Arquivo mensal: dezembro 2012

Jackson é multado pelo Spurs após comentário agressivo

Neste domingo (9), o San Antonio Spurs anunciou que multou, em parceria com a NBA, o ala Stephen Jackson por conta dos comentários agressivos que o ala fez em seu Twitter pessoal contra Serge Ibaka, do Oklahoma City Thunder. A franquia texana não revelou o valor da punição, mas comunicado emitido pela liga diz que o jogador terá de desembolsar US$ 25 mil.

Pô, Capitão…

Na última sexta-feira, o Thunder venceu, em casa, o Los Angeles Lakers por 114 a 108. Durante a partida, Ibaka se envolveu em confusão com Metta World Peace, e Jackson não se mostrou satisfeito com a postura do ala-pivô.

“Alguém diga para Serge Ibaka que ele é de outro mundo. Na próxima vez que ele vier na minha direção, eu vou direto na boca dele. É uma promessa. Ele está exagerando”, postou Jackson, antes de apagar a mensagem de seu Twitter.

Depois, o Capitão negou que a postagem tenha a ver com a briga de Ibaka e World Peace.

“Para sua informação, meu comentário sobre Ibaka não tem nada a ver com Ron Artest. Nas duas últimas vezes que jogamos, ele veio com tudo na minha direção e eu disse a ele que, da próxima vez que isso acontecesse, eu ia direto na boca dele. Estou falando por mim mesmo, para todos vocês que querem tirar conclusões precipitadas”, afirmou Jackson, por meio de nova postagem no Twitter.

Após apagar as ofensas, o ala do Spurs postou em seu Instagram um pedido de desculpas.

“Peço perdão a Serge Ibaka, à NBA e a todos os fans pelos comentários que fiz. Não foi profissional e foi infantil. Não sou um bandido, só um homem que fala o que pensa. Não foi apropriado. Peço desculpas. Só um homem pode admitir que está errado”, declarou.

A tentativa, no entanto, não foi o bastante para convencer R.C. Buford, General Manager da franquia texana, que falou sobre a multa imposta.

“Os comentários feitos publicamente por Stephen Jackson recentemente são inaceitáveis, não podem ser tolerados e não refletem os padrões defendidos pelo San Antonio Spurs”, disse o dirigente, por meio de um comunicado oficial.

Essa é a terceira polêmica em que o Spurs se envolve recentemente. A franquia também foi multada pela NBA por poupar jogadores e viu vazar uma foto com Tony Parker e Tim Duncan apontando armas de brinquedo para uma pessoa fantasiada de árbitro da liga.

Veja, abaixo, o vídeo da confusão com Ibaka e World Peace:

Spurs (17-4) @ Bobcats (7-12) – Chuva de três pontos

132@102

Na noite de sábado (8), aconteceu o duelo entre o San Antonio Spurs e o Charlotte Bobcats, na Carolina do Norte. A partida não animava muito, já sendo esperado um massacre texano; e assim foi. Com Danny Green e Tony Parker liderando o time e com uma grande ajuda do banco de suplentes, a vitória foi até mais tranquila do que se imaginava.

Parker, mais uma vez, se destacou (Foto: Freep.com)

Caiu tudo

O ponto forte do time de San Antonio no duelo foram os arremessos de três pontos durante toda a partida. Liderada pelo ala-armador Danny Green (7-9), a equipe teve um aproveitamento superior a 50% de tiros de longa distância convertidos (55,6%), acertando 19 dos 34 do perímetro. Essa marca conquistada no sábado foi o recorde de toda historia do tome texano em arremessos de três pontos.

Já vai, Henderson? (Foto: San Antonio Spurs Y! Gallery)

Domínio no Garrafão

Na noite de sábado, o garrafão foi texano. Todos os jogadores que entraram em quadra pelo Spurs, sem exceção, pegaram, ao menos, um rebote. Além disso, todos os ressaltos foram muito bem distribuídos entre os 12 jogadores que entraram na quadra, sem nenhum pegando mais do que oito. E o domínio poderia ter sido maior ainda: Kawhi Leonard e Stephen Jackson já eram ausências esperadas; porém, em cima da hora, DeJuan Blair ficou de fora por ter torcido o tornozelo, deixando virtualmente o garrafão mais fraco. Porém, sua ausência não refletiu em nada na área pintada.

MVParker (será?) ataca novamente

Assunto de ontem na coluna de Lucas Pastore aqui no blog, Tony Parker voltou a fazer uma exibição de se tirar o chapéu. Novamente, o armador liderou o Spurs em quadra, armando o jogo perfeitamente.

Fazendo 22 pontos, distribuindo nove assistências e com nenhum turnover (sim, um armador que ficou 25 minutos em quadra não entregou nenhuma bola ao adversário), o francês foi o grande destaque da partida.

Atuação totalmente positiva

Vendo o boxscore da partida, vemos que nenhum jogador texano teve seu +/- menor do que 0. Esse +/- é uma espécie de medida da eficiência particular de cada jogador na partida, e mostra quantos pontos a mais seu time fez do que sofreu enquanto o atleta esteve em quadra. Enfim, os que tiveram a pior eficiência entre os jogadores de San Antonio foram Cory Joseph e Patrick Mills, com 0, e os melhores foram de  Boris Diaw, Danny Green, Manu Ginobili e Tony Parker, com, respectivamente, +28, +27, +23 e +21.

Destaques da partida

San Antonio Spurs

Danny Green: 23 pontos (7-9 3 PT) e quatro rebotes

Tony Parker: 22 pontos, nove assistências e nenhum turnover

Nando De Colo: Dez pontos, oito rebotes e seis assistências

Charlotte Bobcats

Kemba Walker: 23 pontos e três assistências

Michael Kidd-Gilchrist: Oito pontos, seis assistências e cinco rebotes

Porque Tony Parker não vai ser o MVP

A temporada 2012/2013 é, no mínimo, a segunda que tem Tony Parker como principal jogador do San Antonio Spurs. Enquanto Manu Ginobili e Tim Duncan já sentem o peso da idade e precisam controlar seus minutos para que seu alto nível de atuações seja mantido, o francês chega aos 30 anos de idade no auge da maturidade de seu jogo e apresentando exibições cada vez melhores. Tudo isso fez com que o camisa #9 aparecesse na oitava colocação na corrida pelo MVP do site oficial da NBA. Será que ele tem chances de levar o prêmio? Eu, sinceramente, acho que não.

Contra o Rockets, Parker brilhou novamente (D. Clarke Evans/NBAE/Getty)

Não me levem à mal: sou fã incondicional de Parker. Fui contra aqueles que defendiam sua troca por um astro de outra posição na época em que George Hill brilhava com a camisa do Spurs. Hoje, na NBA, o francês tem potencial para dominar uma partida como qualquer outro jogador da liga – prova disso são suas médias de 18,2 pontos e 7,3 assistências em 32,3 minutos por partida, com aproveitamento de 50% nos arremessos de quadra. Só acho que o armador não tem as características que fazem a liga premiar seus MVPs.

Vale lembrar que a honraria é concedida não ao melhor jogador, mas ao mais valioso. Parker não tem o potencial para vender camisetas e aparecer em anúncios publicitários como Kobe Bryant, LeBron James e Kevin Durant, por exemplo, têm. Talvez, o fato do armador ser estrangeiro contribua para seu menor apelo entre os fãs da liga. Além disso, vale lembrar que o francês joga no Spurs, o que dificulta em várias frentes sua campanha rumo ao MVP.

Primeiro, por causa do jogo coletivo do time texano. Parker jamais terá média de 25 pontos por jogo. Não porque não tenha talento para isso, mas porque joga em uma equipe em que os coadjuvantes, todos, sabem colocar a bola na cesta. Isso faz com que o francês arremesse menos do que os outros concorrentes ao prêmio. Além disso, o talento dos reservas do time de San Antonio faz com que o armador seja preservado por vários momentos, jogando menos minutos por partida do que outros astros da liga.

Vale citar também a preferência do Spurs por jogadores low profile. Quanto menos seus atletas aparecerem na imprensa, melhor para R.C. Buford, Gregg Popovich e companhia. Parker, vez ou outra, ainda se envolve em pequenas polêmicas, como a lesão no olho e a foto de Halloween. Mas nada que o faça ganhar muito espaço na mídia nacional nos Estados Unidos.

Por fim, não custa lembrar que a imagem do Spurs não anda muito boa com as autoridades da liga. A multa imposta à franquia, que decidiu poupar seus titulares no jogo contra o Miami Heat, é exemplo dessa tese. Além disso, a imprensa americana diz que a NBA estuda uma alternativa para proibir táticas como o hack-a-Shaq, popularizada justamente por Pop.

Parker tem, sim, talento para chegar ao nível de ser considerado o melhor jogador da NBA. Mas talvez não tenha apelo para ser eleito o mais valioso. Quem sabe, no entanto, o francês possa ser premiado nesta temporada com seu segundo prêmio de MVP das finais, como já aconteceu em 2007.

Spurs (16-4) @ Bobcats (7-11) – Temporada Regular


San Antonio Spurs @ Charlotte Bobcats – Temporada Regular

Data: 08/12/2012

Horário: 22h00 (Horário de Brasília)

Local: Time Warner Cable Arena

Cotação no Apostas Online: Spurs 1.22 (favorito) @ Bobcats 4.30

Vindo de três vitórias consecutivas, sendo a última contra seu rival texano, o Houston Rockets, e visando a liderança da Conferência Oeste, o San Antonio Spurs viaja a Charlotte para duelar contra o Boobcats, equipe de Michael Jordan. O jovem time da Carolina do Norte não vem fazendo uma boa campanha e ocupa a décima colocação no Leste. Ambos os times jogaram ontem, e o banco de reservas de San Antonio será providencial para o time alcançar sua 17ª vitória na temporada.

PG – Tony Parker

SG – Gary Neal

SF – Danny Green

PF – DeJuan Blair

C – Tim Duncan

Fique de Olho – Depois de um tempo no banco de reservas, Gary Neal parece que reconquistou a confiança de Gregg Popovich e será titular ao lado de Danny Green hoje, por conta das ausências de Stephen Jackson e Kawhi Leonard. O pivô brasileiro Tiago Splitter vem ganhando cada vez mais minutos vindo do banco, e assim terá mais uma chance para continuar tendo grandes atuações e mostrar para Pop que ele poderá o substituto de Duncan em alguns anos.

PG – Kemba Walker

SG – Jeffery Taylor

SF – Michael Kidd-Gilchrist

PF – Byron Mullens

C – Brendan Haywood

Fique de Olho – Apesar de não ter uma campanha muito boa, o Bobcats pode dar trabalho aos Spurs. O calouro Michael Kidd-Gilchrist e o segundo-anista Kemba Walker vêm fazendo uma dupla forte no quinteto de Charlotte. Com respectivamente 11 pontos, seis rebotes e 1,3 tocos, e 17 pontos, seis assistências e duas roubadas de bola por jogo, os garotos do time do Leste podem aprontar, assim como já fizeram contra Dallas Mavericks e Indiana Pacers.

Spurs (16-4) vs Rockets (9-9) – O Texas tem dono

114×92

O San Antonio Spurs recebeu na noite da última sexta-feira (7) o Houston Rockets em clássico texano válido pela temporada regular da NBA. Sem dificuldades, bateu o adversário por 114 a 92 e manteve a terceira colocação do Oeste, atrás de Memphis Grizzlies e Oklahoma City Thunder, respectivamente. A partida marcou a volta do ala Danny Green ao time, após ausência na vitória diante do Milawukee Bucks. Veja abaixo o que de melhor rolou no duelo.

Parker, mas uma vez, foi o nome do jogo (D. Clarke Evans/NBAE/Getty)

Quem para Parker?

A princípio, ninguém. No vitória, o Tony Parker teve papel decisivo e pôde até mesmo ser poupado por Gregg Popovich, tamanha a facilidade da equipe já em meados do terceiro quarto. Sem marcação pesada do adversário – James Harden teve sérios problemas ao tentar conter o francês – o armador somou nada menos do que 17 pontos, sendo o cestinha do Spurs na partida. Impressionou a porcentagem de arremessos e o tempo de quadra para chegar ao desempenho: ele precisou de apenas 25 minutos ativo e acertou nada menos do que sete dos nove chutes que tentou na noite. Desempenho quase perfeito.

Duncan fez mais um double-double (D. Clarke Evans/NBAE/Getty)

Força do banco

Colaborou muito, novamente, para vitória do Spurs a prestatividade dos atletas vindos do banco. A lista de jogadores machucados assusta, mas mesmo assim a equipe se mantém fiel ao seu estilo de jogo e divide muito bem a pontuação. Não à toa que Manu Ginobili, Tiago Splitter e Patrick Mills, todos reservas, superaram a marca dos dez pontos. E nos momentos mais cruciais da partida, como quando a franquia definiu sua vitória, ainda no terceiro período.

É destaque também a (outra) boa atuação do armador Nando De Colo. Após polêmica com sua passagem relâmpago pela D-League, o atleta se mostra cada vez mais solto na NBA. Pontuou razoavelmente bem, mas se destaca mesmo pela inteligência em dar passes e pelo ótimo posicionamento – misturado com uma dose de porte atlético – para pegar rebotes na defesa. O valor do francês só tem a aumentar ao longo da temporada.

Ano do Brasil na NBA

Há algum tempo que os jogadores brasileiros não tinham um ano tão bom na NBA. Falo de Anderson Varejão, pivô do Cleveland Cavaliers que faz temporada espetacular, e de Tiago Splitter, que assume com cada vez mais destreza a posição conferida a ele no elenco do Spurs. Reserva com tempo de quadra considerável, ele tem conseguido pontuar com mais facilidade e se mostra muito mais útil ao time. Fez contra o Rockets mais uma partida muito boa.

Volta, Kawhi!

Para não dizermos que a partida foi perfeita, lembrando o lema de Gregg Popovich de caçar erros, fica como ponto negativo a marcação à estrela adversária. Esse vinha sendo o papel de Kawhi Leonard antes de sua lesão e ficou vago após a mesma. Ontem Harden foi mal na defesa, mas deitou e rolou no ataque.

Destaques da partida

San Antonio Spurs

Tony Parker – 17 pontos e sete assistências

Tiago Splitter – 15 pontos e seis rebotes

Tim Duncan – 12 pontos, 12 rebotes, três assistências e dois tocos

Manu Ginobili – 12 pontos, cinco rebotes e três assistências

Patrick Mills – 12 pontos e três rebotes

Gary Neal – 12 pontos

Houston Rockets

James Harden – 29 pontos, cinco assistências, quatro roubadas de bola e três rebotes

Patrick Patterson – Dez pontos, cinco rebotes e cinco assistências

Jeremy Lin – Dez pontos, três assistências e duas roubadas de bola