Parker na defesa? Sim senhor!
Enfim, chegou o inevitável dia em que a falta de Tony Parker faria diferença. Depois de vencer os dois primeiros jogos após a lesão do armador, o San Antonio Spurs sofreu uma das maiores derrotas de sua história diante do Portland TrailBlazers, na noite de sexta-feira (8). Com a boa fase do camisa #9, todos sabiam que, em algum momento, sua eficiência nas infiltrações, sua precisão nos arremessos de média distância e sua excelência no comando do ataque do time texano fariam falta. O inesperado, no entanto, é ver o impacto que a ausência do francês tem causado na defesa.

Volta logo, craque! (Reprodução/melty.fr)
Claro que o jogo contra o Blazers é uma amostra pequena, ainda imprecisa para uma análise mais profunda. Mesmo assim, os números assustam: nunca antes na história do AT&T Center o Spurs havia tomado 136 pontos. Além disso, foi a partida em que o time texano mais sofreu pontos na temporada – o recorde era do Houston Rockets, que marcou 126 pontos contra o rival local, mas levou 134 e acabou derrotado na prorrogação – coincidentemente, no jogo em que Parker anotou seu primeiro triplo-duplo na carreira.
O resultado aconteceu com Damian Lillard, armador titular do Blazers, aproveitando-se da ausência do francês para marcar 35 pontos, ficando a apenas dois de seu recorde pessoal na NBA. Tudo isso atuando diante de Cory Joseph e Patrick Mills, que, supostamente, são melhores marcadores do que o camisa #9. Mas não é o que os números mostram.
Com Parker em quadra, o Spurs leva 97 pontos a cada 100 posses de bola do adversário na temporada, contra 102,9 de Mills e 105,5 de Joseph. Os números do armador francês também são melhores do que os dos demais jogadores que atuaram na posição no campeonato: Gary Neal apresenta 100,8, contra 102,4 de Nando De Colo.
Os números de Parker também aparecem no coletivo. O francês está nos cinco quintetos utilizados pelo técnico Gregg Popovich que mais marcam pontos em relação aos adversários, o que mostra bom trabalho dos dois lados da quadra. Mills aparece pela primeira vez apenas no sexto time mais eficiente, De Colo no sétimo e Joseph no 13º. Neal figura no segundo e no quinto, mas atuando na posição 2. Como comandante do ataque, somente no nono.
Na temporada, o Spurs costuma ceder 96,2 pontos por jogo para seus adversários. Nos três primeiros jogos sem Parker, esse número subiu para 98. Que o armador francês faria falta, todos imaginávamos. Só não esperávamos que fosse na defesa.
Publicado em 09/03/2013, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. 5 Comentários.


Penso que este jogo foi um caso isolado. O Lillard estava a acertar tudo e de qualquer forma, houve demérito nosso mas também muito mérito dele. Nos 2 jogos anteriores sem o Parker sofremos 75 dos Pistons e 83 dos Bulls, aliás a postura defensiva da equipa foi bastante elogiada pelo Pop na entrevista depois do jogo com Chicago. Além disso ganhamos em Chicago sem o Parker, e a sofrer poucos pontos também. Por isso penso que este jogo foi um caso à parte, que tantas vezes acontece durante uma fase regular com 82 jogos, e veremos como a equipa reage no jogo de segunda contra Oklahoma
Parker melhorou demais na defesa nos últimos dois anos, principalmente neste último. Precisamos dele logo!
É que esse jogo do Blazers distorce a amostra. Realmente não é essa derrota que me preocupa.
O detalhe é que sem dúvida nenhuma a nossa defesa não é a mesma de antes do ASG. Nem tento no perímetro, porém, mas é na luta pelos rebotes que estamos sofrendo nos últimos jogos, de novo. O time tinha superado essa deficiência e isso apareceu claramente nas ótimas sequencias de vitórias anteriores, inclusive durante a Rodeo Trip. Mas parece que estamos perdidos nisso de novo.
Pela primeira vez na temporada meu sinal de alerta está ligado.
Go Spurs Go!
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