Arquivo mensal: maio 2014
Spurs (1) vs Blazers (0) – Boas vindas, Portland
116×92
No primeiro jogo das semifinais da Conferência Oeste, vitória surpreendentemente fácil para o San Antonio Spurs sobre o Portland Trail-Blazers. A partida, que foi disputada nesta terça-feira (6) em domínios texanos, mostrou um alvinegro dominante, não deixando o time visitante estar à frente no marcador em nenhum momento da partida e alcançando o triunfo de forma tranquila. Confira, a seguir, os principais pontos do confronto.
O termômetro Parker
Na complicada série contra o Dallas Mavericks, o Spurs só conseguiu vencer com tranquilidade uma partida, que foi justamente a última da série. Na ocasião, o destaque foi Tony Parker, que saiu de quadra com 32 pontos. Contra o Blazers, o camisa #9 atingiu 33 – é a primeira vez desde 2008 que o francês registra dois jogos seguidos com mais de 30 pontos nos playoffs. Além disso, o armador mostrou uma postura agressiva, atacando a cesta e penalizando o oponente com seu eficiente arremesso de meia distância. O time de San Antonio é conhecido pelo seu jogo coletivo, mas podemos afirmar que as atuações de Parker são quase sempre um termômetro. Quando ele está endiabrado, normalmente a vitória vem.
Boas Notícias
Entrevistado ao final da partida, Parker disse: “A notícia é boa é o Marco (Belinelli). Ele está de volta”, Apagado na primeira rodada dos playoffs, o ala-armador italiano voltou à sua boa forma da temporada regular, marcando 19 pontos – na série de 7 jogos contra o Mavs, ele somou apenas 22 no total – e mostrando eficácia nos seus arremessos. Além dele, Aron Baynes, que de maneira inesperada recebeu oportunidades nesta partida, teve boa atuação, registrando dez pontos e sete rebotes em apenas 14 minutos de ação.
Defesa
O clichê é velho, mas é real. A defesa ganha campeonatos, e ela foi um fator diferencial para a vitória texana nesta terça-feira. O Spurs conseguiu limitar o aproveitamento adversário da linha dos três pontos a 25%, sendo que a primeira cesta de longa distância convertida pelo Blazers veio somente no último período, quando a defesa da equipe de San Antonio já havia dado uma “afrouxada” e algumas rotações não usuais foram colocadas em quadra.
LaMarcus Aldridge, apontado como principal ameaça pela análise da série feita pelos blogueiros do Spurs Brasil, mostrou para o que veio, com 32 pontos e 14 rebotes. Mas, mesmo com seus bons números, vale ressaltar o trabalho defensivo feito sobre ele, principalmente de Tiago Splitter, que segurou bem o ala-pivô quando este tentava fazer suas jogadas próximo à cesta. E, sem desmerecer o astro adversário, mas boa parte de seus pontos foram anotados quando a diferença já era elástica e a marcação ficou mais leve. Mas é importante ficar alerta – quando marcado por Boris Diaw, Aldridge, pelo seu tamanho e agilidade, foi dominante e não teve dificuldade para pontuar.
Pra Manter o ritmo
Quinta-feira, as equipes voltam a duelar, mais uma vez em domínios texanos. A torcida fica para que a equipe não sinta o cansaço, especialmente os veteranos, como Tim Duncan e Manu Ginobili, e que o ritmo e o nível das duas últimas exibições possa ser mantido.
https://www.youtube.com/watch?v=e2ffOF59zeo
Destaques da partida
San Antonio Spurs
Tony Parker – 33 pontos e 9 assistências
Marco Belinelli – 19 pontos e 3 rebotes
Kawhi Leonard – 16 pontos, 9 rebotes e 4 roubadas de bola
Portland Trail-Blazers
LaMarcus Aldridge – 32 pontos e 14 rebotes
Damian Lillard – 17 pontos, 4 rebotes e 3 assistências
Robin Lopez – 10 pontos e 11 rebotes
Spurs (0) vs Blazers (0) – Semifinais de Conferência

San Antonio Spurs vs Portland Trail Blazers – Semifinais de Conferência
Data: 06/05/2014
Horário: 22h30 (Horário de Brasília)
Local: AT&T Center
Cotação no Apostas Online: Spurs 1,34 (favorito) vs Blazers 3,32
Começa um novo duelo. Depois do San Antonio Spurs se classificar aos “trancos e barrancos” contra o Dallas Mavericks, a pedreira agora é o Portland Trail Blazers. A equipe, que conta com atletas de alto nível, como Damian Lillard, LaMarcus Aldridge e Nicolas Batum, busca ir contra as estatísticas e avançar às finais da Conferência Oeste. O confronto promete ser acirrado, como preveem os blogueiros do Spurs Brasil. O adversário já mostrou seu valor eliminando o fortíssimo Houston Rockets, em série que durou seis jogos na primeira rodada.


PG – Tony Parker
SG – Danny Green
SF – Kawhi Leonard
PF – Tim Duncan
C – Tiago Splitter
Fique de Olho – Tiago Splitter foi o destaque da série contra o Mavs, exercendo grande trabalho defensivo na principal estrela adversária, o ala-pivô Dirk Nowitzki, além de se mostrar eficiente no lado ofensivo, com médias de 10,7 pontos na pós-temporada, acertando 62% dos seus arremessos de quadra. Mas a dureza continua para o pivô, que mais uma vez terá de marcar o melhor jogador do oponente dessa vez, o ala-pivô LaMarcus Aldridge.


PG – Damian Lillard
SG – Wesley Matthews
SF – Nicolas Batum
PF – LaMarcus Aldridge
C – Robin Lopez
Fique de Olho – LaMarcus Aldridge sempre deu trabalho quando enfrentou o Spurs, e agora, atravessando o que talvez seja o melhor momento de sua carreira, vai fazer de tudo para levar sua equipe às finais da Conferência Oeste. Enfrentando o fortíssimo garrafão de Houston, o ala-pivô teve médias de 29,8 pontos e 11,2 rebotes por exibição. E uma curiosidade: o astro é texano, natural da cidade de Dallas. Será que vai querer se vingar pelos seus conterrâneos?
Prévia de Spurs x Blazers – Semifinal do Oeste

Parker x Aldridge: quem fará maior diferença? (NBAE/Getty Images)
Foi mais difícil do que esperava, mas enfim chegamos lá! Depois de suar a camisa contra o Dallas Mavericks e precisar de sete jogos para eliminar o rival texano, o San Antonio Spurs se classificou para enfrentar o Portland Trail Blazers pela semifinal da Conferência Oeste, que derrubou o também texano Houston Rockets na fase anterior.
Spurs e Blazers começam a se enfrentar já nesta terça-feira, no AT&T Center (Clique aqui e veja a agenda completa da série). Ao longo da temporada regular, as duas equipes mediram forças quatro vezes, com duas vitórias para cada lado. Relembre os confrontos a seguir:
03/11/2013 – Spurs 105 @ 115 Blazers
Jogando como visitante, o Spurs sofreu sua primeira derrota na temporada 2013/2014 no seu terceiro compromisso na campanha, o primeiro diante do Blazers. Tim Duncan, com 24 pontos e sete rebotes, se destacou. Do lado da equipe de Portland, o cestinha foi Damian Lillard, com 25 pontos, além de sete assistências e sete rebotes.
17/01/2014 – Spurs 100 vs 109 Blazers
No primeiro duelo entre as duas equipes disputado no AT&T Center, casa do Spurs, deu Blazers novamente. Sem contar com Danny Green e Tiago Splitter, machucados, o time de San Antonio viu Manu Ginobili, com 29 pontos, sete rebotes e cinco assistências, se destacar. LaMarcus Aldridge, com 26 pontos e 13 rebotes, foi o cestinha do oponente.
19/02/2014 – Spurs 111 @ 109 Blazers
No penúltimo jogo da Rodeo Road Trip, o Spurs, sem Tony Parker, Kawhi Leonard e Tim Duncan, venceu o Blazers, que não contava com LaMarcus Aldridge. O destaque do time texano foi o surpreendente Patrick Mills, que deixou a quadra com 29 pontos. Mas o cestinha da partida foi Damian Lillard, da equipe da casa, que anotou 31 pontos e seis assistências.
12/03/2014 – Spurs 103 vs 90 Blazers
Na única vitória que conseguiu em casa sobre o Blazers na temporada, o Spurs contou com a sorte, já que LaMarcus Aldridge deixou o jogo no terceiro período por conta de dores nas costas. Novamente Patrick Mills, dessa vez com 15 pontos, foi o cestinha do alvinegro. O maior pontuador do Blazers foi Damian Lillard, que deixou a quadra com 23.
Agora, chegou a hora do Spurs medir forças com o adversário pelos playoffs de 2014. A seguir, os blogueiros do Spurs Brasil contam o que esperam da série e dos jogadores que poderão ajudar a decidi-la. Confira as análises abaixo:
Bruno Alves
Palpite: Spurs 4 a 3
Durante a temporada regular, o Spurs teve trabalho enfrentando o Blazers, que possui, na opinião deste blogueiro, o melhor ala-pivô da atualidade: LaMarcus Aldridge. Damian Lillard, autor do fantástico buzzer beater que venceu a série contra o Rockets, vai ser pedra no sapato da equipe texana, que mostrou dificuldades para parar Monta Ellis contra o Mavericks. Espero também um crescimento de alguns atletas do banco, especialmente Marco Belinelli, já que eles enfrentarão uma equipe defensivamente inferior à de Dallas. No fim, a experiência do alvinegro falará mais alto, e, anotem aí: Tony Parker vai deitar e rolar.
Peça-chave do Spurs: Tony Parker
Peça-chave do Blazers: LaMarcus Aldridge
Leonardo Sacco
Palpite: Spurs 4 a 2
Depois de sofrer de maneira inesperada e desnecessária na série contra o Mavericks, acho que o Spurs encontra um adversário teoricamente mais tranquilo. Apesar de estar muito bem e ter ido bem contra o alvinegro na temporada regular, o Blazers basicamente não defende. Contra o Rockets, pagou por isso e fez diversas prorrogações, o que o faz estar no mesmo nível de cansaço dos texanos mesmo com um jogo a menos. Por terem LaMarcus Aldridge e Damian Lillard em fase espetacular, não devem vender a série tão facilmente. Mas, depois de seis jogos, finalmente irão encontrar uma marcação para tentar pará-los. Aproveitando as brechas adversárias, é hora de Marco Belinelli finalmente entrar nos playoffs.
Peça-chave do Spurs: Tim Duncan
Peça-chave do Blazers: LaMarcus Aldridge
Lucas Pastore
Palpite: Spurs 4 a 2
A equilibrada série contra o Mavericks tem um lado bom e um lado ruim. A parte negativa é o cansaço, já que Tim Duncan e Manu Ginobili não são mais garotos e Tony Parker está limitado por problemas físicos desde que jogou o Eurobasket pela França na offseason, se sagrando campeão continental com Les Bleus. A parte positiva é que o elenco texano já está em ritmo de playoffs – o que será fundamental contra a enérgica e atlética equipe do Blazers. O time de Portland até tem bons marcadores individuais, como Wesley Matthews, Nicolas Batum e Robin Lopez, mas não tem uma defesa coletiva bem monada e ainda carece de experiência em partidas decisivas. Por isso, acredito que o Spurs vai jogar a final da Conferência Oeste.
Peça-chave do Spurs: Tony Parker
Peça-chave do Blazers: LaMarcus Aldridge
Vinicius Esperança
Palpite: Spurs 4 a 3
A série contra o Mavericks mostrou que temporada regular é uma coisa e playoffs é outra. O rival texano, que sofreu nas mãos do Spurs durante a fase de classificação, foi uma pedra no sapato durante a série anterior, válida pela primeira rodada. Contra o Blazers, os texanos de San Antonio tiveram trabalho no campeonato, e o mata-mata tem tudo para ser tão duro quanto. LaMarcus Aldridge e Damian Lillard estão jogando muito. Além de ser fato que ganhar uma série por 4 a 2 contra uma equipe que tem James Harden e Dwight Howard não é pra qualquer um. Será uma grande série, com grandes partidas, e as defesas serão muito exigidas.
Peça-chave do Spurs: Tiago Splitter
Peça-chave do Blazers: LaMarcus Aldridge
Olho neles!

Dois dos quatro blogueiros que participaram da prévia elegeram Tony Parker como peça fundamental do Spurs na série. Será que ele estará 100%? Conseguirá fazer Damian Lillard gastar energia na sua marcação – ou obrigar o Blazers a fazer um ajuste e puxar um dos alas para defendê-lo? Na temporada regular, o armador francês perdeu uma partida contra o adversário por estar lesionado, e apresentou médias de apenas 12,7 pontos, seis assistências e cinco rebotes em 32,8 minutos por exibição nas outras três. Reage, craque!

Por unanimidade, LaMarcus Aldridge foi eleito pelos quatro blogueiros que participaram da prévia como peça fundamental para que o Blazers possa sonhar com a vitória sobre o Spurs. O ala-pivô vem de uma série em que obteve desempenho assustador contra o Rockets, obtendo, em média, 29,8 pontos e 11,2 rebotes em 41,1 minutos por exibição. Nos três jogos que disputou contra o alvinegro texano na temporada regular (perdeu um por lesão) e teve, em média, 21,3 pontos e oito rebotes em 32,5 minutos por partida. Olho nele, Tiago Splitter!
Spurs (4) vs Mavericks (3) – Que venham as semifinais!

119×96
A primeira série do time neste ano durou mais do que todos esperavam, mas, enfim, deu San Antonio Spurs. Neste domingo (4), disputando o jogo 7 em casa, a equipe texana venceu o Dallas Mavericks por 119 a 97 e finalmente fechou o confronto, válido pela primeira rodada dos playoffs da Conferência Oeste, se classificando para enfrentar o Portland TrailBlazers na próxima fase. Confira, a seguir, os principais pontos da partida decisiva.

Parker foi o destaque da partida (NBAE/Getty Images)
Mercy, Parker!
O Spurs, que não teve facilidade em nenhum outro jogo da série, conseguiu atropelar o Mavs no duelo derradeiro. O que mudou? A princípio, a postura de Tony Parker neste domingo. Agressivo desde o princípio, o armador não deu chances para os jogadores mais pesados da equipe de Dallas quando aconteciam trocas na marcação e abusou as infiltrações, batendo Samuel Dalembert e Dirk Nowitzki no drible e até mesmo discutindo com o ex-companheiro DeJuan Blair após converter uma cesta. O francês deixou a quadra como cestinha da partida ao marcar 32 pontos, além de ter anotado quatro assistências e quatro rebotes.

Caçado próximo à cesta, Manu foi bem (NBAE/Getty Images)
O Big Three vive
Boa parte da estratégia relativamente bem sucedida do Mavs na série se concentrava em tirar os arremessos de três pontos dos coadjuvantes do Spurs e fazer com que os astros da equipe texana se virassem no mano a mano contra bons defensores, como Shawn Marion e Samuel Dalembert. Deu certo em algumas partidas, mas não na deste domingo. Além de Tony Parker, cestinha do embate, Manu Ginobili obteve 20 pontos, seis roubos de bola, cinco assistências e três rebotes, e Tim Duncan deixou a quadra com 15 pontos, oito rebotes e dois tocos.
Os coadjuvantes
Se nos seis primeiros jogos o sofrimento do Big Three do Spurs se deu por falta de ajuda dos coadjuvantes, dessa vez não há do que reclamar. Ao menos três tiveram desempenho importante na partida deste domingo. Kawhi Leonard foi bem no terceiro quarto, quando o Mavs ameaçava reagir, e deixou a quadra com 15 pontos e seis rebotes.
Danny Green, enfim calibrado, converteu quatro das seis bolas de três que tentou ao longo da partida, anotando 16 pontos e três rebotes. E Boris Diaw teve atuação completa, com oito pontos, sete rebotes e cinco assistências e boa defesa sobre Nowitzki. Aí sim!
Sem respirar
A fácil vitória deste domingo sobre o Mavs fez com que Gregg Popovich pudesse descansar o elenco, terminando o jogo com quinteto formado por Cory Joseph, Marco Belinelli, Matt Bonner, Jeff Ayres e Aron Baynes. Ação importante do técnico, já que o Spurs começa a enfrentar o Blazers, pela semifinal da Conferência Oeste, já na terça-feira, em San Antonio.
Destaques da partida
San Antonio Spurs
Tony Parker – 32 pontos, 4 assistências e 4 rebotes
Manu Ginobili – 20 pontos, 6 roubos de bola, 5 assistências e 3 rebotes
Danny Green – 16 pontos e 3 rebotes
Tim Duncan – 15 pontos, 8 rebotes e 2 tocos
Kawhi Leonard – 15 pontos e 6 rebotes
Dallas Mavericks
Dirk Nowitzki – 22 pontos e 9 rebotes
Devin Harris – 17 pontos e 3 assistências
Monta Ellis – 12 pontos
Vince Carter – 10 pontos, 4 assistências e 4 rebotes
Com a palavra, o técnico
Em duas semanas, ao fim do dia, todos os times da WNBA já terão entrado em quadra para jogar as suas primeiras partidas de 2014. Com data marcada para o dia 16 de maio, o início da nova temporada da liga nacional de basquete feminino norte-americana contará com jogos importantes – e até polêmicos. O San Antonio Stars está entre os que puxam o trem deste ano e enfrenta o Atlanta Dream na sexta-feira de inauguração.
2013 foi um ano difícil para o Stars. Muitas jogadoras se contundiram no campeonato, a ponto de em alguns duelos o time ter apenas três atletas no banco. A ausência em tempo integral de Becky Hammon e Sophia Young, por lesões graves, interferiu completamente no desenvolvimento de uma boa temporada. Agora, porém, as peças se unem novamente.
Todas as jogadoras estão saudáveis e, para ajudar, o Stars teve uma boa posição no Draft e pôde escolher uma universitária de peso: Kayla McBride, vice-campeã da NCAA com Notre Dame. Uma armadora de muita habilidade e bastante pontuadora.
A offseason teve algumas novidades importantes, mais concernentes à estrutura da franquia. A começar pelo nome: de San Antonio Silver Stars, as texanas agora serão chamadas apenas por San Antonio Stars, uma alteração que deixa a nomenclatura mais semelhante à de seu respectivo coirmão masculino, o San Antonio Spurs (conhecem esse time?). Além disso, foi anunciada uma parceria oficial com a empresa H-E-B, cuja marca será estampada na área nobre da camisa da equipe. Inclusive, os uniformes também mudaram. Estão mais bonitos e personalizados do que os utilizados nas últimas temporadas.
A parte mais importante, porém, é que o Vestiário Feminino, coluna dominical do Spurs Brasil, voltou. Há três anos, esse espaço é reservado para a cobertura do San Antonio Stars e é com muita alegria que cada texto publicado aqui é feito. Quem acompanha o basquete feminino com seriedade sabe a importância dessa exposição de um time da modalidade. Então, muito obrigada novamente ao Lucas Pastore e a todos os outros membros deste site tão respeitado.
Para dar início aos trabalhos desta temporada, o Vestiário Feminino traz até vocês uma entrevista exclusiva com o Dan Hughes, comandante do San Antonio Stars há dez temporadas. Neste período, levou a equipe a praticamente todos os playoffs que pôde, ganhou uma final de conferência e conquistou o vice-campeonato da WNBA, em 2008. Em duas oportunidades, foi escolhido o técnico do ano como reconhecimento de suas ações à frente do time. A chegada de Becky Hammon foi fruto de uma movimentação dele, assim como a de Sophia Young.
Seu trabalho com as novas jogadoras é bem conhecido, tanto que Sophia Young, Danielle Robinson e Danielle Adams são frutos de seus “olhos para os rejeitados”. Apesar de algumas atitudes polêmicas e uma certa rejeição de torcedores ingratos (como todo torcedor, em algum momento, inevitavelmente é), Hughes deixou de ser apenas técnico e virou também gerente geral.
Ele é daqueles comandantes que não conseguem ficar parados no banco: fala com o árbitro incessantemente, até levar a segunda ou terceira falta técnica. Com suas atletas, funciona como um pai. Com suas gravatas… bom, é divertido, digamos.
Nesta entrevista, sua primeira para um veículo brasileiro na história, Hughes se mostra um cara político – no bom sentido –, sempre valorizando o coletivo acima de tudo. Ninguém passa despercebido, desde as principais jogadoras às novatas que ainda lutam por espaço e seus assistentes. Evita polêmicas, como a permanecia de Jayne Appel e as manifestações anticasamento gay de Sophia Young no ano passado, mas rasga o coração quando pensa – ou melhor, diz que prefere não pensar – em Becky Hammon aposentada.
Então, aproveitem este domingo de muito basquete, e muita torcida pelo San Antonio Spurs contra o Dallas Mavericks, para ler o que esse técnico muito inteligente tem a falar.
Até a próxima semana!
Vestiário Feminino: Você poderia comentar as mudanças estruturais que aconteceram no San Antonio Stars para a temporada 2014? Temos novas camisas, uma nova maneira de interagir com o torcedor (conta no snapchat, por exemplo), uma estratégia de mídias sociais diferente (#RiseAsOne) e mais frequente. Enfim, qual é o objetivo da organização como franquia para 2014?
Dan Hughes: Acho que tivemos um passado muito bom como Silver Stars. Foi muito divertido ver o crescimento da franquia nos dez anos em que estou aqui. Acho que estamos tão animados quanto ou mais animados em relação ao futuro. O mundo no qual vivemos agora: o Stars e ser parte desse grupo seguindo em frente, significa que existe uma previsão muito boa para nós. Assim como prezamos muito pelo nosso passado, acho que temos expectativas ainda maiores em relação ao futuro. Esse é o modo pelo qual movemos o Stars para a frente e nos dá oportunidade de crescimento.

Apresentação da nova camisa do San Antonio Stars para 2014, com a marca H-E-B estampada (Kin Man Hui/San Antonio Express-News)
VF: Como você vê essa novidade de colocar os nomes de patrocinadores nas camisas dos times da WNBA? O Stars acabou de inserir a do H-E-B, mas outras franquias já o haviam feito há algumas temporadas. O time demorou mais para aderir a essa prática pois tem mais tranquilidade em finanças por ser gerido pela Spurs Sports & Entertainment?
DH: Estou muito animado com a parceria. Na nossa comunidade, o Spurs e a H-E-B têm sido parceiros por muitos anos e nós assistimos os benefícios recebidos por ambas as partes. Agora, o Stars e a H-E-B se unindo de uma maneira parecida faz dessa uma parceria que é bem empolgante de se ver para o time e analisar onde esse duo vai nos levar. Nós fomos uma das últimas equipes a ter um patrocinador estampado, então o fato de que nos unimos à H-E-B é uma união perfeita em San Antonio e algo que estou muito empolgado para ver rolar nos próximos anos.
VF: Agora, em relação ao elenco. No ano passado o time teve muitos desfalques, principalmente com Becky Hammon e Sophia Young afastadas. Para este temporada, todas estão de volta, saudáveis e ainda encontram uma excelente escolha do Draft: Kayla McBride. Como está o ânimo para os jogos que estão por vir?
DH: Estou muito feliz por juntarmos as peças novamente. A chegada de Kayla e outras jogadoras nos permite ser muito otimistas em relação às oportunidades que temos aqui em San Antonio. Apesar de no último ano termos enfrentado muitas lesões, acredito que as jogadoras fizeram muito para se desenvolver neste período. As que estavam machucadas fizeram grandes esforços para se recuperar na offseason. Algumas adições, como Kayla, estão aqui para se incorporarem ao time. Acho que isso nos permite uma nova profundidade e nos dá oportunidades de um jogo coletivo único na WNBA, então estamos animados para ver essa mistura em quadra.

No ano passado, Dan Hughes conquistou sua 200ª vitória na WNBA, contra o New York Liberty de Bill Laimbeer. Lesionadas, Sophia Young e Becky Hammon prestigiaram o comandante na oportunidade (Carmen Santiago)
VF: Gostaria que você comentasse sobre as novatas, que hoje não são tão novas assim. Danielle Adams e Danielle Robinson entraram na WNBA em 2011, pelo Silver Stars, e continuam até hoje. De novatas passaram a jogadoras de grande responsabilidade e, inclusive, no ano passado tiveram de assumir posição de liderança diante da ausência das franchise players. Como avalia a evolução dessas duas jogadoras?
DH: Acredito ser correto afirmar que elas seguiram com suas carreiras à medida em que o tempo passou. Melhoraram ano após ano e chegaram à sua quarta temporada na WNBA. Muitas vezes eu acredito que esse é um período no qual as jogadoras podem dar um outro passo adiante para chegar a uma posição de liderança. Elas se tornaram atletas que podem jogar em momentos cruciais e que ao mesmo tempo são boas o suficiente para ajudar a desenvolver outros elementos do nosso time. Esse é o próximo passo natural para essas jogadoras. Se elas são líderes dentro do nosso estilo de jogo? Sim.
VF: A propósito, o Stars tem quatro importantes jogadoras que começaram sua carreira na franquia e estão nela até hoje: Sophia Young, Jayne Appel, Danielle Robinson e Danielle Adams. Todas essas apresentam crescimento a cada temporada. Como é o trabalho da franquia com suas novatas?
DH: Isso tem muito a ver com os meus assistentes e a cultura que temos aqui. Somos muito acolhedores com jogadoras que querem desenvolver o seu jogo e estão interessadas em melhorar. Trabalhamos muito com o desenvolvimento das atletas e acho que isso se deve muito aos meus assistentes. Essas pessoas têm feito uma quantidade absurda de trabalho individual. Dedicamos nosso tempo a esse propósito com afinco e acreditamos nisso. Essas jogadoras e esses técnicos que estão ao meu lado investem muito no crescimento. Nós damos valor a isso na nossa agenda.
VF: Pode-se dizer que Kayla McBride foi selecionada para ser uma aprendiz de Becky Hammon e substitui-la em um futuro breve?
DH: Honestamente, ela foi escolhida como uma maneira de honrarmos Becky neste momento de sua carreira. Por favor, me perdoe, mas eu realmente não gosto muito de pensar sobre o momento em que Becky não estiver mais aqui no Stars. Eu acho que o fato de Kayla jogar ao lado dela foi algo que se encaixou perfeitamente. Nova aqui, ela disse muitas vezes que quer aprender, e vai aprender muito com Hammon. Mas, de verdade, a decisão foi feita para deixar a Becky confortável porque eu não gosto de pensar como vai ser quando ela não estiver no Stars.
VF: Falar sobre a aposentadoria de Becky Hammon é um assunto triste para qualquer um que acompanha o Stars e o basquete feminino. É possível dizer que a lesão da última temporada pode ter sido um fator determinante para a jogadora pensar mais seriamente o seu adeus às quadras? E sobre seus planos de ser técnica? Ela tem espaço reservado no Stars?
DH: Não sei se teve muito a ver com a lesão do ano passado. É uma fase da vida. A Becky é bem mente aberta em todas as fases de sua vida e ela vai trabalhar bastante para se preparar da maneira correta. A lesão pode ter dado mais tempo para que ela visualizasse seu futuro, mas acho que esse é um progresso natural para uma jogadora de seu calibre, o de se tornar uma técnica. Acredito que ela terá muitas opções em sua vida depois de sair das quadras. Acho que qualquer um receberia Becky mais do que bem como parte da equipe técnica, e isso inclui nós, do Stars.








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