Arquivo mensal: junho 2013

Spurs (1) @ Heat (0) – Final da NBA

San Antonio Spurs @ Miami Heat – Final da NBA

Data: 09/06/2013

Horário: 21h00 (Horário de Brasília)

Local: AmericanAirlines Arena

Na TV: ESPN

Cotação no Apostas Online: Spurs 3,30 @ Heat 1,35 (favorito)

Após vencer o primeiro jogo da série final da NBA com uma bola milagrosa de Tony Parker restando apenas 0.1 segundos de posse, o San Antonio Spurs volta a enfrentar o Miami Heat fora de casa neste domingo (09). Na última partida, a equipe texana perdia para os mandantes até o último quarto, quando começou uma avalanche de pontos que contribuíram para a vitória. O MVP da temporada, LeBron James, teve seu espaço reduzido pela forte marcação do alvinegro, mas mesmo assim terminou o jogo com um triple-double: foram 18 pontos, 18 rebotes e dez assistências. Vale lembrar que, sempre que o Spurs chegou às finais da NBA, levou o título. Mas o desafio não será fácil, ainda mais jogando no ginásio do atual campeão.

Série nos playoffs (1-0)

19/05/2013 – Spurs 92 @ 88 Heat

O Heat recebeu o Spurs e perdeu o jogo por 92 a 88 praticamente no último quarto, quando a defesa dos adversários, a boa sequência de pontos e o arremesso incrível de Tony Parker deram a vitória ao time alvinegro. Destaque da equipe texana para Tim Duncan, que marcou um double-double com 20 pontos e 14 rebotes. Do lado da franquia da Flórida, o cestinha foi LeBron James, que somou um triple-double com 18 pontos, 18 rebotes e dez assistências.

PGTony Parker

SG – Danny Green

SF – Kawhi Leonard

PF – Tim Duncan

C – Tiago Splitter

Fique de Olho – Pelo que se pôde reparar no primeiro jogo da final, Mario Chalmers, armador do Heat, não é páreo para Tony Parker. O francês foi a referência para o time texano e fechou o jogo convertendo dois pontos no momentos mais crucial da partida. O camisa #9 totalizou 21 pontos, seis assistências e dois roubos de bola.

PG – Mario Chalmers

SG – Dwyane Wade/Ray Allen

SF – LeBron James

PF – Udonis Haslem

C – Chris Bosh

Fique de Olho – Ray Allen não tem um papel de destaque na equipe do Heat, mas engana-se quem subestima a habilidade do ala-armador ex-Boston Celtics. O camisa #34 é responsável pelos arremessos de três pontos que desequilibram muitas duelos, abrindo vantagem e vencendo partidas. No primeiro jogo das finais, o jogador anotou 13 pontos (3-4 3PT), e na temporada, suas médias são de dez pontos e três rebotes por atuação.

Amostra de sucesso

Como dito no resumo da vitória do San Antonio Spurs sobre o Miami Heat, no jogo 1 da final da NBA, uma das dúvidas criadas antes do início da série era sobre a defesa que a equipe texana faria em LeBron James. Será que o time deixaria o astro comandar o jogo sozinho e tentaria anular seus coadjuvantes ou será que toda a marcação teria como base o combate ao ala? A resposta foi a segunda opção. Confiando a Kawhi Leonard a dura missão de conter The King, o treinador Gregg Popovich montou um sistema todo baseado nas movimentações do craque da franquia da Flórida. E funcionou.

Duncan teve papel importante na defesa de LeBron (NBA/Getty Images)

Claro, LeBron é um gênio, um dos melhores jogadores do mundo, e, mesmo recebendo uma boa marcação, se destacou na partida ao deixar o jogo com um triplo-duplo: 18 pontos, 18 rebotes e dez assistências. A questão é que o camisa #6 teve dificuldades para produzir ofensivamente. Seus aproveitamentos de 43,8% nos tiros de quadra e 20% nas bolas de três pontos foram inferiores às suas médias nos playoffs: 25,7 pontos por partida, convertendo 51% dos arremessos de quadra e 37,3% do perímetro.

Os méritos de Kawhi para que isso acontecesse são inegáveis. Com a rara combinação de agilidade e força física, necessárias diante de um finalizador tão versátil como LeBron, o ala do Spurs conseguiu, na grande maioria das vezes, manter seu corpo entre o adversário e a cesta, dificultando o trabalho do astro do Heat. De acordo com o blog TrueHoop, The King acertou dois dos oito arremessos que tentou quando era combatido pelo segundanista da equipe de San Antonio, e cinco de oito quando era outro jogador que estava em sua frente. Incrível!

“Eu apenas estava tentando me manter perto dele e contestar todos os seus arremessos, apenas tentando não dar a ele cestas fáceis ou arremessos livres”, disse Leonard.

Mas o plano do Spurs esteve longe de parar por aí. As movimentações coletivas funcionaram com primazia no jogo 1. Os homens de garrafão do Spurs – especialmente Tim Duncan e Tiago Splitter – foram fundamentais para que LeBron não tivesse seus arremessos prediletos à disposição, especialmente aqueles próximos ao aro. Pop sabia que nenhum de seus pivôs tinha o atleticismo de Joakim Noah, do Chicago Bulls, e de Roy Hibbert, do Indiana Pacers, para contestar as tentativas de bandeja e enterradas do astro. Por isso, resolveu tirá-los do garrafão e levar o combate para o mais longe possível da cesta e, com uma dobra, forçar o atleta a desistir da cesta e ter de passar a bola. Deu certo.

Quando conseguiu levar a bola para o aro, LeBron mostrou porque é tão perigoso, acertando seis das oito bolas que tentou nesse tipo de bola. No entanto, somando todas as outras regiões da quadra, o craque só acertou mais um arremesso em oito – e foi de três pontos. Ou seja, o tiro de média distância foi completamente negado a ele. Veja no gráfico a seguir:

(Reprodução/stats.nba.com/)

(Reprodução/stats.nba.com)

Além disso, LeBron tentou partir para os tiros de três pontos, que estão longe de ser sua especialidade. Cinco dos 16 arremessos do ala no jogo foram do perímetro – ou seja, cerca de 31,25% de suas tentativas. Somando todos os jogos dos playoffs deste ano, somente 67 das 298 bolas que o camisa #6 tentou foram do perímetro – pouco menos de 22,5%. O que mostra o bom trabalho feito pelo Spurs para combater suas infiltrações. Abaixo, veja o gráfico de arremessos completo de The King na pós-temporada.

(Reprodução/stats.nba.com)

(Reprodução/stats.nba.com)

Com tantas dobras em LeBron e com o alto QI de basquete do jogador, não era segredo para ninguém que ele iria encontrar arremessadores livres e bem posicionados – daí vieram suas dez assistências. Foi assim que Chris Bosh fez 13 pontos, acertando quatro dos sete tiros longos de dois pontos que tentou, e Norris Cole, Ray Allen e Mike Miller combinaram para cinco bolas de três em sete tentativas. Mas a aposta do Spurs em priorizar a marcação da principal ameaça do time adversário acabou funcionando.

Claro que o jogo 1 ainda é uma amostra pequena da série e que daqui para frente tudo pode mudar. LeBron tem recursos suficientes para causar estragos contra qualquer tipo de defesa, e o técnico Erik Spoelstra é inteligente o bastante para propor ajustes que podem ajudar seu jogador nessa missão. No entanto, só de ter de forçar esses ajustes, o Spurs já sai na frente na série. Resta saber eles serão suficientes para minar o excelente plano proposto por Pop.

Spurs (1) @ Heat (0) – 0.1

92×88

Existem lances que você sabe que vão entrar para a história do esporte poucos instantes depois de vê-los acontecendo. Nesta quinta-feira (6), no jogo 1 da final da temporada 2012/2013 da NBA, disputado na Flórida, tivemos a chance de presenciar uma dessas jogadas que serão reprisadas para sempre. Na última bola do San Antonio Spurs, Tony Parker converteu um arremesso quando restava apenas um décimo de segundo no relógio da posse para decretar a vitória sobre o Miami Heat e roubar o mando de quadra. A seguir, confira como a partida se desenhou antes de poder chegar a esse final épico.

Duncan, como sempre, foi um monstro (NBA/Getty Images)

O maior décimo da história

Tony Parker foi o grande comandante da vitória do Spurs. O armador deixou a quadra com 21 pontos (9-18 FG, 3-4 FT), seis assistências, duas roubadas de bola e NENHUM desperdício. O francês ainda protagonizou as duas bolas mais importantes do duelo. Primeiro quando entortou Norris Cole, faltando seis minutos para o fim, e, com um giro espetacular, colocou seu time na frente por três pontos, 81 a 78. A partir daí, o Heat sentiu a pressão e passou a errar arremessos que vinha acertando quando estava em vantagem. Mesmo assim, a equipe da casa chegou a cortar a diferença para 90 a 88 quando restavam apenas 31 segundos. O camisa #9 do time de San Antonio, então, sofreu grande defesa de LeBron James, mas, após quase cair e perder a bola, conseguiu um arremesso espírita quando havia apenas um décimo de segundo no cronômetro da posse. Era a cesta de uma vitória que pode tornar-se histórica.

Foi Parker quem decidiu o jogo (NBA/Getty Images)

Lendário

É um privilégio para nós presenciar a carreira de Tim Duncan. O lendário ala-pivô talvez foi aquele que, nestes playoffs, melhor explorou a baixa estatura dos pivôs do Heat e causou estrago jogando perto da cesta. The Big Fundamental deixou a quadra com 20 pontos (8-19 FG, 4-4 FT), 14 rebotes, quatro assistências e quatro tocos e foi uma verdadeira âncora para a defesa de garrafão do Spurs, que funcionou bem. Se conseguir continuar tendo impacto perto da cesta, o astro pode tirar a equipe de Miami de sua zona de conforto na marcação.

O argentino vive

Manu Ginobili nunca precisou fazer 30 pontos para dominar uma partida. As contribuições do argentino sempre foram cirúrgicas, em momentos em que a equipe precisa dele. E foi assim do primeiro ao último período, quando o Spurs sempre esteve atrás no placar. Sempre que o Heat ameaçava disparar, era o camisa #20 quem fazia uma cesta para manter seu time no jogo.

Bela partida do ala-armador, que, mesmo quase colocando tudo a perder com um arremesso de muito longe desnecessário no quarto final, obteve 13 pontos (4-11 FG, 2-5 3 PT, 3-4 FT), três assistências e duas roubadas de bola na partida.

Segura ele, Kawhi!

Antes da partida, havia uma dúvida na cabeça dos fãs de NBA: como o Spurs vai marcar LeBron? Vai deixá-lo pontuar e tentar limitar os coadjuvantes ou vai basear toda a sua defesa no astro? A resposta foi a segunda alternativa. Kawhi Leonard foi muito bem dando o primeiro combate e os homens de garrafão, especialmente Tim Duncan e Tiago Splitter, estavam sempre alertas para fechar o caminho de The King até a cesta. Por ser um dos melhores jogadores do mundo, o camisa #6 ainda deixou a quadra com um triplo-duplo: foram 18 pontos, 18 rebotes e dez assistências. No entanto, considerando sua média de 25,7 pontos por exibição nos playoffs, pode-se dizer que a missão foi bem sucedida.

Destaques da partida

San Antonio Spurs

Tony Parker – 21 pontos, 6 assistências e 2 roubadas de bola

Tim Duncan – 20 pontos, 14 rebotes, 4 assistências e 3 tocos

Manu Ginobili – 13 pontos, 3 assistências e 2 roubadas de bola

Danny Green – 12 pontos e 5 rebotes

Kawhi Leonard – 10 pontos e 10 rebotes

Miami Heat

LeBron James – 18 pontos, 18 rebotes e 10 assistências

Dwyane Wade – 17 pontos

Chris Bosh – 13 pontos, 5 rebotes e 3 roubadas de bola

Ray Allen – 13 pontos e 3 rebotes

Splitter pretende continuar jogando na NBA

Para quem não sabe, eu, Lucas Pastore, além de blogueiro no Spurs Brasil, sou editor do LANCE!Net. Lá, tive a oportunidade de, em parceria com Fábio Aleixo, falar com Tiago Splitter, e publiquei na quarta-feira (5) a primeira parte da entrevista, na qual o brasileiro fala sobre a final da NBA, que terá o San Antonio Spurs enfrentando o Miami Heat. Nesta quinta, trago a segunda parte, na qual o pivô fala sobre seus planos para o futuro.

Splitter (ao centro) quer continuar nos Estados Unidos (NBAE/Getty Images)

Ao fim da temporada, Splitter será agente livre. De acordo com rumores da imprensa americana, o jogador estaria na mira do Atlanta Hawks, do Dallas Mavericks e até do Real Madrid, da Espanha. O brasileiro se mostrou insatisfeito com a repercussão a respeito do suposto interesse da equipe europeia, mas afirmou que quer ficar nos Estados Unidos.

“Minha intenção é continuar na NBA. Fiquei chateado que disseram na imprensa daqui que eu ri do fato de o Real Madrid estar interessado em mim. Não rio de ninguém. Mas a intenção é seguir na NBA e, se puder, no Spurs”, disse Splitter.

O pivô brasileiro ainda falou sobre as reuniões que teve com seus empresários e sobre a possibilidade de jogar pela Seleção Brasileira na Copa América deste ano. Clique aqui e confira na íntegra o que Splitter disse sobre esses e outros assuntos.

Spurs (0) @ Heat (0) – Final da NBA

San Antonio Spurs @ Miami Heat – Final da NBA

Data: 05/06/2013

Horário: 22h00 (Horário de Brasília)

Local: AmericanAirlines Arena

Na TV: ESPN

Cotação no Apostas Online: Spurs 2,85 @ Heat 1,42 (favorito)

O momento que todos nós esperávamos desde outubro do ano passado enfim chegou. Pela primeira vez desde 2007, o San Antonio Spurs vai entrar em quadra em um jogo válido pelos playoffs da NBA. E o adversário é o Miami Heat, o atual campeão, que conta com o trio Dwyane Wade, LeBron James e Chris Bosh e que promete ser um dos adversários mais duros da história da franquia texana em pós-temporadas. Para os mais supersticiosos, vale lembrar que o alvinegro nunca perdeu uma série final, tendo sido campeão nas quatro vezes em que venceu a Conferência Oeste, e que todos os seus títulos vieram em anos ímpares. A série também pode entrar para a história do basquete brasileiro, já que Tiago Splitter pode se tornar o primeiro jogador da história do país a levantar o troféu.

PG – Tony Parker

SG – Danny Green

SF – Kawhi Leonard

PF – Tim Duncan/Boris Diaw

C – Tiago Splitter

Fique de Olho – O Miami Heat gosta de usar formações baixas, com quatro homens de perímetro ao redor de Chris Bosh, que acaba ficando isolado no garrafão. Por isso, Boris Diaw deve ganhar importância na série. Se conseguir marcar um dos alas do adversário, o francês fará com que Gregg Popovich possa manter dois jogadores altos em quadra, sem precisar fazer ajustes em sua rotação característica. Até aqui, nos playoffs, o ala-pivô apresenta médias de 4,1 pontos e 2,5 rebotes em 17,8 minutos por exibição.

PG – Mario Chalmers

SG – Dwyane Wade

SF – LeBron James

PF – Udonis Haslem

C – Chris Bosh

Fique de Olho – Claramente limitado por problemas no joelho direito ao longo dos últimos meses, Dwyane Wade tem sido o elo fraco do Big Three do Heat nos playoffs, especialmente na série contra o Indiana Pacers. Suas médias no mata-mata são de 14,1 pontos, 4,9 assistências e 4,9 rebotes por jogo, contra 21,2 pontos, 5,1 assistências e cinco rebotes na temporada regular. Será que o Spurs conseguirá se aproveitar disso?