Arquivo mensal: junho 2011
Draft 2011 – Pivôs
Hoje, a série de posts Na Linha dos 3 especial que o Spurs Brasil preparou para o Draft chega à sua terceira parte. Depois de mostrar o perfil de armadores e jogadores da posição 3 avaliados pela comissão técnica texana, é hora de falar do garrafão, uma das principais fraquezas do elenco do San Antonio Spurs. A deficiência ficou evidente nos playoffs, diante do Memphis Grizzlies, quando Zach Randolph e Marc Gasol deitaram e rolaram pra cima da equipe do Texas.

Pivôs que saibam arremessar, como Vucevic, estão em pauta
Com a provável aposentadoria de Antonio McDyess, sobram para o garrafão Tim Duncan, Tiago Splitter, DeJuan Blair e Matt Bonner. O Spurs já começou as conversas para contratar Ryan Richards, que joga na Espanha e foi a 49ª escolha do Draft de 2010. Mesmo assim, é provável que a equipe use uma de suas escolhas no próximo recrutamento – o time de San Antonio tem a 29ª e a 59ª – para selecionar um jogador de garrafão. Não à toa, foi para este setor que a comissão técnica do Spurs analisou a maior quantidade de prospectos.
Vamos então ao perfil dos atletas que foram até San Antonio para se exibirem para a comissão técnica texana. Lembrando que eu nunca vi nenhum desses jogadores em ação: os textos foram produzidos com base em pesquisa feita nos sites americanos NBADraft.net e DraftExpress.
Enes Kanter – Kentucky
Kanter é considerado um dos melhores pivôs do próximo Draft, e pode acabar até sendo uma escolha top 3. Isso significa que o Spurs teria de fazer alguma troca para selecioná-lo. Mesmo assim, a equipe texana convidou o turco para um período de testes. O jogador passou a última temporada inativo – foi convidado para jogar por Kentucky, mas considerado inelegível pela NCAA, já que já havia disputado partidas profissionais pelo Fenerbahce. O atleta tem passagens pelas seleções de base da Turquia.
Status: Improvável na primeira rodada
Marcus Morris – Kansas
Apesar de ser originalmente um ala-pivô, Morris transita melhor pelo perímetro – tem seu estilo de jogo comparado ao de Al Harrington, e pode até mesmo quebrar um galho na posição três. Isso porque seu arremesso está entre seus pontos fortes. Suas principais fraquezas são a defesa e a força física, o que não impede que o jogador seja esperado já a partir da décima escolha do Draft – em outras palavras, dificilmente o Spurs terá acesso ao atleta. Na última temporada – sua terceira no basquete universitário – Morris disputou 38 partidas e apresentou médias de 17,2 pontos (57% FG, 34,2% 3 PT, 68,8% FT), 7,6 rebotes e 1,6 assistências em 28,3 minutos por jogo.
Status: Improvável na primeira rodada
Donatas Montiejunas – Benetton Treviso (ITA)
O ala-pivô lituano é considerado um dos principais prospectos internacionais – ou seja, que não vieram da universidade – deste Draft. Montiejunas tem como pontos fortes a altura, a velocidade e o arremesso, mas precisa evoluir na defesa e nos rebotes. Na última temporada, disputou 37 jogos no campeonato italiano e apresentou médias de 12,8 pontos (52,5% FG, 42,9% 3 PT, 71,5% FT), 4,4 rebotes e 1,2 roubadas de bola em 25,6 minutos por exibição. Na Eurocup – uma espécie de segunda divisão da Euroliga – entrou em quadra em 16 oportunidades e anotou, em média, 10,9 pontos (44,1% FG, 15,4% 3 PT, 62% FT) e 5,6 rebotes em 27,3 minutos por embate. É esperado já a partir da décima escolha do Draft.
Status: Improvável na primeira rodada
Nikola Vucevic – USC
Depois de disputar três temporadas no basquete universitário americano, o pivô montenegrino é esperado no terço final da primeira rodada do próximo Draft. Vucevic tem a altura e a força física como pontos fortes, e a falta de atleticismo e velocidade como fraquezas. Na última temporada, o europeu entrou em quadra em 34 oportunidades e anotou, em média, 17,1 pontos (50,5% FG, 34,9% 3 PT, 75,5% FG), 10,3 rebotes, 1,6 assistências e 1,4 tocos em 34,9 minutos por partida.
Status: Possível na primeira rodada
Justin Harper – Richmond
Apesar de alto, o ala-pivô tem seu arremesso como ponte forte, o que faz com que seu estilo de jogo seja comparado com o de Channing Frye. Sua defesa, velocidade e força física também são boas, enquanto as habilidades no post e a capacidade de pegar rebotes aparecem como pontos fracos. Em sua última temporada no basquete universitário, Harper disputou 37 jogos e anotou, em média, 17,9 pontos (53,4% FG, 44,8% 3 PT, 79,7% FT), 6,9 rebotes, 1,2 assistências e 1,2 tocos em 31,8 minutos por exibição. É esperado a partir da 25ª escolha do Draft desta quinta-feira.
Status: Possível na primeira rodada
JaJuan Johnson – Purdue
Ala-pivô muito atlético, tem seu estilo de jogo comparado ao de Hakim Warrick por especialistas. No entanto, não é muito forte fisicamente, o que dificulta seu jogo de costas para a cesta e sua defesa. Em sua quarta e última temporada no basquete universitário, Johnson entrou em quadra em 34 oportunidades e apresentou médias de 20,5 pontos (49,4% FG, 29,4% 3 PT, 80,9% FT), 8,6 rebotes, uma assistência e 2,3 tocos em 35,4 minutos por exibição. Também é esperado a partir da 25ª escolha do Draft.
Status: Possível na primeira rodada
Jeremy Tyler – Tokyo Apache (JAP)
Um americano no Draft que não vem do basquete universitário é sempre curioso. Foi assim com Brandon Jennings, que jogava na Itália quando foi selecionado pelo Milwaukee Bucks. Mas um pivô que atua por uma equipe japonesa é, digamos, pra lá de diferente. Na última temporada, Tyler disputou 33 jogos pelo Tokyo Apache, e anotou, em média, 9,9 pontos (51,1% FG, 20% 3 PT, 45,4% FT) e 6,4 rebotes em 15,4 minutos por exibição. Deve sair a partir do começo da segunda rodada.
Status: Provável na primeira rodada
Jordan Williams – Maryland
Ala-pivô com boa envergadura, Williams tem como pontos fortes a força física e a habilidade de pegar rebotes, o que compensa seu ponto fraco, a lentidão. O jogador é esperado do começo para o meio da segunda rodada do próximo Draft. Na última temporada – apenas sua segunda no basquete universitário – o big man disputou 33 partidas e apresentou médias de 16,9 pontos (53,8% FG, 57,5% FT), 11,8 rebotes e 1,4 tocos em 32,5 minutos por jogo.
Status: Provável na primeira rodada, improvável na segunda rodada
Malcolm Thomas – San Diego St.
Esperado a partir da 50ª escolha do próximo Draft, Thomas é um ala versátil, que pode também quebrar um galho na posição 3. Tem como pontos fortes a defesa, o que inclui sua habilidade nos rebotes e nos tocos, e a velocidade. Em compensação, precisa melhorar seu arremesso. Na última temporada, o ala-pivô disputou 37 partidas e apresentou médias de 11,4 pontos (53,6% FG, 16,7% 3 PT, 64,2% FT), 8,1 rebotes, 2,3 assistências e dois tocos em 30,4 minutos por exibição.
Status: Possível na segunda rodada
Matt Howard – Butler
Esperado aproximadamente na 53ª do próximo Draft, Howard é um ala-pivô que tem no jogo ofensivo sua principal qualidade. Porém, na defesa, sua baixa estatura compromete um pouco, assim como sua falta de força física e velocidade. Em sua última temporada, Howard entrou em quadra 37 vezes e anotou, em média, 16,4 pontos (47,1% FG, 39,8% 3 PT, 79,2% FT), 7,7 rebotes, 1,4 assistências e 1,1 roubadas de bola em 31 minutos por jogo.
Status: Possível na segunda rodada
Matthew Bryan-Amaning – Washington
O britânico ala-pivô jogou quatro anos de basquete universitário nos Estados Unidos, e é esperado no fim da segunda rodada do próximo Draft. Bryan-Amaning tem como ponto forte o atleticismo, mas peca por sua falta de habilidade defensiva. Em sua última temporada jogando por Washington, o big man disputou 35 partidas e apresentou médias de 15,3 pontos (54,6% FG, 61,9% FT), oito rebotes, 1,5 tocos e 1,1 roubadas de bola em 28,2 minutos por exibição.
Status: Possível na segunda rodada
Jamie Skeen – VCU
Skeen tem poucas chances no Draft – é esperado, talvez, no finalzinho da segunda rodada. O ala-pivô tem sua versatilidade ofensiva como ponto forte, mas ainda precisa trabalhar sua habilidade para pegar rebotes e alguns aspectos da sua defesa – apesar de se dar bem no post. Em sua quarta e última temporada no basquete universitário, o jogador disputou 39 partidas e anotou, em média, 15,7 pontos (52% FG, 41,9% 3 PT, 71,9% FT), 7,3 rebotes, 1,6 assistências e um toco em 31,9 minutos por exibição.
Status: Provável na segunda rodada
Lavoy Allen – Temple
Outro que tem poucas chances no Draft, mas mesmo assim recebeu uma oportunidade da comissão técnica do Spurs. Allen tem como pontos fortes a capacidade de pegar rebotes, a versatilidade ofensiva e as habilidades no post, inclusive a visão de jogo para achar arremessadores ou jogadores cortando para a cesta. Em compensação, é um pouco passivo, e tem dificuldades para marcar outros alas-pivôs no perímetro. Em sua quarta e última temporada universitária, Allen entrou em quadra em 33 oportunidades e apresentou médias de 11,6 pontos (48% FG, 29,4% 3 PT, 69,7% FT), 8,6 rebotes, 2,3 assistências e 1,8 tocos em 33,9 minutos por exibição.
Status: Provável na segunda rodada
Draft 2011 – Alas
Hoje, o Spurs Brasil dá sequência à série de posts Na Linha dos 3 especiais sobre o Draft. Depois de falar dos armadores, é hora de analisar os prospectos de uma das posições mais carentes do elenco do San Antonio Spurs: a ala.

Capacidade defensiva, como a de Jimmy Butler, é o que o Spurs busca para a ala
Richard Jefferson, titular da função, nunca conseguiu render o esperado na equipe texana. Uma série de nomes – como Bobby Simmons, Ime Udoka e Larry Owens – foram testados, sem sucesso, para sua reserva na última temporada. Danny Green, que parace estar em alta com Gregg Popovich, já que ganhou chances nos playoffs, pode ser uma opção para o técnico, assim com Da’Sean Butler e James Anderson, que recentemente se recuperaram de lesão. Mesmo assim, a franquia texana pode usar uma de suas escolhas do próximo draft – o Spurs tem a 29ª e a 59ª – para selecionar um ala.
Vamos agora a uma lista de prospectos que passaram pela avaliação da comissão técnica do time texano nas últimas semanas. Vale lembrar que não vi nenhum destes jogadores em atividade – os textos foram baseados em pesquisa feita nos sites americanos NBADraft.net e DraftExpress.
Kyle Singler – Duke
Singler no Spurs é uma das apostas de sites americanos especializados em Draft. O ala – que também pode quebrar um galho como ala-pivô – tem como pontos fortes a inteligência, a habilidade nos passes e o arremesso. Sua velocidade, no entanto, é seu calcanhar de aquiles – o que não impede que o atleta seja esperado já a partir da 20ª escolha do próximo recrutamento. Em sua quarta e última temporada universitária, Singler disputou 37 jogos e apresentou médias de 16,9 pontos (43% FG, 32,1% 3 PT, 80,6% FT), 6,8 rebotes e 1,6 assistências em 34,8 minutos por exibição.
Status: Possível na primeira rodada
Chandler Parsons – Florida
Parsons é um ala muito versátil, que, apesar de alto para a posição três, conta com sua inteligência e sua habilidade nos passes, rara para a função, para se dar bem no perímetro. Por outro lado, o jogador, em um primeiro momento, parece fraco fisicamente para a NBA. Em sua quarta e última temporada no basquete universitário, Parsons disputou 36 jogos e anotou médias de 11,3 pontos (48% FG, 36,8% 3 PT, 55,7% FT), 7,8 rebotes e 3,8 assistências em 34,1 minutos por partida. Pode ser draftado entre o fim da primeira rodada e o começo da segunda.
Status: Provável na primeira rodada
Jimmy Butler – Marquette
Nativo do Texas, Butler chega ao Draft credenciado por sua disciplina tática. Além disso, tem na defesa, na inteligência e na capacidade de pegar rebotes seus pontos fortes. Em compensação, seu atleticismo e seu arremesso de três pontos estão entre suas fraquezas. Mesmo assim, é esperado já no início da segunda rodada. Na última temporada, Butler jogou 37 partidas e apresentou médias de 15,7 pontos (49% FG, 34,5% 3PT, 78,3% FT), 6,1 rebotes, 2,3 assistências e 1,4 roubadas de bola em 34,6 minutos por exibição.
Status: Provável na primeira rodada
DeAndre Liggins – Kentucky
O jogador, que pode atuar nas posições 2 e 3, tem como ponte forte a principal característica que o Spurs procura em um ala: a defesa. Seu atleticismo também está entre os pontos fortes de seu jogo. Como fraqueza, especialistas apontam a falta de liderança dentro de quadra. Em sua última temporada – a terceira no basquete universitário – Liggins entrou em quadra em 38 oportunidades e apresentou médias de 8,6 pontos (42,4% FG, 39,1% 3 PT, 64,8% FT), quatro rebotes, 2,5 assistências e 1,4 roubadas de bola em 31,6 minutos por exibição. É esperado do meio para o fim da segunda rodada.
Status: Passa pela primeira rodada, possível na segunda rodada
David Lighty – Ohio
Mais um jogador que pode atuar nas posições 2 e 3 e mais um que tem na defesa seu ponto forte. Porém, Lighty tem ainda outra característica que o faria se encaixar bem no esquema tático do Spurs: o arremesso de longa distância. A força física e a inteligência também são virtudes do atleta, que tem como pontos fracos a falta de velocidade e controle de bola. Na temporada 2010/2011, sua última universitária, Lighty entrou em quadra em 37 oportunidades, anotando médias de 12,1 pontos (46,8% FG, 42,9% 3 PT, 62,7% FT), quatro rebotes, 3,3 assistências e 1,5 roubadas de bola em 32,1 minutos por exibição. Deve sair entre a 50ª e a 55ª escolha.
Status: Possível na segunda rodada
Draft 2011 – Os armadores
Começa hoje a série de posts Na Linha dos 3 sobre o Draft da NBA de 2011. Este especial será dividido em quatro partes. Nas três primeiras, falaremos sobre os jogadores que a comissão técnica do San Antonio Spurs avaliou para cada posição – Armadores, Posição 3 e O Garrafão – e, na quarta, traremos palpites para o recrutamento de calouros.

A defesa de Shumpert despertou o interesse do Spurs
Hoje, falaremos sobre as posições 1 e 2. Na minha opinião, são nessas funções que a equipe texana está melhor servida, já que conta com nomes como Tony Parker, Manu Ginobili, George Hill e Gary Neal. Mesmo assim, a comissão técnica do time de San Antonio avaliou muitos nomes para o perímetro, o que pode querer dizer duas coisas: ou Gregg Popovich pretende utilizar uma formação mais baixa na próxima temporada ou a franquia planeja alguma troca.
Vamos a seguir ver os perfis dos jogadores analisados. Lembrando que eu não vi nenhum desses atletas jogarem: os textos foram construídos de acordo com pesquisas nos sites NBADraft.net e DraftExpress. Vale ressaltar também que o Spurs tem a 29ª e a 59ª escolhas do próximo recrutamento.
Jimmer Fredette – BYU
Considerado um dos melhores arremessadores disponíveis no Draft, Fredette está cotado para ser uma escolha Top 10, mesmo apesar de sua baixa estatura, e dificilmente estará disponível quando a vez do San Antonio Spurs chegar. Seu ponto fraco é o controle de bola, o que diminui seu potencial para ser usado como armador principal. O jogador acaba de disputar 37 partidas em sua quarta e última temporada no basquete universitário, na qual apresentou médias de 28,9 pontos (45,2% FG, 49,1% 3 PT, 89,4% FT), 4,3 assistências, 3,4 rebotes e 1,3 roubadas de bola em 35,8 minutos por exibição.
Status: Improvável na primeira rodada
Iman Shumpert – Georgia Tech
Ala-armador que chega ao Draft bem cotado por suas boas habilidades defensivas, já que tem o atleticismo, a marcação e a força como pontos fortes. Em compensação, chega cru na parte ofensiva, e precisa evoluir seu arremesso e sua habilidade nos passes. Na última temporada – sua terceira universitária – Shumpert disputou 31 partidas, e apresentou médias de 17,3 pontos (40,6% FG, 27,8% 3 PT, 80,6% FT), 5,9 rebotes, 3,5 assistências e 2,7 roubadas de bola em 32 minutos por jogo. Pode ser escolhido a partir da 20ª escolha.
Status: Possível na primeira rodada
Malcolm Lee – UCLA
Lee é mais um jogador que fez nome no basquete universitário com sua defesa – tem a marcação, o atleticismo e a velocidade como pontos fortes. Por isso, mesmo com seus defeitos – a habilidade nos passes e a força física precisam ser trabalhados – é esperado já a partir do fim da primeira rodada do próximo draft. Em 2010/2011, sua terceira temporada no basquete universitário, o atleta jogou 33 vezes e exibiu médias de 13,1 pontos (43,7% FG, 29,5% 3 PT, 77,8% FT), 3,1 rebotes e duas assistências em 33,1 minutos por jogo.
Status: Possível na primeira rodada
Shelvin Mack – Butler
Armador que compensa a falta de velocidade com bom arremesso, boa defesa e muita força física. Estas três qualidades, principalmente, fazem com que Mack possa ser escolhido ainda na primeira rodada do Draft, aproximadamente a partir da 25ª escolha. Na última temporada – sua terceira no basquete universitário – o jogador disputou 38 partidas, e apresentou médias de 16 pontos (40,8% FG, 35,4% 3 PT, 76,9% FT), 4,5 rebotes e 3,4 assistências em 31,2 minutos por exibição.
Status: Possível na primeira rodada
Andrew Goudelock – Charlestone
Como o jogo de Goudelock vai encaixar na NBA é um mistério. O jogador também é considerado um dos melhores arremessadores disponíveis no próximo Draft. Porém, é baixo para jogar como ala-armador, e tem o passe como ponto fraco. Talvez precise atuar ao lado de outro combo guard – como George Hill – para poder ser aproveitado. Na última temporada – sua quarta e última universitária – o jogador disputou 37 partidas, e apresentou médias de 23,7 pontos (45,5% FG, 40,7% 3PT, 82,1% FT), 4,2 assistências e 3,9 rebotes em 35,2 minutos por jogo. Pode ser escolhido entre a 40ª e a 55ª escolha.
Status: Passa pela primeira rodada; possível na segunda rodada
Demetri McCamey – Illinois
Em sua quarta e última temporada universitária, McCamey demonstrou um grande potencial de jogo no perímetro, com bom arremesso de longa distância e boa visão de jogo. Mostrou também certa ausência de atleticismo, o que lhe atrapalha quando tenta atacar a cesta. Porém, o principal problema se apresentou durante a campanha de Illinois, que foi caíndo de produção aos poucos, o que fez com que o técnico do jogador questionasse seu profissionalismo. Isso com certeza o fez cair nas cotações para o Draft. De qualquer modo, McCamey, em 34 partidas, apresentou médias de 14,6 pontos (45,2% FG, 45,1% 3 PT, 72,4% FT), 6,1 assistências, 3,4 rebotes e uma roubada em 33,4 minutos por exibição. É esperado a partir da 50ª escolha do próximo Draft.
Status: Possível na segunda rodada
Brad Wanamaker – Pittsburgh
Mais um combo guard analisado pela comissão técnica do Spurs. O jogador sempre teve seu arremesso como ponto forte – porém, ao longo de seus quatro anos no basquete universitário, desenvolveu também sua visão de jogo. Por outro lado, tem como pontos fracos a velocidade e o atleticismo. Na última temporada, disputou 34 jogos e apresentou médias de 11,7 pontos (44,8% FG, 32,7% 3PT, 76% FT), 5,2 rebotes, 5,1 assistências e 1,4 roubadas de bola em 30,4 minutos por partida. Pode sair a partir da 55ª escolha.
Status: Provável na segunda rodada
Corey Fisher – Villanova
Após jogar sua quarta temporada universitária, Fisher chega para o Draft, segundo os especialistas, com poucas chances de ser draftado. Mesmo assim, a comissão técnica do Spurs resolveu dar uma chance para o jogador mostrar serviço. O armador tem como pontos fortes o arremesso, o controle de bola e a velocidade, e tem na defesa o aspecto mais fraco de seu jogo. No último ano, entrou em quadra em 33 oportunidades e anotou, em média, 15,6 pontos (41,9% FG, 32,7% 3 PT, e 78,6% FT), 4,8 assistências, 2,8 rebotes e 1,5 roubadas de bola em 33,4 minutos por jogo.
Status: Passa pela segunda rodada
Spurs procura reforços na D-League


Dyson ganhou a chance de mostrar serviço em San Antonio
Depois de avaliar Leo Lyons, Lance Thomas e Garrett Williamson, a comissão técnica do San Antonio Spurs segue avaliando jogadores da D-League – a liga de desenvolvimento filiada à NBA – em busca de reforços para a próxima temporada. A informação é do site americano Project Spurs, especializado na equipe texana.
Um deles é o armador Jerome Dyson, companheiro de Williamson no Tulsa 66ers. Na última temporada, o jogador disputou 47 jogos – dez como titular – e apresentou médias de 15,5 pontos (43,7% FG, 33,2% 3 PT, 79,6% FT), 3,1 rebotes, 2,6 assistências e 1,6 roubadas de bola em 27 minutos por exibição. Fez quatro partidas nos playoffs, todas como titular, e anotou, em média, 19,5 pontos (50,9% FG, 30,8% 3 PT, 87% FT), 6,5 assistências, três rebotes e 1,5 roubadas de bola em 36,8 minutos por embate.
O também armador Lance Hurdle, do Springfield Armor, é outro que está na lista. O jogador chegou à equipe com a última temporada já em andamento e disputou 14 jogos – cinco como titular – anotando, em média, 13,3 pontos (49,6% FG, 51,7% 3 PT, 87,5% FT), 2,7 rebotes e 2,2 assistências em 28 minutos por partida.
Para o perímetro, o nome é Ryan Thompson, swingman que pode atuar nas posições 2 e 3. Na última temporada, o jogador disputou 42 jogos pelo Utah Flash – oito como titular – e apresentou médias de 11 pontos (50,7% FG, 33,3% 3 PT, 74,3% FT), 2,8 rebotes e 1,3 assistências em 24,5 minutos por exibição. Nos playoffs, fez três jogos – nenhum como titular – e anotou, em média, 9,3 pontos (40% FG, 80% FT), 3,3 rebotes e duas assistências em 22 minutos por embate.
Por fim, aparece na lista o ala-pivô Matt Rogers. Em 49 jogos pelo Texas Legendes – 14 como titular – na última temporada, o big man anotou em média 7,4 pontos (49,3% FG, 72,5% FT), 4,3 rebotes e 1,1 tocos em 18 minutos por exibição. Nos playoffs, disputou dois jogos – nenhum como titular – e apresentou médias de 1,5 pontos (50% FG, 50% FT) e um rebote em 5,5 minutos por embate.
Primeiro lugar e invicto

*O placar está no final do texto

Becky Hammon contra Temeka Johnson no duelo de sexta-feira.
Na sexta-feira (17), o San Antonio enfrentou um de seus maiores rivais, o Phoenix Mercury. A partida foi dolorida para os torcedores do time texano, mas… (agora leia até a continuação do “mas…”)
Foi a primeira vez que o Phoenix jogou no US Airways Center nessa temporada. O local não estava cheio, havia bastante cadeiras vazias. Dentro de quadra, em contrapartida, Corey Gaines caprichou nas titulares: Diana Taurasi, Candice Dupree, Penny Taylor, Temeka Johnson e Kara Braxton. Do outro lado, Dan Hughes foi mais humilde: Becky Hammon, Sophia Young, Tully Bevilaqua, Ruth Riley e Roneeka Hodges.
Até metade do jogo aconteceu o que era esperado: vantagem do Mercury, que chegou a deixar o Stars 14 pontos atrás.
O que elas tinham que o Stars não tinha? Seus arremessos iam direto para o buraco da cesta, enquanto o Stars cometia erros sucessivos, vindos até de suas veteranas. Bolas de três, bandejas ou lances livres, qualquer que fosse a jogada, não dava certo.
O que o San Antonio tem que o Mercury não tem? Defesa. Assim como o Phoenix Suns, a franquia feminina dessa cidade segue o famigerado “run n’ gun”. Fogo total no ataque e defesa precária (a sorte do Mercury é que em duas temporadas existiam times com defesa pior do que a delas, e assim elas conquistaram o bicampeonato da WNBA). A baixa qualidade nesse fundamento começou a atrapalhar o time da casa.
Dan Hughes sabia que um dos maiores problemas do Stars era defesa, principalmente o rebote, e trabalhou mais intensivamente nesses dois fundamentos durante os treinamentos da pré-temporada. Ele confiava no seu ataque, por isso as fez suar para defender (alguém aí teve uma breve memória de Coach Carter?).
(continuação do “mas…”)

Sophia Young subindo contra DeWanna Bonner
Depois do intervalo entre o segundo e o terceiro quarto, parecia que um Stars diferente entrava em quadra (Space Jam, alguém?). Ataques precisos e defesa melhor ainda, com roubos de bola e mais rebotes sendo agarrados. O trabalho em equipe funcionou muito bem, assim como o talento individual de cada atleta servindo para o bem maior do time.
Sophia Young, com sua mão super calibrada, fez 26 pontos, mas errou muitos lances livres, com 50% de aproveitamento. Ela foi um dos motivos do renascimento do Stars. Sua parceria com Becky Hammon funciona muito bem.
Além de cooperar com as assistências, Becky não deixou de fazer as infiltrações que são forte característica sua. Nesse jogo, elas funcionaram mais do que suas bolas de três pontos – apenas uma caiu em quatro tentativas.
Danielle Adams não decepcionou, e foi a terceira maior pontuadora do time, com 16 pontos. Mesmo sendo colocada em quadra com cinco faltas, não foi expulsa, e ainda conseguiu que fizessem falta nela.
O Stars conseguiu virar a partida, e com 2.4 segundos para o final do jogo tinha cinco pontos de vantagem. Sem se preocupar com a defesa, Kara Braxton, do Mercury, arremessou uma bola de três pontos at the buzzer, que não adiantou para sua equipe.
O placar final foi 101 a 99. O primeiro placar centenário da temporada, e que consagrou a primeira posição do Stars na conferência Oeste, com quatro vitórias, nenhuma derrota, e 100% de aproveitamento. O Minnesota Lynx está em segundo lugar, com um jogo a mais (campanha 4-1).
Na terça-feira, o San Antonio terá a possibilidade vencer mais uma vez o Mercury, no jogo de volta, em San Antonio, às 21h, com transmissão da ESPN do Brasil.
Merecem pontos positivos nesse jogo: a defesa do Stars – as garotas chegaram a conseguir forçar três erros consecutivos de ataque do Mercury -, a persistência – elas não desistiram, mesmo com a grande diferença de pontos, e ainda viraram -, e o entrosamento, já que elas estão juntas há pouco tempo e já conseguem trabalhar bem em equipe.
Precisa melhorar: rebote. A baixa estatura do Stars ainda deixa o time fraco nesse fundamento, que pode ser crucial em diversos momentos de algumas partidas.
O San Antonio Silver Stars está com um começo excelente. Melhorando em alguns fundamentos e dando mais profissionalismo a algumas novatas, tem tudo para ser o campeão da temporada. O técnico do time dá bastante confiança de que isso pode acontecer. Com diriam os americanos, “Dan is not and ordinary coach.” (Dan não é um técnico qualquer).
Espero contar para vocês sobre as vitórias do Stars nessa terça-feira (21h, contra o Phoenix Mercury), na sexta-feira (21h, contra o Los Angeles Sparks) e domingo (às 16h, contra o Atlanta Dream).
Até mais!
Roberta, #GoStarsGo
