Problemas fortalecem a Seleção feminina

Depois de acompanharmos e nos empolgarmos com os marmanjos do nosso basquetebol, agora é a vez da Seleção Brasileira feminina buscar uma vaga no Mundial de 2010. O Brasil deve brigar, neste fim de semana, pelo título da Copa América; a versão feminina do torneio da FIBA Americas está sendo disputada em Cuiabá, MT.

Sob o comando de Paulo Bassul, me parece que o Brasil não encontrará maiores dificuldades para se classificar entre as três melhores seleções das Américas (a equipe dos EUA, campeã olímpica, já está classificada).

É verdade que a Seleção está enfrentando alguns problemas na formação de seu elenco. A pivô Érika – que teve expressivas médias de 11,8 pontos e nove rebotes por jogo na última temporada da WNBA – estava disposta a jogar em Cuiabá, mas teve de disputar os playoffs da liga americana com sua equipe, o Atlanta Dream.

Além dela, ainda temos o problema envolvento Paulo Bassul e Iziane, maior ídolo da história do basquetebol brasileiro – na sua própria opinião, pelo menos. A ala-armadora segue sem dar as caras nas convocações da Seleção – eu, pelo menos, já não a considero mais um desfalque.

Nos lugares das jogadoras da WNBA, Bassul conta com Kelly e Alessandra revezando na posição cinco, e com o retorno de Helen, que, na Seleção, está atuando na posição dois, deixando Adrianinha como armadora principal da equipe.

Durante a Copa América, Paulo Bassul ganhou mais problemas. A ala Micaela agravou um problema na coxa esquerda antes do segundo jogo, e a ala-pivô Mamá sentiu uma lesão no tornozelo direito ontem, logo no primeiro quarto da terceira partida do Brasil, e não retornou mais à quadra.

Em seus lugares, a ala Fernanda – uma das cestinhas da Seleção no jogo de ontem – e a ala-pivô Franciele – sensação brasileira da Copa América, por ser boa reboteira e por ter um ótimo tempo de bola para os tocos – deram conta do recado e mantiveram o 100% de aproveitamento do Brasil.

Por isso, confio que uma equipe formanda por Adrianinha, Helen, Fernanda, Franciele e Kelly/Alessandra possa dar o título da Copa América para o Brasil. No Mundial, com Micaela e Mamá 100% e com a participação de Érika, Paulo Bassul poderá ter um elenco que o permita, quem sabe, brigar por uma medalha. Sem dúvidas será difícil, mas me parece que, de um tempo para cá, podemos confiar no trabalho da CBB.

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Sobre Lucas Pastore

Um dos fundadores do Spurs Brasil. Formado em Jornalismo na Universidade Presbiteriana Mackenzie em 2010, é site manager da Fifa e podcaster do Cultura Pop. Cobriu o basquete olímpico na Olimpíada de 2016 pelo LANCE!. Trabalhou também para UOL, Basketeria e mob36.

Publicado em 26/09/2009, em Na linha dos 3. Adicione o link aos favoritos. Deixe um comentário.

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