O fim do Big Fundamental?

Bastou que uma pequena crise se instaurasse em San Antonio para que muitos começassem a tirar conclusões, ao meu ver muito precipitadas, sobre a equipe do Spurs. Há duas semanas abordei o assunto relacionado à idade do elenco. e mostrei que, no meu modo de vista, não é um fator a se preocupar.
Hoje o assunto gira em torno das discussões sobre a queda de rendimento do maior jogador da história do Spurs, Tim Duncan. Alguns especialistas e principalmente torcedores rivais não pensaram duas vezes em decretar a decadência do Big fundamental. Decadência? Quem disse?
Vamos observar alguns números deste começo de temporada de Timmy…
.
17,1 pontos por jogo – É bem verdade que esta vem sendo a menor média de pontos da carreira de Duncan, mas este talvez seja o time com mais jogadores pontuadores que ele já teve ao lado. Com Tony Parker em seu auge, o retorno de Manu Ginobili, a chegada de Richard Jefferson, além da presença de arremessadores como Matt Bonner, Roger Mason e Michael Finley, Duncan tem um pouco menos de obrigação de pontuar como antes.
11,2 rebotes por jogo – Este número coloca o jogador como o quarto maior reboteiro da liga, atrás apenas de Joakim Noah, Chris Bosh e Gerald Wallace e ao lado de Andrew Bynum. Dwight Howard, líder nesse fundamento na temporada passada, aparece apenas em sétimo, com 11,1 rebotes por jogo.
3,6 assistências por jogo – Esta é a terceira melhor marca na carreira do ala-pivô. Este número coloca Duncan em oitavo lugar no quesito entre os fowards (alas) da NBA, à frente de nomes como Kevin Durant, Dirk Nowitzki e Carmelo Anthony.
1,78 bloqueios por jogo – Com esta marca, Duncan está à frente de jogadores como Andrew Bynum, Shaquille O’Neal e Dwight Howard.
32 minutos por jogo – Esta é menor média de minutos de Timmy na carreira. Ele é apenas o 87º neste quesito em toda a NBA. Na temporada anterior, Duncan atuou por cerca de 1,7 minuto a mais por partida.
Analisando todos estes números, podemos chegar à conclusão de o desempenho de Duncan não está em decadência. Há sim uma pequena redução nas médias em relação a períodos anteriores, mas está relacionado a outros fatores, como a ascensão de outros atletas no elenco e a diminuição dos minutos de quadra com o objetivo de reduzir o risco de lesões.
Eu sigo o pensamento daqueles mais otimistas que dizem que Timmy é como vinho: quanto mais velho melhor. Então, a curto e médio prazo, não há com que o se preocupar, caros torcedores; Tim Duncan ainda nos tratá muitas alegrias antes de vermos a camisa #21 subir ao teto do AT&T Center.
Publicado em 24/11/2009, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. 1 comentário.

Jogador velho não se dá ao trabalho de fazer 25 pontos todo jogo. O Duncan ainda joga muito, só joga por menos tempo. Bom texto!
Abraços!