Arquivo mensal: julho 2011

Splitter aguarda seguro ser liberado para começar a treinar


Diferente do que o jogador disse em entrevista ao Spurs Brasil, o caso do seguro de Tiago Splitter ainda não está totalmente resolvido. De acordo com o repórter Fábio Aleixo, do site LANCENET!, Tiago ainda não está liberado pra treinar com o resto da Seleção Brasileira, que irá jogar o Pré-Olímpico em Mar Del Plata.

O seguro do jogador do Spurs ainda não está totalmente pronto, restando apenas algumas pendências com a documentação. Dessa forma, o pivô não pôde entrar em quadra para treinos coletivos que exijam contato físico. Com isso, durante a última semana, Splitter se focou em arremessos e na parte física.

Tiago não pode treinar com os outros jogadores. Crédito da imagem: Reuters

Contudo, segundo apurado pelo LANCE!, a liberação já está oficializada pela CBB e, a partir desta sexta, o atleta estará liberado para qualquer atividade. O seguro foi feito por uma empresa americana, custou cerca de US$ 30 mil e vale até 15 de setembro.

Com os pedidos de dispensa de Leandrinho (Toronto Raptors) e Nenê (Denver Nuggets), e o corte de Varejão (Cleveland Cavaliers), a CBB acabou economizando uma grande quantia de dinheiro. Com o locaute, o valor dos seguros se tornou bem mais caro, mas como Tiago acaba de sair de sua primeira temporada na NBA, a quantia não foi tão cara.

O caso do ex-companheiro de Tiago no Caja Laboral (ESP), Marcelo Huertas, é mais complicado. Com rumores sobre uma possível transferência para o FC Barcelona Regal, Huertas ainda não tem data definida para confirmar seu seguro, diferente do de Splitter, está sendo fechado com uma empresa européia.

Locaute pode fazer Parker jogar na França

De acordo com o site Pounding The Rock, Tony Parker tem a intenção de jogar pela equipe francesa Asvel se o locaute atrapalhar a próxima temporada da NBA. O armador é acionista e Diretor de Operações do time. O francês acredita que a paralização pode levar muitos atletas a atuaram na Europa no fim deste ano.

“Se o locaute continuar, pode ser que a maioria dos jogadores da NBA venha tentar a sorte na Europa. Estive na reunião em Nova York antes de vir para a França. É complicado, levaria muito tempo para explicar. Este é um problema para os ricos”, disse Parker.

O armador também reafirmou a vontade de defender a França no Eurobasket – competição classificatória para a Olimpíada de Londres-2012. Parker conversou com Joakim Noah, pivô do Chicago Bulls, sobre a possibilidade de jogar pela equipe nacional, mas lembrou que os dois só atuarão se conseguirem um seguro.

E mais…

Lorbek quer jogar no Spurs

O ala-pivô Erazem Lorbek, que atua no Barcelona, foi um dos três jogadores que o Spurs conseguiu na troca que enviou George Hill para o Indiana Pacers. Em entrevista ao jornal espanhol El Mundo Deportivo, o esloveno mostrou-se satisfeito com a transação, e disse que pretende jogar na NBA. “Com essa mudança, fica muito mais interessante para mim. Minha esperança é cruzar o Atlântico para jogar na liga mais forte do mundo”, declarou. Recentemente, porém, o big man renovou seu contrato com sua equipe.

Solucionando problemas

Mais uma semana de agenda tranquila para o Stars, com um único jogo. Porém, esse não trouxe alegria. O time acrescentou uma derrota em sua campanha, e agora tem a primeira posição na tabela do oeste comprometida, já que a marca de 7 vitórias e 3 derrotas está igual à do Minnesota Lynx. A diferença é que o San Antonio vem de dois compromissos mal sucedidos, enquanto o Lynx venceu suas duas últimas partidas.

O jogo da sexta-feira teve lances bonitos, mas eles não foram o suficiente para trazer outra vitória para o San Antonio Silver Stars

Na sexta-feira (8), o New York Liberty foi até o AT&T Center para tentar mais um triunfo sobre o time da casa. E conseguiu, em um jogo apertado com placar final de 76 a 73. Por pouco o Stars não ficou com oito vitórias. Danielle Adams (nosso ouro) acertou a bola de três que deixou o jogo com essa diferença final. No retorno, o visitante errou e a posse voltou para as texanas. Aí chega o erro de Dan Hughes. Becky Hammon cobrou a lateral e o comando ficou com a novata Danielle Robinson, que se mostrou perdida perante a marcação sobre ela e as colegas. Ao invés de arremessar no aperto, preferiu dar o passe para trás, mas não conseguiu fazê-lo com precisão. Seu objeto de trabalho foi para o lado adversário, ou seja, reversão, com tempo impossível para o time se recompor.

A equipe, que até então era aquela a ser vencida, sofreu duas quedas consecutivas. O que pode ser mudado?  A resposta está em outra pergunta: do que a equipe precisa? Ataque rápido para pontuar… e rebote, mas esse é hors concours, infelizmente.

A defesa foi muito bem trabalhada durante a pré-temporada, e isso tem surtido efeito, mas o ataque está enfraquecido. A maioria das vitórias veio por meio de viradas, e isso nem sempre é bom. É melhor começar na frente e terminar no mesmo lugar. O Stars tem provado que contra times mais experientes não dá para confiar apenas na esperança de, em algum momento do terceiro quarto, fazer 30 pontos para tomar a liderança. Não deu certo enfrentando o Phoenix Mercury uma vez, nem com o New York Liberty duas vezes.

Com sua habilidade e velocidade, Danielle Robinson pode se tornar uma titular absoluta do San Antonio

O quinteto titular é experiente, mas ofensivamente fraco. Obviamente, Roneeka Hodges já perdeu sua vaga. Primeiro, Dan tentou Scholanda Robison, mas seus 2.1 pontos por jogo não são o que o time precisa. Jia Perkins, que teve sua chance primogênita como titular na sexta-feira, tem trazido 14.2 pontos para o Stars nessa temporada – portanto, está bem posicionada, não precisa ser mexida. Ruth Riley está fazendo pouco abaixo de sua marca na carreira (6.8 em 2011/7.0 na carreira), mas não existe melhor opção para a vaga de pivô no time. A única que poderia substitui-la é Jayne Appel, e essa está fora de cogitação, é fraca. Becky Hammon e Sophia Young são elementos essenciais. Elas NÃO PODEM, repito, NÃO PODEM, estar fora do início do jogo. A australiana Tully Bevilaqua, com média de 1.1 ponto por jogo nesta temporada, tem que sair urgentemente da posição de armadora principal. Ela tem experiência, marca forte, mas está na hora de mudar a tática.

As titulares ideais seriam Jia Perkins, Sophia Young, Ruth Riley, Becky Hammon e Danielle Robinson. Por causa de seu físico, e também por ser o elemento surpresa, Danielle Adams fica no banco. É melhor preservá-la para evitar faltas em excesso e lesão precoce.

Porém, todas essas mudanças são muito radicais para o San Antonio. Dan Hughes precisa ser corajoso e trabalhar forte com Danielle Robinson, para que ela seja a nova substituta principal da posição número 1, e consequentemente se torne a titular dessa. Da maneira que o time tem apresentado uma sincronia tão agradável quanto uma sinfonia de Tchaikovsky, é possível arriscar assim.

E para saber se terá alguma mudança, fique ligado no jogo contra o Los Angeles Sparks, na terça-feira (12, às 20h), e contra o Seattle Storm, na quinta-feira (14, às 21h). E também acompanhe esse coluna, todo domingo, aqui no Spurs Brasil.

Além do San Antonio Silver Stars, você pode seguir os outros times da liga no meu blog, Dentro da WNBA. O endereço é http://dentrodawnba.blogspot.com.

Um grande abraço.
Roberta. #GoStarsGo

Quando o título é o que menos importa

Ainda torcerei muito para esses caras

É uma pena que a trajetória da Seleção Brasileira sub-19 de basquete tenha acabado. No nosso país, o público viveu uma lua de mel de aproximadamente um ano com a equipe, que começou com a dominância de Lucas Bebê na Copa América e terminou com as boas atuações de Raulzinho no Mundial da categoria. Claro que a eliminação machuca – ainda mais como foi, com uma cesta espírita e contra a Argentina. Revés que, inevitavelmente, faz lembrar o que o Brasil sofreu no Mundial adulto contra os rivais sul-americanos. Porém, no meu entendimento, as derrotas apontam para caminhos diferentes.

A Seleção adulta precisa de resultados importantes para voltar a sorrir. Ele quase veio, duas vezes: contra os Estados Unidos, na primeira fase, e contra a Argentina, em partida eliminatória. Porém, para Marcelinho Huertas, Anderson Varejão, Tiago Splitter e companhia, o quase não bastou. O Brasil precisa de vitórias relevantes para que o esporte volte a crescer no país. Porém, nas equipes de base o foco deve ser outro.

Uma equipe sub-19 não deve ter como prioridade ser campeã, e sim formar talentos, tecnicamente e taticamente. Na parte técnica, não existe hoje, no país, ninguém mais confiável do que José Neto. O treinador é excelente no tratamento com jovens talentos, e, além de Raulzinho e Bebê, conseguiu extrair o máximo de cada jogador em determinados momentos do torneio. Além disso, na parte tática, montou, principalmente, uma defesa interessante, que sufocava o perímetro e deixava o garrafão a cargo do jovem pivô. Espero que a Confederação Brasileira de Basquete considere o nome do técnico quando Rubén Magnano deixar a equipe adulta.

Raulzinho faz parte do ciclo da Seleção para a Olimpíada de Londres-2012. E é muito difícil imaginar que Bebê não fará parte da preparação para os Jogos do Rio-2016. Além disso, foi possível detectar outros talentos na equipe, como Felipe Taddei, Bruno Irigoyen e Cristiano. O futuro parece próspero, independentemente de resultados.

A mesma paciência que devemos ter com esses talentos, peço que tenhamos também com Davis Bertans. O atleta, que já era figurinha certa no San Antonio Spurs desde antes do Draft, foi selecionado por sua precisão nos arremessos de três pontos. Porém, no Mundial sub-19, o jogador acertou apenas 24,4% dos lances que tentou do perímetro.

Mas Bertans teve sobre suas costas algo que a Seleção Brasileira não teve: pressão por resultados. A Letônia jogava em casa e, para piorar, o ala jogou improvisado, no garrafão, posição que não parece ser a sua. Além disso, o jogador, ainda imaturo – algo normal nessa idade – se sentiu obrigado a tentar reverter os resultados negativos que sua equipe acumulou, e atingiu a assustadora marca de 45 arremessos de três em cinco partidas. Média de nove por jogo, o que naturalmente não vai acontecer na NBA.

Mesmo assim, o jogador mostrou boa altura e envergadura, e deixou a competição com médias de 13,2 pontos e sete rebotes por exibição. Nada mal. O Spurs parece ter achado mais um talento, que ainda precisa ser moldado. Ainda assim, um talento.

Bertans dá adeus com pontaria descalibrada

Acabou para o menino Bertans

A Letônia do ala Davis Bertans – selecionado pelo San Antonio Spurs na 42ª escolha do último Draft – se despediu com derrota do Mundial Sub-19, disputado no próprio país europeu. Nesta quarta-feira, os letões entraram em quadra já eliminados diante da Rússia, e acabaram perdendo por 73 a 63.

Bertans não fez uma boa partida. O ala anotou somente sete pontos – foi apenas o quinto da equipe neste quesito. Os arremessos de três, sua principal arma, não funcionaram: o atleta acertou só um dos sete que tentou. O jogador ainda pontuou com uma boa de dois pontos – tentou quatro no jogo – e dois lances livres – cobrou quatro na partida. Ao menos, Bertans contribuiu com sete rebotes, cinco assistências, um toco e uma roubada de bola em um total de 32 minutos de quadra.

Com isso, Bertans termina a segunda fase do Mundial com médias de 13,2 pontos (32,6% FG, 24,4% 3 PT, 75% FT), sete rebotes, 1,5 assistências, uma roubada e 0,5 tocos em aproximadamente 31 minutos por exibição.

Após perder para a Argentina na prorrogação, o Brasil também está eliminado da competição. Assim, o Spurs Brasil termina aqui sua cobertura do Mundial Sub-19. Não perca, a partir do dia 14, tudo sobre a divisão B do Europeu Sub-20, competição em que Ryan Richards vestirá as cores da Grã-Bretanha.