Arquivo mensal: junho 2013
Splitter prevê final dura contra LeBron e o Heat
Para quem não sabe, eu, Lucas Pastore, além de blogueiro no Spurs Brasil, sou editor do LANCE!Net. Lá, tive a oportunidade de, em parceria com Fábio Aleixo, falar com Tiago Splitter, pivô titular do San Antonio Spurs, sobre a final da NBA, em entrevista publicada nesta quarta-feira (5) no Diário LANCE!. No bate-papo, o brasileiro exaltou a defesa e o atleticismo do Miami Heat e projetou um difícil duelo contra LeBron James, astro da franquia da Flórida.

Splitter terá de encarar LeBron na final (Alan Diaz/AP)
“O Miami é o grande favorito desde que começou a temporada, com grandíssimos jogadores, como Dwyane Wade, LeBron James e Chris Bosh. São os caras que sabemos que vão levar o time nas costas no momento importante. O Heat tem uma defesa muito boa. Os jogadores são muito atléticos e isso complica bastante as coisas”, disse Splitter.
“É complicado, porque não existe um antídoto contra ele (LeBron James). Ele é muito grande para a posição em que joga. Se colocar um ala na marcação, ele supera na força física. Se colocar um pivô para defender, ele supera na velocidade. Não há resposta contra isso. A solução é a defesa coletiva, e fazer ajustes”, declarou o pivô do Spurs.
Na entrevista, entre outros assuntos, Splitter também falou sobre a possibilidade de se tornar o primeiro brasileiro campeão da NBA e sobre a parceria com Tim Duncan. Clique aqui e confira na íntegra o bate-papo com o pivô brasileiro do Spurs.
Prévia de Heat x Spurs – Final da NBA

Segura o monstro, Kawhi! (Steve Mitchell/USA TODAY Sports)
Chegou a hora! Em pouco mais de cinco anos de existência, finalmente o Spurs Brasil vai cobrir o San Antonio Spurs em uma final de NBA. Disputando o título da liga profissional americana de basquete, a equipe texana terá pela frente o Miami Heat na série decisiva, que começa já nesta quinta-feira (6).
Para chegar até aqui, o Spurs bateu o Los Angeles Lakers por 4 a 0, o Golden State Warriors por 4 a 2 e o Memphis Grizzlies também por 4 a 0 nos playoffs. Enquanto isso, o Heat venceu o Milwaukee Bukcs por 4 a 0, o Chicago Bulls por 4 a 1 e o Indiana Pacers por 4 a 3, em série que terminou na segunda-feira. O time texano, por sua vez, não joga desde o dia 27/05.
Na temporada regular, o Heat, primeiro colocado na Conferência Leste, teve campanha de 66-16, enquanto o Spurs, vice-líder da Conferência Oeste, teve 58-24. Por isso, a equipe da Flórida terá a vantagem do mando de quadra na série decisiva. Vale lembrar que, ao longo da temporada regular, o time de Miami venceu os dois confrontos, mas em nenhum dos dois os astros dos dois lados estiveram em quadra. Relembre a seguir:
29/11/2012 – Spurs 100 @ 105 Heat
O Spurs decidiu poupar Tony Parker, Manu Ginobili, Danny Green e Tim Duncan da partida e sequer levou o quarteto para a Flórida. A decisão irritou David Stern, comissário da NBA, que impôs uma multa de US$ 250 à franquia. Mesmo assim, o time texano complicou o adversário e só perdeu no fim, tendo Gary Neal, com 20 pontos e sete assistências, como destaque. Do lado do Heat, o cestinha foi LeBron James, com 23 pontos, nove rebotes e sete assistências.
31/03/2013 – Spurs 86 vs 88 Heat
Dessa vez, foi o Heat quem resolveu poupar jogadores. Já na reta final da temporada regular, Mario Chalmes, Dwyane Wade e LeBron James não enfrentaram o Spurs em San Antonio. Mesmo assim, o time da Flórida beliscou uma vitória graças à grande atuação de Chris Bosh, que deixou a quadra com 23 pontos e nove rebotes. Do lado texano, o destaque foi Tim Duncan, com 17 pontos e 12 rebotes.
Em outras palavras: Spurs e Heat vão se enfrentar para valer pela primeira vez na temporada nas finais! Isso torna a série a mais imprevisível dos playoffs até aqui. Mesmo assim, os blogueiros do Spurs Brasil arriscaram análises e palpites para o confronto. Confira a seguir:
Leonardo Sacco
Palpite: Spurs 4 a 2
Não vai ser simples, mas é possível. Na série que vai definir o campeão da NBA, o Heat leva vantagem dentro de quadra, mas o Spurs leva a melhor em dois quesitos exteriores. Enquanto os adversários têm LeBron James em fase exuberante e um time completamente físico, em jogo que faz o time texano não ser favorito, fora das quatro linhas contamos com Gregg Popovich e o fator quadra. Enquanto o treinador é o melhor da NBA e um dos poucos capazes de mudar completamente um time e adaptá-lo muito bem a qualquer adversário, os oponentes contam com o iniciante Eric Spoelstra, que já demonstrou algum valor, mas não é nenhum gênio. E a equipe de San Antonio fará três jogos seguidos em seus domínios. Aí mora a chave da vitória. Se vencer um dos dois duelos iniciais, na Flórida, coloca uma mão na taça. Se simplesmente fizer o dever de casa, já chega pressionando o adversário por estar a uma vitória do título. No entanto, creio que qualquer derrota no AT&T Center significará perda do campeonato para o Spurs. Por fim, dentro de quadra, o alvinegro precisa contar com as boas fases de Tony Parker e, principalmente, Tim Duncan. O veterano será essencial ao trabalhar no garrafão adversário, que mostrou ser setor frágil na série contra o Indiana Pacers. E Tiago Splitter tem de tomar cuidado. Diante da franquia de Miami, seu jogo fica muito prejudicado. Não será um duelo como contra Marc Gasol. Será bem pior e o brasileiro terá de se reinventar.
Peça-chave do Spurs: Tim Duncan
Peça-chave do Heat: LeBron James
Lucas Pastore
Palpite: Heat 4 a 2
O time do Heat é um dos mais versáteis da história da NBA. Com três estrelas capazes de desempenhar múltiplas funções – Dwyane Wade, LeBron James e Chris Bosh -, o técnico Erik Spoelstra montou um elenco de apoio que lhe oferece a possibilidade de moldar seu time de acordo com o adversário. O posicionamento dos coadjuvantes tem função importantíssima nisso, e jogadores como Mario Chalmers, Ray Allen, Chris Andersen e Udonis Haslem podem ter papel fundamental na série. Tudo isso aliado a uma intensidade física invejável. O Spurs é um grande time e tem, sim, chances de impor a segunda derrota da história do Big Three da franquia da Flórida nos playoffs. Mas acho que, no fim das contas, o maior gás dos protagonistas do time adversário vai pesar contra a equipe texana.
Peça-chave do Spurs: Boris Diaw
Peça-chave do Heat: Dwyane Wade
Pedro Suaide
Palpite: Spurs 4 a 3
Serão duras as batalhas rumo aos anéis, amigos. Os texanos descansaram após a varrida sobre o Memphis Grizzlies e estão inteiros. Já os jogadores da Flórida estão cansados após uma série muito disputada técnica e fisicamente contra o Indiana Pacers, e terão apenas três dias de recuperação antes do início da disputa pelo troféu. Analisando ambos os quintetos, acredito que o Spurs é mais time, mas existe um fator chamado LeBron James. A série será disputada, mas eu vejo a experiencia de Tony Parker, Tim Duncan e Manu Ginobili, mesclada com a vontade e juventude de Kawhi Leonard e Tiago Splitter, levando vantagem, por estarem todos descansados e por ser uma das últimas temporadas do Big Three. Chris Bosh e Chris Andersen terão de jogar mais do que nunca para não serem engolidos por The Big Fundamental. Kawhi Leonard terá de provar que realmente é um grande marcador, segurando o máximo que conseguir LeBron James. O francês e o argentino terão de ser mais decisivos. E The King terá de mostrar porque foi eleito quatro vezes MVP tendo apenas 28 anos. Os jogos realmente prometem, e agora, é só sentar e torcer.
Peça-chave do Spurs: Manu Ginobili
Peça-chave do Heat: LeBron James
Sergio Neto
Palpite: Spurs 4 a 3
Sem dúvidas, uma final de NBA com fortes emoções e jogos disputadíssimos (totalmente diferente da varrida sobre o Cleveland Cavaliers na última vez em que LeBron James encontrou o Spurs nesta ocasião). O time de San Antonio vem de um breve descanso depois de varrer o Memphis Grizzlies, enquanto o Heat sofreu para eliminar o Indiana Pacers no que foi uma das séries mais “físicas” da temporada até então. Vejo forças que se anulam, caso de Tony Parker e Mario Chalmers, Noris Cole e Cory Joseph, Danny Green e Ray Allen, Tiago Splitter + Tim Duncan e Chris Bosh + Udonis Haslem… Também imagino um Dwayne Wade coadjuvante, sem grandes atuações. O que será realmente notável será o duelo entre Kawhi Leonard e LeBron James. Esse será, defensivamente, o grande desafio do segundanista e, com certeza, fator decisivo em praticamente em todas as partidas. O MVP da temporada irá anotar lá seus 20 pontos por jogo, mas com certeza terá muito trabalho para atingir essa meta. Com toda a experiência do alvinegro texano, Manu Ginobili, Gary Neal e Danny Green serão importantes e contribuirão para as vitórias texanas.
Peça-chave do Spurs: Kawhi Leonard
Peça-chave do Heat: LeBron James
Vinicius Esperança
Palpite: Spurs 4 a 1
Essa será uma série definida nos detalhes. Vai depender muito da atuação das principais peças de cada time, Tony Parker de um lado e LeBron James do outro. O ala do Heat, que vem fazendo a sua melhor temporada da carreira, vai ficar responsável por conduzir seu time a mais um título. Porém, diferentemente do ano passado, a equipe da Flórida não tem dois jogadores apresentando um basquete muito convincente: Dyanwe Wade e Chris Bosh. O ala-armador, machucado, tem uma de suas piores temporadas, e o ala-pivô nunca foi muito bem aproveitado na franquia. Sobrará para The King a maior parte do trabalho, e o astro deverá ser muito contestado por Kawhi Leonard. Vai ser uma bela disputa. Para o lado do armador do Spurs, ele também terá dificuldades, mas acho que o francês, com sua rapidez, driblará a maioria delas.
Peça-chave do Spurs: Kawhi Leonard
Peça-chave do Heat: LeBron James
Olho neles!


Dos cinco blogueiros do Spurs Brasil que participaram da prévia, dois apontaram Kawhi Leonard como chave do Spurs. Isso porque ele terá a mais ingrata missão que um jogador de basquete pode ter: marcar LeBron James. Se conseguir tirar o astro da zona de conforto, o segundanista pode ser protagonista do título.


Desde que chegou a Miami para se juntar a Dwyane Wade e Chris Bosh, LeBron disputou 11 séries de playoffs, vencendo dez e perdendo só uma. No mata-mata de 2013, o ala tem médias de 26,2 pontos, 7,3 rebotes e 6,4 assistências por jogo. É preciso dizer porque quatro blogueiros do Spurs Brasil o elegeram como chave?
Prospecto do Draft, armador treina com o Spurs
Enquanto espera seu adversário da final da NBA, que será definido nesta segunda-feira (3), o San Antonio Spurs segue trabalhando também de olho no Draft, que acontecerá daqui a apenas 24 dias. De acordo com o site americano Project Spurs, a franquia texana recebeu o armador Isaiah Canaan para uma sessão de treinos com a comissão técnica da equipe.

Canaan é um dos prospectos de 2013 (Reprodução/nba.com)
Canaan é um armador de 22 anos que acaba de completar sua quarta e última temporada no basquete universitário pelo Murray State Racers, na qual apresentou médias de 21,8 pontos (43,1% FG, 37% 3 PT, 82,2% FT), 4,3 assistências e 3,5 rebotes em 36,5 minutos por exibição. Especialistas comparam seu estilo ao de Jameer Nelson e imaginam que ele poderá ser draftado entre o início e o meio da segunda rodada do recrutamento de calouros deste ano.
De acordo com reportagem do jornal americano Milwaukee Journal Sentinel, o Milwaukee Bucks também teve a oportunidade de observar Canaan em uma sessão de treinos.
Vale lembrar que o Spurs detém a 28ª e a 58ª escolhas do próximo Draft, que acontecerá no dia 27 de junho, em Nova York, na arena do Brooklyn Nets.
O nome dele é Dan Hughes


Conhecido por ter gravatas excêntricas, pavio curto e talento inegável para coisas novas. Esse é Dan Hughes, o carismático, apesar de paradoxal, técnico do San Antonio Silver Stars (Stacy Bengs/AP)
“Eu não sei como fazer as coisas darem certo quando Becky Hammon e Sophia Young estão fora do elenco. Mas se tem alguém que consegue resolver isso, é Dan Hughes”. Essa foi a frase que um dos comentaristas dirigiu ao público antes do início de San Antonio Silver Stars contra Los Angeles Sparks ontem (01). O resultado do jogo? Vitória do time texano.
A aptidão de Dan Hughes realmente é notável. Capaz de encontrar talento onde poucos conseguem enxergar e canalizar toda a qualidade de sua equipe para um melhor aproveitamento no ataque, o técnico coleciona conquistas importantes em seu currículo, o que justifica os seus longos anos com o San Antonio Silver Stars.
Eleito duas vezes o melhor técnico da WNBA
Em 2001, a honra o foi concedida quando ainda era o cabeça do Cleveland Rockers. Sua segunda conquista foi em 2007, com o San Antonio Silver Stars.
Na primeira vez, Hughes liderou sua equipe ao primeiro lugar da Conferência Leste, com uma campanha de 22 vitórias e dez derrotas. Não chegaram à final da divisão, mas foi o suficiente para que merecesse o prêmio. Por quê? Em 1999, um ano antes de assumir o esquadrão, o time teve uma terrível temporada, com sete vitórias e 25 derrotas. Já no campeonato seguinte (2000), conseguiu uma recuperação para 17-15, até alcançar os playoffs em 2001 (22-10). Seis anos depois, na estratégia que levou o San Antonio Silver Stars à sua primeira final de conferência, o treinador também recebeu o título de Técnico do Ano.
Escolha de jogadoras importantes – e uma troca genial
Em 2006, Dan Hughes foi responsável pela escolha de Sophia Young no Draft. No ano seguinte, moveu uma troca que fez com que Becky Hammon chegasse à equipe texana. Outros nomes importantes que foram resultado dos bons olhos do técnico foram Tully Bevilaqua, Chamique Holdsclaw, Vickie Johnson, Delisha Milton-Jones, Tangela Smith, Ruth Riley e Jia Perkins. E como não mencionar Danielle Robinson e Danielle Adams, frutos da seleção de universitárias do ano passado?
Esses são apenas alguns exemplos para o sucesso de Dan Hughes, e a justificativa para o contrato de extensão oferecido pelo San Antonio Silver Stars ainda na offseason.
Então, para os torcedores da equipe texana, as preocupações podem ser menores quando os elementos responsáveis por liderar o time dentro e fora das quadras, enquanto as principais jogadoras estão machucadas, possuem um belo histórico e uma capacidade notável, e a partida contra o Los Angeles Sparks, com um elenco saudável e um atuação de 27 pontos de Candace Parker, foi um ótimo exemplo disso.
Um olhar mais profundo
Nesta semana, o Indiana Fever recebeu seu anel de campeão da temporada de 2012 em uma cerimônia antes de enfrentar o Atlanta Dream em sua própria arena.

Anel desenhado e produzido pela Herff Jones. No dia da entrega, cada torcedor presente na arena recebeu uma cópia do adereço
O fator Haslem
Com todo respeito ao Indiana Pacers, mas acredito que o San Antonio Spurs enfrentará o Miami Heat na decisão da NBA. A equipe da Flórida abriu 3 a 2 na série, válida pela final da Conferência Leste, e só será eliminada se perder duas partidas consecutivas, o que não acontece há 62 jogos. Assim, imagino ver, a partir da próxima quinta-feira (6), a franquia texana tendo de encarar LeBron James, Dwyane Wade, Chris Bosh e companhia. Mas, por incrível que pareça, não é um desses três jogadores que me salta aos olhos a princípio. Me preocupa pensar como o time de Gregg Popovich lidará com a presença de Udonis Haslem.
Duncan x Haslem, duelo para observar de perto (D. Clarke Evans/NBAE/Getty)
Claro que o ala-pivô não é o principal jogador do Heat. Talvez não esteja nem entre os cinco melhores do elenco da franquia da Flórida. A questão é que, no encaixe entre os dois times, o camisa #40 pode ser um fator de desequilíbrio à defesa que imagino que Pop irá propor – assim como tem sido na série contra o Pacers. Eu explico a seguir.
Principalmente no perímetro, acho que o Spurs está bem servido para combater os astros do Heat no mano a mano. Danny Green evoluiu a ponto de se tornar um defensor confiável o bastante para receber a missão de marcar Wade – principalmente com o ala-armador estando limitado por problemas no joelho direito. E Kawhi Leonard tem a rara combinação de agilidade e força física que o credencia à quase impossível tarefa de tentar limitar LeBron. Além disso, o Spurs deve contar com as excelentes rotações coletivas que ajudaram a conter Dwight Howard na série contra o Los Angeles Lakers, Stephen Curry no duelo contra o Golden State Warriors e, principalmente, Zach Randolph no confronto contra o Memphis Grizzlies.
Mesmo assim, de cara o Spurs terá de passar por ajustes. Isso porque Bosh, que, por ser o mais alto e pesado jogador do quinteto titular do Heat, teoricamente é o pivô da equipe da Flórida, tem jogado afastado da cesta, abusando de seus mortais arremessos de média e até de longa distância, que servem para tirar os homens de garrafão do adversário de perto do aro e, assim, abrir espaço para as infiltrações de LeBron e Wade. O gráfico de arremessos do ala-pivô ao longo da série contra o Pacers mostra isso*:
Perceba que, na final do Leste, foram 30 arremessos de média ou longa distância, contra 18 de dentro do garrafão. Com isso, Bosh passou a ser acompahado pelo big man mais ágil do adversário – foi assim como David West, do Pacers, designado para defendê-lo. Enquanto isso, Roy Hibbert era liberado para marcar Haslem, que teoricamente não é um fator ofensivo e que fica em quadra mais para fazer o trabalho sujo, como estabelecer corta-luzes e brigar por rebotes ofensivos. Assim, o pivô da equipe de Indianápolis podia se posicionar mais perto do aro para combater as investidas dos homens de perímetro do Heat.
Mas e se, de uma hora para a outra, Haslem também se tornasse um fator de desequilíbrio ofensivo? Foi o que aconteceu na série contra o Pacers. O ala-pivô do Heat passou a aproveitar-se da defesa de ajuda de Hibbert, que se posicionava próximo ao garrafão para proteger o aro, para começar a acertar suas bolas de média distância. Foi assim que o camisa #40 do time da Flórida anotou 17 pontos no jogo 3, 16 pontos no jogo 5 e, com aproveitamento de 66,7% nos arremessos de quadra na série, tem sido, talvez, o principal coadjuvante de LeBron no confronto. Repare, no gráfico abaixo, a eficiência do jogador nos tiros longos de dois pontos próximos à linha de fundo na final do Leste. São dez acertos em treze tentativas*:
As atuações de Haslem criaram um cobertor curto para a eficientíssima defesa do Pacers. Se fica livre, o ala-pivô acerta seus arremessos. Se atrai a marcação de Hibbert, o garrafão fica aberto para as infiltrações de LeBron e Wade. E se a ajuda para marcar o camisa #40 do Heat vem do perímetro, são os arremessadores Mario Chalmers, Ray Allen e Shane Battier que têm a chance de um tiro livre da linha dos três pontos. Como lidar?
A princípio, acredito que Pop utilizará estratégia semelhante à do Pacers. Tiago Splitter deve começar defendendo Bosh, mas essa função se tornará trabalho para Boris Diaw ou Matt Bonner ao longo das partidas. Enquanto isso, o brasileiro se revezará com Tim Duncan na proteção do garrafão, tendo a cobertura, e não a marcação de Haslem, como prioridade. E é aí que o ala-pivô do Heat pode desequilibrar a série.
Neste sábado, às 21h30 (de Brasília), o Heat visita o Pacers com chance de fechar a série e se classificar para enfrentar o Spurs na final, que começa na quinta-feira. Resta saber se a boa forma de Haslem nos arremessos vai durar até lá. Se isso acontecer, Pop terá de propor mais um de seus ajustes para dar um jeito de frear o ataque do Heat. Será possível?
* Agradecimento especial a Matheus Rodrigues pela ajuda com os gráficos





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