Arquivo mensal: setembro 2012

Sem mudar muita coisa, ainda com o olho nos playoffs

Com duas semanas para o fim da temporada regular de 2012 da WNBA, o San Antonio Silver Stars amarga uma sequência de cinco derrotas consecutivas. O que impressiona é o histórico de 12 vitórias seguidas antes disso. Muitos se perguntam o que aconteceu, de repente, com essa equipe que, durante um período, foi imbatível.

Uma análise bem fria mostra que a “queda” do time texano aconteceu logo em seguida à conquista de sua vaga cativa nos playoffs da Conferência Oeste, ao lado do Minnesota Lynx e do Los Angeles Sparks. Antes disso, tanto no período pré e pós olímpico, o San Antonio foi o carrasco de diversos esquadrões, como o Seattle Storm, o Phoenix Mercury e o Indiana Fever, além dos mencionados acima. Ou seja, dos que estão no topo de suas conferências (Leste e Oeste), o único que não perdeu em 2012 para Dan Hughes e suas comandadas foi o Connecticut Sun.

Desde a conquista do lugar na segunda fase, a campanha do San Antonio permitia a derrota para todas as equipes que ainda viriam, e mesmo assim o resultado final seria positivo. O pior que poderia acontecer era o número de derrotas ser o mesmo das vitórias, e isso é exatamente o que vem acontecendo. As últimas performances das Silver Stars têm sido regulares, sem aquela apresentação do conjunto brilhante que as jogadoras formam. Ainda assim, muito foi conquistado nessas partidas. E eu gostaria de destacar uma jogadora em especial: Jayne Appel.

Jayne Appel: sinais de melhora quando o San Antonio precisa

Quem acompanha essa coluna desde o começo sabe o quanto eu critico essa pivô, que nunca rendeu de acordo com sua capacidade para o San Antonio. Não vou dizer que ela está 100% agora, pronta para se tornar uma estrela, PORÉM tem se apresentado para aquilo que foi contratada. Está agressiva no ataque à cesta e no rebote, e tem obtido sucesso em ambos os casos. Claro, ainda não apresenta números excelentes, mas já está ajudando muito com seu físico e sua desenvoltura. Espero, de verdade, que apenas melhore.

Nas próximas duas semanas, o San Antonio Silver Stars joga seis vezes, e, por mais que eu tenha errado bastante nisso, acredito em uma campanha de 6-1 contra o Tulsa Shock, o New York Liberty, o Seattle Storm e o Minnesota Lynx.

Apareça aqui no próximo domingo para saber sobre as boas notícias que o San Antonio Silver Stars pode trazer!

Invasão brasileira no Texas?

A temporada 2012/2013 será a terceira de Tiago Splitter na NBA. E, a partir do próximo campeonato, o pivô do San Antonio Spurs poderá ganhar companhia brasileira no Texas. Isso porque Scott Machado e Rafael Hettsheimeir têm chances de começar a próxima temporada defendendo, respectivamente, o Houston Rockets e o Dallas Mavericks, rivais locais do alvinegro.

Hettsheimeir: A caminho do Texas?

Machado é um armador de estilo clássico, especialista na distribuição do jogo. Na última temporada, atuando pela Universidade de Iona, o jogador apresentou médias de 13,6 pontos e 9,9 assistências em 35,5 minutos por exibição. Chegou a liderar a NCAA nos passes decisivos. Mesmo assim, passou em branco no Draft neste ano. Porém, recebeu um convite para atuar pelo Rockets na Summer League e agradou ao conseguir oito pontos e 5,6 assistências em 25,4 minutos por jogo. Por isso, ganhou um contrato com a franquia.

Nascido em Nova York, Machado é filho de pais brasileiros e já declarou publicamente sua vontade em defender a nossa seleção. Dependendo de seu desempenho na NBA, o armador – que, a título de curiosidade, foi companheiro de time de Danny Green no basquete colegial americano – pode causar impacto imediato na equipe de Rubén Magnano, já que Larry Taylor, reserva imediato de Marcelinho Huertas nas Olimpíadas de Londres-2012, já tem 31 anos e pode ser carta fora do baralho para o próximo ciclo, enquanto Raulzinho e Rafael Luz são apenas promessas neste momento.

Hettsheimeir, por sua vez, ainda se recupera de lesão no joelho esquerdo – a mesma que fez com que o jogador fosse cortado da seleção e não pudesse ir a Londres. Por isso, o jogador – que, segundo a imprensa americana, despertou o interesse do Spurs nesta intertemporada – perdeu grande parte do mercado Europeu, que já tem as grandes equipes com elencos praticamente prontos. Na última temporada, atuando pelo Valência, o grandalhão apresentou médias de 13,3 pontos e 6,4 rebotes em 30,1 minutos por exibição na Liga ACB, o Campeonato Espanhol de basquete.

Agora, de acordo com reportagem do site espanhol Tubasket, duas franquias da NBA têm muito interesse em Hettsheimeir – o Cleveland Cavaliers, onde o pivô seria companheiro do compatriota Anderson Varejão, e o Mavs, rival local do Spurs, que sofre para encontrar um pivô titular desde a saída de Tyson Chandler.

Porém, como bem lembra Giancarlo Giampietro, do blog Vinte Um, tudo ainda não passa de uma possibilidade. O contrato dado a Machado pelo Rockets não é garantido – ou seja, pode ser rescindido a qualquer momento. E o mesmo tipo de vínculo foi oferecido por Mavs e Cavs a Hettsheimer. Por hora, Splitter é o único brasileiro garantido no basquete texano.

Jason Kapono é avaliado pela comissão técnica do Spurs

Segundo o site americano Pounding the Rock, o ala Jason Kapono entrou na mira do San Antonio Spurs. O jogador disputou a última temporada pelo Los Angeles Lakers e se tornou um agente livre nesta offseason.

De acordo com reportagem de Adrian Wojnarowski, do site americano Yahoo! Sports, Kapono está em San Antonio para treinar e ser avaliado pela comissão técnica do Spurs nesta semana.

Na última temporada, Kapono disputou 27 partidas pelo Lakers e apresentou médias de dois pontos e 0,5 rebotes em dez minutos por exibição. O ala é conhecido por sua pontaria nos arremessos de três pontos, tendo 43,4% de aproveitamento em sua carreira. Atuando pela franquia angelina, no entanto, o jogador acertou apenas 29,6% dos tiros que tentou do perímetro.

Leia mais: veja quem pode chegar e quem pode deixar o San Antonio Spurs

E mais…

Andray Blatche se aproxima de Heat e Nets

De acordo com reportagem do site americano Air Alamo, o ala-pivô Andray Blatche, especulado como possível reforço do San Antonio Spurs, deverá acabar no Brooklyn Nets ou no Miami Heat. Segundo Marc Stein, jornalista da ESPN, a mais nova franquia da NBA está perto de contratar o jogador. No entanto, o jornal americano Washington Post noticiou que a equipe da Florida também está na briga pelo big man.

Efeito Kawhi

Na expectativa para o início da temporada 2012/2013, se especula sobre como será o rendimento do Big Three do San Antonio Spurs, em especial os já veteranos Tim Duncan e Manu Ginobili, que, ao lado de Tony Parker, lideraram o time na última década. Mas mais que os “trintões” texanos, eu diria que o fiel da balança para o bom desempenho da equipe está em um jogador muito mais jovem: Kawhi Leonard.

Como novato, Leonard impressionou torcida e comissão técnica do Spurs, que estava carente de um ala com características defensivas desde a aposentadoria de Bruce Bowen. Uma olhada nos números e nota-se o tamanho do peso do jovem dentro da equipe.

Durante a temporada, foram 64 partidas disputadas, 39 como titular, e respeitosas médias de 7,9 pontos e 5,1 rebotes em 24 minutos por partida. Desempenho que rendeu ao camisa #2 a escolha para o time ideal dos novatos.

Para se ter uma ideia da dimensão que Leonard ganhou em tão pouco tempo, desde a chegada de Tim Duncan, em 1997, apenas um novato permaneceu mais minutos em quadra que o ex-ala de San Diego State em seu primeiro ano como profissional em San Antonio.

Foi o armador Tony Parker, que, na temporada 2001/2002, sua primeira na liga, alcançou média de 29,4 minutos por partida.

Nem mesmo Manu Ginobili (20,7 minutos em 2002/2003) ou o sempre elogiado George Hill (16,5 minutos em 2008/2009) obtiveram tão rapidamente a confiança de Gregg Popovich como Kawhi Leonard.

Para a próxima temporada, o ala deve ter responsabilidades maiores dentro de quadra. Posto à prova na Summer League de Las Vegas, ele não decepcionou. Precisou de apenas dois jogos e médias de 25 pontos, seis rebotes e três assistências para mostrar que está pronto para desafios maiores. E eles estão por vir.

Com apenas 21 anos, ele é o segundo jogador mais jovem do elenco – Cory Joseph é dois meses mais novo – vai apenas para sua segunda temporada como profissional, mas encara o jogo como um veterano e terá, em suas mãos, a chance de fazer a diferença para o Spurs.

Afinal, nós já sabemos do que Duncan e Ginobili são capazes, apesar da idade, e que Parker tem tudo para ser, novamente, o líder da equipe na temporada. Mas no fim, quem pode fazer a balança pender para o lado de San Antonio em eventuais confrontos contra Thunder, Lakers ou Miami é Kawhi Leonard.

Tony Parker segue afiado

Mesmo de férias e longe dos treinos, descansando após as Olimpíadas, o armador Tony Parker segue com a pontaria afiada. No último final de semana, o francês disputou um jogo beneficente ao lado do ala-pivô Boris Diaw, também jogador do San Antonio Spurs, e mostrou que deverá voltar ainda mais incisivo para a próxima temporada. Veja no vídeo abaixo o que ele fez.

Os rivais que se cuidem…