Arquivo mensal: maio 2017
Como fica a rotação sem Tony Parker?
Se quiser manter vivo o sonho do hexa ainda neste ano, o San Antonio Spurs precisará rapidamente se adaptar ao desfalque de Tony Parker. O armador, que registrou médias de 15,9 pontos (52,6% FG, 57,9% 3 PT, 100% FT) e 3,1 assistências em 26,4 minutos por jogo nos playoffs, rompeu o tendão do quadríceps do joelho esquerdo durante a vitória sobre o Houston Rockets no jogo 2 da semifinal da Conferência Oeste e terá de passar por cirurgia, encerrando sua participação nesta temporada. Quem Gregg Popovich usará em seu lugar?

Tony Parker vai fazer falta para o Spurs (Mark Sobhani/nba.com/spurs)
Se a lesão viesse durante a temporada regular, a resposta para essa pergunta seria simples: Dejounte Murray assumiria a vaga. Pop gosta de montar sua rotação de modo que a segunda unidade jogue junta. Por isso, quando alguém da equipe titular vira desfalque, o treinador começa as partidas com a terceira opção do elenco para não ter de mexer também na química do time reserva. Com isso, Patty Mills provavelmente ganharia mais tempo de quadra, mas seus minutos ao lado de nomes como Manu Ginobili e David Lee seguiriam intactos.
A questão é que a filosofia do treinador também envolve, salvo raras exceções, um imenso conservadorismo na utilização de novatos nos playoffs. Em 2011, Tim Duncan, Antonio McDyess, Matt Bonner e DeJuan Blair eram castigados por Zach Randolph e Marc Gasol na surpreendente derrota para o Memphis Grizzlies, e Tiago Splitter continuava afundado no banco de reservas. Na temporada seguinte, Kevin Durant pontuava com facilidade sobre Stephen Jackson enquanto o Oklahoma City Thunder ganhava quatro jogos seguidos sobre o Spurs e virava a série, sem que os minutos de Kawhi Leonard aumentassem por isso. No ano passado, o mesmo time usou Steven Adams, Serge Ibaka e Enes Kanter para atacar fisicamente o garrafão do alvinegro, sem resposta à altura de David West e Boris Diaw, com Boban Marjanovic sem nem sequer ser testado como alternativa.
Como, então, montar a rotação sem Murray e com apenas Mills para preencher a armação? O próprio adversário ajuda a responder. É importante perceber como a NBA evoluiu de modo que as funções dos jogadores em quadra não estejam mais atreladas às atribuídas tradicionalmente para cada posição. James Harden foi muitas vezes escalado como ala-armador, mas sua função sempre foi comandar o ataque do Rockets como um armador clássico. O mesmo pode ser dito dos alas LeBron James, do Cleveland Cavaliers, e Giannis Antetokounmpo, do Milwaukee Bucks. Provavelmente será assim também no Philadelphia 76ers quando Ben Simmons tiver condições de entrar em quadra. Draymond Green, que aparece na ficha do Golden State Warriors como ala-pivô, às vezes tem funções de armador, e às vezes tem funções de pivô. Por fim, Nikola Jokic, alto e pesado como um pivô tradicional, é quem rege o ataque do Denver Nuggets. Estes são os exemplos mais notáveis.
Assim, imagino que a ausência de Parker oficialize definitivamente Leonard como criador da primeira unidade. O ala tocou na bola 4.193 vezes durante a temporada regular, maior marca de todo o elenco, e ficou com ela por 247 minutos, atrás apenas de Parker, com 320, e Mills, com 254. O australiano se tornaria então o titular na posição 1. Com isso, o time texano perderia em criatividade, já que o francês é talvez quem melhor saiba envolver os companheiros em todo o plantel, mas ganha em poder de fogo, com mais um arremessador para ajudar a tirar a responsabilidade de Danny Green nas bolas de três pontos.
Nos playoffs, Mills tem aproveitamento de 48,5% nos tiros de perímetro, terceira melhor marca do Spurs entre quem tentou mais de duas bolas do tipo, só atrás de Parker (57,9%) e Leonard (50%). O que torna o australiano mais perigoso do que o francês no fundamento é o volume: foram 33 arremessos do tipo na pós-temporada, contra somente 19 do camisa #9.
Como fica, então, a segunda unidade? Sem Mills, cabe a Manu Ginobili se firmar definitivamente como regente. Durante a temporada regular, o ala-armador criou 435 pontos com seus passes, quarta melhor marca do elenco, atrás de Parker (648), Leonard (643) e Mills (634). Mas vale ressaltar que, entre os quatro, o argentino foi aquele que menos jogou: foram 1.266 minutos, contra 1.571 do francês, 1.754 do australiano e 2.457 do ala.
A ausência de Mills na segunda unidade deve aumentar a importância de Jonathon Simmons, que vem de ótima atuação no jogo 2, quando deixou a quadra com 14 pontos e duas assistências em 20 minutos. O ala-armador tem médias de 12,5 pontos e 1,5 assistências em 20,5 minutos por exibição na série contra o Rockets.
Deste modo, Pop precisa ajustar sua rotação para ter sempre Leonard ou Ginobili em quadra. Sem Parker, os dois passam a ser os principais comandantes do ataque do Spurs. O treinador pode enxugar sua rotação de perímetro assim como fez com o garrafão, usando apenas Mills, Green e Simmons, assim como usou somente David Lee como reserva para LaMarcus Aldridge e Pau Gasol no garrafão durante o jogo 2. Destes, argentino é o único que tem idade avançada e pode sentir se seus minutos forem aumentados drasticamente.
Caso algum dos cinco jogadores de perímetro citados canse, se machuque ou fique pendurado por faltas, mesmo assim não creio que Pop vá mudar sua filosofia conservadora em relação aos novatos. Neste caso, imagino que Kyle Anderson, que já jogou 67 minutos nos playoffs, seja acionado antes de Murray, que atuou apenas por 23.
Quem torce para que o armador seja escalado pode apoiar suas esperanças nas exceções de Pop no tratamento aos novatos. Nomes como George Hill, Gary Neal e DeJuan Blair foram utilizados pelo treinador em jogos de playoffs logo em suas temporadas de estreia na NBA. Mas, convenhamos, estes jogadores faziam muito mais parte da rotação do que Murray, que atuou por somente 321 minutos na temporada regular, ficando à frente somente de Bryn Forbes, com 285, e Joel Anthony, contratado na reta final do campeonato, com 122.
Espere Leonard e Ginobili comandando o ataque do Spurs, com Mills e Simmons servindo como condutores de bola secundários. É o que a história dá a entender que Pop fará.
Spurs (1) @ Rockets (1) – Semifinal do Oeste

San Antonio Spurs @ Houston Rockets – Semifinal da Conferência Oeste
Data: 05/05/2017
Horário: 22h30 (Horário de Brasília)
Local: Toyota Center
Onde assistir: ESPN e NBA League Pass
Cotação no Apostas Online: Spurs 2,61 @ Rockets 1,53 (favorito)
Empatada em 1 a 1, a série entre San Antonio Spurs e Houston Rockets, válida pelas semifinais da Conferência Oeste, vai pela primeira vez para a casa de James Harden e companhia, com os visitantes tentando recuperar o mando de quadra. O alvinegro terá o desfalque do armador francês Tony Parker, que se machucou durante o jogo 2 e está fora da temporada. O time mandante, por sua vez, contará com todo o elenco à disposição.
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Confrontos na série (1-1)
01/05/2017 – Spurs 99 x 126 Rockets
Foram impressionantes 27 pontos de vantagem para o Rockets sobre o no jogo 1. O time visitante não tomou conhecimento do rival texano e fez o que bem quis em pleno AT&T Center. Pelos alvinegros, destaque para Kawhi Leonard, com 21 pontos, 11 rebotes e seis assistências. O oponente contou com boas exibições de Trevor Ariza, com 23 pontos, James Harden, com 20 pontos e 14 assistências, e Clint Capela, com 20 pontos e 13 rebotes.
03/05/2017 – Spurs 121 x 96 Rockets
Com grande atuação de Kawhi Leonard, que deixou a quadra com 34 pontos, oito assistências, sete rebotes e três roubadas de bola, o Spurs atropelou o Rockets e devolveu a derrota sofrida no jogo 1 na mesma moeda. A nota triste para os torcedores do alvinegro ficou por conta da lesão de Tony Parker, que está fora da temporada.


PG – Patty Mills
SG – Danny Green
SF – Kawhi Leonard
PF – LaMarcus Aldridge
C – Dewayne Dedmon
Fique de Olho – Seja como titular ou vindo do banco de reservas, Patty Mills terá sua importância na rotação do Spurs aumentada após a lesão de Parker. Na temporada regular, o armador apresentou médias de 9,5 pontos e 3,5 assistências em 21,9 minutos por exibição, números que se transformaram em 12,1 pontos e 5,9 assistências em 28,3 minutos por partida contando somente os oito jogos em que fez parte do quinteto inicial. Nos playoffs, até aqui, o australiano sustenta 9,4 pontos e 2,2 assistências em 17 minutos por noite.


PG – Patrick Beverley
SG – James Harden
SF – Trevor Ariza
PF – Ryan Anderson
C – Clint Capela
Fique de Olho – Sem um adversário do calibre de Tony Parker para marcar, Patrick Beverley pode perder espaço no Rockets. que pode dar mais minutos para os pontuadores Eric Gordon e Lou Williams na posição. Até aqui, nos playoffs, o armador titular do time de Houston tem médias de 11 pontos, 5,7 rebotes e 3,1 assistências em 27,4 minutos por exibição.
Spurs (1) vs. Rockets (1) – Na mesma moeda
121×96
Após perder o jogo 1 por 27 pontos, o San Antonio Spurs recebeu recebeu novamente o Houston Rockets nesta quarta-feira (3), pela semifinal da Conferência Oeste, e derrotou o rival texano por 121 a 96. Apesar da vitória, o destaque negativo fica por conta da lesão de Tony Parker, que está fora do resto da temporada. Confira, a seguir, como foi o duelo:

Leonard e Parker foram os principais pontuadores da equipe (Mark Sobhani/NBAE via Getty Images)
Más notícias primeiro
Uma das piores coisas que poderiam acontecer ao Spurs nestes playoffs ocorreu nessa quarta. Ao executar um arremesso de dentro do garrafão, Tony Parker caiu de mau jeito e teve de ser retirado de quadra pelos companheiros. Momentos mais tarde foi divulgado pela equipe que o armador não voltaria mais para o jogo. Segundo Gregg Popovich, a situação era feia.
Dito e feito. Parker precisará por cirurgia e não volta mais às quadras nesta pós-temporada. O armador francês rompeu tendão do quadríceps na queda, que ocorreu na metade do último quarto. De acordo com o jornalista Michael C. Wright, da ESPN americana, o atleta passou por exames de ressonância e precisará ser operado. A franquia de San Antonio divulgou um comunicado oficial na tarde desta quinta-feira oficializando a informação.
Parker já tem 34 anos e há quem afirme que seu afastamento das quadras pode ser definitivo. O armador terminou o jogo com 18 pontos e quatro assistências, atingindo também a marca de 4.000 pontos na carreira e, ao lado de LeBron James, se tornou o único jogador a atingir tal marca somada à de mil assistências nos playoffs. Confira o lance aos 1:55 do resumo abaixo.
Dejounte Murray e Patty Mills são os cotados para assumir a vaga de Parker no time.

Gasol dominou os rebotes (Mark Sobhani/NBAE via Getty Images)
O jogo
Não há quem não ficou mordido ou preocupado diante da atuação da equipe no primeiro jogo contra o Rockets. Afinal, perder de 27 pontos em casa não é algo que se vê todo dia. Até Tim Duncan, astro recém aposentado, foi visto nos treinos tendo uma conversa particular com o ala-pivô LaMarcus Aldridge.
A equipe pareceu que acordou do pesadelo do dia 1º de maio, abrindo logo no início 30 a 5 no placar. Muito disso por conta da defesa aplicada em James Harden, que praticamente foi anulado. Foi na terceira parcial que o alvinegro conseguiu abrir sua maior vantagem na partida até então. Mas foi também quando o Barba resolveu aparecer para o jogo. Pelo lado do Spurs, o ala-armador Jonathon Simmons voltou a apresentar bom desempenho na parcial, ajudando o time.
No último quarto, Harden e Leonard começaram no banco, mas logo vieram à quadra. Como no resto da partida, o ala do Spurs prevaleceu sobre o rival.
Ryan Anderson foi o encarregado da pontuação do time de Houston em noite em que seu principal cestinha havia sido anulado. Mas não foi o bastante para colocar a equipe no jogo.
No geral, a equipe de San Antonio mostrou o que se espera de um time comandado por Gregg Popovich. O jogo não ficou apenas centrado em Leonard. Foram utilizadas movimentações sem bola, trabalho coletivo e passes precisos que culminaram em cestas. Até então, o Rockets havia marcado pelo menos 100 pontos em todos os jogos de playoffs deste ano.
Defesa!
Já dizia o sábio: ataque vence jogo, defesa vence campeonato. Todos os atletas marcados por Kawhi Leonard na primeira metade de partida não pontuaram quando defendidos pelo astro do Spurs. Vale destacar também o volume de jogo do Rockets, que ficou mais distribuído graças à forte marcação do ala em Harden, que teve atuação bem abaixol, anotando apenas 13 pontos e convertendo somente três dos 17 arremessos de quadra que tentou.
Destaque também para o empenho defensivo de Pau Gasol. O pivô vinha de atuações bem abaixo do esperado, mas conseguiu se redimir e, apesar de fazer apenas seis pontos, contribuiu com 13 rebotes, sendo sete defensivos, e quatro tocos. Para os problemas que Popovich tem de encontrar um companheiro à altura de Aldridge, esta foi uma boa solução.
Próximos duelos
Confira abaixo o calendário de confrontos da série entre Spurs e Rockets:
01/05/2017 – Spurs 99 vs 126 Rockets
03/05/2017 – Spurs 121 vs 96 Rockets
05/05/2017 – Spurs @ Rockets
07/05/2017 – Spurs @ Rockets
09/05/2017 – Spurs vs Rockets
11/05/2017 – Spurs @ Rockets (se necessário)
14/05/2017 – Spurs vs Rockets (se necessário)
Destaques da Partida
San Antonio Spurs
Kawhi Leonard – 34 pontos, 8 assistências, 7 rebotes e 3 roubos de bola
Tony Parker – 18 pontos, 4 assistências e 3 rebotes
LaMarcus Aldridge – 15 pontos, 8 rebotes e 2 tocos
Jonathon Simmons – 14 pontos
Danny Green – 12 pontos, 3 rebotes e 3 assistências
Houston Rockets
Ryan Anderson – 18 pontos e 8 rebotes
Eric Gordon – 15 pontos e 3 rebotes
Clint Capela – 14 pontos e 3 rebotes
James Harden – 13 pontos, 10 assistências e 7 rebotes
Patrick Beverley – 12 pontos e 3 assistências
Spurs (0) vs. Rockets (1) – Semifinal do Oeste

San Antonio Spurs vs Houston Rockets – Semifinal da Conferência Oeste
Data: 03/05/2017
Horário: 22h30 (Horário de Brasília)
Local: AT&T Center
Onde assistir: SporTV 3 e NBA League Pass
Cotação no Apostas Online: Spurs 1,41 (favorito) x Rockets 3,06
Após ser atropelado em casa pelo Houston Rockets no jogo 1 da semifinal da Conferência Oeste, o San Antonio Spurs entra em quadra mais uma vez nesta quarta-feira (3) contra o rival texano com o objetivo de corrigir os erros do primeiro encontro e empatar a série. O técnico Gregg Popovich deverá repensar algumas situações, e alguns jogadores terão de contribuir mais, como LaMarcus Aldridge, que anotou quatro pontos e seis rebotes na partida anterior, e Danny Green, que fez oito pontos, todos quando o duelo já estava decidido.
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Confrontos na série (0-1)
01/05/2017 – Spurs 99 vs 126 Rockets
Foram impressionantes 27 pontos de vantagem para o Rockets sobre o no jogo 1. O time visitante não tomou conhecimento do rival texano e fez o que bem quis em pleno AT&T Center. Pelos alvinegros, destaque para Kawhi Leonard, com 21 pontos, 11 rebotes e seis assistências. O oponente contou com boas exibições de Trevor Ariza, com 23 pontos, James Harden, com 20 pontos e 14 assistências, e Clint Capela, com 20 pontos e 13 rebotes.


PG – Tony Parker
SG – Danny Green
SF – Kawhi Leonard
PF – LaMarcus Aldridge
C – David Lee
Fique de Olho – Analisando o retrospecto da temporada regular, era possível dizer que o Rockets daria trabalho ao Spurs, mas nem tanto como no jogo 1. Assim como foram nas 82 partidas da fase de classificação e também na série diante do Memphis Grizzlies, Kawhi Leonard é o responsável por ser o termômetro da equipe. Com problemas no garrafão, o ala deverá ser ainda mais solicitado, tanto na defesa como no ataque.


PG – Patrick Berveley
SG – James Harden
SF – Trevor Ariza
PF – Ryan Anderson
C – Clint Capela
Fique de Olho – Nem o mais otimista torcedor do Rockets poderia prever tal vitória fora de casa sobre o Spurs por 27 pontos. Para quem não assistiu à partida, basta olhar os números que ficará evidente um defeito do time alvinegro que foi evidenciado na série contra o Grizzlies: o garrafão. A fraca defesa da equipe de San Antonio e a falta de peças à altura fez Clint Capela se sentir à vonade e ser um dos destaques da noite, com 20 pontos e 13 rebotes.
Spurs (0) vs Rockets (1) – Assustador

99×126
Nessa segunda-feira (1º), o San Antonio Spurs recebeu o Houston Rockets no AT&T Center e abriu a série, válida pela semifinal da Conferência Oeste, com uma das piores derrotas da história da franquia em playoffs. Vamos, a seguir, aos destaques do confronto.

Aldridge ficou sobrecarregado no garrafão (Mark Sobhani/NBAE via Getty Images)
Sem resposta
Seja lá qual foi o plano de jogo do Spurs para a partida, ou ele deu muito errado ou a equipe não soube executá-lo. O versátil ataque do Rockets impôs a pior derrota de Gregg Popovich como técnico na abertura de uma série, em ofensiva baseada nos arremessos de três pontos. Foram 22 convertidos em 50 tentados, recordes contra o alvinegro em duelos de pós-temporada. Os visitantes chegaram a estar vencendo por 39 pontos de vantagem. Seis atletas do time de Houston terminaram o jogo com dígitos duplos. É para esquecer!

Nem Kawhi salvou (Jesse D. Garrabrant/nba.com/rockets)
Cadê a ajuda?
Assim como na defesa, no ataque nada deu certo para o Spurs. Dewayne Dedmon saiu da rotação desde que ficou doente antes do jogo 4 contra o Memphis Grizzlies, dando lugar a David Lee entre os titulares, com Davis Bertans completando a segunda unidade. O problema é que, com o ex-All-Star em quadra, o time fica claramente mais limitado defensivamente. LaMarcus Aldridge definitivamente não funcionou como pivô, deixando a quadra com quatro pontos e seis rebotes em 25 minutos e saldo de -36. E o ala-pivô não ajudou, com quatro pontos e sete rebotes em 28 minutos. Além de Kawhi Leonard, só Tony Parker e Jonathon Simmons chegaram aos dígitos duplos.
E agora?
A presença de Lee no quinteto inicial claramente machuca o Spurs defensivamente. Apesar de ser bom nos rebotes, o ala-pivô não é ágil o bastante para poder acompanhar Ryan Anderson no perímetro.
Além disso, o big man não tem um jogo de costas bom o bastante para punir o ala-pivô do Rockets do outro lado da quadra. Para finalizar, o jogador do Spurs não tem a fisicalidade necessária para trombar com Clint Capela e/ou Nenê embaixo da cesta. Com isso, acaba sobrecarregando Aldridge na defesa do garrafão. Talvez seja hora de Pop considerar uma mudança no quinteto titular, promovendo o retorno de Dedmon ou lançando Bertans, o que seria improvável, dado o histórico de conservadorismo do técnico com novatos.
Cabeça quente
Após ver o time ser atropelado e entrar somente no garbage time depois até de nomes como Dejounte Murray e Kyle Anderson, Dedmon se envolveu em discussão com James Harden que foi separada por Nenê. Os dois pivôs foram expulsos da partida. Foi a primeira ejeção de um jogador do Spurs em uma partida de playoff desde que Robert Horry foi excluído contra o Phoenix Suns de Mike D’Antoni, que curiosamente hoje é o técnico do Rockets.
Destaques da partida
San Antonio Spurs
Kawhi Leonard – 21 pontos, 11 rebotes e 6 assistências
Tony Parker – 11 pontos, 4 rebotes e 3 assistências
Jonathon Simmons – 11 pontos
Houston Rockets
Trevor Ariza – 23 pontos, 4 rebotes e 2 roubos de bola
James Harden – 20 pontos, 14 assistências e 4 roubos de bola
Clint Capela – 20 pontos, 13 rebotes e 2 tocos
Ryan Anderson – 14 pontos, 6 rebotes, 3 assistências e 2 roubos de bola
Lou Williams – 13 pontos e 3 rebotes
Eric Gordon – 11 pontos, 4 assistências e 3 rebotes


