dessa informação para planejar a interessante defesa sobre LeBron James – que deu certo na medida do possível, mas não impediu que o craque brilhasse e levasse o Miami Heat ao título.
Não é a primeira vez que recebemos informações sobre o Spurs agindo de maneira pioneira na utilização de tecnologia. No mês passado, surgiu a notícia de que a equipe texana se tornou a primeira da história da NBA a utilizar o OptimEye, aparato tecnológico que, acoplado ao corpo de um atleta, transmite informações em tempo real, seja em jogos ou em treinos, que permitem uma coleta precisa de dados sobre desempenho e condição física e ajudam a prevenir lesões.
Sem dúvidas, a utilização de tecnologia para coletar informações sobre jogadores será um dos legados da Era Pop no Spurs para o restante da NBA. Basta ver a abordagem de Mike Budenholzer no Atlanta Hawks. O novo treinador da franquia, que era o principal assistente do técnico da equipe texana até a última temporada, certamente levou parte da filosofia para sua nova casa. E não é difícil provar isso.
Dos dez jogadores que aparecem para o Spurs como opção para ocupar a 15ª e última vaga no elenco aberta para a temporada 2013/2014, três também são estudados pelo Hawks: o armador Royal Ivey, o ala Damien Wilkins e o ala-pivô James Johnson. Sinal de que certamente as duas franquias estão olhando para o mercado e buscando atletas com perfis semelhantes: seja com um direcionamento detalhado em estatísticas avançadas ou por meio da análise de informações coletadas por tecnologias como a do SportVU.
Os dados coletados pelas câmeras serão novidade para grande parte das franquias. O autor Zach Lowe escreveu excelente artigo, no site Grantland, mostrando que sua utilização pode até mesmo causar polêmica em diferentes setores da NBA a princípio. Mas, certamente, as equipes que saírem na frente na tradução funcional das informações – tanto na contratação de estatísticos e programadores competentes quando na aplicação em quadra – podem levar vantagem. E temos motivos para acreditar que o Spurs será uma delas.
Reservas de Parker em ação
Entre os seis jogadores do San Antonio Spurs que estiveram ou estão a serviço de suas seleções nos torneios continentais classificatórios para o Mundial de 2014, que será disputado na Espanha, figuram, coincidentemente, os três atletas que brigam pelos minutos mais concorridos do elenco texano. O australiano Patrick Mills, o canadense Cory Joseph e o francês Nando De Colo, que lutam pelo tempo de quadra que sobra na armação durante o repouso de Tony Parker, reduziram as férias para jogar por suas equipes nacionais. E, diante de uma briga tão intensa, a confiança com que voltarem pode fazer diferença.
O primeiro a entrar em quadra na offseason foi Mills – e o fez de maneira positiva. O armador do Spurs guiou a Austrália à vitória nos dois jogos contra a Nova Zelândia e ao consequente título do Fiba Oceania. O fez com média de 20,5 pontos, 4,5 roubadas de bola e 3,5 rebotes em 29,5 minutos por exibição, sendo o principal cestinha e o principal ladrão de bolas do campeonato. Não à toa, foi eleito o melhor jogador do torneio. Mas as atuações estão longe de surpreender. Não custa lembrar que, em 2012, o atleta havia deixando Londres com 21,2 pontos por exibição, sendo nada mais nada menos do que o principal anotador da Olimpíada.
Joseph, por outro lado, pode ser considerado a surpresa positiva desta offseason. Com médias de 16,2 pontos e 4,8 assistências em 33 minutos por exibição na Copa América, disputada em Caracas (VEN), o canadense é um dos principais destaques da competição, ficando, por enquanto, em sexto entre os maiores cestinhas e em terceiro entre os melhores passadores do campeonato. Uma atuação animadora se lembrarmos que, em 2011, no mesmo torneio – seu último oficial até então pela equipe nacional -, o armador havia apresentado médias de 3,8 pontos e 2,6 assistências em 19,5 minutos por jogo.
Enquanto isso, De Colo parece ter alguma dificuldade para engrenar. É bem verdade que ele está longe de ser referência na França como Mills e Joseph são em suas respectivas seleções. Mas se esperava uma evolução um pouco maior do armador, que apresentou médias de sete pontos, 2,7 rebotes e 2,3 assistências em 21,2 minutos por jogo na Olimpíada de 2012 e, nos três primeiros jogos do Eurobasket deste ano, obteve, em média, 9,3 pontos, 1,3 rebotes e uma assistência em 19,7 minutos por exibição.
As atuações, certamente, carregam a confiança adquirida no fim da última temporada. Nos playoffs, Joseph foi promovido ao posto de reserva imediato de Parker, e apresentou médias de 4,5 pontos, 1,9 rebotes e 1,9 assistências em 13,9 minutos por jogo na fase de classificação e três pontos, 1,6 rebotes e 1,1 assistências em 9,6 minutos por compromisso no mata-mata. Mills, antes de se machucar, ficava como opção no banco de reservas, e obteve, em média, 5,1 pontos, 1,1 assistências e 0,9 rebotes por jogo na fase de classificação e 1,3 pontos, 0,3 rebotes e 0,2 assistências em 3,4 minutos por exibição no mata-mata. E, por último, De Colo chegou a ser colocado na lista de inativos na pós-temporada, e sustentou médias de 3,8 pontos, 1,9 rebotes e 1,9 assistências em 12,8 minutos por duelo na fase de classificação e 0,8 pontos, 0,8 rebotes e 0,4 assistências em 2,8 minutos por embate no mata-mata.
Agora, depois de tanto tempo brigando por minutos juntos no Texas, cada um dos armadores tomou seu caminho pelo mundo antes de se reencontrarem para a temporada 2013/2014. Mas, não custa lembrar, vale ressaltar que o Spurs mostrou que tem planos para dois deles. Joseph e De Colo foram testados em funções diferentes das que estão habituados a exercer na Summer League de Las Vegas – o canadense deixou o torneio com médias de 10,3 pontos e 4,5 assistências em 28,3 minutos por exibição, enquanto o francês anotou 11,3 pontos e quatro assistências em 31,8 minutos por jogo.
Dos três, De Colo é quem parece ser mais talentoso. Mas o francês terá de saber lidar com a frustração de ter perdido espaço na rotação do Spurs – e, vale ressaltar, ele chegou a reclamar publicamente da situação. E também não custa lembrar o quanto Tiago Splitter teve dificuldades ao defender o Brasil na Copa América de 2011, quando se apresentou enferrujado após sua temporada de novato – Gregg Popovich, técnico do Spurs, não costuma dar muito tempo de quadra para seus calouros. No entanto, talvez a estadia com Les Bleus seja a ideal para o camisa #12 recuperar a confiança e voltar renovado para o Texas.
Enquanto isso, Joseph e Mills – que levam vantagem na defesa e, por isso, costumam ser usados por Pop como companheiros de Manu Ginobili na segunda unidade – certamente voltarão cheios de ânimo e moral para a temporada 2013/2014 após boas atuações por suas seleções. Desde já, a briga por minutos na reserva de Parker promete!
Foco: reserva reboteiro de Leonard
Restando 39 dias para seu primeiro amistoso de pré-temporada, o San Antonio Spurs ainda tem uma vaga aberta em seu elenco de olho na temporada 2013/2014 da NBA. E, de acordo com os últimos rumores envolvendo agentes livres, a busca da franquia texana se dá para suprir a maior carência do plantel no momento: um reserva para Kawhi Leonard. Entre todos os jogadores do alvinegro, o camisa #2 é o único ala de origem. Por isso, as notícias de que James Johnson e Josh Childress passarão por treinos de avaliação com a equipe animam, mostrando que diretoria e comissão técnica estão atentas à questão.

Johnson será avaliado pela comissão técnica do Spurs (Cary Emondson/US Presswire)
A princípio, talvez, uma contratação nem seja necessária. O Spurs pode se dar ao luxo de usar Tony Parker, Danny Green e Kawhi Leonard como titulares no perímetro. Na segunda unidade, Cory Joseph (ou Nando De Colo), Marco Belinelli, recém-contratado, e Manu Ginobili podem fazer o time funcionar muito bem no ataque. Na defesa, Boris Diaw e o próprio Danny Green mostraram contra o MVP LeBron James, na recente final da NBA, que podem defender muito bem a posição 3 nos minutos de descanso do único ala do elenco. Mas, mais do que isso, a chegada do 15º jogador pode dar uma opção a mais para o técnico Gregg Popovich montar seus quintetos durante os jogos.
Como disse na minha última coluna, em que sugeri a contratação de Viktor Sanikidze, o Spurs perde força nos rebotes quando precisa utilizar formações mais baixas. De todas as opções que Pop tem para montar seu time no small-ball – incluindo Boris Diaw e Matt Bonner -, só Kawhi Leonard é um reboteiro confiável. Na última temporada, de acordo com o NBA Stats, o ala coletou 11,3% dos ressaltos do time texano enquanto esteve em quadra, contra 8,8% do francês e 8,2% do Red Rocket. Em parte, a chegada de Jeff Pendergraph ajuda a sanar isso – o ágil ala-pivô ex-Indiana Pacers pegou 14,8% dos rebotes da equipe enquanto esteve em quadra pela franquia de Indianápolis no último campeonato.
No entanto, Pendergraph, assim como Bonner, é pesado demais para a posição 3, embora tenha agilidade acima da média para a 4. Segundo o site 82games, o Red Rocket ocupou apenas 1% da rotação da equipe texana na ala na última temporada, contra 0% do ex-jogador do Pacers em Indianápolis. Por isso, a princípio, o Spurs precisa de um jogador que possa entrar em quadra nos minutos de descanso de Leonard, mas que também possa dividir a quadra com ele, preferencialmente sem fazer com que a equipe perca força nos rebotes.
Johnson parece ser esse jogador quando olhamos para suas estatísticas. Na última temporada, com o Sacramento Kings, o jogador ocupou 13% da rotação da ala e 8% da rotação da posição 4 pela equipe. Além disso, coletou 9,4% dos rebotes do time enquanto estava em quadra. Para atuar pelo Spurs, no entanto, o atleta precisa melhorar seu tiro de longa distância – nada que Chip Engelland não possa resolver. Mas seu gráfico de arremesso do último campeonato mostra sua dificuldade em converter bolas do perímetro.
Childress também parece mais uma opção interessante – mas mais pelo seu passado do que por sua carreira recente. Na última temporada, o ala disputou apenas 14 partidas pelo Brooklyn Nets e ocupou somente 2% da rotação de ala – também disputou alguns minutinhos como ala-armador e ala-pivô. No pequeno período, coletou 7,8% dos rebotes disponíveis do time enquanto estava em quadra. No entanto, o jogador converteu 33,3% de seus tiros de três pontos na última temporada, contra apenas 9,5% de Johnson.
De qualquer modo, os dois aparecem como opções válidas para o Spurs. Childress, mais habilidoso com a bola nas mãos, poderia empurrar Leonard para a posição 4 em formações mais baixas, enquanto Johnson, que aposta mais na força física, seria o ala-pivô do small-ball do time. Qualquer um dos dois, se contratados, desde que por uma quantia barata, podem dar ao time a última pecinha que falta no elenco.





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