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De olho nele

Com as vitórias sobre o Memphis Grizzlies e o Los Angeles Lakers, mesmo sem poder contar com Tim Duncan na segunda, o San Antonio Spurs começou muito bem, obrigado, sua caminhada na temporada 2013/2014 da NBA. Mas não é só no território americano que os torcedores da equipe encontram motivos para empolgação. Do outro lado do oceano Atlântico, um dos prospectos ligados à franquia texana deu uma largada para lá de positiva em sua carreira profissional no basquete. Trata-se de DeShaun Thomas, que vem jogando a LNB Pro A – o campeonato francês de basquete – e a Euroliga com a camisa do Nanterre.

Thomas está indo bem na Europa (Panoramic)

Thomas foi selecionado pelo Spurs na 58ª escolha do Draft deste ano. O ala vinha de sua terceira temporada no basquete universitário americano, apresentando médias de 19,8 pontos (44,5% FG, 34,4% 3 PT, 83,4% FT) e 5,9 rebotes em 35,4 minutos por exibição pelo Ohio State Buckeyes. Além disso, disputou a Summer League de Las Vegas com a franquia texana, obtendo, em média, 12,4 pontos (41,4% FG, 37,5% 3 PT, 88,9% FT) e cinco rebotes em 28,6 minutos por partida. No entanto, por conta da falta de espaço no elenco do alvinegro, o jogador decidiu acertar com um clube europeu antes de tentar a sorte na NBA.

Por enquanto, a decisão parece ter sido acertada. Na LNB Pro A, Thomas tem médias de 12,6 pontos (59,1% FG, 47,4% 3 PT, 66,7% FT) e 3,4 rebotes em 19,4 minutos por exibição. Mesmo ainda não tendo assumido a vaga de titular e recebendo tempo de quadra restrito, o prospecto é o cestinha da equipe no torneio ao lado de Will Daniels, que anota os mesmos 12,6 pontos, mas em 23,6 minutos por jogo. Além disso, o ala é líder do time no aproveitamento de tiros de quadra entre os os que jogaram as cinco partidas do time e o melhor arremessador de três pontos entre os que tentaram ao menos duas bolas deste tipo no elenco.

O poder ofensivo de Thomas ficou claro desde sua estreia com o Spurs na Summer League. Além disso, o jogador demonstra personalidade. Tanto que seu jogo que mais me chamou a atenção até aqui foi na Euroliga. Na competição, o ala assume uma fatia ainda mais limitada da rotação, obtendo, em média, nove pontos (39,1% FG, 50% 3 PT, 62,5% FT) e três rebotes em 18,7 minutos por exibição. Porém, no terceiro compromisso do time, o atleta mostrou seu valor.

Depois de ter perdido seus dois primeiros jogos, diante de CSKA Moscou e Partizan, o Nanterre viajou á Espanha para uma complicadíssima e importantíssima partida contra o Barcelona. E venceu por 71 a 67. Thomas? Deixou o banco de reservas para anotar 14 pontos (4-10 FG, 3-5 3 PT, 3-5 FT) e sete rebotes em 22:16 minutos, sendo peça fundamental para o excelente resultado do time francês na competição continental.

Thomas, cada vez mais, mostra que já é um jogador com arsenal ofensivo interessante, além de ser uma excelente opção para a vaga de Matt Bonner, cujo salário de US$ 3.945.000 desta temporada é o último de seu contrato com o Spurs. Bom arremessador, o prospecto pode, ao menos, exercer a função que atualmente cabe ao ala-pivô no elenco. Resta saber se Pop desejará contar com o jogador já na próxima campanha ou se ele fará parte da reconstrução do elenco após as aposentadorias de Manu Ginobili e Tim Duncan.

Poderia ser você, Anderson

O San Antonio Spurs é uma franquia reconhecidamente eficiente na hora de achar talentos no Draft da NBA. Do atual elenco da franquia texana, Tony Parker, Manu Ginobili, Kawhi Leonard, Tim Duncan e Tiago Splitter, cinco dos principais jogadores da equipe, chegaram desse jeito, assim como os reservas Cory Joseph e Nando De Colo. Porém, nem todos os jogadores recrutados conseguem desenvolver seu potencial no time. Alguns só conseguem explodir quando deixam de vestir o uniforme alvinegro. E, entre este grupo, está James Anderson, que está prestes a começar sua primeira temporada com o Philadelphia 76ers.

Anderson tem nova chance para mostrar serviço (Jesse D. Garrabrant/Getty Images)

Anderson foi selecionado pelo Spurs na 20ª escolha do Draft de 2010. Foi a melhor posição que a franquia texana conseguiu no tradicional evento desde que havia recrutado Duncan na primeira colocação em 1997. O ala chegou ao time alvinegro credenciado pelas excelentes médias de 22,3 pontos (45,7% FG, 34,1% 3 PT, 81% FT) e 5,8 rebotes em 34,1 minutos por jogo em sua terceira temporada no basquete universitário americano, defendendo as cores do time de Oklahoma State. Mas, desde o início, sua trajetória em San Antonio foi cheia de incidentes que atrapalharam seu desenvolvimento pessoal.

No Spurs da temporada 2010/2011, Anderson seria um reforço importantíssimo. O time tinha um Richard Jefferson mal adaptado na ala e, sem contar com um reserva confiável, se via obrigado a utilizar formações baixas no perímetro, com Tony Parker, George Hill, Gary Neal e Manu Ginobili se revezando. Tudo porque o então novato, que assumiria tranquilamente uma fatia considerável da rotação, especialmente na posição 3, sofreu uma fratura por stress no pé direito e perdeu quase todo o campeonato. A contusão claramente freou seu crescimento.

Ainda com o Spurs, Anderson teve chance de recuperar o tempo perdido na temporada 2011/2012, quando Ginobili se machucou e o técnico Gregg Popovich resolveu dar ao jogador uma chance no time titular. Mas o prospecto acabou não conseguindo colocar seu potencial para fora e ainda viu Danny Green brilhar e assumir os minutos que eram dele. Resultado? Foi parar no fim do banco de reservas novamente.

Com o time de San Antonio, Anderson apresentou médias de 3,6 pontos e 0,9 rebotes em 11 minutos por jogo na temporada 2010/2011 e 3,7 pontos e 1,5 rebotes por partida na temporada 2011/2012 antes de ser dispensado. Na temporada 2012/2013, foi trazido de volta e recebeu nova chance após Kawhi Leonard e Stephen Jackson se lesionaram simultaneamente. Mas disputou somente dez jogos, sustentando, em média, 3,4 pontos e 1,4 rebotes por exibição, antes de ser cortado novamente.

Agora, no entanto, Anderson parece estar pronto para explodir. Jogando a pré-temporada como titular do 76ers, o ala apresenta médias de 13,9 pontos – terceira melhor marca de toda a equipe – e 3,4 rebotes em apenas 24,1 minutos por jogo. O faz sob o comando de Brett Brown, novo técnico do time da Filadélfia, que até o ano passado era assistente de Pop. Prova de que o potencial do atleta nunca foi deixado de lado em San Antonio.

Hoje, com o elenco do Spurs tendo apenas Josh Howard como reserva de ofício para Leonard, é impossível não pensar que Anderson poderia ser esse homem. Sabendo dos problemas que ele encarou em San Antonio, fico feliz por vê-lo tendo mais uma chance para mostrar seu indiscutível potencial e se firmar como jogador de NBA. Coisa que Ian Mahinmi fez no Indiana Pacers e DeJuan Blair tem a chance de fazer no Dallas Mavericks. Às vezes, o talento que a franquia texana acha no Draft tarda, mas não falha.

Confiança para os estreantes

Com quatro jogos de pré-temporada já disputados pelo San Antonio Spurs, uma série de jogadores do elenco, que perdeu Gary Neal e DeJuan Blair e ganhou Marco Belinelli e Jeff Ayres em relação ao último campeonato, segue disputando minutos na rotação em funções de apoio para Tony Parker, Manu Ginobili e Tim Duncan, principais pilares da equipe. Entre esses atletas está Aron Baynes, que briga por minutos no garrafão, que tem, atualmente, The Big Fundamental e Tiago Splitter como a dupla titular. Até aqui, o pivô australiano tem sido um dos destaques da fase de preparação e, começando uma campanha pela primeira vez desde sua chegada ao Texas, tem a chance de viver processo semelhante ao que aconteceu com Gary Neal, Kawhi Leonard e Nando De Colo no time local.

Baynes pode ganhar lugar na rotação (D. Clarke Evans/NBAE/Getty Images)

Digo isso porque, no dia 12 de outubro de 2010, Neal, prestes a começar sua temporada de novato, acertou a cesta de três pontos que deu a vitória ao Spurs por 100 a 99 sobre o Los Angeles Clippers, em jogo válido pela pré-temporada. Mais de um ano depois, no dia 22 de dezembro de 2011, Leonard, que havia sido draftado recentemente pela franquia, derrubou a bola de média distância que deu ao alvinegro o triunfo por 97 a 95 sobre o Houston Rockets, em amistoso de preparação. Por fim, De Colo, na mesma fase, converteu, no dia 11 de outubro do ano passado, o arremesso que fez a equipe bater o Atlanta Hawks por 101 a 99, após finalmente desembarcar na NBA depois de algumas temporadas no basquete europeu.

Mas o que Baynes tem a ver com isso? É simples. Aparentemente, o jogador assumiu a função de decidir os jogos do Spurs na pré-temporada. Foi dele o tapinha que levou o jogo contra o CSKA, que terminou em vitória do Spurs por 95 a 93, para a prorrogação. E foi dele o arremesso que fez com que a equipe texana vencesse por 106 a 104 o mesmo Hawks derrubado por De Colo há cerca de um ano.

O plano do técnico Gregg Popovich durante a pré-temporada é claro. O treinador do Spurs, ao invés de revezar o seu elenco durante toda a partida, costuma “gastar” seus titulares nos dois primeiros quartos e acionar bastante os reservas a partir do terceiro. Com isso, tendo nomes pouco badalados em quadra no período final, pode encontrar jogadores alternativos para decidir bolas e, com isso, dar moral para eles. Melhor ainda se for um novato, como foram Neal, De Colo ou Leonard, ou um jogador que disputa sua primeira fase de preparação com a franquia, como Baynes, contratado com o último campeonato em andamento.

A utilização de Baynes tem sido benéfica até aqui. Nos quatro primeiros jogos da pré-temporada, ele é o quinto maior cestinha do time, com 9,3 pontos por jogo, atrás apenas de Tim Duncan (12,7), Manu Ginobili (12), Tony Parker (11,3) e Patrick Mills (9,5). É também o vice-líder em rebotes, com 5,3 por jogo, atrás apenas de Kawhi Leonard (5,8). Tudo isso com 17,5 minutos por jogo, mesmo tempo de quadra que Tiago Splitter recebeu.

A presença de Baynes, jogador com presença de garrafão, certamente será útil na segunda unidade, que teve Boris Diaw, Matt Bonner e DeJuan Blair na última temporada e carecia de um jogador com essa característica. Resta saber, agora, se o australiano conseguirá carregar o bom momento e a confiança para a fase regular ou se cairá gradativamente de produção como De Colo fez em 2012/2013.

Um olhar mais detalhado sobre Maggette

Confesso que a decisão do San Antonio Spurs de dispensar Sam Young me pegou de surpresa. Como já havia mostrado neste espaço, o ala era o meu favorito para ficar com a 15ª e última vaga aberta no elenco da franquia texana. Agora, 19 jogadores treinam sob contrato com a equipe, sendo que cinco deles não têm vínculos garantidos para a temporada regular: o armador Myck Kabongo, os alas Corey Maggette, Courtney Fells e Dan Nwaelele e o pivô Marcus Cousin. E, entre os cinco, o ex-jogador do Detroit Pistons é o mais experiente e, por isso, é claramente o favorito para permanecer. Mas o que isso significa?

Maggette é o favorito à 15ª vaga (Annie Werner/spurs.com)

Maggette não é exatamente o tipo de jogador que o técnico Gregg Popovich costuma usar na ala. O jogador está longe de ser um especialista em defesa. É verdade que, ao longo da temporada 2012/2013, o Pistons permitiu 101,4 pontos por posse de bola de seus adversários enquanto ele estava em quadra, segunda melhor marca de todo o elenco. Mas é preciso colocar um asterisco ao lado dessa estatística, já que o camisa 14 ficou “encostado” em Detroit: disputou apenas 18 partidas ao longo do campeonato, obtendo, em média, 5,3 pontos (35,5% FG, 23,8% 3 PT, 75% FT) e 1,4 rebotes em 14,3 minutos por exibição.

A ausência de um especialista para a reserva de Kawhi Leonard mostra que Pop pode ter desistido de usar um ala de ofício na segunda unidade. Opções para isso no elenco não faltam. O técnico pode, por exemplo, mandar à quadra um time reserva mais leve, com Manu Ginobili e Marco Belinelli nas alas e Cory Joseph, Nando De Colo e Patrick Mills brigando por minutos na armação. O treinador pode ainda, durante o descanso dos titulares, utilizar um quinteto mais pesado, com os cinco jogadores citados disputando duas vagas e Boris Diaw, Jeff Ayres, Matt Bonner e Aron Baynes na chamada frontcourt, já que os três primeiros, principalmente o francês, podem transitar entre as posições 3 e 4.

Mas então para que serviria manter Maggette em San Antonio? Primeiro porque, de acordo com relatos da imprensa americana, o ala é uma boa influência no vestiário e possui espírito de grupo. Com sua experiência, poderia servir como boa companhia para jovens em desenvolvimento, como Danny Green e Kawhi Leonard. Além disso, o camisa #14 é um pontuador talentoso, talvez o melhor do atual elenco quando subtraímos Parker, Manu e Duncan, e poderia ser importantíssimo nas partidas em que Pop decidir poupar o Big Three.

Em sua carreira, que começou na temporada 1999/2000 com o Orlando Magic, Maggette apresenta médias de 16 pontos (45,3% FG, 32,4% 3 PT, 82,2% FT) e 4,9 rebotes em 28,2 minutos por exibição. A comparação destes números com os que o jogador obteve no Pistons poderiam dar mostras de uma decadência acentuada. Mas, quando olhamos para a temporada 2011/2012 e vemos que ele sustentou, em média, 15 pontos (37,3% FG, 36,4% 3 PT, 85,6% FT) e 3,9 rebotes em 27,5 minutos por partida pelo Charlotte Bobcats, é possível concluir que o veterano pode ter sido subaproveitado na franquia de Detroit, que, em fase de reconstrução, preferiu dar mais tempo de quadra para jovens como Austin Daye, Jonas Jerebko, Khris Middleton e Kyle Singler na posição.

Olhando para o gráfico de arremessos de Maggette ao longo da temporada 2011/2012, quando ele estava no Bobcats e foi, de fato, utilizado pela última vez, preocupam o baixo aproveitamento no geral e o excesso de tiros de média distância de dois pontos. Mas são problemas, até certo ponto, normais para um jogador que era a principal referência ofensiva em Charlotte. Em compensação, o bom aproveitamento nas bolas de três da zona morta, que são importantes para o sistema ofensivo do Spurs, ficam como lado positivo da análise.

Clique para ampliar (Reprodução/stats.nba.com)

Clique para ampliar (Reprodução/stats.nba.com)

A trajetória de Maggette no Spurs começou com o ala dando mostras de que, de fato, é um pontuador eficiente. No treino aberto da franquia texana, o ala anotou oito pontos e cavou nove lances livres em apenas vinte minutos, acertando seis deles. E fez boa parte disso sendo marcado por Leonard, melhor defensor de perímetro da equipe. Depois, na vitória sobre o CSKA, no primeiro amistoso da pré-temporada, no entanto, o jogador não foi utilizado por Pop.

Talvez o Spurs decida não contratar nenhum dos cinco jogadores sem vínculo garantido que estão atualmente com o elenco. Talvez prefira deixar uma vaga em aberto para trazer alguém no meio da temporada, como fez recentemente com Patrick Mills, Tracy McGrady, Boris Diaw e Aron Baynes. Mas, se decidir, Maggette sai na frente dos demais. Bola para ajudar ele tem.

Os “azarões” da pré-temporada

Hoje, o San Antonio Spurs tem 14 jogadores com contratos garantidos se preparando para a temporada 2013/2014 da NBA. Além deles, a franquia texana iniciou sua fase de preparação com mais seis convidados que brigarão pela última vaga aberta no plantel, totalizando o grupo de 20 atletas que se apresentou no começo do mês. Entre os que lutam para conseguir um emprego, os alas Corey Maggette e Sam Young aparecem como favoritos, já que podem exercer a função de reserva para Kawhi Leonard, maior carência da equipe. No entanto, outros dois alas também estão na disputa: Dan NwaeleleCourtney Fells.

Nwaelele vinha jogando pela D-League (Reprodução/teamnigeriabasketball.com)

Entre os dois, Nwaelele é quem possui a história de vida mais curiosa. De acordo com reportagem do site americano Spurs Nation, o jogador prestou serviço por seis meses no Afeganistão pela Força Aérea dos Estados Unidos em 2007, trabalhando com suprimentos para as unidades de combate no país. Além disso, completou o restante de seus cinco anos com a entidade na Arábia Saudita. Agora, de volta às quadras, o ala de 29 anos de idade e 1,96m de altura apresentou médias de 7,4 pontos (41,7% FG, 39,3% 3 PT, 86,8% FT) e 2,5 rebotes em 18,3 minutos por partida jogando com a camisa do Santa Cruz Warriors na última temporada da D-League, a liga de desenvolvimento da NBA.

Ainda de acordo com o Spurs Nation, Nwaelele é observado pelo Spurs desde o meio de 2007, quando vinha de sua quarta e última temporada no basquete universitário, na qual apresentou médias de 14,3 pontos (51,6% FG, 45% 3 PT, 81,5% FT) e 3,5 rebotes e 32,2 minutos por exibição atuando pela Academia da Força Aérea. Naquele ano, no entanto, o ala teve de recusar o convite da franquia texana para o período de preparação para prestar serviço para as forças armadas americanas longe de seu país.

Apesar da história interessante, os números de Nwaelele na última temporada da D-League mostram que dificilmente ele é o que o Spurs procura para a ala. Baixo para a posição, o jogador coletou apenas 7,20% dos rebotes de seu time enquanto esteve em quadra, e foi o 15º pior entre os 19 atletas que atuaram pelo Warriors no campeonato. Além disso, enquanto jogava, permitiu que os adversários fizessem 101,6 pontos a cada seis posses de bola, terceira pior marca da equipe. Ao menos, converteu 39,3% de seus arremessos de três pontos, marca que ficaria atrás apenas de Matt Bonner (44,2%), Danny Green (42,9%) e Patty Mills (40%).

Fells, por sua vez, é um verdadeiro andarilho do basquete e, inclusive, já tinha emprego antes de aceitar o convite do Spurs. Na última temporada, jogando pelo Hapoel J-M, de Israel, o ala, de 27 anos de idade e 1,98m de altura, apresentou médias de 12,3 pontos (41,6% FG, 32,9% 3 PT, 74,4% FT) e 3,7 rebotes em 32,4 minutos por jogo no campeonato nacional e 13 pontos (48,6% FG, 35,3% 3 PT, 80% FT) e 6,7 rebotes em 32,8 minutos por exibição na Eurocopa. Neste ano, disputou a Summer League de Orlando pelo Boston Celtics, obtendo, em média, 7,2 pontos (37,1% FG, 20% 3 PT, 77,8% FT) e 1,8 rebotes em 20,6 minutos por partida. Depois, esteve presente em três jogos nas Filipinas pelo Talk N Text, sustentando médias de 26,7 pontos (40% FG, 33,3% 3 PT, 83,3% FT), sete rebotes, 5,3 assistências, 2,3 roubadas de bola e dois tocos em 44,3 minutos por jogo.

Na Eurocopa, competição de nível mais destacado que disputou no período, Fells apresentou números interessantes. O ala liderou a equipe em roubadas de bola (1,83) e tocos (0,67) por jogo; foi o vice-líder em pontos (13) e rebotes (6,67); e, por fim, o quarto em assistências (2,33). Além disso, com ele em quadra, seu time permitiu 102 pontos a cada 100 posses, melhor marca do elenco. Ainda coletou 13,03% dos rebotes disponíveis enquanto estava no jogo, terceira melhor marca do Hapoel J-M. Para concluir, teve aproveitamento satisfatório de 35,3% nos aproveitamentos de três pontos e atuou também como um falso ala-pivô, mostrando que, além de ser reserva de Leonard, também poderia dividir a quadra com ele.

Por isso, é possível afirmar que, no confronto entre os dois, Fells larga com vantagem sobre Nwaelele na briga por uma vaga na franquia. Mas os dois ainda estão atrás de Young e Maggette. Quem sabe, no entanto, seja possível para os dois conquistarem um emprego no Austin Toros para a próxima temporada.