Arquivo mensal: agosto 2012
Gregg Popovich pode assumir a seleção americana, diz site

De acordo com reportagem do site Air Alamo, Gregg Popovich, técnico do San Antonio Spurs, é um dos favoritos ao cargo de técnico da seleção americana masculina de basquete para o próximo ciclo olímpico.

Que tal o técnico do ano da NBA no time americano? (Foto: D. Clarke Evans/NBAE/Getty Images)
Segundo o jornalista Marc Stein, que escreve para o site da ESPN americana, Mike Krzyzewski, atual treinador dos Estados Unidos, deve passar a integrar a diretoria da confederação local, apesar da vontade do presidente Jerry Colangelo de mantê-lo como treinador. Isso abriria espaço para Pop.
Ainda de acordo com Marc Stein, Doc Rivers, atual técnico do Boston Celtics, seria outro forte candidato ao cargo de treinador da equipe americana.
Dream team é ouro e Argentina cai sob lance polêmico

A Espanha bem que tentou, mas perdeu o duelo para os Estados Unidos por 107 a 100 neste domingo (12), na final dos Jogos Olímpicos de Londres, repetindo o roteiro de Pequim, em 2008. A seleção americana conseguiu sua 14º medalha ouro na modalidade.

Na primeira parte do jogo, os Estados Unidos se mostraram dispostos a conquistar a medalha de ouro, acertando um grande número de bolas de três pontos, enquanto a equipe espanhola não reagia ao forte começo de jogo imposto pelo adversário. O final do primeiro quarto acabou 35 a 27 para o Dream Team.
No inicio do terceiro período, a Espanha começou a reagir e a seleção norte-americana ficou mais de dois minutos sem pontuar, algo excepcional. Os pontos fortes dos europeus foram a defesa forte e o jogo no garrafão, que foi enfatizado nesse período. Enquanto os Estados Unidos contavam com as infiltrações de LeBron James e as bolas de três pontos de Kobe Bryant e Kevin Durant, a seleção espanhola contava com um forte jogo de pivôs com Pau Gasol e Serge Ibaka. Ainda no final do terceiro período, as equipes cometeram muitos erros no ataque, o que levou a contra-ataques seguidos para os dois times. O terceiro quarto acabou com a vantagem de apenas um ponto para a seleção dos Estados Unidos, 82 a 83.
Pau Gasol, principal alvo da defesa adversária, sofreu um tapa no rosto de LeBron James durante uma jogada, foi substituído por seu irmão Marc Gasol e fez com que o astro dos Estados Unidos ficasse pendurado com quatro faltas individuais. Porém, o ala-pivô do Los Angeles Lakers logo se recuperou.
Kevin Durant manteve seu time no jogo com outro arremesso de três pontos, fazendo com que o técnico espanhol pedisse tempo técnico faltando seis minutos para o fim de partida. A seleção americana começou a se preocupar quando Carmelo Anthony e Kevin Love cometeram faltas, ficando pendurados. No entanto, Kobe Bryant, o mais experiente jogador americano, contribuiu com uma bola de dois pontos, abrindo dez de vantagem para seu time. A Espanha esboçou uma reação com duas recuperações de bola consecutivas, mas logo “Coach K” pediu um tempo no final do terceiro período para arrumar seu time.
Já no último quarto de jogo, apesar de toda a vontade, a seleção espanhola não conseguiu impedir que LeBron James convertesse cinco pontos consecutivos que foram decisivos para o resultado final da partida. Restando 37 segundos de jogo, a equipe americana colocou o time reserva em jogo, já comemorando a medalha de ouro. O resultado final da partida foi 107 a 100 para os Estados Unidos, que manteve sua hegemonia no basquete.
Argentina reclama de suposta falta e perde bronze para a Rússia

A Rússia venceu a Argentina por 81 a 77 neste domingo (12) na disputa pela medalha de bronze das Olimpíadas de Londres. Conforme disse o jornal argentino La Nación, os erros de arbitragem influenciaram diretamente no resultado final da partida. O periódico, cuja manchete foi “uma final incrível: uma falta não marcada poderia ter mudado a história do jogo”, protestou em seu site sobre o último lance da partida, que fez com que o time russo abrisse quatro pontos de vantagem a vencesse o duelo.
O lance ocorreu quando o jogo estava 79 a 77 para a Rússia e a Argentina tinha a posse de bola. Foi quando Andres Nocioni errou um arremesso de três pontos e os europeus pegaram o rebote, avançando para a quadra de ataque fazendo a jogada decisiva. Porém, o armador argentino Pablo Prigioni conseguiu retomar a bola para o time argentino e, neste momento, sofreu a suposta falta, ocasionando um contra-ataque russo que, com uma bandeja, fechou o jogo, vencendo por quatro pontos.

Foto: La Nación
No momento em que a bola foi roubada de Prigioni, os jogadores argentinos foram imediatamente para cima do árbitro para reclamar o lance polêmico. De acordo com o La Nación, o destaque da seleção argentina Manu Ginobili, disse que a falta foi clara, mas minimizou o lance, afirmando que a Argentina não deveria ter chegado nessa situação de tanto equilíbrio nos momentos finais da partida. Segundo o pivô Luis Scola, os argentinos não têm que culpar o árbitro, já que o time sul-americano não foi bem no jogo e por isso teve de passar por um momento tão dramático.
Manu e Argentina tentam, mas não impedem show americano

Nesta sexta-feira (10), a Argentina perdeu para a seleção norte-americana por 109 a 83 nas semifinais das Olimpíadas de Londres. O jogo foi bem disputado no primeiro tempo, mas não foi o suficiente para que os sul-americanos derrotassem o Dream Team.

Ginóbili consola Campazzo (Foto: espn.com.br)
A equipe argentina chegou a encostar no placar, mas não conseguiu manter o ritmo e não liderou o placar em nenhum momento da partida.
No primeiro tempo de jogo, os hermanos puderam contar com os arremessos de três pontos de Leo Gutiérrez, com o jogo de garrafão de Luis Scola e com toda a categoria de Manu Ginobili, do San Antonio Spurs, que contribuiu com a sua experiência e liderança no time, acertando uma bola de três pontos no final do segundo quarto que diminuiu a vantagem adversária para somente sete pontos.
No ínicio do segundo tempo, o astro da franquia texana converteu mais três pontos para a Argentina, diminuindo a diferença para apenas quatro pontos a favor do time norte-americano.
Mas a reação argentina acabou por aí. Foi quando começou um show particular de Kevin Durant. O jogador do Oklahoma City Thunder, que foi o cestinha da partida com 19 pontos, converteu quatro bolas de três pontos que abriu de vez a vantagem dos Estados Unidos sobre a Argentina.
Com o jogo praticamente definido, deu-se início ao show time norte-americano no último quarto. Ponte-aéreas, bolas de três pontos, tocos, enterradas… foi um massacre sobre o selecionado sul-americano. Quando o jogo já caminhava para o seu fim, a Argentina colocou seu time reserva em quadra, poupando seus principais jogadores para a disputa do terceiro lugar contra a seleção russa.
Os Estados Unidos irão enfrentar na final, que acontece no dia 12 de agosto, a Espanha, repetindo a decisão dos Jogos Olímpicos de Pequim-2008.
Com virada surpreendente, Espanha derrota a Rússia e disputará o ouro.
A seleção espanhola venceu a equipe russa por 67 a 59 e classificou-se pela segunda vez consecutiva para as finais das Olimpíadas. Dentre os árbitros, estava o brasileiro Marcos Benito, que desempenhou um ótimo trabalho se tratando de um jogo tão importante.
O jogo não começou nada bem para a Espanha, que perdia o primeiro tempo por 13 pontos de diferença. Porém, o time esboçou uma reação no segundo tempo e conseguiu a vitória por oito pontos de vantagem. Pau Gasol e seus companheiros de seleção enfrentarão os Estados Unidos, repetindo a final dos jogos olímpicos de Pequim em 2008, que foi vencida pela equipe norte-americana.
A equipe espanhola chegou à semifinal sendo alvo de polêmicas e críticas devido à derrota para a seleção brasileira na última rodada de classificação do grupo B, o que garantiu o terceiro lugar na classificação à Fúria e evitou confrontos precoces contra Argentina e Estados Unidos. A derrota para o Brasil chegou a ser comemorada pela mídia local, criando uma série de polêmicas sobre a possível “entrega”.
A grande final acontece no dia 12 de agosto e promete ser um jogo muito disputado. A Espanha contará com suas principais forças: Os irmãos Marc e Pau Gasol e o destaque do time Serge Ibaka, jogador do Oklahoma City Thunder naturalizado espanhol.
Não aprendi a dizer adeus

O domingo (12) deverá ser um dia de emoções confusas para os fãs argentinos de basquete. Ao mesmo tempo em que a seleção masculina local, que ficou conhecida como geração de ouro, entrará em quadra na busca por sua terceira medalha olímpica, a partida contra a Rússia, que valerá o bronze nos Jogos de Londres-2012, deverá marcar a despedida deste time e, quem sabe, de Manu Ginobili, o maior astro da história da modalidade no país. E é triste pensar que talvez este momento também esteja chegando para nós, torcedores do San Antonio Spurs.

Ele voltará a vestir esta camisa depois de amanhã? (Foto: Getty Images)
A aposentadoria do ala-armador das competições internacionais ainda não é uma realidade. O próprio jogador ainda não sabe o que fará após as Olimpíadas. Porém, vamos encarar os fatos: Manu já tem 35 anos de idade. Com sua genialidade em quadra, ainda consegue sustentar médias de 19,1 pontos, 5,7 rebotes e 4,3 assistências por exibição em uma competição deste nível. Mas até quanto seu físico o permitirá jogar assim? Talvez até o Mundial de 2014, mas dificilmente até os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016.
“Muitas coisas podem acontecer. Tenho 35 anos. Sei que as chances ficam menores a cada ano, mas não posso dizer que vou me aposentar porque eu não sei”, disse Manu, em entrevista à agência de notícias AP, após a derrota por 109 a 83 diante dos Estados Unidos na semifinal olímpica.
As médias do argentino em Londres mostram que sua categoria ainda se sobressai às limitações físicas impostas pela idade. Mas o cansaço, certamente, é cada vez maior. Até quando ele estará disposto a lutar contra isso? Manu só tem mais uma temporada de contrato garantido com o Spurs. Depois disso, talvez, queira atuar na Europa, onde se projetou para o basquete internacional, e/ou em seu país antes de se aposentar.
Ginobili é meu maior ídolo no basquete. Foi por causa de suas atuações espetaculares nas Olimpíadas de Atenas-2004 que me apaixonei pelo basquete e, consequentemente, passei a acompanhar mais de perto o Spurs. Claro que a identificação cresceu depois que eu tomei conhecimento do profissionalismo da franquia, que conseguia competir com times de grandes cidades na base da competência. E a bela história construída por David Robinson, Tim Duncan, Gregg Popovich e tantos outros fez com que eu me tornasse definitivamente um adepto do time de San Antonio.
Mas a idolatria não me cega e não me impede de achar que, hoje, Ginobili é o menos importante do big three texano. Duncan, com minutos limitados por Pop, conseguiu render acima do esperado na última temporada – mais até do que em 2010/2011. Tony Parker acaba de fazer o melhor campeonato de sua carreira, se tornando o melhor jogador do Spurs. Enquanto isso, o argentino sofreu com lesões, teve problemas para se manter saudável e demorou para encontrar o ritmo ideal vindo do banco de reservas. Além disso, o elenco está melhor servido nas alas – com Nando De Colo, Danny Green, Stephen Jackson e Kawhi Leonard – do que em reservas para a armação e o garrafão.
Mas, por mais que se tente ser racional, atuações geniais de Manu, como as que vimos na série contra o Oklahoma City Thunder, me fazem acreditar que o craque ainda tem lenha para queimar e gás para, quem sabe, levar o Spurs ao nível dos super times Miami Heat e, agora, Los Angeles Lakers na próxima temporada. Será possível? Não sei. Só sei que ainda não estou pronto para me despedir de Ginobili.
Brasil cai diante da Argentina; Manu é o único Spur a avançar
Depois de uma grande primeira fase, o Brasil e vários jogadores dos San Antonio Spurs — Tiago Splitter, Tony Parker, Boris Diaw, Nando De Colo e Patrick Mills — foram eliminados nas quartas de final, a primeira fase do “mata-mata” das Olimpíadas de Londres-2012.
O dia começou com um duelo muito equilibrado entre Rússia e Lituânia, no qual os russos, que haviam conseguido a classificação em primeiro do grupo B, que teve Espanha e Brasil, tiraram os lituanos pela primeira vez das semifinais olímpicas desde 1992. O jogo teve o placar apertado durante os 40 minutos, e acabou com vitória por 83 a 74 dos russos, liderados por Andrei Kirilenko, que terminou a partida com 19 pontos, 13 rebotes, três assistências, três tocos e três roubadas de bola.
Em seguida, veio a partida entre espanhóis e franceses. O placar foi apertado durante todo o duelo, que teve liderança francesa durante os três primeiros quartos, com a Espanha virando no último período, fazendo 15 pontos contra seis do rival. Tony Parker anulou José Calderón e foi bem marcado por Sergio Llull. Boris Diaw fez uma grande partida, com 15 pontos (assim como Parker), mas acabou ficando fora por muito tempo (diferentemente do armador). Nando De Colo, outro jogador da franquia texana, teve péssima atuação, forçando demais nos momentos decisivos. Pelo lado espanhol, Pau Gasol fez um double-double, com dez pontos e 11 rebotes, e seu irmão, Marc, anotou 14 pontos e oito rebotes. Junto com Juan Carlos Navarro e Rudy Fernandez (12 e nove pontos, respectivamente), os pivôs levaram a fúria para as semifinais com a vitória por 66 a 61.
No jogo dos favoritos ao ouro, os estadunidenses despacharam a Austrália do armador do Spurs, Patrick Mills, cestinha da partida com 28 pontos. LeBron James liderou os comandados de Coach K com seu primeiro triple-double nas olimpíadas (11 pontos, 12 assistências e 14 rebotes).
Mas quem pensou que o jogo seria fácil se enganou. Os australianos deram trabalho durante os primeiros dez minutos e, principalmente, no início do terceiro quarto da partida, quando chegaram a fazer uma sequência de 11 a 0, diminuindo a vantagem americana para dois pontos. No último período, entretanto, os norte-americanos dispararam e abriram uma ótima vantagem, fechando o jogo em 126 a 97.
Já para o Brasil não deu. O time jogou bem no primeiro e no último quarto contra a Argentina. O restante da partida foi sofrível, o que deu aos maiores rivais de nossa seleção a vaga nas semifinais. Como de costume, Marcelinho Huertas comandou o time, seguido por Leandrinho. Com o armador fazendo 13 pontos no primeiro quarto e os argentinos entrando em conflito com faltas, nosso time acabou com vantagem, apesar da mão calibrada de Carlos Delfino. Os argentinos, também liderados por Manu Ginóbili, astro do Spurs, e Luis Scola, fizeram dois tempos muito bons, chegando a abrir 15 pontos no meio do terceiro quarto.
Os brasileiros tiveram um desempenho ruim na linha de lance livre, com apenas 42% de acerto, o que custou a vitória. Chegando no último quarto dez pontos atrás, o Brasil mudou seu comportamento — Leandrinho comandou essa transformação. Com arremessos de três pontos e bandejas, o ala-armador do Indiana Pacers conseguiu tirar a vantagem para três pontos, faltando dois minutos para o fim.
Marcelinho Huertas tentou um arremesso desequilibrado da linha dos três e a bola apenas triscou o aro. Ginóbili, por sua vez, converteu dois lances livres. A partir daí, o jogo se resumiu a um Brasil arremessando e fazendo faltas para parar o cronômetro, o que não foi suficiente para tirar a vitória argentina por 82 a 77.
Depois de 16 anos de espera, o Brasil encerrou sua participação nas Olimpíadas com quatro vitórias e duas derrotas. O dia termina com aquele gosto de que era possível fazer mais. Agora, só resta lamentar os erros nestes jogos e lembrar dos bons momentos. O importante é focar na Copa América — ano que vem— no Mundial de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.
As semi-finais acontecerão na Greenwich Village Arena na sexta-feira, e os duelos serão entre Rússia e Espanha e Estados Unidos e Argentina.
