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Spurs @ Pistons – Decidido nos últimos segundos
80 X 84
Sempre um dos jogos mais disputados e defensivos da NBA, Spurs @ Pistons começou com as 2 equipes pontuando razoavelmente bem, e com San Antonio à frente, com boa atuação de Parker, e Tim Duncan pegando os seus tradicionais rebotes, fazendo com que a equipe terminasse o primeiro período com vantagem de 26 x 20.
No 2º quarto, os Pistons se recuperaram com ótima atuação de Tayshaun Prince, que terminaria a primeira metade do jogo com 13 pontos. Hamilton também jogava bem, e ajudava muito a equipe na pontuação. Pelos Spurs, novamente só quem aparecia para a partida era o armador Tony Parker, que mantinha a equipe na frente do placar. Final de 1º tempo, Spurs 44 x 43 Pistons.
O 3º período começou com as 2 equipes mais preocupadas com a defesa. Porém, o Detroit se saiu muito melhor naquele momento do jogo. Os Spurs utilizaram em grande parte do período uma formação diferente, com Stoudamire, Parker, Finley ou Ginobili, Duncan e Oberto. Um tanto quanto curiosa uma formação com Stoudamire e Parker na armação, o que não deu certo, e fez com que a equipe perdesse o período por 22 x 11, e a vantagem dos Pistons chegava à 65 x 55, com grandes atuações de Prince e Hamilton, enquanto pelo San Antonio, Ginobili estava irreconhecível, e se sobressaía apenas Tony Parker, com 18 pontos.
No último quarto, a diferença caiu rapidamente de 12 para apenas 7 pontos, o que fez com que Flip Saunders pedisse um tempo. Na volta à quadra, o domínio do time do Texas continuou, a vantagem caiu, os rebotes eram dominados pelos visitantes, e nada caía para a equipe de Detroit. Com uma jogada de 3 pontos da maneira mais antiga da NBA, com falta e cesta, Tim Duncan teve a chance de empatar a partida, porém, ele errou o lance livre, e nesse momento o jogo estava 69 x 68 para o time da casa. Porém, novamente com um grande arremesso de Parker, os Spurs finalmente conseguiram recuperar a liderança perdida no 3º quarto; 70 x 69, e outro timeout para os Pistons, com 15 x 4 para os Spurs no período, faltando pouco mais de 4 minutos para o fim da partida.
Os 4 minutos finais continuaram amarrados, as defesas se dando melhor sobre os ataques, como era esperado, com os times se alternando na liderança. Equilíbrio que foi se mantendo até o fim, quando Rasheed começou a aparecer no jogo. Billups e sua experiência comandavam o Detroit e Prince colocava 77 x 74 com 1:24 para o fim do jogo. Popovich pedia tempo para armar a jogada que poderia colocar San Antonio novamente junto no placar. De Parker para Duncan, e 77 x 76. Na defesa, toco de Duncan em Prince. No ataque senguinte, Duncan desperdiça um arremesso, e a bola voltava para Detroit. Num lance sensacional, Rip Hamilton acerta um lindo arremesso e ainda sofre a falta. Com o lance livre, 80 x 76 para os Pistons. O lance seguinte poderia ser decisivo, Popovich prepara a jogada, Ginobili faz uma bandeja rapidamente, e logo depois nova falta em Hamilton, que converte os lances livres. Novo ataque rápido do San Antonio, e mais 2 pontos de Duncan, que chegava aos seus costumeiros 20 pontos e 10 rebotes. Faltavam 5 segundos, 82 x 80 para o time da casa. Hamilton converte mais 2 lances livres, põe fim a partida com 84 x 80 para o time do Palace of Auburn Hills.
Mais uma derrota sofrida, e a liderança do Oeste cada vez mais difícil de ser retomada. Em uma conferência disputada como essa, cada derrota é muito sentida.
Destaques da partida
San Antonio Spurs
Tony Parker: 26 pontos, 7 assistências, 4 rebotes e 3 roubos de bola
Tim Duncan: 20 pontos e 10 rebotes
Detroit Pistons
Rip Hamilton: 25 pontos, 4 rebotes e 4 assistências.
Taushaun Prince: 17 pontos, 5 rebotes e 6 assistências.
Artigo – Popovich, um dos maiores da história
Gregg Popovich, um dos 5 técnicos a ter 4 ou mais títulos na história da NBA. Isso já faz dele um dos maiores de todos os tempos. Mas agora, falaremos um pouco mais de toda a carreira do atual técnico dos Spurs, o que o torna uma figura ainda mais importante na história do basquete.

Artigo – Um outro olhar
Introdução
Um outro olhar sobre o Spurs. Um olhar menos fanático, de alguém que não torce para o time. Imparcialidade, com certeza absoluta. Esse será o papel inicial de Fabrício Fiestras no Spurs Brasil. Esperamos que vocês gostem. Um abraço,
Equipe Spurs Brasil
Seu time chega para jogar no AT&T, o que você pensa? É uma derrota quase garantida. Pelo menos nos últimos anos tem sido assim para praticamente todas equipes da NBA. Falo isso como conhecedor de causa, pois sou torcedor de um costumeiro freguês dos Spurs nos últimos anos. Aqui então vou mostrar um pouco do que muitos dos outros torcedores da liga, pensam sobre os Spurs.
É uma equipe que joga bonito? Não. É uma equipe que empolga quem não torce pra ela? Não. É uma equipe com jogadores carismáticos? Não. Mas a principal pergunta que devemos fazer é a seguinte: É uma equipe que ganha títulos, e muito difícil de ser batida nos playoffs? Com certeza.
Olhando para os principais jogadores do elenco, o que podemos falar sobre cada um? Um armador francês, Tony Parker, bem baixo para os padrões do basquete de hoje em dia, que vem jogando muito bem há anos. Suas infiltrações e sua velocidade são quase imarcáveis. Depois podemos falar de Manu Ginobili. Um verdadeiro monstro em quadra, um sujeito que é bastante odiado por torcidas rivais. Catimbeiro, mortal nas infiltrações, e cava faltas como ninguém, tornando-o insuportável. Um jogador de ponta. Na posição 3, um especialista na defesa, Bruce Bowen. Um cara que não sabe sequer bater para dentro em um garrafão adversário. Vive da defesa, e de alguns lances sujos de vez em quando, mas que é inegavelmente muito útil para os Spurs. Por motivos óbvios, odiado pelos torcedores rivais. No garrafão, um outro argentino, que aparece pouco, Oberto. Aparece pouco, joga um tempo menor, e completa os 5 titulares. Podemos dizer, jogador útil, mas facilmente substituido. O último titular a ser lembrado não poderia deixar de ser ele: Tim Duncan. Provavelmente o cara menos carismático e emotivo da liga. Sempre com a mesma expressão no rosto. Com seus arremessos chatos e precisos na tabelinha. Infálivel. A cada noite todo mundo sabe que ele vai colocar no boxscore os 20 pontos e 10 rebotes de sempre. Chega a irritar, como um cara que chama tão pouco a atenção pode ser tão importante para um equipe tão vencedora. Vindo do banco, vale lembrar do Michael Finley e seus arremessos de 3 pontos, e do Kurt Thomas, recém-contratado, com seu trabalho ali no garrafão.
Um time que não empolga, mas que podemos esperar mais uma vez chegar bem longe nos playoffs desse ano. San Antonio Spurs, um time chato e muito competitivo, pelo menos na visão dos rivais.
por Fabrício Fiestras


