Arquivo mensal: novembro 2011
Unicaja pretende contratar Splitter

De acordo com reportagem do jornal espanhol El Correo, a demora no fim do locaute deixou o Unicaja Malaga, segundo colocado na Liga ACB – o campeonato espanhol de basquete -, esperançoso em contratar Tiago Splitter. A equipe prepara uma proposta para o pivô brasileiro do San Antonio Spurs.
O Unicaja deve oferecer entre 65 mil e 75 mil euros (ou seja, entre R$ 154 mil e R$ 179 mil) por mês, além de uma possível cláusula de recisão para quando o locaute acabar.
Apesar da proposta, Splitter já deu a entender que pretende treinar em San Antonio durante o locaute. Além disso, a história do pivô brasileiro no Caja Laboral pode fazê-lo recusar contratos de outras equipes espanholas.
E mais…
Lorbek afirma que gostou de ser trocado para o Spurs
Adquirido pelo San Antonio Spurs na troca que enviou George Hill para o Indiana Pacers, o ala-pivô Erazem Lorbek afirmou que gostou da transação. “Agora que o San Antonio possui meus direitos, a NBA é uma opção mais interessante”, disse o esloveno, em entrevista ao jornal italiano La Repubblica, reiterando, no entanto, sua satisfação em atuar pelo Barcelona. “No momento, estou feliz por estar em um grande time na Europa que joga para ganhar tudo”, completou Lorbek.
Spurs Brasil entrevista Danny Green

English version (Versão em inglês)
A posição 3 é uma das principais incógnitas da rotação do San Antonio Spurs para a próxima temporada. Principal aposta da franquia no Draft, Kawhi Leonard é esperança de talento. Consagrado, Richard Jefferson ainda não conseguiu se adaptar ao sistema de jogo da equipe, enquanto jogadores de menos status, como Da’Sean Butler, Lance Thomas e Leo Lyons, sonham com alguns minutinhos na rotação. Ala-armador de origem, James Anderson também está pronto para quebrar um galho na função. No meio dessa confusão toda, um nome pode surpreender: Danny Green.

Green esteve em quadra contra o Grizzlies
Especialista em defesa, o ala de 24 anos foi um dos dois únicos dessa extensa lista que foi acionado pelo técnico Gregg Popovich nos playoffs da última temporada – o outro, claro, foi o titular Jefferson. É verdade que Green só esteve em quadra na pós-temporada por cerca de sete minutos, mas isso o coloca à frente de Anderson e Butler, por exemplo, que já faziam parte do elenco naquela época. Este fato e suas qualidades defensivas fazem o jogador ficar confiante para a próxima temporada.
Enquanto o locaute não termina, o jogador escolheu um caminho diferente dos demais jogadores do elenco texano. Ele está na Eslovênia, atuando pelo Union Olimpija – mesma equipe de Davis Bertans, outra das apostas do Spurs no último Draft. Até aqui, em três partidas na Euroliga, Green apresentou médias de 15,3 pontos (44,4% FG, 33,3% 3 PT, 90% FT), 3,7 rebotes e duas assistências em pouco menos de 31 minutos por exibição. Apesar dos bons números, sua equipe venceu apenas um jogo.
Por meio da assessoria de imprensa de sua nova equipe, Green topou responder algumas perguntas para o Spurs Brasil. Confira a entrevista na íntegra a seguir:
Spurs Brasil – Depois de suas primeiras partidas oficiais pelo Union Olimpija, você acha que o jogo na Europa é muito diferente do da NBA? Quais são as principais diferenças?
Danny Green – Sim, eu acho que é diferente. Tem suas semelhanças, mas, ao mesmo tempo, tem um estilo de jogo diferente e regras diferentes. Não tem três segundos defensivos, então o garrafão é mais povoado e você tem que saber usar bem os espaços. É um jogo com muito pick and roll e muita movimentação de bola, mas geralmente baseado em um ou dois caras, não mais do que isso. Não é muito mais físico, mas você tem de ser mais esperto defensivamente porque você nunca sabe o que os juízes vão marcar.
SB – Como é a vida fora dos Estados Unidos? É difícil viver em outro país, com outra cultura e outro idioma?
DG – A vida fora dos EUA não é tão difícil, especialmente porque todo mundo aqui fala inglês, o que ajuda. A comida é muito boa e o clube nos dá tudo o que precisamos, então eles fizeram um bom trabalho ajudando na nossa adaptação.
SB – Como a equipe te contatou na offseason? Outros times europeus fizeram propostas?
DG – A equipe me contatou por meio dos meus agentes e sim, eu tive outras ofertas de outros times, mas nenhuma tão boa quanto essa, que me permite jogar até o fim do locaute e, quando ele acabar, voltar se eu quiser.
SB – Se você não estivesse jogando na Europa, quais aspectos do seu jogo você estaria trabalhando? Você se sente capaz de trabalhá-los na sua nova equipe?
DG – Eu tento trabalhar todos os aspectos do meu jogo: arremesso, controle de bola, trabalho de pés, velocidade dos pés para propósitos defensivos e tudo o mais que faz parte do jogo. Aqui, eu sou bem capaz de trabalhar essas coisas, é por isso que é uma ótima situação.

A defesa de Green fez o ala ser acionado em jogos importantes
SB – Na última temporada, você foi um dos poucos jovens jogadores do Spurs que atuou nos playoffs. Você se sente pronto para ser relevante na rotação? Acha que isso vai acontecer?
DG – Sim, na última temporada eu me senti sortudo por poder entrar em quadra nos playoffs. O técnico Pop não precisava fazer aquilo. No ano que vem, espero ser parte da rotação e estar totalmente preparado para quando a hora chegar. É por isso que estou trabalhando meu jogo agora, todas as coisas que a organização me falou para trabalhar.
SB – Desde Bruce Bowen, o Spurs teve problemas para encontrar um swingman defensivo, um jogador para parar as estrelas do time adversário. Você pode ser esse jogador?
DG – Bruce Bowen é o wingman ideal que todo mundo fala quando se fala sobre o Spurs, por muitas razões, mas, principalmente, porque ele obtinha muito sucesso no sistema da equipe. Eu tive a chance de vê-lo jogando quando eu era mais novo e de estudar seu jogo. Espero ser capaz de me tornar o jogador que eles estão procurando, especialmente defensivamente.

Green em ação por sua nova equipe
SB – As posições 2 e 3 estão cheias de jovens jogadores no elenco do Spurs e de prospectos ao redor do mundo, como Nando de Colo e Davis Bertans. Você acha que isso é bom para a equipe?
DG – Sim. Permite que a gente trabalhe juntos e que um force o outro para melhorar. Também porque podemos aprender com os alas veteranos, assim, quando eles pararem, seremos capazes de continuar a tradição vencedora da equipe.
SB – Antes do locaute, você teve a chance de falar com Gregg Popovich sobre a próxima temporada? O que ele disse para você fazer?
DG – Tive a chance de falar com ele em várias ocasiões, seu maior conselho para mim foi trabalhar minha coordenação motora e meu senso de urgência. Nós realmente não conversamos muito sobre a próxima temporada, ele apenas queria que nós, os jovens jogadores, continuássemos trabalhando duro nas nossas fraquezas, para que tivéssemos a chance de jogar na equipe, e que nós nos preparássemos para o locaute, que era o foco principal antes de tudo acontecer.
SB – Você chegou a falar com o Bertans sobre jogar no Spurs?
DG – Não, eu nunca falei com ele sobre isso.
Parker está dando show na França
Desde que o locaute foi instalado, não era surpresa para ninguém que Tony Parker atuaria pelo ASVEL. O armador do San Antonio Spurs é um dos acionistas da equipe francesa e, logicamente, tem interesse direto no seu sucesso. O que alguns podiam não esperar é a dedicação com que o jogador vem atuando pelo time, levando-o a uma bela campanha neste início de temporada.

Parker em ação por sua equipe
Até agora, a equipe de Parker venceu duas das quatro partidas que fez na LNB, a liga francesa de basquete, e ocupa a sexta colocação no torneio. O armador partipou de três jogos, apresentando médias de 19,3 pontos (51,2% FG, 36,4% 3 PT, 90,9% FT), 5,3 assistências, 4,3 rebotes e 2,3 roubadas de bola em 28 minutos por exibição. O atleta esteve presente nos dois triunfos da equipe até aqui.
O site Project Spurs, especializado na franquia texana, postou um vídeo com as cinco melhores jogadas de Parker na vitória de 79 a 70 sobre o Cholet, na última partida do ASVEL. Veja-o a seguir:
Para mim, está claro que Parker será o principal jogador do Spurs no começo da próxima temporada. O armador é o mais jovem do trio de craques da equipe e, ao contrário de Manu Ginobili e Tim Duncan, está se mantendo em atividade. O ala-armador e, principalmente, o ala-pivô vão demorar para entrarem no ritmo de jogo ideal. O argentino, ao menos, esteve na Copa América com sua seleção.
Vale lembrar que Parker teve uma offseason pra lá de movimentada. Jogando o Eurobasket pela França, o armador apresentou médias de 22,1 pontos (45,6% FG, 33,3% 3 PT, 80,9% FT), 4,4 assistências, 3,5 rebotes e 1,6 roubadas de bola em 35 minutos por exibição, ajudando sua equipe a conquistar o vice-campeonato da competição e, por consequência, a vaga para a Olimpíada de Londres-2012.
Além de Parker, o outro único jogador do Spurs que está na Europa neste momento é Danny Green. E o ala não está fazendo feio: até aqui, em três partidas na Euroliga, o jogador, que está atuando pelo Union Olimpija, da Eslovênia, apresentou médias de 15,3 pontos (44,4% FG, 33,3% 3 PT, 90% FT), 3,7 rebotes e duas assistências em pouco menos de 31 minutos por exibição.
Gortat elogia Duncan: “É um ícone”

Em entrevista ao site Project Spurs, especializado na equipe texana, o pivô Marcin Gortat, do Phoenix Suns, elogiou o ala-pivô Tim Duncan. De acordo com o jogador polonês, The Big Fundamental é uma referência da NBA, principalmente por conta de seu jogo ofensivo.
“Eu acredito, obviamente, que Tim Duncan é provavelmente neste momento um dos dois melhores jogadores da liga de costas para a cesta, isso se não for o melhor. Ele é um ícone. Um ícone da NBA e acredito que, se um dia ele se aposentar, a liga perderá uma de suas maiores estrelas. Ele é um verdadeiro exemplo. Um cara que venceu campeonatos e uma grande pessoa. Ele joga limpo na quadra”, disse Gortat, que se sentiu honrado em um duelo entre os dois nessa temporada quando, segundo o polonês, Duncan falou com ele pela primeira vez.
O jogador do Suns acredita que, mesmo com a idade avançada, The Big Fundamental continua sendo um dos melhores jogadores da NBA.
“Bem, claro que ele não tem mais 18 anos. Ele não corre e nem pula como costumava fazer, mas ele ainda tem muita experiência e ainda sabe fazer muitas coisas. Como eu disse, ele é um dos melhores”, declarou Gortat, afirmando ainda que gostaria de jogar com Duncan.
