Arquivo mensal: novembro 2012
Spurs (7-1) @ Lakers (3-5) – Greensanity!

84×82
Emoção até o fim! Com uma cesta de três pontos de Danny Green faltando apenas 9,3 segundos para o fim da partida, o San Antonio Spurs venceu o Los Angeles Lakers por 84 a 82 na madrugada de terça-feira (13) para quarta, em duelo disputado na Califórnia. Com o resultado, a franquia texana chegou à sua sétima vitória nos oito primeiros jogos que disputou na temporada 2012/2013 da NBA. Veja o resumo do embate a seguir:

Não adianta fazer careta, Dwight… (Harry How/NBAE/Getty)
Que bola, Green!
Nos playoffs do ano passado, Green foi criticado por acertar apenas 34,5% dos arremessos de três que tentou após ter convertido 43,6% na temporada regular. No entanto, diante do Lakers, o ala-armador provou que pode sim fazer cestas importantes ao matar a bola que deu a virada e a vitória ao Spurs.
O arremesso serviu para minimizar o desempenho abaixo da crítica do time texano do perímetro: foram apenas sete cestas em 20 tentativas, aproveitamento de 35%. O próprio Green matou três bolas, mas precisou de sete tiros para isso.

Parker foi o cestinha do Spurs (Harry How/NBAE/Getty)
Boa, Splitter!
Após usar DeJuan Blair no quinteto titular contra o Sacramento Kings e devolver o posto a Boris Diaw diante do Portland TrailBlazers, o técnico Gregg Popovich resolveu dar continuidade à rotatividade no garrafão ao escalar Tiago Splitter ao lado de Tim Duncan contra o imponente garrafão do Lakers, formado por Pau Gasol e Dwight Howard. E deu certo.
O brasileiro deixou a quadra com nove pontos (4-8 FG), nove rebotes (seis deles de ataque), duas assistências, duas roubadas de bola e um toco. Sua principal contribuição foi na defesa, combatendo Gasol na primeira metade do jogo, ajudando a segurar Howard na parte final e pegando o rebote que decretou a vitória do Spurs no último lance da partida.
No entanto, mesmo com a boa participação de Splitter, o problema dos rebotes voltou a assombrar o time texano, que coletou apenas 38 ressaltos no jogo, dez a menos do que o rival.
Acordem, tiozões!
É normal que os veteranos demorem mais para pegar o ritmo da temporada – ainda mais os que vêm do banco de reserva. Mesmo assim, o desempenho de Manu Ginobili e Stephen Jackson é preocupante. O argentino acertou apenas um dos oito arremessos de quadra que tentou contra o Lakers, deixando a quadra com três pontos, enquanto o ala converteu dois de sete. O Capitão, ao menos, fez uma cesta de três importantíssima no quarto período.
Esperamos ver um desempenho melhor de Manu e Jackson já na quinta-feira, quando o Spurs volta para San Antonio para encarar o até então invicto New York Knicks.
Destaques da partida
San Antonio Spurs
Tony Parker – 19 pontos, sete assistências e quatro rebotes
Tim Duncan – 18 pontos, nove rebotes, quatro assistências e quatro tocos
Danny Green – 11 pontos, cinco rebotes e três roubadas de bola
Los Angeles Lakers
Kobe Bryant – 28 pontos, oito assistências e quatro rebotes
Dwight Howard – 13 pontos, 15 rebotes e três tocos
Metta World Peace – 12 pontos e quatro rebotes
Spurs (6-1) @ Lakers (3-4) – Temporada Regular

Data: 14/11/2012
Horário: 01h30 (Horário de Brasília)
Local: Staples Center
Cotação no Apostas Online: Spurs 1,87 (favorito) @ Lakers 1,94
Hoje é dia de jogaço! Com apenas uma derrota nas sete primeiras partidas da temporada regular, o San Antonio Spurs, que ainda busca se reencontrar com seu melhor basquete, visita o Los Angeles Lakers, que começou o campeonato em crise. A equipe angelina perdeu quatro dos cinco primeiros jogos que fez e, por isso, demitiu o técnico Mike Brown. O time californiano venceu as duas partidas que fez sob o comando do treinador interino Bernie Bickerstaff e, contra os texanos, poderá ter a estreia de Mike D’Antoni. Enquanto o Spurs deve ir completo para o jogo, o Lakers não contara com Steve Nash, machucado, e Steve Blake, doente.


PG – Tony Parker
SG – Danny Green
SF – Kawhi Leonard
PF – Boris Diaw
C – Tim Duncan/Tiago Splitter
Fique de Olho – Nas últimas partidas, o técnico Gregg Popovich vem promovendo grande rotatividade no garrafão. DeJuan Blair foi titular contra o Sacramento Kings, mas Boris Diaw retomou o posto contra o Portland TrailBlazers. Diante do Lakers, pode ser a vez de Tiago Splitter, que, na temporada passada, fez bom trabalho marcando Pau Gasol.


PG – Chris Duhon
SG – Kobe Bryant
SF – Metta World Peace
PF – Pau Gasol
C – Dwight Howard
Fique de Olho – Na temporada passada, o Spurs teve problemas com o garrafão do Lakers e chegou a ceder 30 rebotes para Andrew Bynum. Será que o Superman consegue repetir o desempenho? Com a camisa da nova equipe, o pivô tem médias de 20,1 pontos, 10,6 rebotes e 2,4 tocos por exibição.
O quarto elemento

Gregg Popovich vem trabalhando bem o conceito de rotatividade no elenco do San Antonio Spurs. Primeiro deixou o ala-armador Manu Ginobili fora de alguns jogos iniciais da temporada. Na sequência, poupou o armador Tony Parker da vitória diante do Portland TrailBlazers. Provavelmente deixará o ala-pivô Tim Duncan afastado de alguns duelos. Nessas partidas, dois fatos merecem destaque: a franquia perdeu apenas uma vez e Kawhi Leonard começa a brotar como protagonista do elenco.
O primeiro aspecto é muito importante para o Spurs nessa temporada. Em um começo de disputa no qual o Los Angeles Lakers se apresenta combalido e mais perde do que ganha, a diferença para o adversário – e para o Oklahoma City Thunder, outro adversário de peso da Conferência Oeste – é importantíssima quando estivermos chegando ao final da temporada regular. Uma gordura acumulada no começo é essencial para que o trio, já com certa idade, seja poupado momentos antes do playoffs.
Mas é Kawhi Leonard que realmente vem chamando minha atenção. Em seu segundo ano de NBA, ele mostra maturidade e leitura de jogo que fazem com que qualquer tipo de suspeita levantada quando ele veio trocado por George Hill seja totalmente leviana. Nas ausências de Manu e, posteriormente, de Parker, foi o ala quem liderou o perímetro da primeira unidade a ser essencial nas vitórias.

Um quarto elemento que é cada vez mais essencial
Falar sobre seu senso de defesa é quase chover no molhado. Mesmo com pouco tempo de NBA, a confiança depositada em Leonard é sinal de seu bom trabalho. Sempre que o Spurs atua contra um grande jogador de perímetro, é dele a responsabilidade de marcação. Muito para um sophomore. Normal para o potencial que ele demonstra dentro de quadra. As comparações com Bruce Bowen, é claro, são inevitáveis.
Talvez em um otimismo absurdo, considero que ele será melhor que Bowen. Defensivamente, tem tudo para alcançar o ídolo do Spurs. Ofensivamente, porém, pode ser muito melhor. Bom nos arremessos de média distância, ele tem melhorado o arsenal de três pontos. O que impressiona, porém, é sua consciência na hora de arremessar. Contra o Blazers, quando anotou dez pontos, tentou apenas seis vezes – colocou cinco para dentro.
A realidade Leonard faz cada vez mais bem ao Spurs. Se há alguns anos a possibilidade de renovação se reduzia a DeJuan Blair e Tiago Splitter, hoje ela ganha novo fôlego com Kawhi. Com ele voando e a gordura acumulada sendo gasta apenas no fim, o futuro do Spurs na temporada pode ser bem mais brilhante do que a projeção inicial.
Spurs (6-1) @ Blazers (2-4) – Haja coração!

112×109
Se havia algum torcedor texano com problemas cardíacos, provavelmente ele não passou do jogo entre San Antonio Spurs e Portland TrailBlazers, que ocorreu na madrugada de sábado (10) para domingo. A partida foi repleta de mudanças na liderança do placar, lances incríveis nos momentos decisivos e jogadores inspirados. Sem dúvidas, um dos melhores embates desta temporada que se inicia.

Gary Neal esteve inspirado (Sam Forencich/NBAE/Getty)
Xô, zica!
Fazia tempo que o Spurs não sabia o que era vencer no Rose Garden. Das últimas sete partidas disputadas na casa dos Blazers, todas terminaram com vitória dos mandantes. Com muito suor e sofrimento, esta sina foi quebrada na partida deste sábado.

Duncan foi bem de novo (Sam Forencich/NBAE/Getty)
Titulares adversários afinados
De bobo o time de Portland não tem nada. Apesar de ter um banco um tanto quanto frágil, o quineto titular da equipe tem muito talento, e promete incomodar muito nesta temporada. Do time titular, o trio Nicolas Batum, LaMarcus Aldridge e o novato Damian Lillard, com 33, 29 e 20 pontos respectivamente, são jogadores de muita qualidade ofensiva, que por muito pouco não tiraram a vitória das mãos de San Antonio.
Amor e Ódio
Amar ou odiar Gary Neal? O ala-armador, famoso pelos seus arremessos destemidos, às vezes toma algumas decisões que tiram os torcedores do Spurs do sério. Por outro lado, os tiros impossíveis convertidos em momentos decisivos nos fazem não termos certezas dos nossos sentimentos. O camisa #14 foi peça chave na vitória dos comandados de Gregg Popovich, anotando 27 pontos – maior marca da carreira -, e sendo um dos principais nomes na reação iniciada no terceiro quarto.
Minutos finais
Os minutos finais da partida merecem uma resenha à parte, pois foram aqueles momentos mágicos em que os jogadores decisivos aparecem. O Blazers encostou no placar com uma cesta de três pontos de Nicolas Batum, marcado por Danny Green, que levou o resultado parcial para 105 a 103. No ataque seguinte, o Spurs quase perde a bola, que sobra livre para Tim Duncan – outra partidaça do ala-pivô – enterrar com as duas mãos. A equipe de Portland converte mais uma bola de três, mas o Spurs não deixa que o empate aconteça com uma bandeja de Duncan, levando o placar para 109-106. Faltando 40 segundos para o término da partida, Batum, mais uma vez, aparece para converter uma cesta de três e empatar o jogo. Então, aparece a experiência de Manu Ginobili, que, a 12 segundos do fim, sofre uma falta e converte os dois lances-livres. Com a última posse, Batum foi dessa vez incapaz de levar sua equipe à vitória, e o rebote coletado por Stephen Jackson decretou a vitória da equipe texana. Corações na mão, e a sexta vitória do Spurs na temporada.
Destaques da partida
San Antonio Spurs
Gary Neal – 27 pontos e sete rebotes
Tim Duncan – 22 pontos, nove rebotes e três tocos
Manu Ginobili – 17 pontos, quatro assistências, quatro rebotes e três roubos de bola
Stephen Jackson – 13 pontos, três assistências, três rebotes e três roubos de bola
Danny Green – Dez pontos e cinco rebotes
Kawhi Leonard – Dez pontos, três rebotes e três roubos de bola
Portland TrailBlazers
Nicolas Batum – 33 pontos, sete rebotes, quatro assistências e dois roubos de bola
LaMarcus Aldridge – 29 pontos, sete assistências, quatro rebotes e quatro tocos
Damian Lillard – 20 pontos, seis assistências, três rebotes e dois roubos de bola
Sempre alerta, Mills!
Não dá para aproveitar melhor uma oportunidade. Beneficiando-se da ausência de Stephen Jackson, gripado, Patrick Mills veio do banco de reservas na vitória do San Antonio Spurs sobre o Sacramento Kings e anotou 18 pontos, sendo o segundo maior cestinha da partida, atrás apenas de Tim Duncan, que marcou 23. Com uma atuação dessas, o armador australiano prova que está pronto para assumir uma fatia na rotação do time texano se Gregg Popovich assim quiser.

Patrick Mills em ação pelo Spurs; será que veremos isso mais vezes? (NBAE/Getty Images)
Neste início de campeonato, o treinador vem usando Gary Neal como armador reserva, assim como fez no fim da temporada passada. No entanto, com o desfalque do capitão, o camisa #14 foi empurrado para uma das alas da segunda unidade, ao lado de Manu Ginobili, e Mills pôde atuar por 21 minutos – aproveitando-se, também, do estado físico de Tony Parker, outro limitado pela gripe.
O australiano tem um estilo parecido com o do francês. Tanto Mills quanto Parker gostam de usar o bloqueio dos pivôs para abrir espaço para uma infiltração ou um arremesso de média distância. Os dois também gostam de puxar o contra-ataque em velocidade quando o time recupera a bola. No entanto, mesmo sendo um jogador que cria mais para ele mesmo do que para o time, o camisa #8 tem mais facilidade em envolver os companheiros do que Neal, que é um ala-armador de origem e que sempre prioriza o arremesso.
Apesar das características semelhantes, Mills está longe de Parker tecnicamente. O francês é muito melhor em pontuar e em comandar o ataque do time. No entanto, o australiano tem duas vantagens sobre o francês. A primeira delas é a forte defesa – ontem, por exemplo, ele foi o principal responsável por segurar o perigoso Isaiah Thomas a apenas dez pontos.
Além disso, Mills também é especialista no arremesso de três pontos. Isso pode fazer a diferença em uma segunda unidade com excelentes passadores, como Manu Ginobili, Stephen Jackson, Tiago Splitter e, agora, Boris Diaw, já que Pop promoveu o retorno de DeJuan Blair ao time titular.
Entendo o técnico do Spurs quando ele opta por deixar Mills de fora da rotação. Afinal, para ele entrar em quadra, atletas importantes, com Neal, Manu, Jackson, Danny Green e/ou Kawhi Leonard, precisariam perder tempo de jogo. No entanto, o armador provou que está pronto para quando for acionado. Por isso, peço que Pop o acione mais vezes, especialmente quando suas características forem exigidas: velocidade, arremesso de três pontos e defesa na posição 1. Coloca o Mills, professor!

